Esqueci de colocar ontem, mas eu recomendo que ouçam o podcast que meus amigos lá de BH, o Destro e o Chimera, fizeram no finalzinho do ano passado. Eu finalmente consegui ouvir e ficou muito bom, com idéias interessantes sendo discutidas. Vamo pegando aí e escutando que o trem é bão, sô:
http://www.mediafire.com/?a5dhd5nntob5wdu
E também não não deixem de passar na sessão “Multimídia Bufalesca” porque eu coloquei mais alguns podcasts que eu havia esquecido de por. Então se ainda não havia escutado algum, favor ir lá e pegar!
por Carey Roberts
Li um artigo com um título irresistível: “A Nation of Little Princes” (Uma nação de princezinhas). O autor, Christopher Healy, explora o arquétipo da princesa, o que ele garante ser “um dos mais antigos em toda a história da literatura”.
Minha primeira reação foi pensar “temos aqui mais um neandertal tentando se aproveitar de esteriótipos de gêneros ultrapassados.” Mas Healy aponta o fato que a Disney criou uma marca de Princesas consistindo em 8 filmes animados estrelando heroínas, incluindo a Cinderella, Branca de Neve, Pocahontas, A Bela de A Bela e a Fera, entre outras. Em 2003 a linha de Princesas garantiu impressionantes 2,5 bilhões de dólares em vendas, em comparação dos meros 300 milhões que teve em 2001.
E isto é apenas o começo. “Temos que ir além das fantasias e dos brinquedos e começar a ver esta marca como um estilo de vida, que preenche as outras coisas que uma menina precisa na vida,” de acordo com Mary Beech, a diretora de administração de franquias da Disney. Outras coisas que uma garota precisa na vida?
Healy, pai orgulhoso de uma menina de 3 anos na época, nota isso com um misto de espanto e horror, “A facilidade e rapidez com que a obsessão de ser princesa pode tomar posse da psique de uma menina é incrível.”
Eventualmente estas pequenas meninas crescem, vão à universidade e se matriculam em seu primeiro curso de estudos femininos (NT: Este é um curso muito difundido nos EUA, não tanto no Brasil. Mas isto não significa que no Brasil as jovens estejam livres de más influências como essa). Lá ela aprende que o beijo dado pelo Príncipe Encantado na verdade foi um abuso sexual, que a Fera de Bela na verdade é um maníaco sexual e que a fábula da princesa que beija o sapo é na verdade uma alegoria ao estupro serial.
Mas os gurus dos Estudos Femininos explicam que elas ainda podem realizar seus sonhos de serem princesas: “Se una à Irmandade, e tornaremos seus sonhos realidade!”
De acordo com a fábula feminista, as mulheres foram colocadas debaixo do cabresto por milênios e que agora é hora delas recuperarem o tempo perdido. Então agora elas devem ser as beneficiárias de um crescente número de medidas legais que as protegem, programas governamentais, comerciais e opções de estilo de vida. Este é o complexo da princesinha indefesa.
Que princesa que acabou de ser traída pelo seu Príncipe Encantado pode resistir a esta oferta?
Em pouco tempo estas Bruxas Más do Norte jogam um feitiço nessas princesinhas. Tais moças em pouco tempo se formaram na universidade acreditando que mulheres ganham menos realizando o mesmo serviço, que elas são excluídas das pesquisas médicas e numa miríade de outras tragédias que aflige todas as mulheres. A vitimização se torna o traço fundamental de sua personalidade.
E não é apenas a propaganda feminista que incessantemente repete o mantra da mulher-vítima. Alguns homens cavalheiros, vivendo suas fantasias de se tornar o Cavaleiro Branco da Armadura Reluzente, são também culpados.
Pegue uma cópia de seu jornal local e logo você verá artigos – geralmente escritos por repórteres e colunistas homens – que reforçam a noção da mulher vítima. Notícias de mulheres que estão estressadas, desvalorizadas e abusadas formam uma das bases do jornalismo atual.
Tempo atrás fui em uma conferência onde o palestrante fez a impressionante afirmação de que 60 milhões de mulheres em todo o mundo simplesmente “desapareceram”. Ele nem se importa em oferecer dados que confirmem tal afirmação. E certamente ele não se preocupa em citar que muitos homens também somem sem deixar traços.
Eu imagino que se aproveitar das inseguranças femininas faz com que tais homens se sintam galantes e orgulhosos. Mas o cavalheirismo é definido como ser “cortês com as mulheres”. Distorcer a verdade é ser trapaceiro, não cavalheiro.
E ainda temos mais um problema com o Complexo de Princesinha Indefesa.
