por Doutrinador
Quem nunca teve um conhecido, colega ou até mesmo amigo falastrão que diz que tem o pinto mais grosso do planeta, que come todas, que faz e acontece na cama, que transa 24hs por dia e que faz questão de te dar um histórico sexual sempre que te vê? Será mesmo que ser (H)omem é falar de sexo o tempo todo e desvirtuar toda e qualquer conversa para “peguei todas”, “comi várias”, “meu pinto é o mais grosso” etc?
Normalmente falastrões dizem que semprem se dão bem em situações extremamente improváveis e se denunciam pelo exagero, como:
– Dizem que comeram mulheres casadas e comprometidas
Mentir que comeu mulheres solteiras não é o bastante. Elas precisam ser casadas e comprometidas para aumentar a impressão de “fodonice“, para dar aos outros a impressão subliminar de que ele é um macho melhor que o corno traído e que não só é capaz de comer solteiras como é uma “ameaça sexual” à casadas, o que obviamente não passa de uma mentira;
– Falam de sexo o tempo todo para parecer que transam com uma mulher diferente por dia
Qual a necessidade de falar de mulher e sexo 24hs por dia, paspalho? Acho que esses imbecis possuem a cabeça do pinto na ponta da língua e gozam mais falando do que trepando. Todos sabem que homem gosta de vagina, não é necessário lembrar isso o tempo todo a não ser que você esteja “devendo” e com medo de alguém pensar o contrário de você, o que normalmente é o que acontece com esses falastrões.
– Adiciona nas redes sociais toda e qualquer piranha que vê pela frente e se vangloria disso
A lógica para um verdadeiro comedor aponta justamente o contrário como ideal: quanto mais as mulheres forem próximas de você, sabendo de todos os seus contatos, mais você terá dor de cabeça para dispensá-las. Montar um harém público e virtual de mulheres só tem uma finalidade: a de tentar conseguir a imagem de comedor mesmo que na verdade seja um simples miguxo que fica “curtindo” fotos de piriguetes no Facebook, compartilhando as asneiras que elas dizem e dando RT em poemas da maçã do Twitter. Um homem de verdade não fica lambendo salto de piriguete em redes sociais, e é inimaginável para ele se vangloriar de algo assim.
– Possuem a habilidade irritante de criar contos eróticos praticamente instantâneos para qualquer conversa
Exemplos: quando o assunto é andar de ônibus, dizem que transaram com (ou “pegaram”) uma mulher que segurou a mochila pra eles; quando o assunto é treino e academia, dizem que “ficaram” com uma gostosa que pediu para ajudá-la com os aparelhos; quando o assunto é aulas e faculdade, dizem que não aguentavam comer tanta mulher na faculdade e como elas lhe tiravam a concentração; quando o assunto é parentes, dizem que já flertaram com a cunhada, quando o assunto é trabalho, falam daquela colega gostosa que anda “dando mole”, etc. Toda e qualquer conversa é uma oportunidade em potencial para o paspalho mostrar que faz sexo e gosta de mulher, o que mostra que em sua cabeça de forever alone não passa outra coisa a não ser fantasias do dia em que tudo aquilo possa se tornar realidade.
– Apenas os outros se dão mal, com eles tudo dá incrivelmente certo
Quando questionados sobre o que rolou com aquela ficante, sempre dão a entender que fizeram todas as posições do Kama-Sutra com ela e a fizeram gozar 500 vezes, mesmo que na verdade só tenham conseguido ir comer um dogão na praça com ela. Há uma grande diferença entre ocultar seus fracassos e mentir deslavadamente para parecer fodão. É claro que um homem de verdade não vai sair por aí dizendo que broxou e que fez papel de otário saindo com uma mulher que não queria nada, até porque todos cagam e andam para a sinceridade, mas contar mentiras absurdas e irritantes como “foi shooow levei ela pro motel e fiz acontecer” é assinar um atestado de fracassado, afinal a lida com mulheres está longe de ser uma ciência tão exata onde você sempre acerta.
