Confrades, seguindo o espírito do meu estudo, no sentido de demonstrar que as pistas para a manutenção da alma masculina em sua forma original estão dispersas por toda a História, eu trago até vocês um estudo que ainda está em conclusão, mas que trago a vocês para esclarecimento de todos, talvez um dos mitos greco-romanos mais famosos de todos: Os Doze Trabalhos de Hércules (e como encontramos a filosofia da Real nele).
Falarei hoje da vida do nosso personagem, e do que o levou a executar estes trabalhos lendários.
Hércules era filho do Rei dos Deuses, Júpiter, com a princesa Alcmene, fruto de um dos incontáveis adultérios dele.
Tendo demonstrado especial paixão pela mãe do semideus, e de amor maior ainda pelo seu filho, tendo o proclamado seu preferido diante de todos os seus filhos, Juno, Rainha dos Deuses, se tornou especialmente dedicada a tornar a vida desta criança o mais miserável possível, antes de levá-la a morte.
(Nota do Diomedes: Juno, sendo a divindade que presidia a Ordem e os Bons Costumes, e os reinos mundanos, pode ser facilmente sincretizada com o desejo do Lado Obscuro de dominar o masculino, e Júpiter, a liberdade do desejo masculino somada aos seus maiores conhecimentos… motivo pelo qual apesar de casados, viviam em constante conflito. Tendo Júpiter gerado um ser que, por força de sua linhagem, podia se tornar um homem que Juno não poderia controlar, e tendo nascido da vontade e da afinidade, ao invés das coisas que ela controlava, tudo o que nossa Rainha feminazi Mitológica poderia querer era o fim de seu enteado. Vocês sabem o quanto a liberdade que temos, quando é compreendida, pode ser contagiosa…).
Em meio a muitas tentativas de assassinato que Hércules sofreu por parte de Juno, desde o berço, retornava Hércules de uma de suas aventuras, já casado legalmente com a Princesa de Tebas, Megara, e tendo seis filhos com ela, em uma bifurcação da estrada, o semideus encontra ao mesmo tempo com duas Deusas: Minerva (Atena), Deusa da Sabedoria, e Vênus…
As Deusas se colocaram diante dele para lhe fazer escolher (terminando com uma disputa particular delas) que tipo de vida ele teria: se ele escolhesse Vênus como patrona, ele teria uma vida longa de prazeres e tranquilidade, mas com um nome obscuro e logo esquecido; se ele escolhesse Minerva, viveria pouco e com dificuldades, mas teria nome e feitos grandiosos que soariam pela eternidade.
Hércules refletiu brevemente, e explicando que ele sabia de sua responsabilidade sobre o mundo, escolheu Minerva, antes de seguir viagem de volta para casa.
(Nota do Diomedes: Mesmo recusada, Vênus disse a Hércules que em meio de suas dificuldades e sacrifícios, daria a ele recompensas… não podia deixar de molhar a calcinha para o Filho de Júpiter, não é, safadinha?)
Juno, do alto do Olimpo, viu neste momento uma oportunidade de tirar a dignidade de Hércules, e abrir caminho para o fim dele. No caminho de retorno, Hércules havia discutido raivosamente com seu primo, o Rei Euristeu, protegido de Juno e aliado de Tebas, o reino de sua mulher. Euristeu teria zombado da vida simples de seu primo, pois ele era filho de deuses, e tinha que se conformar em viver no estrangeiro, enquanto ele, venerava com fervor a uma deusa, e tinha dela tudo do melhor… (Nota do Diomedes: ser serviçal da ordem feminina mundial tem recompensas… mas quem se importa com o preço?)… Euristeu se despediu dizendo a Hércules que sempre teria tudo melhor que ele… a despedida deixou Hércules furioso.
E esta fúria era tudo o que Juno precisava…
Chegando em Tebas, Hércules encontrou o país em ruínas. Em meio ao combate, descobriu que um rei invasor havia entrado em Tebas, assassinado seu sogro, o Rei Creon, e estava buscando sua família. O Filho de Júpiter, sem demora, cego de ira, procurou seu aposento no palácio, esmagando todos os soldados no seu caminho…
Foi quando Juno inseriu a loucura na raiva hercúlea que ele sentia… e o pior aconteceu.
Hércules entrou em sua residência, e viu Megara se debatendo nas mãos do Rei Licos, o invasor de Tebas, e os filhos do casal cercando os dois. Em sua insanidade, ele olhou para Licos, e viu seu primo Euristeu, zombando dele, dizendo que tudo o que estava ali lhe pertencia…
Sem demora, ele tomou seu arco, e com flechada certeira, atravessou o crânio de Licos.
