por Whiskey’s Place
Mulheres anseiam pelos machos alfa. Bem, isso é óbvio. Homens alfa, aqueles que detém mais dominância social, poder, carisma e atratividade do que as mulheres ao seu redor, são irresistíveis. Exemplos não faltam: Bill Clinton, Barack Obama (por causa que as celebridades e outras pessoas famosas praticamente o idolatrarem como um deus) e Charlie Sheen (isso antes da decadência torná-lo somente um maluco, não um bad boy disputado). Um dos métodos mais rápidos para um homem ser considerado um “macho alfa” também é a violência, é claro. Homens violentos são irresistíveis para boa parte das mulheres, como deixou claro Theodore Dalrymple no livro “Life at the Bottom“.
Uma das descobertas inesperadas, mas lógicas, do efeito do desejo sem controle das mulheres pelo macho alfa é a baixa capacidade da mulher de progredir na carreira. Sim, temos mulheres como Hillary Clinton, Carly Fiorina, Meg Whitman, Sarah Palin e a CEO da Pepsi Indra Nooyi. Hillary Clinton simplesmente segue a velha tradição de se aproveitar do nome de um marido ou pai poderoso. Isto é ótimo se você é uma Kennedy, uma Clinton, uma Bush ou até mesmo uma Obama. Não é tão bom se você é ninguém. Mas as outras mulheres avançaram por conta própria e por seus méritos pessoais. Sua vantagem: casaram-se com um homem comum, que as apóia em tudo.
Em artigo da Financial Times, escrito por Lucy Kellaway, isto é muito bem demonstrado:
“(…) mulheres bem sucedidas estão, em sua maioria, ficando estagnadas na chamada “camada de marzipã” [1], em posições inferiores nas salas de reuniões. De acordo com a autora Sylvia Hewlett da Univesidade de Colúmbia, o motivo disso é porque poucos homens estão interessados em ajudar as mulheres a chegar ao topo. Homens, ela argumenta, ficam preocupados em ser vistos ajudando uma mulher por medo de recaírem suspeitas de favorecimento sexual sobre eles.
Isso me parece uma razão muito fraca para o baixo número de mulheres que chegam a posição de CEO [2]. A profª Hewlett está certa ao dizer que homens acabam segurando as mulheres, mas errada ao achar que esse impedimento acontece no ambiente de trabalho. Na verdade, ele acontece em casa. A maior razão para que mulheres bem sucedidas não se tornem CEO’s de uma empresa é porque elas comente o erro comum, mas fatal, de se casarem com homens tão ou mais poderosos do que elas.
Cheguei a esta conclusão através da observação das mulheres que eu conheço. Algumas foram brilhantes por um tempo, mas suas carreiras ficaram engessadas através dos anos. O problema não são os filhos (mulheres bem sucedidas costumam ter alguns) mas sim os seus maridos ainda mais bem sucedidos que insistem em colocar as carreiras deles em primeiro lugar.
Até a semana passada essa era apenas uma teoria minha sem muita importância. Mas esses dias eu peguei a lista das 50 mulheres mais bem sucedidas e fui procurar sobre como é a vida de todas elas. Infelizmente, algumas conseguiram esconder muito bem as informações sobre suas vidas particulares, mas vendo a história da maioria delas eu consegui confirmar a minha teoria. Praticamente todas elas tem filhos, mas não consegui encontrar nenhuma que tem um marido mais bem sucedido que elas.
A única que teve um marido tão bem sucedido quanto ela é Andrea Jung, CEO da Avon, que se casou com o CEO da Bloomingdale’s. Mas eles acabaram se separando.
Do máximo que pude extrair sobre a história dos maridos delas, todas as outras se casaram com homens que se sujeitaram a sacrificar suas vidas profissionais em favor da carreira de suas mulheres.
Indra Nooyi, CEO da Pepsi e a mulher mais poderosa do mundo dos negócios, se casou com um homem que acabou pedindo demissão e se tornou um consultor só para ter tempo para cuidar da casa e dos filhos. Idem com Irene Rosenfield, da Kraft, a qual o marido se dedica há 20 anos a ajudar ela. A mesma coisa também com Ursula Burns, da Xerox.
