Desvendando o paradoxo da felicidade feminina

por The-Spearhead 

Algum tempo atrás, num artigo que demonstrava que feministas tem um entendimento equivocado sobre o que realmente excita as mulheres, Heartiste linkou um artigo de 2009 do New York Times sobre a sexualidade feminina. O artigo, que tem 9 páginas, era surpreendentemente franco e revelador. Algumas das descobertas mais curiosas incluem a natureza nebulosa do desejo feminino, que é muito menos específico do que o masculino. Homens e mulheres foram colocados em situações que testavam a sua excitação, e os resultados apontavam que a mulher responde sexualmente para coisas e circunstâncias muito mais diversas que os homens, incluindo alguns resultados que poderiam sugerir a que a bestialidade e o homossexualismo são mais comuns na mulher do que no homem. Entretanto alguns podem ver isto uma evidência da depravação feminina, um dos pesquisadores entrevistados no artigo veio com uma teoria muito melhor sobre o que move o desejo feminino.

Marta Meana, uma professora de psiquiatria da UNLV, concluí que o desejo feminino é na sua essência narcisista; mulheres se excitam com a ideia de serem desejadas. Algum tempo atrás, eu levantei uma conclusão sobre o amor, e sugeri que o amor de uma mulher por um homem é baseado em como o apego que ela tem por ele melhora sua excitação, mas sobre as origens do erotismo feminino acredito que a dra. Meana esteja mais correta. Entretanto, uma síntese dessas idéias provavelmente explicam muito do processo da sedução. E também pode nos dar uma pista do porque as mulheres relatam estarem mais infelizes neste mundo dominado por um viés feminista.

Alguns trechos do artigo:

A noção que é aceita normalmente que para as mulheres um relacionamento com um parceiro que é mais intimamente ligado a ela pode levar a uma melhor qualidade de vida sexual, segundo a dra. Meana, é na maioria das vezes equivocada. “Realmente”, ela diz, “o desejo da mulher não é relacional, mas narcisista” – é dominado por anseios de “amor próprio”, pelo desejo de ser o objeto de admiração erótica e de ser alvo do desejo sexual. Ainda sobre o assunto do narcisismo, ela comentou sobre uma pesquisa que indica que, em comparação aos homens, as fantasias eróticas femininas são muito mais ligadas a receber prazer do que proporcionar. “Quando o assunto é desejo”, ela diz, “as mulheres são muito menos relacionais do que os homens.”

[…]

A dra. Meana usa uma cena simbólica para exemplificar o desejo feminino: uma mulher imprensada a uma parede de um beco, sendo violada.  Aqui, na visão de Meana, temos um emblema da excitação feminina. O estuprador está tão focado em seu desejo por esta mulher que ela não consegue se conter; ele transgride as normas sociais para poder atacá-la, e ela, se sentindo como a única objeto dos desejos ele, fica chocada com sua própria carga reativa e se rende. Meana se desculpa pela visão anti feminista e regressiva da cena.

A razão que o status de um homem é tão importante para o erotismo feminino, se Meana estiver correta, é que temos um homem de alto status focado nos atrativos sexuais dela. Se é o tipo de homem que pode conquistar a mulher que ele quiser, então a mulher que ele escolhe provavelmente é desejada por um número grande de homens. Essa atenção alimenta suas fantasias narcisistas, assim despertando os desejos eróticos da mulher que é alvo deste desejo. É uma resposta simples e elegante para a questão do que realmente excita as mulheres, e explica a popularidade dos contos de fadas, a fixação feminina em concursos de beleza e de modelos. Esta é a base da hipergamia. Mesmo a contradição intrigante das fantasias femininas de estupro fazem sentido quando vistas a esta luz – o “estuprador” destas fantasias tipicamente é algum cara bonitão ou algum cara de alto status social. Imaginando elas mesmas como um objeto de atenção e desejo é altamente erótico para uma mulher, e quanto mais alto o status do homem que a deseja mais isto se confirma.

Dado este desejo primitivo, fica fácil entender porque mulheres procuram situações que as coloquem em contato com homens com alto status. Provavelmente isto explica as massas de belas jovens que vão para Washington DC, lugar que não é conhecido por ter gente bonita. O sucesso do seriado Mad Men faz sentido – qual mulher não adoraria estar cercada por executivos de alto poder?

