Transtorno de personalidade borderline – um doente ou somente um imbecil maluco?

Só um aviso aos usuários do Fórum do Búfalo, estamos tendo instabilidades no sistema, por isso o fórum está com uma grande lentidão. Eu realmente não sei exatamente o que ocorre, mas acredito que seja alguma instabilidade nos servidores. Acredito que até o fim da tarde tudo retorne ao normal, geralmente os responsáveis pelo host que o Fórum está hospedado são competentes em arrumar esses problemas.

Agora, ao artigo:

por Paul Elam 

Tenho sido um admirador de longa data dos poucos profissionais que trabalham com psiquiatria que decidem lidar com a verdade, ao invés de apenas ficar vendendo o mais palatável para as mulheres neste senso comum misândrico.

Andar no caminho certo é difícil em qualquer área. Na área que lida com a “saúde” mental que é dominada por feministas, é algo brutal. Eu sei, eu vivi tal vida por algumas décadas. Eu posso lhe dizer por experiência própria que os maiores bombardeios que sofri foi por não ter seguido a linha oficial que o partido nos deu.

Meu primeiro conflito sério foi sobre o alcoolismo, que eu era obrigado a ver como uma doença. Isto era complicado para mim, já que o alcoolismo não é uma doença. Eu não estou especulando sobre isso, ou vendo as coisas sob a minha “perspectiva”. Eu falo que isto é uma verdade irrefutável. Não há nenhuma evidência, nenhuma, que o alcoolismo é uma doença, exceto que foi considerada assim no ano do meu nascimento, em 1957, pela Associação Médica Americana, sem a mínima evidência científica que a suporte.

Isto foi puramente uma decisão política e financeira, que permitia que os médicos começassem a ter motivos para cobrarem alcoólatras pelo tratamento da “doença” deles, o que permitiu que alcoólatras inveterados fizessem o que eles sabem fazer de melhor… jogar a culpa de seus problemas em outras coisas ao invés deles mesmos.  No fundo, todo mundo saia ganhando com isto.

Outra área significativa de conflito que tive que passar no campo saúde mental foi em respeito a tal Transtorno de Personalidade Borderline (ou limítrofe), ou, como acho mais apropriado, “imbecil perigoso que deveria ser evitado como a peste”.

Peço um pouco de paciência enquanto abordo um pouco do básico aqui. Se tratando de problemas psicológicos, nós estamos lidando com um imenso e diverso leque de problemas e suas causas. Temos desordens que são puramente fisiológicas em sua origem, como a Síndrome Cerebral Orgânica, onde uma doença ou lesão prejudica as funções mentais. Esta síndrome tem um termo um pouco antiquado, e foi até removida do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais por causa do aumento das descobertas que apontam para uma causa orgânica (fisiológica) de muitos transtornos psicológicos.

Mas o importante aqui é que descobrimos que muitas vítimas de lesões ou doenças cerebrais tem pouco controle sobre seus pensamentos, e muitas vezes de suas ações. Esta capacidade lhes foi retirada devido os efeitos de um trauma cerebral ou alguma doença.

A esquizofrenia, uma condição devastadora que causa uma série de deficiências cognitivas, suspeita-se que em parte acontece por problemas fisiológicos. Assim como outros problemas orgânicos cerebrais, a vítima é completamente impotente contra seus sintomas e as vezes não tem controle sobre seu comportamento. É uma doença destruidora que literalmente aterroriza suas vítimas. Imagine você vendo agora demônios vindo da parede e te rasgando em pedaços, ou sua mente te dizendo que deus está falando através de seu cachorro, mandando você matar alguém.

Esquizofrênicos não escolhem ter estas alucinações e pensamentos bizarros e sem ajuda médica ou até mesmo legal, eles muitas vezes não tem controle sobre como eles responderão a tais estímulos. De forma parecida, a desordem bi-polar pode resultar em uma psicose aguda, fazendo com que a habilidade que m indivíduo tem de controlar suas ações ficarem no mínimo questionáveis.

Há mais exemplos de quando uma causa fisiológica é a raiz de problemas psicológicos ou comportamentais graves. A depressão é um bom exemplo. Ela pode ter uma miríade de causas físicas e pode resultar em sintomas físicos muito perigosos, como o alcoolismo, abuso no uso de drogas, violência e suicídio.

Mas a depressão é uma desordem, mesmo tendo algumas possíveis causas fisiológicas, que demandam um tratamento diferente de doenças como a esquizofrenia.

Uma pessoa, não importa o quão deprimido esteja, ainda é capaz de fazer escolhas racionais sobre suas ações. 

Vendo sob esta luz, eles são totalmente responsáveis por usarem ou não álcool ou drogas, serem violentos ou até mesmo se matarem. Podemos dar a eles remédios e psicoterapia, assim como prover outros serviços de apoio, mas no fim eles são totalmente responsáveis por cada ação que eles tomam. Mesmo com sua mente ficando turva por causa do problema, eles ainda são capazes de determinar a diferença entre o certo e o errado assim como entender as consequências de seus atos.

E isto nos trás a desordem de personalidade borderline. Este indivíduo, geralmente uma mulher (sim, isto já foi observado) é alguém no qual seu estado mental faz com que ela seja um perigo emocional, psicológico e até mesmo físico para as pessoas que se envolvem com ela, em particular os homens no qual elas tem algum tipo de relacionamento amoroso.

A desordem de personalidade borderline é diagnosticada quando alguns ou todos estes sintomas estão presentes: 

  • um longo histórico de emoções turbulentas ou instáveis, incluindo frequentes demonstrações de raiva inapropriada;
  • um padrão de impulsividade e relacionamentos caóticos, incluindo, mas não limitado, a impulsividade de gastar dinheiro, uso de drogas, relacionamentos sexuais, compulsão alimentar e furtos em lojas;
  • reação intolerante, muitas vezes hostil, de ficar sozinha;
  • repetidas crises e atos de auto mutilação, como cortar os pulsos ou abuso de medicamentos.

