por Carey Roberts
“Nenhuma mulher deve ser autorizada a ficar em casa e cuidar de seus filhos. A sociedade deveria ser totalmente diferente. Mulheres deveriam não ter esta escolha, precisamente porque se elas tiverem tal escolha, a grande parte delas a escolheriam.”
Tal comentário frio veio de uma feminista socialista chamada Simone de Beauvior, em sua famosa entrevista de 1974 para o The Saturday Review.
Então o que acontece quando a agenda do feminismo radical se torna lei?
Isto não é apenas uma questão hipotética. Ela pode ser respondida através da análise da história, nos trágicos primeiros anos da União Soviética.
Quando os Bolcheviques assumiram o poder em 1917, Lenin teve que encarar o grande desafio de fazer a agricultura e a indústria crescerem rapidamente. Então ele bateu o olho numa vasta e ociosa força de trabalho: as camponesas.
Papagaiando a máxima marxista da opressão feminina, Lenin incitou as mulheres para a ação em seu Primeiro Congresso Russo das Trabalhadoras: “O status da mulher até agora poderia ser comparado a de um escravo; as mulheres estavam presas em suas casas, e apenas o socialismo poderia salvá-las.“
Resumindo, Lenin impôs leis que asseguravam que as mulheres receberiam salários iguais e o direito de ter uma propriedade.
Mas como Simone de Beauvior bem demonstrou, muitas delas preferiam assumir suas funções tradicionais em casa. Então a família tradicional tinha que ser abolida. Lenin entendeu isto, é claro.
Em 1918, Lenin introduz uma nova lei regendo os casamentos, que tornou ilegal as cerimônias religiosas. Lenin abriu creches estatais, restaurantes, lavanderias e centros de costura. O aborto foi legalizado em 1920, e o divórcio simplificado.
Em poucos anos, a maioria das funções familiares foram expropriadas pelo Estado. Em 1921, Lenin se gabava que “Na União Soviética, não há mais traços de desigualdade entre homens e mulheres perante a lei.“
Mas o sonho leninista de emancipação dos gêneros rapidamente se dissolveram em um cruel caos social.
Primeiro, o declínio do casamento fez com que explodisse a devassidão sexual. Partidários leais reclamavam que seus camaradas estavam gastando muito tempo em casos amorosos, impedindo que eles cumprissem com seus deveres revolucionários (Atlantic Monthly, julho de 1926)
Como era de se esperar, as mulheres que eram mandadas às indústrias e aos campos pararam de ter filhos. Em 1917, a média de filhos por mulher russa era de 6. Em 1991, caiu para 2. Foi a queda de natalidade mais pronunciada da história moderna.
Mas as maiores vítimas disto foram as crianças. Como resultado da dissolução familiar, combinados com a guerra civil e a fome, inúmeras crianças russas se encontraram sem família ou uma casa. Muitas viraram trombadinhas ou prostitutas.
Em seu livro Perestroika, Mikhail Gorbachev refletiu sobre os 70 anos do tumulto russo: “Nós descobrimos que muitos de nossos problemas – como o comportamento de nossos jovens e crianças, na nossa moral, cultura e na produtividade – são causadas parcialmente pelo enfraquecimento dos laços familiares.“
Socialistas feministas, obcecadas em criar uma sociedade sem gêneros, estão agora tentando repetir a mesma experiência desastrosa na sociedade Ocidental. Naturalmente, elas esperam que você não saiba da história da destruição da família na União Soviética.
Mas a verdade está aí, a espera de ser compreendida por quem quiser vê-la.
fonte: http://www.dvmen.org/dv-124.htm#dissolution
Comentário: Olhe para o passado para entender o presente e tentar prever o futuro. Não vêem alguma semelhança com os tempos atuais?
3 comentários
O mundo ocidental vai pagar caro pela destruição da família e os efeitos nefastos dessa destruição já podem se sentidos nos dias de hoje.
a familia ja era, casamento ja era, se alguem voltar no tempo do nossos bisa avos, verão que se a mulher não fosse decente d e familia e virgem ela estava fadada a ficar sozinha, o homem era homem mesmo, e não essa coisa androgina que vemos atualmente.
para min nada compensa em se tratando de relacionamentros para fins matrimoniais.
se casamento foi bom isso é passado.
Como disse um historiador:
“Aqueles que não aprendem com a História estão condenados a repeti-la”
* * *