Então, se criarmos uma sociedade que aumenta o status feminino às custas dos homens ao redor dela, as mulheres terão poucas chances de satisfazer suas necessidades eróticas – a atmosfera da “igualdade” terá um efeito negativo na sua libido  e as trará baixa satisfação sexual. E isto se traduz em menor felicidade. E é exatamente isto que estamos tendo, especialmente no mundo anglo saxônico.

As americanas desde a década de 1970 estão reclamando cada vez mais de serem infelizes, justo quando o feminismo começou a impor a igualdade e a sociedade começou a acomodar as mulheres em posições de poder. Num estudo feito em 2009 pela Universidade da Pensilvânia relata que a felicidade feminina, que era superior a dos homens antes da década de 1970, está declinando gradualmente ao ponto que os homens, na média, estarem mais felizes que elas:

Em muitos graus, o progresso feminino nas décadas recentes foi extraordinário. A diferença entre os sexos está muito menor. Os níveis educacionais cresceram e estão até ultrapassando os dos homens. Elas ganharam níveis inacreditáveis de controle sobre sua fertilidade. Mudanças tecnológicas, na forma de novos eletrodomésticos, libertou elas do serviço doméstico. Resumindo, as liberdades femininas tanto nas esferas familiar e profissional expandiram. O estudo de Francine D. Blau sobre mudanças objetivas no bem estar da mulher a partir da década de 1970 demonstram que as mulheres tiveram enormes ganhos. A produtividade melhorou, e o salário das mulheres cresceu em praticamente todas as classes, tirando as das classes mais baixas, e relativamente, os salários das mulheres vem crescido mais do que para os homens em todas as raças e níveis educacionais. E ainda, a participação da mulher na força de trabalho cresceu a níveis históricos tanto em níveis absolutos e relativos quando comparados aos homens (Blau e Lawrence M. Kahn 2007). Por sua vez, melhores ganhos salariais para as mulheres melhoraram seu poder de barganha em casa por ter dado a elas mais oportunidades fora do casamento.

Dado as mudanças de direito e do poder de barganha do homem para a mulher ocorridos nos últimos 35 anos, mantendo todo o resto igual, era de se esperar ver uma mudança nos níveis de felicidade em favor das mulheres. Mas, neste estudo, documentamos que a sensação de bem estar subjetiva das mulheres decaíram tanto absolutamente quanto relativamente em comparação aos homens. Enquanto o aumento das oportunidades para as mulheres foram estudadas detalhadamente, o declínio da sensação de bem estar subjetiva das mulheres foi praticamente ignorada. A única exceção dada ao estudo de David G. Blanchflower e Andrew J. Oswald (2004), que estudaram tendências nos EUA e na Inglaterra e notaram que, enquanto as mulheres reportavam estarem mais felizes que os homens no período em que eles examinaram, a tendência nas mulheres de cor branca nos EUA foi negativa durante este período. Nos iremos mostrar, neste estudo, que a felicidade feminina caiu tanto absolutamente quanto relativamente em comparação ao homem de uma forma generalizada, de tal forma que as mulheres relatam não serem mais felizes do que homens, e, em muitos casos, relatam que a felicidade que está abaixo da dos homens. Além disso, mostraremos que esta mudança ocorreu em praticamente todo o mundo industrializado.

O estudo é muito detalhista, mas os autores nunca chegam a uma conclusão plausível sobre o porquê do declínio da felicidade feminina, mas admitem que o movimento feminista “pode ter contribuído para a diminuição da felicidade da mulher”:

Finalmente, as mudanças trazidas pelo movimento feminista podem ter influenciado na queda dos níveis de felicidade feminina. As maiores chances de serem bem sucedida em inúmeras áreas podem ter levado a elas perceberem que tal vida pode levar a inúmeras frustrações. Similarmente, mulheres podem comparar mais suas vidas entre mais pessoas, inclusive homens, e notarem que suas vidas provavelmente não serão tão bem sucedida quanto a dos outros. Ou as mulheres simplesmente perceberam que a complexidade  e a maior pressão da vida moderna tem como custo sua felicidade.

