Uma geração de homens criados por mulheres

por Brett, do Art of Manliness

traduzido por Spawn, do fórum Mundo Realista

“Somos uma geração de homens criados por mulheres. Fico imaginando se outra mulher é mesmo a resposta que precisamos.”

Esse comentário, feito por Tyler Durden no filme Clube da Luta, é uma das falas mais memoráveis do filme e frequentemente é repetida e discutida. Seu poder de impacto deve-se seguramente ao modo como ressoou em muitos homens – como isso resumiu de forma muito sucinta sua experiência de vida. Frutos de pais divorciados, mães solteiras ou pais que passavam mais tempo no trabalho do que em casa, esses homens não tiveram um exemplo vital de masculinidade enquanto cresciam. Muitas vezes, não apenas seus pais não estavam por perto como também faltaram mentores masculinos em outras áreas da vida. São homens que entendem muito bem o lamento de O Fauno de Mármore, de Nathaniel Hawthorne:

“Entre um homem e outro sempre há um abismo intransponível. Eles nunca conseguem estender completamente a mão um ao outro; por isso um homem nunca recebe qualquer ajuda íntima, qualquer amparo cordial, de seu irmão, mas de mulheres: sua mãe, sua irmã ou sua esposa.”

Sem mentores homens, muitos dessa geração se veem desorientados, incertos de como lidar com uma indescritível, porém intensa, carência em suas vidas.

Como chegamos ao ponto em que é possível, como Edward Abbey colocou,

“seguir da infância à velhice sem nunca conhecer a masculinidade?”

Há três instituições sociais básicas que historicamente têm servido para transformar meninos em homens: família, religião e educação. Contudo, a influência masculina nessas instituições diminuiu muito ao longo do século passado. Vejamos cada uma delas mais de perto.

A família

Durante o período pré-industrial, a casa de um homem também era o seu local de trabalho. Para o camponês e o artesão, o “dia de trazer o filho para o escritório” era todo dia. Pai e filho trabalhavam lado a lado do nascer ao pôr do sol. Os pais ensinavam pelo exemplo, não apenas inserindo seus filhos no ofício, mas transmitindo aos poucos lições sobre trabalho árduo e virtude.

Essa relação foi quebrada pela Revolução Industrial, uma vez que os pais foram forçados a abandonar as terras e as oficinas para ocupar um lugar na linha de montagem. Uma nítida fronteira foi traçada entre a casa e o local de trabalho. Os pais saíam de manhã e só voltavam dez, doze horas depois. Como discutimos anteriormente, o resultado dessa mudança econômica foi a ideia de que a casa se tornara a esfera da mulher, um refúgio feminino do rude e sujo domínio profissional e político, o tal “mundo dos homens”. As crianças passavam o tempo todo com suas mães e cabia a elas, verdadeiros repositórios de virtude e moralidade, transformar seus meninos em pequenos cavalheiros.

O ideal (que sempre foi mais ideal do que real) da mãe em casa e do pai no trabalho persistiu até os anos 1950. Ainda é um padrão romântico ao qual muitos gostariam de retornar, ignorando o fato de que aquele cenário mantinha o pai longe de seus filhos a maior parte do dia, privando-os de sua orientação e criando uma cultura em que o papel de pai era considerado subordinado ao da mãe.

Entretanto, ao menos naquela época, o pai estava por perto. A taxa de divórcios começou a subir a partir da metade do século e chegou ao auge por volta de 1980, quando vários estados legalizaram o divórcio sem culpa. O judiciário, como funciona até hoje, tipicamente favorecia a mãe na concessão da guarda. Se antes os filhos não viam seus pais enquanto eles estavam no trabalho, agora eles só os viam nos fins de semana ou nos feriados. E é claro, muitos pais voluntariamente fugiram da responsabilidade para com seus filhos; o percentual de famílias monoparentais (das quais 84% chefiadas por mulheres) dobrou desde 1970 nos Estados Unidos.