Existe um exame mais aprofundado dos comportamentos comuns de uma pessoa que sofre desta desordem, mas você provavelmente não irá achá-las detalhadas na literatura médica disponível. O que vem a seguir são traços comportamentais que observei em anos lidando com mulheres bordeline em ambientes clínicos e na vida real.

  • Uma facilidade para mentir e manipular, particularmente usando a simpatia e a adulação, mas também  para listar a ação de outras pessoas que ela possa utilizar para vantagem própria no futuro, com fins vingativos ou de retaliação;
  • uma propensão para inventar acusações de estupro, abuso sexual e violência doméstica;
  • uma capacidade praticamente infinita para praticar vinganças pelos menores, ou imagináveis, motivos;
  • um prazer sádico de causar danos injustificáveis contra os outros que são vistos por ela como inimigos, ou mesmo contra aqueles que ela considera que não as ama o “suficiente”;
  • a capacidade de justificar e racionalizar qualquer comportamento abusivo, não importa o quão extremo ou quão inocente é a vítima. Não seguem um norte moral;
  • a demanda incessante que os outros gostem dela, mesmo com ela causando destruição na vida de inocentes;
  • a visão distorcida que o abuso que elas infligem não é abuso, mas reclamar ou reagir contra este abuso é algo abusivo para elas.

E mais uma coisa que precisa ser incorporado em seu entendimento sobre a desordem borderline. Elas sabem exatamente o que estão fazendo. Não há nenhum fator orgânico ou deficiência em seu auto controle que provoque elas a fazerem isto.  Seus atos são intencionais e premeditados. Elas sabem muito bem a diferença entre o certo e o errado, o que é apropriado ou não, o que é verdade e o que é mentira, realidade e fantasia.

Elas frequentemente tem empregos e se envolvem em situações sociais em que seu comportamento destrutivo acabam rapidamente prejudicando elas. Geralmente demonstra uma capacidade admirável de auto controle e comportamento apropriado. Qualquer noção de que elas não conseguem controlar suas ações, o que você frequentemente escutará da boca de algum borderline ou de um médico inescrupuloso que lucram com esta condição ajudando elas a racionalizarem seu comportamento, são totalmente fraudulentos.

Elas sabem muito bem o que estão fazendo, e muitas vezes até gostam disso.

Elas sofrem com o caos interno e emoções instáveis? Certamente. Assim como os depressivos, os alcoólatras e aqueles que tem desordens de ansiedade ou outras mazelas. Só não podemos permitir que se dê um desconto a eles ou que machuquem os outros e a si mesmo. E nem devemos.

Dado o potencial absoluto de destruição que um borderline pode ter na vidas dos azarados que acabem cruzando seus caminhos, é muito importante o entendimento do prognóstico de sua condição.

Não há medicamento psicotrópico e nem terapias cognitivas que funcionem em um borderline. Resumindo, eles tem uma condição intratável com o que temos atualmente. Eles não podem ser ajudados tanto quanto eles devem ser isolados para poder ajudar os outros.

Há uma piada corrente entres os psiquiatras que lidam com a borderline. E sim, nós fazemos piadas sobre problemas sérios. É uma das maneiras de aliviar o stress de ter que lidar com estes casos. De qualquer forma, é uma piada curta e grossa:

Você não trata borderliners, você simplesmente os ignora.

E assim, num sentindo mais amplo, é o conselho indireto que se dá para qualquer pessoa que tem o azar de se encontrar na mira de um borderline.

Fique longe dele. 

Siga outro caminho. Não vá atrás. Não pague 200 dólares. Simplesmente caia fora; esqueça qualquer perda que sofreu em sua experiência e fique feliz de não ter perdido mais.

As famílias dos alcoólatras são orientadas a ignorá-los quando eles estão bebendo. É um bom conselho que ajuda o alcoólatra encarar o problema e que salva sua família de muitos problemas. Mas lidar com um borderline não é tão simples ou fácil como ir a encontros do AA e aprender a ter limites. Sua patologia é muito mais séria e perigosa do que isto.

Escute isto, e não esqueça. Eles não irão melhorar. Nunca. Não há nada que você possa fazer, nenhuma bondade que você possa fazer, nenhuma simpatia que você possa oferecer, nenhuma mãozinha amiga, nem a combinação de toda a sua experiência pessoal que você possa oferecer pode fazer com que um borderline seja nada além de uma tremenda dor de cabeça e um pesadelo em potencial que está só esperando a chance de destruir tudo o que você tem, por dentro e por fora.

Na verdade, se você se encontra num eterno dilema se deve ou não sair de um relacionamento com uma borderline, eu sugiro é que você vá procurar ajuda. Ao invés dela, talvez tenha uma chance de ajudar a você descobrir as causas que te fazem ficar ligado a uma vida cheia de abusos, caos e perigo.

Afinal, sempre haverá a pílula vermelha da verdade.

fonte: http://www.avoiceformen.com/women/borderline-personality-disorder-sick-or-just-crazy-asshole/

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  1. É parece que todos estão em paz e eu estou chegando la. A consciência vem clariano e cada vez mais eu vou entendedo e concertando as sequelas que ficaram.

  2. Bom dia pessoal.

    Preciso de ajuda urgente, não sei, qualquer coisa que vocês possam me dizer para me apoiar. Preciso desabafar a situação e não tenho ninguém com que falar. Li todos os comentários e, como muita gente aqui, também namorei uma borderline (possível). Vou tentar expor tudo da forma mais completa possível pra vocês, pois vi que muitos aqui tem grande experiência e tato com esse tipo de situações.

    Na verdade, eu não sei nem o que quero perguntar agora pois estou muito confuso, não sei, então vou expor tudo que eu puder.

    Eu sou engenheiro, tenho 24 anos. Tenho toda uma vida constituída ou em bom caminho de construção. Mas nunca namorei antes dessa minha ex, então de certa forma eu me julgo meio imaturo, ou no mínimo com uma inexperiência que me põe em desvantagem para enfrentar certas coisas.