Há razões óbvias para que maridos bem sucedidos serem uma pedra no sapato de mulheres que aspiram a ser CEO’s. A primeira é logística. Se você quer ser bem sucedido, você tem que ser alguém que se desloca muito. Você precisaria ter um marido igual a Gregg Ahrendts, que fechou seus negócios na área de construção civil para que sua esposa Angela pudesse se mudar para Londres para se tornar a CEO da Burberry. Também é necessário que um dos pais veja os filhos ocasionalmente. E acima de tudo, você precisa de alguém que a encorage. Se você passou o dia competindo com outros homens, tudo o que você não quer é competição em casa. Você precisa alguém como Lloyd Bean, marido de Ursula Burns, que trabalhava na Xerox bem antes dela entrar na empresa, mas que adorou quando sua mulher o ultrapassou nas posições de chefia. Ou como o marido da magnata bancária Chanda Kochhar. Ela diz que seu marido está “genuinamente feliz com o meu progresso”.
A lição que fica para a aspirante a rainha corporativa é pensar melhor em quem ela escolherá para se casar. Ela deverá escolher um homem que tenha ideais semelhantes, mas que goste de dar suporte e nã ose importe a ser o coadjuvante. Em outras palavras, o cara certo deve ser a versão masculina de Kate Middletom.
Mas, há um problema tanto na demanda quanto na oferta. Mulheres bem sucedidas são programadas para correrem atrás de homens bem sucedidos. A maioria dos homens não se atraem por mulheres mais bem sucedidas que eles. E até isso mudar, ainda terá muitas mulheres que ficarão grudadas no marzipã amarelo da mediocridade do que alcançando o topo.
Aí está. A sra. Kellaway disse tudo. Mulheres não são feitas para progredir. Não em números expresivos. É notável que as mulheres que ela citam são em grande maioria mulheres mais velhas, que foram criadas antes da onda de pregação da hipergamia feminina generalizada.
Para subir no mundo corporativo, uma mulher precisa de um marido que a apoie. Como Kellaway nota, deve ser um homem que disponha a sacrificar a carreira, ter disponibilidade para se mudar, dar suporte emocional à mulher em casa e se sujeitar a um papel menor na relação. Praticamente nenhum homem racional faria uma coisa dessas hoje em dia, porque mulheres acham homens assim extremamente broxantes, e em pouco tempo acabariam se envolvendo com um amante, pedindo o divórcio ou os dois ao mesmo tempo. Homens são criaturas simples, que farão tudo o que as mulheres os recompensarão para fazer. Mulheres gostam de falar coisas bonitas sobre o amor (coisas que elas não querem dizer realmente) mas quando a realidade bate à porta, elas sempre escolhem a opção mais óbvia.
Sendo um marido “efeminado” é uma maneira bem rápida de se “conquistar” o divórcio ou um par de chifres. Ser sexy, o que significa fazer a maioria das mulheres a sua volta quererem dar para você, é vital para o homem manter a atratividade e consequentemente o amor e a fidelidade num casamento.
Homens sexys são… sexys, ué. Mas eles não são muito afetivos ou confiáveis. Eles não vão se mudar para acompanhar a promoção de sua parceira. Eles não aceitam o 2º lugar. Provavelmente não vão querer ficar cuidando de crianças e/ou ser um suporte emocional para a mulher. O ponto principal de ser sexy é ter status social e poder maiores do que sua mulher. É por isso que eles são considerados sexys.
Mulheres modernas, na faixa dos 20 a 40 anos, fantasiam que um homem pode ser ultra-sexy e que seja o suporte emocional delas. Quando elas descobrem que não é bem assim, elas preferem ficar com o lado sexy e escolhem não progredir na vida. Mulheres preterirão a carreira por homens sexys em todas as vezes. É o que elas fazem direto. E elas escolhem assim não porque elas decidiram ser mães ou porque colegas homens estão receosos de deixar as mulheres progredirem [mas é de se pensar nas desvantagens de um homem que é chefiado por uma mulher – um homem que não é considerado “sexy” e que é basicamente um eunuco ou um assexuado aos olhos dela é um baque psicológico muito sério, particularmente aos mais jovens que estão a procura de uma parceira que pode vir a ser sua esposa]. É assim que funciona a ambição exagerada de ter homens sexys a custa de tudo o mais.
Todas as coisas tem preço. Inclusive ter um homem sexy ao lado. Quanto mais homens ignoram a natureza da hipergamia feminina, e o desejo da mulher moderna para obter homens sexys a qualquer custo, o suporte masculino por medidas que promovem a igualdade de oporunidades entre os sexos nos cargos mais altos é fadado ao fracasso. Por causa de dois fatores.
O primeiro é que são as próprias mulheres as culpadas por sua estagnação. Elas escolhem homens sexys que são mais destacados que elas, e depois ficam se perguntando o porquê que eles não se mudarem de cidade com elas quando elas recebem uma promoção. Porque ele não prepara as refeições, cuida dos filhos ou pelo menos dê algum suporte emocional para ela. A resposta é porque esses homens são sexys, e isso é tudo o que eles precisam ser.
