Mulheres realmente trabalham mais?

Bem, estes dias foram meio esquisitos. Além de uma recente pesquisa dizendo que as mulheres ultrapassaram os homens em QI (algo bem questionável, diga-se), também sabemos que mulheres agora trabalham mais que nós:

“BRASÍLIA – Mesmo com o aumento expressivo da participação feminina no mercado de trabalho brasileiro, as mulheres continuam carregando o fardo das tarefas de casa e trabalham, em média, cinco horas a mais por semana que os homens – o que equivale a 20 horas adicionais por mês, cerca de dez dias a mais por ano.

Enquanto elas cumprem uma jornada semanal de Enquanto elas cumprem uma jornada semanal de 36 horas remuneradas, mais 22 horas de afazeres domésticos, eles trabalham 43,4 horas, mais 9,3 em casa por semana. Em um ano, as mulheres dedicam 275 horas a mais que os homens a todas as tarefas, revelam dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT).”

fonte: http://br.noticias.yahoo.com/mulheres-fazem-5-horas-servi%C3%A7o-dom%C3%A9stico-homens-semana-130429648.html

Bem, talvez seja alguma “retaliação” contra o dia do Homem, vai saber…

Pois bem. Meu chapa Roberto notou 6 errinhos nesta pesquisa que precisam ser desmascarados. Vamos a eles.

O levantamento foi realizado com base em dados do governo federal colhidos entre 2004 e 2009.

PRIMEIRO ERRO
O governo federal não tem como levantar dados sobre trabalhos domésticos, pois não é capaz de vigiar a vida privada dos trabalhadores. O levantamento de dados sobre trabalhos domésticos depende do depoimento pessoal de cada trabalhador, e daí surgem dois problemas:

1. É impossível colher o depoimento pessoal de milhões de brasileiros. Os dados são colhidos de um número limitado de pessoas, e isso dá margem para que o pesquisador propositalmente escolha mulheres de núcleos onde há mais trabalho e homens de núcleos onde há menos trabalho. Mesmo que os depoimentos de homens e mulheres sejam colhidos na mesma região, ainda sim pode-se escolher uma região onde, excepcionalmente, as mulheres trabalhem mais do que os homens.

2. O depoimento pessoal não é necessariamente verdadeiro. Ninguém tem a obrigação de dizer a verdade nesse tipo de pesquisa. E como nós da Real sabemos, as mulheres mentem muito mais do que os homens, pois pra elas não importa a justiça ou a realidade, e sim o ego e o fetiche. Essas pesquisas são feitas através de uma folha de avaliação, contendo várias alternativas de números inteiros para assinalar. Ou seja, o trabalhador arredonda o número e assinala a alternativa de acordo com o que ele sentiu que trabalhou. Como a mulher não aguenta tanto trabalho quanto o homem e adora se vitimizar, tende a assinalar números maiores.

Além desses fatores, os próprios trabalhadores sequer têm noção do quanto trabalham por semana em serviços domésticos. Quando perguntados sobre esse assunto, a maioria vai pensar em responder da seguinte forma: “Ahhh, acho que umas X horas”. Não existe qualquer cientificidade em uma pesquisa em que as pessoas que contribuíram não sabem com exatidão do que estão falando.

A própria pesquisa deu um tiro no pé quando afirmou que o serviço doméstico feito pelos homens consiste principalmente em levar as crianças para a escola e trazê-las de volta pra casa, além de ir ao supermercado. Essas tarefas são executadas no caminho para o trabalho e na volta do mesmo. Na prática, o homem acorda às 6h da manhã, deixa as crianças 7h30 na escola, chega no trabalho às 8h, sai do trabalho às 18h, pega as crianças 18h30, vai à padaria ou ao supermercado e sai de lá às 19h, chega em casa 19h30. Obviamente, adicionemos mais 30 minutos de engarrafamento, e isso sendo bastante gentis. Resultado: 14 horas diárias de trabalho, e 70 horas de segunda à sexta. A média dos homens foi calculada 52,7 horas de segunda à domingo.