    Apesar desta minha desvantagem, em geral não tenho problema de auto estima. Tenho ideia de minha própria imagem e objetivos na vida. Sempre tive meus momentos ruins por coisas normais, mas superava. Então, quero dizer que acho que sou relativamente uma pessoa normal e em certas situações costumo manter a frieza para enfrentar os problemas.
    Expus esta minha situação para vocês com o objetivo confrontar com minha ex-namorada borderline, para ver se vocês podem me ajudar com alguma relação entre tudo isto, enfim, alguma ideia ou conselho.

    Comecei a ficar com uma garota mais nova, de 21 anos, em dezembro do ano passado. Ficamos por poucos meses e depois passamos a namorar, eu diria que fluindo até bem (digo isso porque não tenho parâmetro, como já disse pra vcs acima).

    Esta garota me expôs logo no inicio vários problemas e me solidarizei, disse inclusive que um psiquiatra e um psicólogo já tinham reconhecido ela como possível borderline. Pesquisei tudo na época, mas eu tolerei porque gostava da garota. Tolerei também porque a avaliação é sempre subjetiva, e muitas vezes imprecisa (se formos ao psiquiatra expor nossos problemas com certezas sairemos com algum remédio rs).

    Esta garota me expôs problemas que sempre teve/tem vários problemas:

    1) Depressão.

    2) Problemas de auto imagem (de se olhar no espelho e não saber direito quem é, o objetivo, o que fazer da vida). Em resumo ela sentia um vazio grande, oscilando entre o desejo de morte e de continuar vivendo para aproveitar a vida de forma útil. Inclusive já tentou se matar.

    3) Auto estima ruim(de se achar feia).

    4) Problemas familiares iam desde alcoolismo de algum dos pais, uma certa frieza de algum deles, etc, o que eu acredito que deu à ela uma certa carência.

    5) A garota mesmo desenvolveu uma vida problemática e regrada a vícios. Álcool todos os dias (mas não para ficar bêbada, algo como duas taças de vinho, ou duas latas de cerveja, por exemplo, por dia). No passado já teve vícios piores, como LSD. Hoje não, apesar dela me falar que sempre tinha vontade de voltar.

    6) Ciúmes ultrafortes.

    7) Indecisão extrema.

    8) Bissexualidade.

    Estas foram as primeiras coisas que ela me deixou logo claro. Sei que existiam diferenças, mas não sou nenhum santo também e nem perfeito. Gostava da garota, então continuei e tolerei as coisas.

    Com o tempo que fomos nos relacionando e até começarmos o namoro eu comecei a perceber outras coisas no comportamento. Estranhas talvez por ela ser uma possível borderline, ou por minha própria falta de tato com este tipo de situação “social”. Posso resumir:

    1) Oscilação de humor, a ponto de parecer uma pessoa diferente. Em geral ela era uma pessoa quieta, o que eu achei que estivesse ligado com a depressão ou que fosse mesmo o temperamento natural dela. Tínhamos silêncios constrangedores as vezes. Mas em certos momentos eu a via mais eufórica. Isso de um dia para outro ou de uma semana para outra. Já aconteceu essa oscilação no mesmo dia. No fundo eu sentia que tudo o que eu fizesse não atendia as expectativas. Este ponto vou ressaltar mais para frente, para ver o que vocês acham da situação.

    2) A oscilação não atingia somente o humor. Em certos dias se achava linda, capaz, e sabia o que fazer da vida. Em outros totalmente desmotivada, se achando feia, e querendo morrer (e ao mesmo tempo com medo de morrer).

    3) Por estas características acima sempre a vi como alguém que prolonga demais as coisas, ou começa e não termina. Ela começou cursos técnicos de adm., contabilidade e outras coisas relacionadas, parou, continuou. Ai volta de novo. Resumindo, as dúvidas sobre o propósito dela na vida e o que ela quer mesmo impedem de fazer as coisas, mas não é por falta de inteligência. Pelo contrário. É uma pessoa capaz, mas não sabe o que quer.

    4) Impulsividade: De várias formas era uma pessoa impulsiva. Com bebida, com situações constrangedoras, tomando a iniciativa no nosso primeiro encontro. Oscilava timidez as vezes com falta de vergonha (apenas que talvez pelo álcool).

    5) Eu realmente sentia que era uma pessoa carente. Pois tinha pouquíssimos amigos, e teve términos traumatizantes em relacionamentos anteriores. Eu não acredito facilmente nas coisas, então assumi a possibilidade dela mesma ter feito algo errado. Mas pelo que ela me falava, os ex namorados não ajudaram muito.

    6) Vários “términos” ou tentativas de términos da relação. No inicio afirmando que éramos muito diferentes (temos diferenças mesmo), e depois afirmando que tínhamos coisas bem parecidas. Eu tentava criar sintonia nessas coisas parecidas, mas não sei o motivo, sentia que não havia um retorno ou uma ligação muito forte depois (por exemplo, de tentar discutir um filme que gostávamos, mas não se prolongava…). O que talvez contribuísse para alguns silêncios estranhos. Mas estes términos eram seguidos de arrependimentos, e voltávamos.

    7) Ciúme muito forte de coisas bestas. Por exemplo, até o ponto de terminar a relação somente por achar que eu tivesse olhada para alguma mulher na rua. Achar eu disse.

    8) Essas oscilações entre calma e euforia dela me deixavam confuso. Não sabia como atender, se a levava para alguma balada ou se ia para o que estou acostumado a fazer. Amo teatro, então sempre concentrava muito nisso. Como ela era no mais das vezes uma pessoa silenciosa, assumi que preferisse um programa mais tranquilo. Por isso priorizei teatro, cinema de vez em quando, e muito raramente algum bar mais movimentado. Este ponto vou ressaltar mais para frente, para ver o que vocês acham da situação.

