As “flores” da Primavera Árabe estão murchando

Talvez este artigo possa ser considerado um adendo ao artigo de ontem “Navio de abortistas tem entrada negada em porto marroquino“.

por W. F. Price, do The-Spearhead.com

Quando feministas pediram a prisão de um cristão mal intencionado que produziu um primitivo filme ridicularizando o Islã, não deu para conter a vergonha alheia pela tremenda estupidez delas. Aqui no Ocidente, e nos EUA em particular, as feministas tendem a ver o Cristianismo como uma força que precisa ser destruída. Elas estão tão envolvidas em sua cruzada de ódio contra o Cristianismo e contra as tradições ocidentais que elas se aliariam a qualquer um que também deseje destruí-los.

Entretanto elas, assim como a maioria dos ocidentais, tem um entendimento muito deficiente do Islã. Eles tendem a olhar os governos autoritários que caracterizam as sociedades islâmicas e culpá-las de fundamentalismo islâmico, fundamentalismo que é interpretado como “anti-democrático”. Nada pode ser tão longe da verdade. De todas as religiões abraâmicas, e talvez de todas as religiões mais influentes, o Islã é a religião mais democrática delas. O Cristianismo, por sua vez, é espiritualmente aristocrático, enquanto o Judaísmo tende a ser mais legalista.

Maomé era um profeta populista; ele declarou que todos os homens são iguais perante Alá. Os maiores ramos do Islã não chegam nem perto de serem hierárquicos como o Cristianismo tradicional é. Para você ser tornar um imam você não precisa obter a aprovação de bispos ou passar por um processo formal, mas sim ter o reconhecimento popular de sua sabedoria e autoridade espiritual. Um jovem que é estudioso do Alcorão e tem conhecimentos profundos da Sharia pode liderar outros muçulmanos em suas orações, e sem nenhuma ordenação formal ele pode se tornar um imam.

Então, as sociedades islâmicas já contam com uma instituição democrática muito forte: a mesquita. Durante as orações, desde o sapateiro até o sultão são iguais perante Alá. Em sua forma pura, isto é uma verdadeira irmandade da fé.

Entretanto, as sociedades humanas precisam de alguma forma de hierarquia para funcionar, e se ela não existe na religião, ela tende a surgir de outras formas. Assim sendo, as sociedades islâmicas são caracterizadas por uma instituição religiosa democrática e por terem governos autoritários. Acredito que a razão para que a democracia tenha se desenvolvido no Ocidente se dá pela natureza hierárquica do Cristianismo, que permitiu o surgimento de governos mais igualitários. Para os cristãos, a hierarquia da igreja já os provê a ordem necessária, dando as pessoas o senso de ter o seu lugar no mundo. Isto previniu o caos social que tende a acontecer quando temos um igualitarismo irrestrito. Ou seja, os cristãos não precisam de um governo autoritário por que a igreja já os provê uma ordem social. Por exemplo, se olharmos para a sociedade americana atual, é claro notar que a quebra da autoridade religiosa nos levou a necessidade de ter um governo mais autoritário e opressivo, com leis coercitivas. Talvez isto seja o resultado inevitável para sociedades que permitiram a liberdade religiosa; acredito que os historiadores do futuro irão estudar este assunto com mais detalhes.

Quando ajudamos os muçulmanos a se “libertarem” de seus ditadores, o que nós fazemos basicamente foi remover o senso de ordem de suas sociedades. Não quero dizer, é claro, que regimes autoritários e corruptos são bonzinhos, mas sim que ajudamos a fazer que o igualitarismo religioso, o Islã, se torne a força dominante. E é claro, a “igualdade” feminina não pode existir numa sociedade igualitária, porque as reais diferenças entre homens e mulheres são profundas demais. Na verdade, precisa-se de uma força coercitiva muito forte para colocar as mulheres no mesmo patamar masculino, como vemos atualmente nos EUA. Desde agências federais a forças policiais e cortes locais, centenas de milhares de pessoas são empregadas com o intuito de “equalizar” homens e mulheres. Podemos confortavelmente chamar isto de “exército doméstico”.