Por que há essa diferença? Porque o tempo gasto fora das horas de trabalho remuneradas não é contabilizado. A jornada de trabalho do homem é mais difícil, pois ele tem que se preocupar com os afazeres domésticos ao mesmo tempo em que ele se preocupa com o expediente. Imagine se esse homem que trabalha tanto tenha uma esposa. A esposa já está aliviada do fardo de ter que levar e buscar as crianças da escola, e de fazer as compras. Na maioria dos casos, essa esposa não precisará dirigir até o trabalho, pois o maridão irá deixá-la diretamente no serviço. Ou seja, a jornada de trabalho da mulher começa efetivamente às 8h, enquanto a do homem começa às 6h. Mesmo que o homem termine sua jornada mais tarde, a mulher dificilmente ficará sem carona na volta, pois manginas e outras mulheres dão esse apoio facilmente pra ela, o que diminui ainda mais seu esforço durante o dia.

Percebam também que até agora não falei nos finais de semana. A razão pela qual a mulher faz 22h semanais de trabalhos domésticos é porque maior parte desse tempo acontece nos finais de semana, onde a mulher cuida dos filhos, enfeita a casa, etc. Nos finais de semana, a mulher que faz jornada geralmente quer comer em restaurante ao invés de cozinhar. Cuidar dos filhos e enfeitar a casa são trabalhos domésticos que requerem menos esforço do que dirigir e fazer compras, porque a maioria das mulheres de hoje em dia não sabem cuidar dos seus filhos. Elas apenas deixam os filhos brincando na sua frente enquanto ficam de fofoca com a vizinhança. E essa moleza é computada como serviço doméstico.

SEGUNDO ERRO
A pesquisa se aplica a pessoas que cumprem expediente, mas não a profissionais liberais que apesar de trabalharem bastante, não cumprem uma jornada de trabalho estabelecida por lei ou contrato. Homens são a grande maioria de profissionais liberais e empreendedores, e esses são justamente os trabalhos mais arriscados, pois não existe garantias de que o dinheiro entrará na conta. Atividades de risco envolvem maior planejamento, o que acarreta muito esforço intelectual fora do trabalho propriamente dito. No Brasil estatista, todo profissional liberal que deseje ter o mínimo de sucesso precisa trabalhar muito mais do que celetistas, mesmo que esse trabalho não seja feito de forma típica.

A partir do momento em que a pesquisa não leva em consideração todo trabalho complexo realizado pelos profissionais liberais, os dados se tornam inválidos para comparar os sexos.

TERCEIRO ERRO
A pesquisa fala do tempo de trabalho, sem incluir a produtividade.

O valor do trabalho é dado pelo binômio tempo x produtividade. Um advogado A que trabalha 4 horas por dia e faz 10 contestações por semana vale mais do que um advogado B que trabalha 8 horas por dia e faz o mesmo número de contestações. A quantidade de resultado produzida não é necessariamente igual ao tempo trabalhado.

A grande maioria dos confrades já trabalhou com mulheres no mesmo ambiente de trabalho. É visível como os homens são muito mais profissionais, muito mais concentrados e dedicados ao trabalho do que as mulheres. Não apenas é visível, como também biológico, pois os homens são geneticamente mais aptos a trabalhos individuais, enquanto mulheres são melhores em trabalhos múltiplos ao mesmo tempo. O resultado dessa programação genética é que os homens se concentram muito mais no trabalho que eles devem fazer e, consequentemente, produzem muito mais, enquanto as mulheres dividem suas atenções entre fazer um pouco de trabalho e um pouco de fofoca e distração, diminuindo a produtividade. 1h de trabalho do homem equivale a no mínimo 2h de trabalho da mulher, e estou sendo gentil.