    9) No começou fluiu bem no sentido de interesse dela. Óbvio que a primeira coisa que pensei foi que o interesse dela estava mais para a carência, por seu uma pessoa muito sozinha e sem apoio da família. Então mantive o ceticismo com relação aos sentimentos dela. Também achei que eu mesmo estava nessa situação, mais por carência.

    Mas com o tempo senti que o sentimento dela era verdadeiro. Posso estar errado.

    10) Com o tempo fui percebendo um maior distanciamento dela, por exemplo, silêncios maiores, não querer se despedir de mim quando ela saia do carro, demora até estabelecermos uma conexão quando eu dormia na casa dela (eu sempre tive uma boa relação com os pais dela). Associei com a depressão ai, mas isso foi ficando mais intenso nos últimos meses. Cada vez mais constrangedor.

    O que me deixava confuso é porque ela começou a ficar fria pessoalmente. Mas quando conversávamos pelo facebook todos os dias ela parecia carinhosa, próxima, muito mais próxima. Ai comecei a ficar em dúvida, e passei a imaginar que ela estivesse mais carente e perdendo o interesse físico por mim. Só isso poderia explicar o motivo dela falar comigo ainda.

    11) Terminamos há algumas semanas porque ela estava confusa, alegando que precisava de mim, mas não me queria como namorado. Por eu não atender a personalidade eufórica dela nos distanciamos, e ela acabou perdendo todo o interesse físico por mim. Mas ao mesmo tempo precisa de mim para conversar, como já disse anteriormente pra vocês.

    Apesar disso tudo, em alguns momentos sugeriu que no futuro poderia se decidir sobre as coisas, mas não acreditei muito.

    Eu li todos os comentários de vocês. Acho realmente que se trata de uma pessoa com o transtorno por todas as características que falamos (parece que falamos sempre da mesma pessoa rs) e também pelo diagnóstico do psiquiatra e da psicóloga.
    Pessoal. Esse é o geral do que aconteceu. Parei de falar com ela a um mês, mas ainda gosto demais. Não tem expectativa nenhuma de retorno. Talvez por hábito de conversar muito com ela, mas ela vem tentando conversar a todo custo comigo, expor problemas dela, etc. (sem querer reatar nossa relação). Só pra ter alguém para ouvir, sem demonstrar interesse em reatar.

    Os pontos 1 e 8 que eu falei acho que foram os responsáveis por tudo, a oscilação das coisas e a minha impossibilidade de acompanhar. O problema é que sempre houve contradição, de eu sentir uma personalidade e tentar focar mais nessa. Quando na verdade era outra a personalidade dominante (mais eufórica e extrovertida), e por não atender ela houve o distanciamento… Não sei…

    Estou perdido porque terminamos há quase um mês. Quero manter o foco na minha vida, mas talvez por aliar minha inexperiência “social” e logo de cara uma pessoa problemática, estou sem rumo.

    Ei fico confuso também porque uma característica border é o medo da solidão. Mas minha ex me deixou, e ao mesmo tempo precisa sempre vir atrás de mim para conversar. Não há interesse físico ou de reatar aparente, mas acho contradititório e confuso. Não consigo entender, não consigo conciliar essa solidão com ainda precisar de mim, não sei se eu errei de alguma forma ou se houve um problema maior dela.

    Não sei o que perguntar a vocês. Qualquer coisa que possam me falar sobre essa situação, ajuda, etc., espero que Deus ilumine a todos vocês imensamente.

    Estou concentrando minhas coisas em Deus para superar a situação ou conseguir alguma luz. Espero que eu supere. Estou tentando ignorar as investidas dela, mas sinto falta.

      • Sérgio Luís em 09/04/2015 às 18:23
      • Responder

      Caro Felipe como você deve ter observado nos relatos, a imensa e esmagadora maioria dos ex-companheiros de esposas e esposos borderlines após muitas idas e vindas e uma vivência de gangorra emocional, foi atrás de pesquisas, leram para caramba e infelizmente amigo para que a sequela deixada não destrua a nossa sanidade o melhor a fazer é manter uma distância segura. Se ela insiste em te procurar como se fosse uma espécie de ombro amigo e/ou escuta qualificada? Oriente-a a buscar ajuda. Se você estiver em SP tem o Amborder na UNIFESP-EPM e o IPq na FMUSP. Mais uma vez infelizmente esse tipo de transtorno TPB mesmo para aqueles que milagrosamente ousam buscar ajuda não é 100% eficaz.
      Eu usei repetidas vezes a palavra INFELIZMENTE, porque como a maioria das pessoas aqui tiveram que elaborarem verdadeiros episódios de luto. Afinal alguns com um pouco mais maturidade, alguns que constituíram família e se deram mal outros que estavam adoecendo e colocando pessoas queridas nessa gangorra, e por mais que amigos e familiares dissessem: “Meu você tá maluco em aceitar uma coisa dessa?”. Lá ia a gente se compadecer do(a) coitadinho(a) borderline e mergulharmos com dia hora e segundos marcados para ocorrer uma nova e mais agressiva e lesiva ruptura. O famoso “quebrar a cara”.
      Eu mesmo já relatei coisas aqui que qualquer ser humano da sua idade ou da minha idade (47a) diria que eu sou um verdadeiro e completo idiota. Se você fizer uma busca aqui dos meus relatos você se “divertirá” bastante. Já teve viagem que quase sai do flat algemado, já teve barraco em frente de crianças uma dessas minha filha de 9 anos, já teve agressões físicas e arremesso de celular, já teve declaração de amor para ex em leito de UTI, já teve inscrição em site do tipo adoteumcara.com, amizades danosas, ofensas morais…chi…amigo é melhor parar por aqui. Se você leu o artigo você deve ter lido que no final o psicólogo norte-americano questiona gente como a gente que insiste em manter este elo, porque na visão dele (e é a + pura verdade) NÓS é que precisamos de ajuda e nos submetermos a tratamento.