Educação

Até meados do século XIX, a ampla maioria de educadores era composta por homens. O magistério não era considerado uma carreira a seguir pela vida toda, mas foi bastante exercido por homens jovens durante os períodos de baixa no campo ou enquanto estudavam para se tornar advogados ou religiosos. As crianças eram consideradas naturalmente pecadoras e propensas à rebeldia; portanto, precisavam de uma forte presença masculina para mantê-las na linha. À medida que algumas denominações cristãs se tornaram mais liberais, a ênfase no pecado das crianças foi substituída pelo foco na necessidade de elas serem cuidadosamente educadas dentro da moralidade, uma tarefa que, acreditava-se, seria mais adequada ao sexo frágil. Ao mesmo tempo, as mulheres estavam se casando e tendo filhos mais tarde, o que lhes dava mais tempo para lecionar antes de constituir família. O resultado foi uma completa inversão de gênero no cenário da profissão de educador.

Em 1870, as mulheres somavam 2/3 dos professores, 3/4 em 1900 e 4/5 em 1910. Como consequência, os meninos passavam uma parte significativa do dia na escola, mas sem a influência e o exemplo de uma figura masculina.

Religião

A terceira instituição que historicamente transformava meninos em homens é a religião. Durante o século passado, para a maioria dos norte-americanos, essa religião foi o cristianismo. No entanto, se a casa havia se tornado um lugar completamente feminilizado, a igreja estava longe de ser um refúgio da masculinidade.

Mulheres costumam ser mais afeitas à religiosidade do que homens – e isso se mostra verdadeiro independentemente da época, do lugar ou da fé. Isso significa que elas têm sido historicamente mais propensas a participar dos cultos e à participação ativa numa congregação. Os pastores cristãos, de forma consciente ou não, naturalmente adequaram seu estilo e programas ao seu público principal. O Jesus que os homens encontravam nos bancos das igrejas tornara-se uma alma delicada e abatida caminhando por Jerusalém afagando a cabeça das crianças, falando sobre as flores e chorando.

A investida contra essa feminização do cristianismo começou mais ou menos na virada século XX. Chamado de “Cristianismo Muscular”, seus defensores associaram um corpo forte a uma fé forte e procuraram apresentar um evangelho viril e vigoroso.

O líder mais evidente e popular desse movimento foi o pregador evangélico Billy Sunday. Ele foi jogador profissional de baseball antes de se converter ao cristianismo e decidir se dedicar a difundir a fé. A pregação de Sunday era carismática e corporal; salpicava seus sermões com referências esportivas, corria de um lado pro outro, se jogava do púlpito como se estivesse deslizando até uma base de baseball, arrebentava cadeiras para transmitir sua mensagem.

Obviamente sacudido pela diferença entre a pregação de Sunday e o estilo mais “afeminado” típico da época, um jornalista descreveu:

“Ele tem postura de homem dentro e fora do púlpito. Fala como homem. Trabalha como homem… Ele é viril com Deus e com todos que vêm ouvi-lo. Não importa o quanto você discorde dele, ele te trata sempre de um jeito másculo. Ele não é uma farsa, mas um homem viril dando a todos um tratamento justo”.

Sunday apresentava Jesus como um Salvador viril, masculino; ele foi “o maior brigão da História”. Era um Messias forte, um artesão com mãos calejadas de carpinteiro, um homem que afugentou furiosamente os comerciantes do templo e corajosamente enfrentou uma dolorosa execução. A fé não era para os delicados e preguiçosos. Sunday acreditava que um homem cristão não deveria ser:

“um projeto de pano de chão, um fracote, uma espécie de bobo afeminado, que deixasse todo mundo fazer capacho dele. O mais viril dos homens será aquele que aceitar a Jesus Cristo. … Que Deus nos livre de um Cristianismo flácido, de joelhos fracos e pele fina, sem coragem, afeminado”. (assim ele orava)

Baseando-se no princípio de que “o evangelho viril de Cristo deveria ser ensinado de homem pra homem”, em 1911 Sunday iniciou o “Movimento Progressista Masculino e Religioso”. Longos avivamentos semanais apenas para homens eram ministrados com grande sucesso; a presença masculina na igreja teve um aumento gritante de 800%.

Apesar disso, Sunday não resolveu o problema de fazer os homens adquirirem o hábito de ir à igreja. Com o surgimento de novas formas de entretenimento, a popularidade de Sunday, e dos avivamentos em geral, foram se extinguindo e o desequilíbrio de gêneros na religião continuou completamente inalterado.

O atual estado das coisas

Com pais ausentes na criação, escolas povoadas por professoras e igrejas lutando para se comunicar com os homens, muitos da atual geração podem sentir, e com razão, que foram “criados por mulheres”. Como ficam esses homens? Como fica o futuro da masculinidade?