Existe outra variação a ser considerada: qualidade do serviço. Mais uma vez por razões biológicas, que nos conferiram maior massa cinzenta no cérebro, os homens são muito melhores do que as mulheres em todos os trabalhos que necessitem mais de racionalidade do que emocionalidade. Em outras palavras, os homens são melhores: médicos, engenheiros, juízes, promotores, delegados, advogados, auditores fiscais, administradores, analistas, etc. Além disso, por sermos em média 3 vezes mais fortes, somos melhores em todas as funções que envolvam relevante uso da força física. Mulheres são melhores em profissões altamente comunicativas e de pouco raciocínio, como telefonistas. Nisso realmente, a paciência de ficar 8h por dia no telefone é algo que só uma mulher é capaz de ter. rs

QUARTO ERRO
A pesquisa não disconta na contagem de horas as escusas remuneradas. Idas ao médico, licensas e outros benefícios, que são usados predominantemente por mulheres. As mulheres inventam muito mais desculpas que os homens e tem muito mais direitos trabalhistas e médicos para se escusar do trabalho. A maioria dessas escusas não faz cessar a remuneração e são contadas para cômputo de dias trabalhados, para fins previdenciários e para esse tipo de pesquisa.

QUINTO ERRO
A pesquisa não leva em consideração as vezes em que o trabalhador, embora esteja no local de trabalho, não trabalha e leva crédito pelo trabalho dos outros. Tem muita mulher “trabalhadora” e “independente” que só desfila no trabalho, enquanto manginas fazem o serviço dela. Exemplo recente: aquela assessora de senador que virou notícia esses dias. Esse tipo de “profissional” é leva créditos pelo trabalho que não faz, e ainda conta como “serviço doméstico” a prostituição que usa para “pagar” as horas que não trabalhou. Esse tipo de mulher é extremamente comum no mundo ocidental.

SEXTO ERRO
A pesquisa não leva em consideração os trabalhos feitos fora do expediente que não sejam horas-extra. Muitos homens levam parte do trabalho para finalizar em casa, consumindo ainda mais do tempo livre deles. Obviamente, a quantidade de homens comprometidos com o trabalho é muito maior do que o de mulheres, que muitas vezes trabalham apenas para cumprir expediente e ganhar dinheiro, não se importando com o bem estar do consumidor.

Enfim, a pesquisa está cheia de erros e dados tendenciosos, sendo inválida para qualquer finalidade científica. A única coisa que essa pesquisa indica realmente é que homens cumprem mais expediente que as mulheres. Master of the obvious.

fonte: http://mundorealista.com/forum/viewtopic.php?f=14&t=5671#p128576

3 comentários

  1. Elas perderam no trabalho fora de casa por 7,4 horas de diferença, agora saíram com esta do trabalho doméstico. Parabéns pro seu chapa que fez esta lista.
    Mas vamos supor que esta pesquisa é séria, científica, verdadeira. Sabe o que ela prova?
    1 – Que as mulheres costumam se casar com cafajestes, vagabundos ou machistas que não ajudam a esposa no serviço de casa.
    2 – Que os homens que acham que serviço doméstico não tira a masculinidade, o homem que surpreende a mulher, o homem que trata a mulher como especial, o homem daquelas imagens que as mocinhas compartilham do Facebook como regra geral está SOLTEIRO. E os casados são os grandes puxadores das 9,3 horas por semana.
    Daria vontade de rir, se não desse raiva.

    1. Concordo com vc e ainda digo mais o que há de degradante na mulher fazer o serviço doméstico e cuidar dos filhos e do marido? Eu não acho isso um esforço sobre-humano, muito pelo contrário é uma forma de retribuir muitas coisas que os maridos fazem pelas mulheres.

  2. Essas pesquisam sempre ofendem a minha inteligencia.
    O pior são as pesquisas onde as mulheres tem superioridades na direção, ridículas.

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