      Forte abraço você é muito jovem e pelo visto crê em Deus, chuta que é macumba!, bola pra frente, come certeza inexperiente ou não? Oque fica é o aprendizado e você tomou mesmo que acidentalmente uma puta vacina para evitar este tipo de mulher. E este fórum é de grande valia para nos mantermos firmes nesta decisão de afastamento. Se for sexo por sexo, ok previna-se e isso não é crime. Mas se vier com conversinha de casar, ter filhos, estabeleça um limite seguro. Essas pessoas estatisticamente falando terão a sua sintomatologia em via de regra abrandada entre 35/50 anos. No seu caso em específico, faça as contas : 50-21= 29 anos de calvário pela frente será que vale a pena? No final você ainda sairia como o “culpado”, elas adoram determinar quase sempre o outro como sendo o CULPADO de toda a merda que proporcionam. Fique bem forte abraço, qualquer coisa segue meu e-mail: sergiopsicuniad@bol.com.br. Estou neste fórum porque me fudi literalmente ao me envolver com uma linda e maravilhosa mulher de 24 anos, mas INFELIZMENTE uma borderline sem limite algum.

      1. Sérgio, parabéns e muito obrigado por compartilhar o seu calvário, você Samurai e a Fernanda dentre outros foram de imensa ajuda para mim. Já havia lido o presente artigo sobre border´s aqui no canal do búfalo, no entanto achei apenas interessante e larguei de lado, até conhecer uma moça mais nova que eu (tenho 35 e ela 24) namorar e ir morar junto….INFERNO. O lado bom disso foi ter constatado que me amo, pois ao ler coisas pelas quais passei em 3 meses, de pessoas que vivenciaram o tormento e a loucura por anos, não sei se fico admirado ou assustado. Se e somente se posso dar um conselho para algum candidato a passageiro no expresso do sofrimento que é se relacionar com uma/um border é esse: preste atenção e tente ficar esperto com os parentes e pessoas que convivem muito com eles, as vezes eles mesmos te alertam.

          • Sérgio Luís em 11/11/2015 às 13:50
          • Responder

          Rafael grato pelo feedback, e elas nem se reconhecem como borders, tocar no assunto é estar diagnosticando e ofendendo. Agora te agredir e te expor ao ridículo isso PÓOOODE!
          O Danilo postou um texto bem esclarecedor sobre o relacionamento dele de 4 anos que parece ser um best seller e num determinado momento ele cita um tática chamada de Gaslighting muito utilizada pelas borders, em poucas palavras uma espécie de manipulação pra justificar o que fazer de mal ou até pra nos iludir que aquilo não ocorreu de fato tal como estaríamos nos queixando. Hoje sigo o “bagaço” por ter insistido tanto. Nunca pensei em ser o salvador da pátria, mas confesso ter uma imensa frustração de não poder ao menos ajudar. Primeiro porque ajudar é tarefa árdua e complicada para os raríssimos profissionais que entendem e abraçam a causa e outra porque elas nos colocam na mera qualidade de CUIDADORES MOR. Terminou? Você fica péssimo, elas postam que estão absurdamente felizes minutos depois de te detonar, partem pra outra, se a escolha da próxima vítima der resultado e encontrarem um novo e agradável alisador de costas? Bingo, você virou lenda. Agora se elas novamente se sentirem marmitinha de cafajeste aí volta a te procurar apaixonadamente e enlouquecidamente e muito provavelmente arrependida de tudo que fez. Ou em algumas situações te procuram de alguma forma como se nada, absolutamente NADA houvesse ocorrido. Forte Abraço, fique bem!

    1. Caro Felipe, o único conselho que te posso dar é o de que esqueça essa garota. Pelo que pude entender nas entrelinhas, é que nesse modo padrão delas agirem muito provavelmente ela esteja tentando te manipular. É normal essa situação de frieza nas borders principalmente em algumas fases. Além da frieza, provavelmente vc deve ter presenciado situações de extrema agressividade traduzida em um modo explosivo, ou sarcástico dela agir, por mais que vc apresente situações de afeto, ela agirá como total desdém.
      Ora dirá palavras carinhosas e ora rebaterá com total frieza, é a maneira que elas usam para manipular e pode ter certeza de uma coisa, toda vez que ela fez vc sofrer, ela sentia um grande prazer, elas são sádicas.
      Provavelmente essa frieza é fruto da sua fraqueza, ela viu que essa é a melhor forma de te machucar.
      Um dos fortes indícios das borders é a situação de que elas não se reconhecerem, não sabem se são hétero, homo, ou bi, elas possuem dissociação de personalidade, são várias máscaras, várias personalidades. É uma pessoa doente, e é uma doença muito, mas muito grave que causa os maiores danos nas pessoas com quem convive.
      Afaste-se, por mais que isso possa doer em vc, é melhor se afastar. Não adianta, elas não possuem sentimentos genuínos, esse suposto amor que ela diz para vc, ela dirá na semana seguinte para outro que ela arranjar, na verdade isso é fruto apenas de preenchimento de carência, elas são incapazes de sentir o amor verdadeiro, como cumplicidade, comprometimento e responsabilidades.
      A única coisa que elas temem é o abandono, isso é carência, não é amor, o único sentimento genuíno que elas aprenderam é a raiva, o ódio e a vingança. Com toda sinceridade, afaste-se dela eqto pode, pois se essa relação perdurar, o único que sairá machucado será vc, ela o trocará como quem troca de roupa e farás as mesmas juras de amor que fez para vc, inclusive, dará privilégios que nem com vc ela permitia, apenas para machucar o seu ego.

      1. Oi, Samurai! Você teria algum material de leitura onde eu pudesse distinguir entre Border e mau-caratismo? Grata.

        1. DSM V + Livro Transtornos da Personalidade – ARtMed – Mário Rodrigues Louzâ Neto, Táki Athanássios Cordás & colaboradores.

    2. Boa noite felipe…

      tenho boa e má notícias pra vc…

      1º) a má: bem vindo ao clube dos que se relacionaram com borderlines;

      2º) a boa: parabéns! vc já recebeu o problema diagnosticado, e se livrou antes de a relação ficar mais estreita..!