É realmente uma bagunça. Muitas coisas permanecem abaixo do ideal, mas também há espaço para um justificado otimismo.

O desequilíbrio de gêneros nas igrejas tem aumentado e a cultura cristã continua excessivamente feminilizada. Em 1952, a proporção entre mulheres e homens praticantes era de 53/47; agora é de 61/39. As igrejas continuam tentando arrebanhar os homens, com estratégias que vão desde o sincero e atencioso (Fraternidade dos Homens), ao explicitamente ridículo (Domingo de Futebol – vista a camisa do seu time favorito e faça a “ola”!).

Os números também não se mostram muito otimistas quando se fala de educação. Nos últimos trinta anos, o percentual de professores homens nas escolas primárias caiu levemente, de 17% para 14-9% (dependendo da fonte). O número é ainda mais baixo em creches e pré-escolas: somente 2% são homens. Embora os professores possam ser encontrados em maior número nas escolas secundárias, também houve um declínio; de 50% em 1980 para algo em torno de 40% atualmente. Com os meninos ficando atrás das meninas em rendimento acadêmico, alguns especialistas em educação têm tentado ativamente convocar mais homens para a profissão.

Apesar dos contínuos problemas na esfera familiar e de suas preocupantes consequências (uma em cada três crianças americanas crescerão num lar em que os pais são divorciados, separados ou nunca se casaram), há razões para ser otimista em relação a esta instituição vital, bem como ao papel do homem.

Apesar de muitos acharem que a taxa de divórcios está crescendo, na verdade ela vem caindo ao longo das três últimas décadas e atualmente está no patamar mais baixo em trinta anos. Entre os casais com ensino superior, essa taxa é de apenas 11%.

Também tenho esperanças em relação ao futuro por causa das admiráveis maravilhas da tecnologia. Acho que nossos modernos avanços permitirão a um número cada vez maior de homens trabalhar, pelo menos parte do tempo, em casa. Creio que isso resultará num novo arquétipo de masculinidade: o Artesão Heroico 2.0.

Embora seja fácil se sentir nostálgico pelos anos 1950, estou feliz por ser pai hoje. Eu não trabalho dez horas por dia num emprego que eu odeio, venho para casa, brinco com meus filhos uns poucos minutos e então abro uma cerveja em frente à televisão. Meu pai viajava muito e nunca trocou uma fralda. Ele foi um grande pai, mas estou amando ter um papel mais mão-na-massa com o nosso novo hóspede. Digam o que quiserem sobre o movimento feminista, mas estou feliz por ter sido “liberado” do ideal da Revolução Industrial de ser o provedor ausente. Se há uma diferença que eu observo entre a geração dos meus pais e a minha, é que a minha valoriza o tempo em detrimento do dinheiro. E não porque sejamos preguiçosos, mas porque não estamos dispostos a trocar o tempo passado com as pessoas que mais amamos por uma aposentadoria tranquila.

De acordo com uma pesquisa recente, 76% dos adultos disseram que suas famílias eram o elemento mais importante da sua vida, e 40% dizem que sua família atual é mais do que a qual cresceram.

Estas estatísticas confirmam a verdadeira razão para o meu otimismo sobre masculinidade e a família, que é verdadeiramente baseada na intuição que tenho de participar e falar com outros homens na minha vida. Os caras que eu conheço que cresceram sentem como eles foram “criados por mulheres” estão seriamente dedicados a fazer melhor por seus filhos do que seus pais fizeram por eles. Eles querem ser como uma grande parte da vida de seus filhos quanto possível. Embora não seja uma amostra muito científica, nas situações que eu sei de onde uma família foi quebrada, era o cara que queria manter o casamento e queria mais a custódia dos filhos. Mesmo quando o divórcio não poderia ser evitado, estes homens fazem todo o possível para continuar a fazer parte da vida de seus filhos.

