por Rookh Kshatriya
O Clube da Luta é um dos filmes (e livros) mais interessantes dos últimos anos. Ele explora a desilusão de um homem branco alienado, de classe média e americano (interpretado por Edward Norton) que funda uma rede clandestina de clubes da luta para homens nervosos e emasculados. Tais clubes da luta não existem para propagandear um estilo de arte marcial, como o Jiu Jitsu Brasileiro ou o Savate Europeu. Ao invés disto, os homens participam destes clubes para experimentarem a verdadeira masculinidade pela primeira vez.
No Clube da Luta, a masculinidade é vista como algo que vem sendo roubado dos homens sistematicamente por uma sociedade dominada pela mídia. Em todo o lugar, as imagens do “homem ideal” que são colocadas são na verdade totalmente desprovidas de masculinidade – na verdade, como Tyler Durden argumenta de forma sucinta, a maioria destes ideais são algum “sonho erótico para gays”. Em contraste, a experiência do Clube da Luta restaura o homem a um estado natural e mais primordial da sua existência masculina: “Após algumas noites no Clube da Luta um homem sai daqui parecendo que foi esculpido em madeira.”
Os clubes da luta são regidos por oito regras simples (talvez uma paródia dos Oito Caminhos Budistas):
- Você não fala sobre o clube da luta.
- Você não fala sobre o clube da luta.
- Se alguém pedir para parar, fazer corpo mole, ou até mesmo se ele estiver apenas fingindo dor, a luta acaba.
- Somente duas pessoas por luta.
- Uma luta por vez.
- Terão que lutar sem camisas ou sapatos.
- A luta irá durar o tempo que for necessário.
- Se esta é a sua primeira noite no clube da luta, você terá que lutar.
Críticas duras aos valores insípidos que comandam a atual sociedade anglo americana são costuradas habilmente à trama. O autor do Clube da Luta, Chuck Plahniuk, nos conta como ele passou por todas as etapas para poder impressionar seus pais – escola, universidade, emprego – uma vida inteira de “dar a outra face” e “se ajoelhar” – somente para terminar com um baixo salário, num trabalho chato como escritor técnico.
Então, ele diz, uma raiva imensa começou a se incubar: ele sentia que a sociedade o “enganou” e o forçou a ter uma vida instatisfatória sem lhe dar uma recompensa. Então Chuck começou a brigar: em bares, nas ruas, sempre onde podia. Para ele, a experiência foi libertadora. Ele se sentia renovado, e validado existencialmente. Foi este sentimento que o inspirou a escrever o Clube da Luta:
Fóruns na internet postavam pedidos procurando por clubes da luta locais. Estudantes mórmons em Utah brigavam entre si; garotos em garagens começaram a trocar socos; disputas de boxe não licenciadas aumentaram; a luta livre, a paródia teatral da luta, vendia mais que o boxe. (Mitchell, 2001: ppXI-XII).
Um fenômeno cultural, o Clube da Luta é uma típica construção mitopoética anglo americana. Nas culturas latinas, orientais e eslavas, onde a masculinidade não é tão atacada culturalmente como na anglosfera, o Clube da Luta não tem tanto impacto. Seu significado e poder vem do lamentável e vitimizado estado da masculinidade na cultura anglo americana. Isto é algo que ambos os críticos tanto do filme quanto do livre ignoraram.
Na cultura anglo americana, dada as suas tendências ginocráticas, puritanas e misândricas, a masculinidade é essencialmente detestada. É por isso que é cada vez normal temos meninos sendo entupidos de Ritalina em seus tempos de escola, onde os homens são rotineiramente castigados na mídia e porque os valores masculinos são universalmente ridicularizados. O Clube da Luta representa uma tentativa tardia de recuperar a masculinidade anglo americana.
Falando de coração, este humilde blog e seus associados apoiam o espírito do Clube da Luta. Todo homem que vale algo e está enojado com o lamentável matriarcado latentemente homossexual que temos hoje na anglosfera. Não são poucos os homens que já estão fartos disto. Como no Clube da Luta, tal problema já está na mente de todos – só precisa de um local para ser expressado. Da Ìndia aos EUA, do Canadá a Austrália, homens sequestrados pelo puritanismo anglo saxão e seu culto ginocrático do “endeusamento feminino” anseiam pela libertação de séculos de sofrimento. Cavalheiros, a resposta é simples: ignorem, apaguem ou destruam esta anglocultura puritana ou morram tentando – não há outro jeito. Você é o maior homem da história da anglosfera – não Nelson, Washington ou Gandhi – não, VOCÊ – porque você está pronto para a boa luta, como em nenhuma outra geração da história. Armado com seu auto conhecimento e uma confiança inabalável em sua masculinidade, seu potencial é infinito. Mas seu potencial é jogado fora por uma cultura que lhe diz (você, quem a criou!) que homens são inúteis, estúpidos, criminosos e caloteiros. Suas vidas são gastas numa mediocridade de classe média, ganhando dinheiro para comprar coisas que não precisam para impressionar mulheres que você não gosta.