– Possuem a síndrome do pop-star
A síndrome do pop-star é o vício em dizer que seu pinto é tão procurado pelas mulheres quanto calcinha bege em liquidação na Marisa.
Falastrões com essa síndrome reclamam insistentemente daquela “mina que não larga do meu pé” e falam coisas inacreditáveis como “fiquei com aquela guria gostosa e me arrependi, pois ela não para de me ligar”, “maldita hora em que levei a fulana pro motel”, “da próxima vez que alguma quiser sexo vou fugir, não aguento mais tanto sexo” mesmo que ninguém tenha perguntado por onde o pinto dele andou e que diabos ele faz com as mulheres.
Agem como se fossem populares com milhares de fãs querendo transar com eles, mesmo que para ter alguma atenção e sair da invisibilidade eles precisem se tornar clones de playboys, pitboys e agroboys de balada.
– Se dizem bonzões, mas reproduzem comportamentos de bando e idolatram cafajestes
Todo falastrão se diz bonzão e independente, mesmo que não passe de um clone do Neymar ou do Justin Bieber.
Paspalhos que usam moicanos só porque é modinha e as “minas curtem”, falam gírias só para parecerem descolados, usam roupas de marca só pra aparecer e colocam foto mostrando a linguinha nas redes sociais não podem ser chamados de independentes e seguros, como querem fazer parecer.
São apenas clones de homens mais populares do que eles, numa tentativa desesperada de obter algumas migalhas do destaque que eles possuem.
Um homem de verdade não aceita ser clone de jogador fanfarrão, ele adquire sua própria identidade e valores.
– Associam o sucesso masculino ao número de mulheres
Na cabeça do falastrão um homem não pode ser bem sucedido na vida se ele não tem um harém de mulheres à sua disposição.
Mulheres sempre são a prioridade para eles, mesmo que na verdade não tenham transado com metade das mulheres que alegam. Eles querem se formar na faculdade para ter um canudo “extra” para trepar mais. Querem um bom emprego para ter mais dinheiro e gastar ainda mais com mulheres. Querem uma promoção para impressionar as colegas vadias da empresa. Querem ser presidentes para terem uma secretária gostosa. Querem ter bens e posses para impressionar as amigas. Querem malhar para ficarem mais marrentos e autoconfiantes com as mulheres.
Para eles, todo e qualquer homem que faça uma dessas coisas por si mesmo, visando apenas sua evolução sem ter mulheres como prioridade são tratados como fracassados e pega-ninguém. Homens que estudam mais do que trepam são manés. Homens que trabalham mais do que trepam são manés. Homens que fazem musculação por prazer no fisiculturismo e não para impressionar piranhas são manés. Homens que vão a academia e não bajulam as gostosas são manés. Homens que não param no trânsito para olhar bundas são manés.
Sucesso para fanfarrões simplesmente não existe sem que exista uma vagina no contexto.
Parem de ser falastrões e façam mais, paspalhos. O verdadeiro (H)omem não é desesperado no sexo, mas calculista. O pinto do verdadeiro homem não gera logs de atividade sexual e publica na Internet, ele deve satisfações apenas a si mesmo. Não está preocupado em agradar a outros e em elevar o seu ego, mas tem sua referência bem estabelecida e inabalável.
O verdadeiro homem se recusa a ser um mero clone do Neymar ou de ídolos teens imbecis só porque elas gostam de “estilos”: ele consegue vender suas qualidades e aquilo que tem de melhor ao invés de “piratear” o produto dos outros.
Quer ser um homem de verdade?
Caia na real e pare de passar vergonha na frente dos outros ao falar em sexo o tempo todo e narrar esses contos eróticos imbecis que só você acredita. Pare de dar históricos de sua atividade sexual como se todos tivessem a enorme curiosidade em saber o que você anda fazendo com seu pingo de leite. Aprenda a falar sobre assuntos normais com seus amigos sem colocar mulher no meio ou desvirtuar a conversa feito um cachorro lambão sempre que uma mulher chega no ambiente. Seja prático, seja objetivo, aproveite o tempo, fale menos e faça mais.