Talvez a maior razão para o meu otimismo sobre o futuro da masculinidade é, assim, a popularidade deste site. Eu tenho ficado bastante surpreso e humilde com a rapidez com que tem crescido nos últimos 3 anos. Algumas pessoas dizem que é “triste” que os homens precisam aprender a ser homens de um site. Tal crítica parece nascer de uma suposição de que os meninos saem do útero com um senso inato de tudo que há para saber sobre ser um homem. Claro que não é o caso – nós aprendemos a ser um homem dos mentores em nossas vidas. E para muitos homens, esses homens simplesmente não estavam por perto durante o crescimento. Ou até mesmo se eles eram – e no que é mais uma razão que eu sou otimista em relação ao futuro – eles ainda desejam melhorar a si mesmos, para aprender o máximo que puderem e utilizar seu potencial ao máximo. Sim, o ideal é que você deve aprender a masculinidade de seu pai e outros mentores, e a arte da masculinidade deve ser passada de geração em geração. Mas onde há um elo perdido nessa cadeia, estamos felizes de estar na lacuna de informação você pode passar para seus filhos, uma geração que venha a ser criada esperançosamente por mulheres e homens.

fonte: http://artofmanliness.com/2010/12/13/a-generation-of-men-raised-by-women/

13 comentários

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  1. Estamos saindo de uma geração de homens criados por mulheres para outra criada por homosexuais.

    • Diego Menezes em 08/28/2015 às 8:41
    • Responder

    Muito bom artigo, achei que era único na sociedade… meus olhos abriram para uma nova vida. Fico grato pelo detalhamento do texto ter uma compressão panorâmica dos fatos ocorridos na nossa sociedade.

  2. Ei, Barão, você já leu o verbete “Feminismo” na Wikipedia? Abra numa outra janela pra comparar com esse aqui.
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Feminismo

    • Antonio Siqueira em 08/29/2012 às 11:50
    • Responder

    Para que não fique mal explicado, eu concordo com a premissa do texto. Regiões onde se tem mais professores do sexo masculino, como é o caso na Coréia do Sul, tem alunos com notas melhores, de ambos os sexos.
    Todas as instituições voltadas patra o público masculino, como os escoteiros, foram e estão sendo sabotadas. Como diz Christina Hoff Sommers no seu livro War Against Boys, tem-se feito um esforço enorme para destruir espaços onde garotos possam se reunir e aprender. Tem aquele caso famoso do Canada, onde uma garota (uns 13 anos, acho) ganhou na justiça o direito de jogar no time de hoquei masculino e, pasme, usar o vestiário junto com os garotos. Se algum garoto se sentir envergonhado, ele que se foda né. Eu me surpreendi quando li essa notícia, porque é tão absurdo, que parece falso. Imagina se eu quisesse me trocar no vestiário feminino.

  3. “Mas este vai ser criado nos moldes e comportamentos femininos. Aí quando cresce, se perguntam, porque ele é gay?”
    Você tem como me mostrar provas disso? Falando sobre os que conheço, a maioria dos gays são de famílias com o pai e a mãe juntos, então seria algo equilibrado. Pelo seu raciocínio não faria sentido eles serem gays. Outros tantos que foram criados pela mãe são héteros, também não teve essa influencia aí não.
    E vamos lembrar que homossexualidade existe desde muito antes da nossa época atual, e estava presente inclusive nas épocas que as famílias eram no formato bem tradicional, as pessoas raramente poderiam se divorciar e a forma de criação era rígida. Se era tudo isso e existiam gays significa que a culpa não é de serem criados só pela mãe. Existiam mas justamente por essa rigidez não poderiam assumir isso, como vemos em muitas famílias hoje, fora de casa é drag .queen e dentro é o hétero convicto (na visão dos pais).

    mães solteiras e promscuidade feminina fazem dos homens frouxos? qual a relação direta de uma coisa com outra? Se fosse assim muitos dos que foram criados por mães solteiras não poderiam agora querer mudar a situação com os filhos como nesse trecho do texto, que concordo ” Os caras que eu conheço que cresceram sentem como eles foram “criados por mulheres” estão seriamente dedicados a fazer melhor por seus filhos do que seus pais fizeram por eles.”
    Se dedicar a serem melhores para os filhos do que os pais foram para eles é coisa de frouxo? na verdade, é bem o contrário, tem que ter uma força muito grande. Pq reproduzir o que o pai fez é fácil, mas procurar melhores exemplos e ideais e tentar dar ao filho o que faltou a ele é MUITO difícil, e eu nunca vi “frouxos” dispostos a se jogarem e fazerem esse tipo de coisa.

    1. Let’s go.

      Você tem como me mostrar provas disso? Falando sobre os que conheço, a maioria dos gays são de famílias com o pai e a mãe juntos, então seria algo equilibrado. Pelo seu raciocínio não faria sentido eles serem gays. Outros tantos que foram criados pela mãe são héteros, também não teve essa influencia aí não.