E a segunda causa, é claro, é porque toda mulher que progride na carreira é mais uma mulher que considerará os homens comuns como seres invisíveis, até mesmo repulsivos. Ou seja, o preço do avanço feminino é a criação de mais machos betas, ou seja, caras que tem um status social igual ou menor que as mulheres de seu meio. Casamentos tardios e longos períodos solteiros é um sintoma disso. Particularmente na juventude. Homens trabalhariam melhor se as mulheres ficassem restritas a serem secretárias e outros cargos semelhantes no ambiente de trabalho, por que eles não ganham nada se as mulheres avançarem demais (eles vão acabar solteiros) e podem perder tudo por isso (ficam repulsivos ou invisíveis sexualmente para essas mulheres). Não que isso nunca irá acontecer, mas homens solteiros tem maiores chances de beijar a lona, tremendamente, com o avanço feminino. Homens casados, particularmente aqueles que se casaram tarde, são mais propensos a ter que se igualar as suas mulheres em poder e status para se garantirem contra uma traição e/ou divórcio. Só aqueles com esposas que já passaram da menopausa (e que ninguém quer mais) se beneficiarão disso.
Ter um homem sexy tem um alto preço, e as mulheres estão começando a descobrir qual.
texto original:
http://whiskeys-place.blogspot.com/2011/03/end-of-female-advancement.html
Notas:
[1] – Camada de marzipã – gíria para trabalhadores, que numa companhia ou organização, tem um bom cargo mas que estão abaixo dos cargos mais importantes.
[2] – CEO – Chief Executive Officer, traduzindo é o diretor geral de uma empresa, a que tem a mais responsabilidade ou autoridade numa organização.
Comentários do Canal do Búfalo: Essa situação de querer “tudo” destas mulheres bem sucedidas me faz lembrar de uma frase que li por aí: “O Preço da ambição exagerada é a própria destruição”. Não seria uma destruição física, mas uma destruição profissional – e porque não? – emocional, pois como sabemos, o ego feminino em grande parte necessita de ser inflado constantemente para se sentir bem. Imaginem como devem se sentir as mulheres que tem suas capacidades limitadas por aquilo que aparentemente ela mais se sente atraída? É claro, elas jamais vão admitir isso e jogarão a culpa inteira de sua estagnação no machismo…
Um adendo ao artigo, também temos aqui a prova da famosa frase “não existem mendigos encantados”. A grande maioria dos homens poderosos podem facilmente ter relacionamentos com mulheres de origem humilde e não sentirem diminuídos por isso. Agora, veja se o contrário já aconteceu alguma vez…
4 comentários
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Como as mulheres sentem asco de se relacionar com homens inferiores, a cada ano que passa veremos mulheres a rodo com carreiras bem sucedidas em relacionamentos casuais. E depois de uma certa idade já entrando na decadência, começam a bancar caras espertalhões em troca de sexo.
jb.fortaleza:
”Gostaria que vocês analisassem a seguinte situação:
O cara é um funcionário da empresa e tem certa popularidade, pré-seleção com as mulheres. Ele tendo uma chefe mulher, será que ela sentirá atração por ele, mesmo sabendo que ele está abaixo dela na hierarquia e ela tem uma vida social/financeira melhor do que ele?
O Que vocês acham, Barão Kageyama e todos os leitores?”
Pra mim pelo q eu ja vi na pratica,97% nao vai querem empregado e sim algum dono de outra empresa.
monta uma empresa comcorente e depois vai la da um oi vc vai ver a cara de puta safada que ela vai fazer pra vc.
O máximo que vejo acontecer é um rápido envolvimento sexual, cujo cume será a demissão do rapaz, e os encontros acontecerão sempre as ocultas se ocorrer é claro, como parte de uma fantasia sexual feminina, porem nada mais além disso!
“A grande maioria dos homens poderosos podem facilmente ter relacionamentos com mulheres de origem humilde e não sentirem diminuídos por isso. Agora, veja se o contrário já aconteceu alguma vez…”
PURISSIMA VERDADE.
Gostaria que vocês analisassem a seguinte situação:
O cara é um funcionário da empresa e tem certa popularidade, pré-seleção com as mulheres. Ele tendo uma chefe mulher, será que ela sentirá atração por ele, mesmo sabendo que ele está abaixo dela na hierarquia e ela tem uma vida social/financeira melhor do que ele?
O Que vocês acham, Barão Kageyama e todos os leitores?
Abraço