      Olha, essa tua ex- tem todas as características de borderline (essa da oscilação de humor é clássica), e mesmo que não tivesse, MESMO ASSIM fica claro que não é uma pessoa normal… repara ao teu redor, as tuas amigas de faculdade, de trabalho, veja que elas são pessoas de comportamento normal.. agora lembra dessa tua ex… e repara o jeito de ela se portar… creio que você percebe a diferença né? pois é, eu também percebia isso ao comparar minha ex com as outras mulheres ao meu redor..

      amigo, aproveite que vc não se vinculou muito com essa “desequilibrada” e segue tua vida.. pessoas borderlines não amam ninguem, eles vêem os outros como objetos.. vc é um mero “coçador de costas” para ela, quando ela tiver com coceira (carência)… somente..

      Se vc leu os relatos das pessoas aqui, vc percebeu uma constante: se envolver com borderline é só prejuízo, financeiro, social, moral, físico, psicológico (esse último é o pior de todos)…

      Outra, você deu sorte também de não ter conhecido o lado agressivo do borderline, com o tempo, quando eles ganham intimidade, vão mostrando o lado agressivo… a minha, em uma crise, me desferiu um soco no meu olho esquerdo, quando eu estava de costas pra ela, que quase eu ficava cego, tive q fazer cirurgia de emergência pq rasgou uma parte da retina e me causou descolamento do geo vítreo.

      Felipe, tem muita menina bonita, educada, de família, simpática, EQUILIBRADA por ai.. vai desperdiçar tua vida com uma doida? a gente só pisa nesse chão uma única vez… lembre-se disso.. o tempo no plano terrestre é curto de mais pra desperdiçá-lo tentando “consertar” pessoas que nem os psiquiatras conseguem… é tu que vai conseguir?

      boa sorte, aliás SORTE vc já tem de mais!

      e obrigado por ter deixado seu comentário aqui, ele irá ajudar muitas outras pessoas..

    3. Cara vc é novão para entrar em uma relação como essa , é sô dor e sofrimento de um jeito saia dela arranje outra que não seja border ,leia os depoimentos dos que conviveram elas te prendem emocionalmente pelo desequilibro , tipo morcego morde e assopra se saia senão vc vai ficar piar do que esta . um braço.

    4. Felipe já me expressei anteriormente e passo aqui apenas para endossar todos os comentários subsequentes dos colegas que comeram o pão que o kpeta azedou, amassou, cagou e fritou insistindo em manter tal relacionamento

    5. Felipe, resumindo tudo o que foi dito, você esta se relacionando com uma doente mental grave que bem os psicólogos e psiquiatras querem tratar… não sera você que ira curar essa aberração da natureza… mande ela para PQP e vá ser feliz em sua promissora carreira. Você é muito mais importante que essa vaca ! Sua ex- namorada é uma doente mental que hipnotizou você !

    6. Esse fórum era tão intenso? Parece que o povo sequelado pelos(as) parceiros(as) borders desencanaram de vez e resolveram respirar. Grande abraço a todos(as)!

    7. Felipe…saia fora o quanto antes. Vc tem só 24 anos. Tem a vida inteira para conhecer pessoas. E nem todo mundo quando vai em psicólogo/psiquiatra sai com remédio; só sai os que tem problemas psiquiátricos. Uma pessoa de 21 anos que usa LSD? Não acha demais ? Essa pessoa é provável que nunca terá uma boa profissão, ou bom emprego. Muito problemática. Vc já é engenheiro. Não acha que merece algo melhor ? Saia dessa pessoa. Se ela ficar atrás de vc é pq não conseguiu arrumar outro para enfernizar.

    8. Um borderline é como um navio afundando: quanto mais tempo vc ficar nele, mais chances tem de afundar junto. Vc deu sorte dela ter se afastado. Corte contato total e aproveite a vida do jeito que vc quer, e nao do seu que um doente mental quer. Um borderline nao tem amigo do sexo oposto, mas sim um “refém”.