      Bem, a considerar q boa parte desses moleques meio frescos adoradores de restart e congêneros são filhos de mãe solteira ou separada, e q o número disto só aumenta comparado ao passado, acho q isso prova o q é levantado pelo texto. Isso só citando um grupo.

      Claro q tem mts desses q vem de famílias normais, mas o q se vê é q em boa parte dos casos o pai também é um frouxo e não raro capacho da esposa. dificil eu ver um carinha em q o pai é figura forte se enveredar num caminho destes.

      E vamos lembrar que homossexualidade existe desde muito antes da nossa época atual, e estava presente inclusive nas épocas que as famílias eram no formato bem tradicional, as pessoas raramente poderiam se divorciar e a forma de criação era rígida. Se era tudo isso e existiam gays significa que a culpa não é de serem criados só pela mãe. Existiam mas justamente por essa rigidez não poderiam assumir isso, como vemos em muitas famílias hoje, fora de casa é drag .queen e dentro é o hétero convicto (na visão dos pais).

      Sim, gay existe desde q o mundo é mundo. O estranho é ver q o nº deles explodiu (e falo em termos comparativos, não em absolutos é claro) aumentou de forma vertiginosa nestas últimas décadas, justamente qdo o nº de divórcios e de mães solteiras aumentaram…

      mães solteiras e promscuidade feminina fazem dos homens frouxos? qual a relação direta de uma coisa com outra? Se fosse assim muitos dos que foram criados por mães solteiras não poderiam agora querer mudar a situação com os filhos como nesse trecho do texto, que concordo ” Os caras que eu conheço que cresceram sentem como eles foram “criados por mulheres” estão seriamente dedicados a fazer melhor por seus filhos do que seus pais fizeram por eles.”

      Tirando alguns q realmente conseguem dar a volta por cima, a maioria acaba tornando frouxos sem uma presença paterna. Falo isso por observar em meu meio tal fenômeno, ja q morei em perifeira a anos e se vê mt disso. O cara q não tem uma presença paterna acaba seguindo um dos desses destinos: ou vira um cara fraco e medroso ou vira bandido (Estatísticas sobre isto existem. a maioria dos presos são filhos de mães solteiras). isso até vi na minha casa, onde meu irmão mais novo depois da separação dos meus pais começou a se envolver com coisas erradas, só saindo disto pq eu intervi diretamente e acabei servindo como figura paterna pra ele. Minha mãe, msm sendo mt boa em cuidar dos filhos provavelmetne não daria conta sozinha se eu não ajudasse.

      • Antonio Siqueira em 08/30/2012 às 11:46
      • Responder

      Veja bem. Todos os estudos sobre psicologia, psiquiatria, sociologia, medicina e etc, fazem asserções probabilísticas, e não determinísticas. O motivo para isso, é que é praticamente impossível controlar todos os fatores que afetam o comportamento humano. Em pesquisas sobre física, você repete o mesmo experimento varias vezes, com todas as variáveis iguais, exceto uma, e observa o resultado. Em pesquisas que lidam com seres humanos isso não é plenamente possível, você tera várias variáveis com a sua dispersão mudando a cada experimento, e terá que utilizar alguma técnica para isolar uma delas e observar se a variável x afeta a y de um modo determinado com probabilidade z. Então, não se está afirmando que filhos de mães solteiras serão necessariamente gays. O que pode se afirmar é que isso influi no comportamento dele de forma a aumentar a probabilidade de ele ser um fresco. Outros fatores influirão, inclusive genéticos, mas ter um pai presente poderia ser um deles.Nunca li um estudo sobre o assunto, porque temas politicamente incorretos como esse, raramente são publicados.
      No caso que já foi bem observado pelo Barão, a saber: que filhos de mães solteiras tem a tenência a criminalidade, é sim bem conhecido, e você não terá dificuldades de encontrar estudos sobre o assunto, se pesquisar.
      Lembro-me da minha escola, onde na 7° série, o único homem professor foi o supervisor. Quando ele era chamado para tirar um aluno de sala, bastava ele chegar na porta e olhar para o cara. Na 8° ele já assumiu outro cargo, e uma professora tomou o lugar dele. Tanto ela, quanto as predecessoras dele, tinham uma enorme dificuldade para controlar os alunos. A diferença era notável. Ela entrava na sala, se esgoelava, fazia meia hora de sermão, e cara saia da sala rindo da cara dela.