Bem, diga ao matriarcado anglo americano que a mudança começa aqui… e ela vai continuar!
fonte: http://kshatriya-anglobitch.blogspot.com.br/2009/04/fight-club-reclaiming-anglo-american.html
9 comentários
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homens estão insatisfeitos com o sistema matriarcal atual e ficam espancando uns aos outros em vez de espancarem os esquerdistas e burocratas do governo que criaram esse sistema. Que idiotice! se o Clube da Luta fosse real, eu espancaria esquerdistas por aí sem sombra de dúvidas. Mas eu entendi a mensagem. A ideia é resgatar aquele lado mais bruto e visceral da atitude masculina. Boa postagem. Eu não conheço o filme, mas agora fiquei curioso para assisti-lo.
O problema é que o “Clube da Luta” é muito esquerdista. Observe o ódio todo do cara contra o patrão. O patrão não deve nada pra ele, deu emprego para um infeliz que passa a vida odiando a mão que o alimentou. E fora a mesma balela: “blablabla…empregos que não gostamos pra comprar coisas que não precisamos”, típica conversa esquerdista de que vc é manipulado pela propaganda.
Mande o esquerdismo para o espaço por um breve momento e analise novamente a mensagem do filme.
A célebre frase do Clube da Luta se refere à falta de valores e à futilidade do consumismo manipulado pela mídia. Aliás, até a crítica à mídia já foi considerada coisa de esquerdista, o que nos leva a um questionamento: será que só porque a esquerda entra em uma luta, esta luta deixa de ser válida?
Lembre-se que Hitler também comia açúcar.
Boa resposta Crazy madman, quanto ao comportamento com o chefe o ameaçando de um processo pro assedio realmente é um ponto fraco do filme, alem de querer destruir as grandes corporações (apesar do fundo de verdade pq são elas quem financiam tudo isto).
Mas quero salientar que o consumismo exacerbado não é bandeira da direita, lutamos para que as pessoas possam consumir o que quiserem e como quiserem, mas tbm lutamos mais ainda pela liberdade de dar um basta!
Clubes da luta não existem. Se existirem são clandestinos e criminosos. Mas a história, o espírito do filme é muito foda. Praticar artes marciais ou qualquer tipo de luta que for adequada a ele. Com o intuito de despertar nele o espírito guerreiro e viril. E eu me refiro a saúde mental. E não somente a saúde física e sexual. Melhora tudo… Para quem tá começando eu sugiro o AIKIDO.
Eu mesmo já pratiquei. É muito foda mesmo.
realmente… praticar uma atividade fisica seja puxar ferro correr uma maratona, pedalar, etc ja nos deixa um desejo d e sempre ta nos superar, quem lavanta 30k no supino amanha vai querer levantar 50, quem corre 5km hoje amanha vai quere correr 10, o homem é movido a desafios, faça o que tu queres.
caralho vo assisti ele denovo. Faz tempo q eu não assisto!
, Boa Barão,Fime fantastico, uma obra prima do cinema, os discursos dos personagens “Tyler Durden” são um tributo a masculinidade.
“Ate que ponto alguem pode conhecer de si mesmo se nunca entrou numa luta ?!!”
Tyler Durden”
“Somos uma geração sem peso na história.
Sem propósito ou lugar.
Nós não temos uma Guerra Mundial.
Nós não temos uma Grande Depressão.
Nossa Guerra é a espiritual.
Nossa Depressão, são nossas vidas.
.
Tyler Durden
” somos uma geração homens criados por mulheres, será que outra mulher seria a solução par nossas vidas”
Tyler Durden”
“colar penas na bunda não vão te transformar numa galinha”
Tyler Durden”
Trabalhamos em empregos que odiamos,
para comprar porcarias que não precisamos.
Tyler Durden
“Esta é a sua vida, e ela está acabando um minuto de cada vez.
Tyler Durden”
“E o mais importante, eu sou livre, de todas a formas que você não e !!!”
Tyler Durden
o homem moderno é moldado e domado a ser um mero provedor deixando seus sonhso d e lado para viver uma merda d e vida imposta por uma sociedade d e merda.