Mulheres que objetificam mulheres

vmonologuespor Carey Roberts

aviso: Este artigo tem conteúdo adulto. E nada disso foi inventado.

Imagine a cena: 18 mil mulheres se enfileiram no Madison Square Garden, em Nova Iorque. Pagam até 1000 dólares para assistir a um espetáculo. Para a audiência já ir esquentando, as mulheres são bombardeadas com a palava “Vagina!” Mais tarde, o Coro da Vagina está cantando loas as suas vaginas interiores.

A peça mostra uma série de vinhetas, incluindo uma sobre uma garota de 13 anos que é alcoolizada e por fim estuprada – por uma mulher. No fim disso tudo, a garota nos revela que descobriu que foi libertada da heterossexualidade: “eu nunca mais precisarei de um homem… se isto foi um estupro, foi um bom estupro.”

Isto aconteceu no dia 10 de fevereiro de 2001. Nada disso é inventado.

A peça, conhecida pelo nome “Monólogos da Vagina”, ganhou o importante OBIE Award. O New York Times nos apresenta a escritora da peça, Eve Ensler, como a “Messias anunciando a segunda onda do feminismo.”

Desde aquele tempo, os Monólogos da Vagina foram exibidos para milhares de alunos em diversas universidades pelos EUA. Escutar mulheres falando sobre suas vaginas são é a sua forma de comemorar o Dia dos Namorados. Alguns deles até usam camisetas com os dizeres “Eu amo minha vagina.”

Em setembro de 2004, a feminista Eve Ensler convidou a antiga modelo da playboy Gloria Steinem e outras para estrelar um evento chamado “Vaginas Vote, Chicks Rock.” O evento foi feito com a intenção de encorajar o voto entre as mulheres com inclinação democrata. Abaixo segue algumas pérolas extraídas do evento:

“Tem aí alguma vagina registrada no recinto?”

“Entrem em suas vaginas e retire o voto da vagina para fora!”

Seu discurso foi concluído com este comovente grito de guerra: “Vulva! Vulva! Vulva! Vote!”

O evento dela foi muito bem sucedido. Sete semanas depois, as mulheres foram votar em massa. A maioria delas votaram em George W. Bush.

A maioria dos psiquiatras considerariam a obsessão da sra. Ensler com o que tem no meio de suas pernas como algo que precisaria de tratamento. Mas agora, toda uma geração de mulheres foram levadas a acreditar que todas os tipos de comportamentos indecentes e impróprios são aceitáveis – desde que tal coisa possa ser justificada com palavras chave feministas como “liberação”, “emponderamento”, e “escolha”.

Mais alguns exemplos:

Na Califórnia. a procuradora Liana Johnsson chegou a esta brilhante conclusão (notem a “liberação” no meio): “em algum ponto, o peito masculino foi liberado, e o da mulher não.” Agora a sra. Johnsson está querendo que o estado da Califórnia passe uma lei que permita as mulheres californianas possam fazer topless nos parques e praias de lá.

Por volta de 30% dos visitantes dos sites pornô são mulheres, e este número só aumenta. Holly Moss, fundadora da “Women In Adult”, explica tal tendência: “com as mulheres tendo mais chances na vida e conquistando o poder, elas agora estão escolhendo o que querem ver e o que querem no pornô

Notou o uso capcioso das palavras “escolha” e poder” na observação da sra. Moss?

Mas ainda não terminou. Em 2004 uma adolescente adentrou a cantina da sua escola em South Hadley, Mass., vestindo apenas um sutiã e moletom. De acordo com a diretora Melodie Goodwin, “já temos jovens abandonando suas roupas quando chegam a 6ª série.” Agora a escola secundária Michael E. Smith teve que reforçar suas regras no que concerne a vestimenta dos seus alunos.

Agora, a liberação está chegando até mesmo para as mães de classe média. O jornal USA Today fez uma reportagem sobre as mães que cuidam de casa usando decotes imensos e cozinham usando saltos de 9 cm.

E finalmente, não podemos esquecer destes pornôs softcores que passam na TV e são sucesso de audiência, como o Sex and the City e o Desperate Housewives. Como era de se esperar, a maioria da audiência desses programas é feminina.

Durante o antigo reinado do patriarcado, os homens as vezes tratavam as mulheres como objetos. A maioria das pessoas concordavam que isto não era algo muito bom. Mas acontecia.

Então veio o feminismo e derrubou o patriarcado. Os homens foram ensinados a não objetificarem mais a mulher.

E então, o que aconteceu? A mulher começou a objetificar a mulher.

Agora vem o melhor de tudo – muitas mulheres inteligentes se convenceram que é uma coisa boa ser tratada como objeto sexual. Na verdade, elas estão dispostas a pagar uma boa grana para assistir uma peça de teatro que celebra o estupro de uma menina de 13 anos.

No passado, a degradação sexual da mulher era confinada ao quarto e aos bordéis. Mas agora, a objetificação permeia nossa cultura. Ela é celebrada nos campus das universidades, na internet, nna TV e durante as propagandas do Super Bowl. Tudo isso feito a mando de mulheres.

E é isto o que realmente aconteceu.

Talvez o patriarcado não era algo tão ruim assim.

fonte: http://www.renewamerica.com/columns/roberts/050215

7 comentários

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  1. “Talvez o patriarcado não fosse tão ruim assim” em português.

    1. Dá no msm.

      1. melhor tradução cfe Robeato.

    2. no mesmo sentido: “Mais tarde, o Coro da Vagina está cantando loas as suas vaginas interiores.” eu fui ler no original e a tradução literal não faria sentido. Seria melhor “está cantando em louvor as suas vaginas interiores”. (ele usou a palavra “praise” – “oração”. Não faria sentido)

      1. Otto, é você?

  2. E tem gente que ainda acha que a Civilização Ocidental tem alguma salvação…

  3. Bom, só que eu posso dizer é…

    http://www.youtube.com/watch?v=oOmZLTkJO04

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