Myrna Blyth, antiga editora do Ladies Home Journal, nos revela como as revistas femininas transformam a vitimização feminina em uma barganha para poder ganhar em cima dos últimos produtos de beleza ou programas de emagrecimento. Blyth declara que tais revistas promovem o “narcisismo como um estágio superior de libertação feminina. Eu, eu, eu significa que você é finalmente livre, livre, livre.”
Mas o problema vai além deste narcisismo.
No artigo citado no começo, Christopher Healy cita um pai que observa, “bem, esta é a mágica da Disney. Ela é viciante. É como o crack para uma criança de 5 anos.”
Então o Complexo de Princesinha Indefesa começa a se parecer com um hábito disfuncional em que sentimentos negativos advindos de ser uma vítima requer “doses” cada vez maiores administradas as mulheres para elas se sentirem bem consigo mesmo. E tais doses custam caro. As princesas “apenas descobrirão a felicidade quando se casarem com dívidas dignas de um rei,” Healy lamenta.
Tais mulheres são sem sombra de dúvida as mais prósperas, paparicadas e protegidas de toda a história da humanidade. Mas elas ainda acreditam que elas são injustiçadas.
Qual é a verdade do feminismo? Um conto de fadas que se tornou real, ou uma decepção real que apela aos mais primitivos instintos de homens e mulheres?
7 comentários
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De fato existe muito realismo neste texto. Recentemente vi que a Rede Podre de televisão iria passar de novo um filme em sua sessão da tarde sobre princesa e príncipe com aquelas historinhas melosas e dramáticas de sempre. Tenho 33 anos de idade e desde pequeno eu me lembro como globo investia pesado nestes tipos de filmes, sempre fazendo questão absoluta de manter a síndrome de princesinha mimada nas meninas e mulheres, principalmente meninas pequenas. É o grande negócio para fazer fortuna e lucrar em cima dos betas e provedores que as bancarão QUANDO CRESCEREM.
Depois destas eleições municipais, um jornal da minha cidade teve uma matéria dizendo que as mulheres estão “crescendo”, mas “ainda sofrem muito preconceito”.
Fiz uma leitura dinâmica para ver os exemplos de preconceitos que as mulheres ainda sofrem. Tudo que apresentaram foi o caso de uma vereadora de uma cidade vizinha, única mulher da câmara, que não foi reeleita.
Quer dizer que não votar em uma candidata é machismo e misoginia? As pessoas têm que votar em candidatas para mostrar que são esclarecidas e livres de preconceitos?
As princesinhas de todas as idades exigem direitos especiais. E os manginas concordam.
* * *
“E tais doses custam caro. As princesas “apenas descobrirão a felicidade quando se casarem com dívidas dignas de um rei,” Healy lamenta.”
Sei que o texto se refere às mulheres norte-americanas, mas como a mulher brasileira já se enveredou pelo mesmo caminho, o que vou contar é muito pertinente.
Por volta de 2003, 2004, fiquei sabendo que uma conhecida minha dos tempos de colégio tinha se casado. A festa de casamento dela custou mais de R$20.000,00, o que na época dava mais de 77 salários mínimos. Mas o casamento só durou 2 meses.
meus caros mulé atualmente possui um valor na sua buceta impressionante, elas mandam e desmandam em manginas e qualquer mediana meia boca possui alguns mangininhas para fazer favores a elas, o que temos a fazer é seguir um caminho que s eja o melhor para nós, o que importa é a nossa felicidade tenhamos uma filosofia d e vida e o resto que s e foda, mulé moderna não presta para nda é claro tirando uma fodinha, o resto é descarte.
Fugindo um pouco do assunto, vejam esta notícia absurda:
http://br.noticias.yahoo.com/estado-kansas-pede-que-doador-s%C3%AAmen-pague-pens%C3%A3o-123517761.html
Eu estou pensando num jeito de derrubar estes “contos de fada” e as novelas aqui no brasil. A esther vilar afirma com todas as palavras que nós homens não somos suficientemente importante para as mulheres… os “manda-chuva” sabendo disso, fazem uma lavagem cerebral nos homens e nas mulheres, fazendo elas grandes consumidores, que elas podem conseguir financiamento pelos homens e em alguns casos por elas mesmas.
Há anos atrás, antes de ter internet em casa, eu já havia percebido que as mulheres jovens nada mais são do que meninas crescidas, princesinhas em versão adulta. Hoje as mulheres não querem nada menos que a felicidade suprema, não admitem quaisquer percalços em suas vidas. Por isso, se tornou praticamente impossível para um homem que ainda tem um resto de dignidade ter qualquer relacionamento sério hoje em dia. As exigências insanas das mulheres são impossíveis de satisfazer, daí não é de se admirar que 80% das separações são as mulheres que pedem.