  4. Eu me identifiquei muito muito com esse texto.
    A falta de uma figura paterna na minha infância hoje me traz sérios problemas psicológicos e sociais. Na adolescência por exemplo onde, é uma das mais importantes fases da vida de um homem, eu me sentia atrasado e não compreendia muito bem como funcionava as coisas. Foi nessa época que a relação com minha mãe foi piorando, já que ela não conseguia sanar minha duvidas e nem me ensinar algo pra minha vida.
    Ser filho único de uma mãe divorciada é muito ruim, chega uma hora que a vida vai lhe cobrar coisas que ninguém te ensinou e ai que ou você aprende por si só ou vai falhar muitas vezes até aprender.

    • Antonio Siqueira em 08/28/2012 às 15:30
    • Responder

    Discordo da visão do autor no seguinte ponto: de que foi a revolução industrial que tirou o homem de casa, como se antes dela os homens ficassem tanto tempo em casa quanto as mulheres. Durante a maior parte de nossa evolução, não fomos agricultores, fomos caçadores-coletores. Se você estuda o modo de vida de tribos que permaneceram tendo como o sustento a caça, você percebe nelas, as mulheres tendem a ficar na tribo realizando suas atividades nos arredores, enquanto os homens saem para caçar. E, se for o caso do “big game hunting”, quero dizer, a caça de grandes animais, os homens passam vários e vários dias longe de casa. Ou seja, essa divisão comportamental, em que a casa é o domínio feminino precede, e muito, a revolução industrial. Além disso, artesãos e agricultores trabalhavam para burro, e só eram acompanhados pelos filhos, quando esses já estavam em idade de aprender o ofício. “Trocar fraldas” nunca foi uma atividade extensamente masculina.

    • Rodrigo Cerqueira em 08/28/2012 às 9:03
    • Responder

    Trabalho em casa seria uma opção honrada. Mas pra isso tem que ter uma mulher com a cabeça muito boa. Uma que quer disputar o título de “homem da casa” vai fazer da sua vida um inferno de qualquer maneira. Uma mulher que não deseja ser mulher, vai estar a todo momento tentando anular a sua masculinidade, para que você seja outro dessexuado. A chave para uma boa família é, em primeiro lugar, conseguir um bom casamento.

  5. Quando você ouvir uma mulher dizendo que falta homem no mercado, ou que é tudo gay, diga o seguinte:

    Pode perceber que a maioria dos gays foram criados apenas pela mãe “mãe solteira”. É fato que sem a presença do pai, os costumes e educação dadas apenas pela mulher, não edificam o homem a ser um homem de fato. Ela não vai ensina-lo a ser viril, gostar de coisas de homem, se comportar como homem e tudo mais.
    Mas este vai ser criado nos moldes e comportamentos femininos. Aí quando cresce, se perguntam, porque ele é gay?
    Resumindo, estas mães solteiras e a promiscuidade feminina são os maiores fatores que fazem os homens de hoje serem froxos e se comportarem como tal.

  6. O problema todo começou com a Era Progressiva. Não é à toa que o problema começou em 1870, foi por aí o início da Era Progressista… No início do século XX, na cidade de São Francisco, norte da Califórnia, Alfred Roncovieri, um católico francês-italiano tradicionalista, foi eleito superintendente de escola. Para ele, a função da escola era ensinar o básico, e sexo e moralidade era função da família e da Igreja. Assim, quando a unidade para cursos de higiene sexual nas escolas públicas estava em curso, ele consultou o clube das mães que manteve o programa fora das escolas. Em 1908, os progressivos de classes alta lancaram um longo movimento para derrubar Roncovieri e mudar a natureza do sistema de ensino público de São Francisco: em vez de um superintendente eleito respondendo a um conselho escolar eleito por distritos, os progressistas queriam um superintendente da escola todo-poderoso, designado por um conselho nomeado pelo prefeito de São Francisco. Em outras palavras, em nome de “ter escolas fora da política”, eles esperavam engrandecer a burocracia educacional e manter seu poder praticamente sem controle por qualquer controle popular ou democrático..

    http://mises.org/daily/1259

  7. Uns dos melhores textos que eu já vir em minha vida!

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