Sob os ditadores árabes, como Saddam Hussein e Hosni Mubarak, as mulheres tinham um status social maior do que tem hoje nos recém liberados governos do Iraque e do Egito. Projetos feministas eram apoiados, grupos femininos eram patrocinados, e assim por diante. Agora que os homens foram libertos das amarras desses regimes, muito dessas liberdades retrocederam. O islã e o feminismo agora são mutualmente repulsivos. A Sharia foi endurecida e a tolerância por interpretações mais liberais do Islã (isso sem falar na aceitação de outras religiões) se enfraquece. Na sua forma pura, a democracia é inteiramente incompatível com o feminismo. Por exemplo, se os americanos começassem a aplicar os princípios constitucionais nas leis de família, a supremacia da mulher neste campo iria desaparecer no mesmo dia.

Mas as feministas vivem num mundo de faz de conta onde a democracia e a supremacia feminina andam de mãos dadas. É por isto que elas apoiaram a Primavera Árabe, pensando que o feminismo iria florescer nos países onde os governos autoritários fossem removidos. Talvez nem todas elas são estúpidas, mas esta estupidez parece ser a norma, dado o desapontamento geral quando as coisas não aconteceram como elas previam.

Aqui nos EUA, elas entendem instintivamente que seu poder reside num governo autoritário, e que tipicamente apoia medidas punitivas, coercitivas e confiscatórias contra os homens. Na verdade, governos autoritários tendem a direcionar seus esforços em impor controles nos homens de sua sociedade, já que eles sabem que o homem é mais propenso a desafiar o poder estatal. Então porque elas cometeram este erro nos países árabes?

Eu acredito que seja pelo desejo de destruir de uma vez por todas a autoridade espiritual do Ocidente, e trocá-la por alguma outra coisa. Todo regime autoritário, não importa aonde, é um bom substituto do odiado “patriarcado”, o que é apenas outra palavra para descrever o Cristianismo.

Em última análise, elas podem conseguir. Eu não tenho idéia se o Cristianismo irá resistir ou irá sucumbir a tudo isso. Entretanto, se ele sucumbir, uma nova ordem irá surgir, e tenho quase certeza que esta nova ordem não será comandada por mulheres, e se o restante do mundo servir de indicativo a este futuro, o status da mulher não irá melhorar nem um pouco com isso.

fonte: http://www.the-spearhead.com/2012/10/03/flowers-of-arab-spring-wilting/

Comentário do Barão: Gostaria de colocar mais alguns comentários do artigo original, que expandem a análise do artigo:

As feministas odeiam o cristianismo por causa do aborto em primeiro lugar. Depois temos o casamento gay, ou o reconhecimento de seu valor ser igual ao casamento de um homem e uma mulher (algo que realmente constrange a esquerda é ouvir um Ahmadinejad criticar o homossexualismo). O casamento gay implica que homens e mulheres são iguais, e muitas das feministas são lésbicas.

(NT: outro leitor contra-argumentou que o feminismo detesta o cristianismo porque nele é ensinado que as esposas devem ser submissas aos seus maridos. Enquanto o restante das suas divergências são apenas birras.

Tudo, segundo o leitor, está relacionado a esta submissão – voto feminino, violência doméstica, trabalho/salários, etc. O aborto seria apenas mais uma rebelião contra as responsabilidades de ter que se submeter a um homem. E o casamento gay apenas promove ainda mais distorções e perversões contra a ideia da submissão feminina, afinal, num casamento gay quem que seria considerada a esposa? É um ponto válido e que merece consideração, na minha opinião.)

Tais tiranias patrocionadas pelos EUA promoviam valores ocidentais (decadentes?), enquanto mantinham os extremistas muçulmanos sob rédea curta. Agora temos um vácuo e a Primavera Árabe está se tornando uma revolução islâmica (enquanto Israel contempla seu futuro na região). TIranos podem se livrar de extremistas de forma muito mais fácil. Agora governos democráticos não podem se livrar deles tão facilmente, já que eles tendem a ser mais “defensores da diversidade”… então extremistas irão começar a realizar atos terroristas contra o governo, como já temos no Iraque e no Afeganistão.