Diener (2000) nota que uma das características da sensação subjetiva de bem estar é ser subjetiva, observando que “condições objetivas como saúde, conforto ou riqueza” são “notavelmente ausentes” e, enquanto influenciam a sensação subjetiva de bem estar, “eles não são vistos como inerentes”. Este aspecto da sensação subjetiva de bem estar faz com que o entendimento do que realmente há por trás do declínio da felicidade feminina um desafio, ainda que decifrar este paradoxo como fizemos neste estudo pode ser a chave para entender melhor a sensação subjetiva de bem estar.

Talvez podemos fazer um favor aos autores, e as mulheres, “decifrando este paradoxo”. O triunfo feminista privou as mulheres do elemento essencial de sua vida sexual. Por ter aumentado o status da mulher e enfatizando a “igualdade”, o feminismo fez o equivalente psicológico de uma clitoridectomia (NT: cirurgia para remoção do clítoris) nas mulheres. Ao invés de objetos de desejo e paixão, elas agora são competidoras, rivais e colegas – seu capital sexual caiu abruptamente. Os homens ao redor delas não são mais fortes e dominantes, mas intimidados, vacilantes e tímidos. As chances de uma mulher se “sentir como uma mulher” foram radicalmente reduzidas. As suas necessidades hipergâmicas foram deixadas de lado por seus maridos e namorados “iguais” a ela.

Ainda há dúvidas do porque as mulheres estarem tão infelizes? 

Por todos os problemas que o feminismo causou aos homens ao passar das décadas, parece que ele também foi fonte de um número significativo de misérias para as mulheres. É por isto que o feminismo está destinado a falhar: em seus corações, as mulheres não o deseja.

fonte: http://www.the-spearhead.com/2011/12/12/decoding-the-female-happiness-paradox/

6 comentários

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    • Suzi Andrade em 12/04/2013 às 18:11
    • Responder

    hahahahahahahahahahaha

    • André N. Solyom em 12/03/2013 às 17:13
    • Responder

    O interesse primordial é sempre o financeiro. Mais mulheres infelizes, mais mulheres gastando com a busca dessa felicidade, mais dinheiro entrando. Também com menos famílias centradas (não adianta discutir isso, o núcleo familiar é sempre matricêntrico: uma criança em apuros sempre procura ou chama pela mãe), melhor o controle político sobre as populações. Elas não criam mais seus filho, as babás e as creches fazem-no. O que não fazem, a televisão (e tudo o que se relaciona às mídias sociais) completam. Quer melhor do que isso rumo ao “admirável mundo novo”?

  1. Na realidade a unica coisa que vai ser ressaltada pela mída, governo e pelas feminazis é que a “mulher está menos feliz que o homem”. E como vão resolver isso? Com mais PRIVILÉGIOS pra acabar com essa infelicidade. (outro dia, um deputado idiota estava propondo uma emenda na constituiçao com o “direito de ser feliz”, putz).

    Jornada de trabalho MENORES, com os mesmo salarios, fora os incentivos (bolsa-prozac), óbvio que no mundo real isso não funcionaria, por isso o governo vai IMPOR a quota de cargos destinados a MULHERES nas empresas particulares e em orgãos governamentais.

    Óbvio que não há almoço gratis no capitalismo (nem no comunismo alias) alguem tem que trabalhar pra sustentar esses privilegios. Impostos nas alturas que vão insidir sobre quem? Sobre os homens. Tudo relacionado a masculinidade será tachado direta ou indiretamente.

    O fato de mesmo sendo pisado, humilhado, castrado, escravizado, ter que trabalhar por dois ( pra sustentar a si mesmo e para sustentar os privilegios dados as mulheres) o cara se contenta ainda vai ter que ouvir que a infelicidade da mulher “é um sinal claro que as mulheres estão sendo exploradas pelo patriarcado opressor”.

    1. wow, é verdade. Como fomos deixar chegar a tanto….? Sinistro esse panorama.

  2. porra,acertaram em cheio,isso explica o motivo(que eu ja sabia a resposta em partes)

    de as mulheres sempre adorarem dar pro cara com a cara na parede,eu acreditava que era apenas pra realizarem a fantasia de serem violentadas,fantasia essa que praticamente toda mulher tem…mas agora aparece a resposta complementar a essa:alem disso e porque a mulher deseja ser sempre o centro das atencoes,isso todo mundo ja sabia,mas a parede e o simbolo disso.

    parabens,material de primeira!

  3. depois dizem que não nos importamos com as mulheres….aff….

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