Ele viu seus filhos, gritando de desespero, e em sua loucura, entendeu que o desespero das crianças era porque ele não era seu pai, mas sim Euristeu, adúltero, ladrão, traidor… cego pelo seu sentimento, então… Hércules tomou de seu carcás, e um a um, matou seus próprios filhos.
Seu pai adotivo, Anfitião, entrou nos aposentos e vendo a tragédia, se colocou entre Hércules e Megara, tentando impedir um desastre maior. Hércules, vendo o pai de Euristeu no lugar do seu próprio, tomou suas últimas flechas para matar ele e sua mulher, terminando sua imaginária vingança…
…neste momento, Minerva, grata pela escolha de Hércules, e apiedada de sua situação, aparece imersa em luz, e golpeia o semideus na cabeça com o cabo de sua lança.
Quando a luz se foi, e a dor do golpe também… Hércules voltou a si, e com um urro de lamento, viu seu pai a lhe olhar imóvel, e Megara chorando desesperada diante dos corpos de seus filhos, mortos pela mão de seu próprio pai…
(Nota do Diomedes: A loucura e o desatino é o destino final de muitos matrixianos, e Hércules, tendo o potencial para ser um Zeta, mas inconsciente de sua capacidade, foi joguete fácil para a Matrix e seu próprio Ego causarem esta tragédia. Quantos crimes passionais já foram causados por circunstâncias parecidas? Quantos mais serão causados pelos que desconhecem o que sabemos? Quantos de nós ainda sim, cometerão loucuras pela vida, porque não se desenvolveram internamente, por mais que conhecessem a Real?)
Sem conseguir mais encarar a Megara, Hércules deixou sua ex-mulher aos cuidados de seu sobrinho Iolau (Nota do Diomedes: sim, Hércules tinha um irmão, gêmeo por sinal, Ificlo, mas que não era divino como ele), e deixando Tebas, foi procurar o julgamento de um Rei estrangeiro para pagar por seu crime diante dos homens. Após ser inocentado por um aliado do falecido Creon, Hércules queria também o perdão dos Deuses. Achando sua resposta diante do Oráculo de Delfos, um dos canais através do qual os homens questionavam aos deuses, ele ouviu: Hércules deveria se oferecer como servo do Rei mais próximo em linhagem dele mesmo, e o servir sem questionar durante doze anos; ao fim deste tempo, se ele cumprisse fielmente sua servidão, não só os Deuses os perdoariam, mas o premiariam com a vida eterna.
Hércules deixou o Oráculo com desgosto… porque isto significava que ele teria que servir a seu primo Euristeu… e servir a Euristeu, seria o mesmo que servir a Juno, aquela que lhe perseguiria até o fim de sua vida.
(Nota do Diomedes: Delfos era regido pelo deus Apolo, a Encarnação do Virtuoso Masculino; assim, Hércules, um matrixiano desplugado do sistema pela Dor e pela Tragédia, busca ter acesso a sua iluminação superior, e é guiado não a se isolar do mundo, mas a buscar sua elevação através das armadilhas do Lado Obscuro da Mulher, dos seres iludidos que defendem conscientemente a Matrix em troca de vantagens – os Agentes, representados por Euristeu – e sua própria inferioridade instintiva humana)
Mas obediente aos Deuses, o semideus seguiu para o Reino de Euristeu… e para o início dos Doze Trabalhos de Hércules.
5 comentários
Pular para o formulário de comentário
Cabe lembrar que Alcmena era casada com Euristeu, e como mulher honrada, jamais traiu seu marido conscientemente. Zeus (Jupiter dos romanos) disfarçou-se com a aparência do próprio marido dela para poder passar a noite com ela, ao contrário do que fazia com diversas outras mulheres, às quais bastava se apresentar em forma animal.
Bom demais, vou fazer cópias disso em pdf e preservar para a posteridade.
Muito bom! Aguardando os próximos!
Excelente análise do Confrade Diomedes, muito bem escrita e ilustrativa.
De todas as mitologias criadas pela Humanidade na tentativa de explicar o mundo ao redor e a si mesma, a Grega é ainda de longe a mais popular e uma das mais ricas. O motivo é simples: As Deusas Gregas sempre agiram como mulheres reais, seja traindo seus parceiros sem dó com Alphas (Afrodite), botando reinos inteiros no buraco por causa de chiliques e crises de ciúmes (A guerra de Troia), levando chifradas violentas dos Alphas sem reclamar, mas destruindo os Betas que ousassem olhar torto ou que tivessem o potencial pra saírem do sistema por si mesmos (Hera).
Bem diferente dos Deuses Nórdicos, que tem muito mais sentido para povos que vivem em guerra constante, cargo ocupado pelos Povos Germânicos originais, substituídos atualmente pelos Estadunidenses, daí o fascínio deles com esses temas – Lembrem-se das bandas de Metal, RPG’s, filmes medievais…
Boa leitura a todos! Força e Honra!