Os grupos que tomaram as ruas do Oriente Médio na Primavera Árabe eram bem-intencionados progressistas ocidentalizados. Agora onde estão todos eles enquanto as embaixadas americanas são atacadas? Quantas mulheres se vêem protestando nos vídeos das manifestações? Poucas. Porquê? Porque extremistas muçulmanos não permitem que mulheres saiam de suas casas para fazerem este tipo de coisa. Elas tem que ficar em casa cuidando dos filhos e fazendo comida, acredito.

Achava-se que o governo americano tinha aprendido quando permitiram que os palestinos tivesem a sua “democracia”, só para ver o Hamas tomar o poder pelo voto. Obama se livrou de Mubarak porque a Primavera Árabe era só sobre a liberdade, democracia, poder ao povo e igualdade às mulheres; tudo isso enquanto uma reporter foi estuprada por uma turba de manifestantes enquanto cobria este evento glorioso. Que irônico!

E agora eles acabaram de eleger o chefe da Irmandade Muçulmana como presidente. Se liguem feministas – isto é uma irmandade de homens, não de pessoas em geral. O Oriente Médio está mais bagunçado agora do que era na Segunda Guerra, e um deles em pouco tempo construirá sua própria bomba nuclear. Que beleza!

[http://www.the-spearhead.com/2012/10/03/flowers-of-arab-spring-wilting/#comment-169282]

3 comentários

  1. Esqueceram os islamitas de dizer que nas orações dos machos as fêmeas não podem participar. Alá é tão machista assim? E a lenda das virgens, é verdade?

  2. Não acredito que o cristianismo vai ter um fim! Quem diria que o cristianismo iria florescer justamente num dos países mais fechados do mundo! Um país comunista. Pois bem as reuniões dominicais cristãs na China excedem a Europa inteira em congregações e reuniões de membros. Pode muito bem ser que essa religião esteja regulada pelo estado. pois bem! Mas nem Mao conseguiu extirpá-la! Muito pelo contrário, o cristianismo cresceu na china não obstante as perseguições!

    As consolações para quem é cristão hoje e vê essa onda de mulher querendo o lugar não do homem, mas de DEUS querendo submeter o homem a sua vontade (para elas quanto mais o homem se escravizar por elas melhor!) e o direito de vida e morte sobre um ser absolutamente inocente (aborto! Assassinato de criânças!) são imensas! Não precisa nem sequer combater as feministas. Se o faz é apenas por descarrego de consciência!

    Como tudo que vive, queira queira! Queira não vai Morrer! O que espera as feministas, esquerdistas e afins após a morte é uma passagem de uma eternidade no lago de fogo e enxofre!

    Mas já que a condenação da eternidade não assusta as feministas e os esquerdistas, as perseguições islâmicas, quando estes decretarem a Sharia aqui no ocidente, deve fazer esses esquerdopatas tremerem muito mais, pelo medo de perder a vida a pedradas como se fazem com adulteros ainda hoje na Arábia Saudita.

    A coisa vai ficar feia pro lado dessa gente! Como diria Olavo de Carvalho se referindo ao movimento Gay, feministas e afins: ” Esse pessoal pensa que vai dominar o mundo, vocês não vão dominar o mundo! quem vai dominar o mundo são os muçulmanos! ELES VÃO MATAR VOCÊS!”

    • andre-desbravador em 10/09/2012 às 9:27
    • Responder

    feminismo tem poder puta que pariu…..
    acabem com o manginismo e ao f eminismo vai cair feito um prego enfiado na areia
    sinceramente ão sei como esse feminismo consegue ter alguma forma d e gestão pois mulheres s e odeiam e só reparar em ambientes que trabalham muitas mulé juntas é um verdadeiro inferno.

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