    9. Caro Felipe tudo em paz?

    10. Olá pessoal. Que bom ter encontrado este blog e os comentários das pessoas que vivem na mesma situação.
      Conheci um amigo em 2014, desde então havia percebido algo bem peculiar dele. Um rapaz fechado, misterioso e que as vezes quando eu conversava ou tentava puxar assunto na maioria das vezes ficava calado, so escutando o que eu expressava. Outras vezes brincava, conversava, parecia bem. Como ele me dava aula e ficávamos proximos em torno de 1 hora, eu percebia muito as oscilações de humor, hora bem, hora com a expressão muito fechada e parecia brigado com o mundo. Nos tornamos amigos, pelo menos foi o que da minha parte imaginei. Ao mesmo tempo comecei a gostar dele, só que nunca revelei meu sentimento pelo fato de tanto eu como ele tinhamos um relacionamento. Mas ele parecia não ligar para a ex, fazia coisas que parecia querer me conquistar, com olhares sedutores e sempre procurando me ajudar quando estava vem … em outros momentos me tratava de uma frieza sem tamanho, cheguei a pensar algumas vezes que tinha feito alguma coisa.. Enfim fui conhecendo ele melhor e ele me apresentou a família que me convidou para ir na cidade dele fazer uma visita. Essa primeira vez fui com meu ex, e ele me tratou muito friamente, ao cumprimentar travou todo e não conseguiu me abraçar direito, achei muito estranho aquela atitide, fiquei pensando o motivo que agiria assim, já a família me recebeu muito bem… e após esse tempo acabei afastando um pouco dele para resolver minha vida. Acabei terminando meu namoro e dias após eu descubro que ele também havia terminado. Aí que veio a bomba, pois na verdade era a namorada que havia terminado por motivos óbvios do comportamento dele ao longo de 6 anos. Porem não sabia desse outro lado ainda, e para minha surpresa ele me procurou pra desabafar, queria até que eu ligasse para a menina e tentasse uma reconciliação (claro que não fiz isso, seria doloroso demais). Qualquer pessoa percebe quando temos sentimentos por eles, e se ele já sabia do meu, ao me procurar pra desabafar ele só pensou nos sentimentos dele. Sofri muito, mas tentei ajudar da melhor forma possível, tive medo dele suicidar, deixei meu sentimento pra preocupar com o dele. Nesse período ele sumiu, não respondia minhas msg e quando o via esporadicamente na rua, ele me gritava passando de moto como se nada tivesse acontecido .. Como estava fazendo terapia, foram meses me lamentando sobre essa situação até que fui buscando entender porque uma pessoa poderia agir dessa forma, tão cruel com os sentimentos dos outros.
      Continuei tendo contato com a família, porem não havia voltado mais na casa deles. Passado alguns tempos, voltei a ter contato com ele atraves do whatsapp. Porem era algo que apenas eu tinha.
      Mandava mensagens e na maioria das vezes não obtinha resposta, ele só visualizada e pronto. Chegava a ficar semana mandando alguma coisa, perguntando se estava bem e nada de resposta. Me sentia muito triste, achando que o problema estava comigo, mas insistia ate que poucas vezes tinha um retorno dele, e no mesmo tempo ele simplesmente saia do aplicativo sem dar satisfação. Achava aquilo loucura, fiz tanto por ele que não tinha nem consideração por mim.
      Comecei a pesquisar achando que poderia ser transtorno bipolar ou esquizofrenia, mas vi que era um humor alternado no mesmo dia e em poucas horas. Fui pesquisando até tomar conhecimento do TPB e vi que as características eram a mais próximas dele.
      Com o tempo fui descobrindo como ele tratava mal a ex namorada, com abusos verbais, humilhações na frente das pessoas, muitas vezes deixando a mesma sozinha para fazer as coisas dele. Tem a questão que sempre os desejos dele são os que prevalecem, e tudo na agressividade.
      Tentei conversar com ele sobre essas questões mas nunca obtive sucesso, ele sempre esquivava ou nunca respondia. Por fim foi grosseiro comigo e disse que não precisava disso e que eu havia sismado.
      Quando fui na sua casa uma outra vez, me tratou com grosseria pelo simples fato de ter me mostrado uma mensagem no celular e eu não consegui ler ela na hora q ele me deu pois estava conversando com a irmã dele. Ele simplesmente tomou o celular da minha mão na maior grosseria e não quis me mostrar mais nada, ficando igual criança emburrada.
      Soube pela família que ele já acorda xingando o mundo, por qualquer coisa ou simplesmente por olhar pra cara dele. Que tem dias que está bem, mas na maioria das vezes age com tamanha ignorancia principalmente com a família. O mundo gira em torno dele, apenas ele tá certo e tem direito de falar as coisas, porque se o outro fala já é motivo de xingamento e humilhações.
      A poucos dias ele me contou que conheceu uma moça e começou a namorar. Percebi que ele só me procurou quando precisou.
      A família me convidou pra ir la, e no dia ele chegou com a namorada. Vcs acreditam que ele nem me cumprimentou, fiquei arrasada. So disse meu nome pra namorada me cumprimentar, mas ele mesmo não me disse nada, e olha que já tinha 1 mês que não encontrava com ele.
      Durante minha estadia la, ele não me cumprimentou, agiu muito friamente e em momento algum ficou perto de mim quando a namorada estava. Eu fiz um esforço danado pra agir naturalmente e não demonstrar nada para a menina que não tem culpa de nada e nem sabe onde está entrando.
      Foi muito difícil pra mim, depois de tudo que fiz por ele ser recebida dessa forma ainda mais na casa da família dele. Na festa que fomos a noite, ele passou com ela e olhou como se eu fosse uma desconhecida. Essas coisas foram me deixando tristes e sufocadas.
      No outro dia a mesma coisa, a única palavra que deu comigo, foi quando pedi pra pegar agua pra mim na geladeira e agradeci. Em nenhum momento falou comigo, e percebia que ficava me encarando mas sem reação.
      Muita falta de educação, fez suco natural e ele sabe que não tomo refrigerando. Serviu para a amenina e foi incapaz de me oferecer. A noite nem carona me ofereceu pra voltar pra casa, o carro foi vazio e tive que voltar com um vizinho.
      Não aguentei tamanha desconsideração e acabei chorando muito pra desabafar … depois disso percebi que não vale mais a pena, porque tudo que eu fizer não será suficiente, e agora mesmo que está com essa moça é que não vai precisar de mim.
      Como é difícil tentar ajudar quem não quer ser ajudado, estou sofrendo muito, pq ainda gosto dele muito. Mas percebi que tenho que gostar mais de mim, não adianta valorizar alguem que não te valoriza e só te despreza. Chega a ser muito angustiante tudo isso.
      Estou tentando ser forte para me afastar e seguir minha vida, não quero ficar presa nessa história e não tenho mais condições para tentar ajudar e ser desprezada. Se alguém puder conversar agradeço muito.

