Esta é a primeira parte de uma série que faço no intuito de definir o que é o feminismo nos termos do campo da “igreja” moderna. A intenção desta primeira parte é tentar definir de forma completa o que o feminismo é. As outras partes definirão de forma mais acentuada de como ele é expresso na sociedade moderna.
O primeiro problema que encontramos ao analisar o feminismo é que as pessoas tendem a julgar as coisas baseados na expressão do princípios e não nos princípios propriamente ditos. Então, na contabilização de apontar o feminismo onde ele existe, nós temos que estar dispostos a separar tais princípios diferente das formas que eles são expressos. Neste sentido, podemos perceber que temos uma expressão secular e uma expressão religiosa destes princípios. Enquanto estas pessoas tem objetivos idênticos, seus interesses são diferentes, e expressados de forma diferente.
Isto nos leva ao segundo problema ao definir o feminismo. Você terá as feministas religiosas se comparando com a expressão de princípios das feministas seculares com sua definição de feminismo, e ao mesmo tempo se identificando como “não feministas”. Isto se dá primariamente por diferenças em suas políticas. Enquanto as feministas religiosas são pró religião e contra o aborto, há uma concordância com outras expressões de princípios.
Por exemplo, enquanto as feministas seculares lutam pelo “mesmo espaço no mercado de trabalho”, as feministas religiosas lutam pelo “direito de participarem ativamente do ministério, como os pastores e padres”. (1) Mas ambas enxergam isto como uma desigualdade entre homens e mulheres, e ambas enxergam isto como uma luta por “igualdade de direitos”. Nós temos uma expressão totalmente diferente do mesmo objetivo em termos de diferir os objetivos das partes envolvidas. Podles aponta este assunto no capítulo 5 em diante de seu livro, do papel que a influência feminina teve na “igreja” moderna e como ela surgiu bem antes das primeiras feministas seculares aparecerem. Dado o controle feminino da “igreja” moderna, não é de ser surpreender que as feministas religiosas pegaram algumas dicas com as suas irmãs seculares e começaram seu ataque contra os papéis de gênero dados por Deus ao mesmo tempo que as feministas seculares começaram seu ataque contra a sociedade.
E também não é surpresa notar que ambos os grupos começaram seu ataque bem sucedido contra a santidade do casamento ao mesmo tempo. As feministas religiosas fizeram o ataque em seus domínios contra as coisas que elas viam como “desigualdade” enquanto concordavam com o que as feministas seculares estavam fazendo (por exemplo, o “direito” de uma mulher ter uma carreira antes de casar). Elas estavam lutando contra sua própria versão do patriarcado (como desenvolvido por Simone deBeauvoir e Betty Friedan, e batizado por Kate Millett) (2)
Enquanto nós temos muitos exemplos genuínos de feministas religiosas, comentários em blogs como Dalrock nos dá exemplos muito bons desta diferença de expressão:
“Eu não me considero realmente uma feminista. Ou nenhuma outra forma de “ista”. Obviamente, não é como me pareço.”
Não importa se alguém se considera feminista ou não, isto é irrelevante. O que é relevante é como ela apoia tal doutrina ou não. Como outros comentaristas notaram, ela provou acima de qualquer suspeita que é uma feminista em seu desejo de destruir os papéis de gênero definidos por Deus, ao invés de se submeter a Ele através desses papéis.
Este post serve como uma refutação bíblica adequada contra toda a base dos princípios feministas, que foram definidos pela pesquisa de Mary Kassian como o direito de se auto definir, o direito de definir seu mundo e o direito de definir o que é Deus. Nas próximas partes irei focar em tais princípios como eles são expressos pelas feministas religiosas, assim como seus exemplos na cultura moderna.
(Preste atenção no livro que usei como fonte. Se você conseguir encontrá-lo para ler, terá um brilhante descrição do feminismo moderno e como ele é expresso através das fontes que ela encontrou em sua pesquisa. Ele foi revisado e republicado sob o título “The Feminist Mistake“, mas não tenho certeza se ele é tão bom quanto sua edição antiga.)
(1) “The Feminist Gospel”, por Mary Kassian, pg 25.
(2) ibid, resumindo page 16-24
fonte: http://societyofphineas.wordpress.com/2012/06/26/defining-feminism-part-1-religious-vs-secular/
1 comentário
O Feminismo Cristão surgiu no final do século XIX nos Estados Unidos graças a uma mulher chamada Elizabeth Cady Stanton que reunia mulheres para lerem a bíblia e fazerem reinterpretações de acordo com os interesses femininos. Essas reuniões deram origem a obra “The Woman’s Bible” que anos depois resultaria na Teologia Feminista. Se hoje, a promiscuidade está inserida no Cristianismo, devemos isso a essa Teologia Feminista.