    11. Eu havia iniciado um relacionamento com uma borderline, de início estava tudo bem, mas ela é muito ciumenta, eu tinha que pisar em ovos pra não falar certas coisas e ela se irritar, mesmo tendo acompanhamento com psiquiatra, fazendo uso de remédios e tendo acompanhamento com um psicólogo. Ela ainda carregava coisas do passado dela, referente a relacionamentos a qual ela ainda não tinha se curado.
      Um dia fui cair na besteira de falar que ainda mantinha contato com uma ex, pois tinha virado a minha amiga e ela pirou, teve uma crise, quis terminar, mesmo eu falando que não tinha mais nada, que não falava com frequência com ela e isso logo no dia dos namorados, que foi o momento em que eu firmei namoro e deu um tiro no pé ao falar de ex, que antes estava indo tudo lindo, mas foi indo por água a baixo.
      Se ela via um fio de cabelo loiro no cobertor ela perguntava de quem era, e eu tinha que explicar que ainda tinha mechas, que era meu, se ela via manchas de batom na toalha, eu tinha que me explicar, mostrar os meus batons para provar que eram meus, apesar de eu quase não usar batom. Quando pedi para ela me dar carinho pois naquele momento eu queria receber “também”, ela se irritou dizendo que eu estava dizendo o “também” que só eu dava carinho e ela nunca dava, que não era verdade. E eu sabia que sim, tive que me explicar, dizendo que falei “também” pois queria receber carinho dela naquele momento. Ela ficou tão irritada que queria ir embora e quando eu tentava adular ela me rejeitava ao ponto de me fazer chorar.
      Houve um dia em que estávamos na farmácia comprando os medicamentos dela, então ela mostrou pra mim um gel lubrificante KY e perguntou se era aquele produto que eu comprava e eu disse que sim. Falei que anos atrás eu comprava ele mais barato e naquele momento tinha aumentado muito o valor, então se irritou por esse meu comentário e me reprimiu, dizendo que meu comentário foi muito idiota, que ela não era obrigada a ouvir aquilo. Eu disse que o comentário foi normal, que seria para qualquer tipo de produto, e só porque era um produto usado para relações sexuais ela tinha se irritado, nesse momento eu me irritei, bati de frente, já falei brigando “Agora eu tenho que me moldar, saber o que eu tenho que falar pra vc não se irritar?” Ela viu que eu estava transtornada e saiu de perto, enfim, foram essas algumas das situações que ocorreram em menos de um mês de namoro, mesmo ela tendo os acompanhamentos necessários.
      Ela fazia eu me sentir confusa em certas situações, se eu tinha feito ou não algo que eu não lembrava, fazia eu me sentir culpada, envergonhada por certas particularidades minhas e segredos que eu revelava, ela usava contra mim, fazia eu me sentir mal. E quando discutíamos ela fazia eu me sentir culpada e ela que tinha a razão. Eu vivia me desculpando, me justificando, isso somente em um mês de namoro e com uma borderline que faz tratamento psiquiátrico e psicológico, toma medicações.
      Ela falava de uma ex que a fez muito mal, que vivia em relacionamento abusivo com essa ex que a largou para ficar com outra, e por isso ela surtou, teve que aumentar a medicação, pois ficou com vontade de se matar. Eu iniciei o relacionamento com ela, apenas quatro meses após o término dela com essa ex, então muitas coisas ainda permaneciam nela. Ela vivia insinuando que eu mantinha contato com a minha ex pelas costas dela, (projeção dela), pois era ela quem fazia isso. Falava que não podia cortar o contato com a ex, pois era coordenadora dela no trabalho, no mesmo setor que ela. E ela dizia que tinha medo que ela a prejudicasse por conta disso e eu aceitava, mas com ciúmes, e também não queria ser invasiva, abusadora como ela dizia que a ex era. Depois que essa ex ficou sabendo que ela estava em um relacionamento comigo, voltou a procurá-la e como ela ainda não tinha se curado ela decidiu me deixar para voltar com a ex, a mesma que a fez muito mal. Mesmo ela falando que nunca tinha sentido algo tão bom quanto comigo e mesmo falando que não sentia segurança na ex, ela decidiu voltar com a ex.
      Eu fui muito receptiva, fui muito amorosa, fui muito compreensiva a ponto de querer estudar sobre o caso dela. Dei a ela e mostrei o amor que talvez ela nunca tinha sentido na vida inteira, principalmente pelos pais, que tinham um relacionamento conturbado, ela vivia violência doméstica do pai alcoólatra, sofria abandono da mãe, agressões do irmão, abusos, e isso pode ter sido o fator da causa dela ser borderline. Ela dizia que eu era uma mulher completa, que eu fazia papel de pai, mãe e namorada. (o que me preocupava).
      Meus amigos falaram que foi o melhor que aconteceu, antes que eu levasse esse relacionamento por mais tempo e eu é que começasse a ficar doente, que foi um livramento. Mas fiquei transtornada pela situação, fiquei frustrada, pois apesar do transtorno dela e dos episódios negativos, nós vivemos momentos muito intensos também e eu amei isso. Gosto muito dela e sinto muito a falta dela.
      Eu tenho evitado contato, para tentar esquecê-la, o que está sendo difícil, pois ela estuda na mesma faculdade durante a manhã e trabalha no mesmo local durante a tarde. Sempre tirávamos nossas pausas juntas e íamos embora juntas, eu sempre ia deixá-la na casa dela, após o trabalho. Agora tenho que passar por ela e fingir que não a conheço ou tirar pausas em horários diferentes para não encontrá-la, o que foi impossível semana passada, pois ela me viu e foi falar comigo, eu não consegui me conter e abracei, ela disse que sentia a minha falta e eu disse que também sentia muito a falta dela. Ela não foi tão receptiva quanto eu e foi embora. Na outra pausa eu também tirei diferente da dela, mas ao sair também dei de cara com ela que estava conversando com uma colega e dessa vez tive que fingir que não a conhecia. Foi a escolha dela. Desde então, não conversamos mais, a vi ontem, mas ela estava de costas e eu me retirei rapidamente.
      Lendo os relatos de outras pessoas aqui, é que eu pude perceber o abuso psicológico que eu estava sofrendo com menos de um mês de ralação, isso me ajuda a superar, a me manter afastada. E pude perceber que eu sou uma codependente, que sempre atraio esses tipos de pessoas, vou em busca de ajuda psicológica, pois devo tratar isso, já que não é a primeira vez que tenho um relacionamento onde me deixo submeter as piores consequências, esqueço de mim para ajudar o outro, tentando buscar aprovação, para me sentir amada e no final eu que sofro as consequências.
      Meus amigos dizem que ela ainda voltará a me procurar, eu não sei se isso acontecerá, já que ela está com quem ela disse amar e que desejava construir uma vida com a pessoa que está agora. Coisas lindas que ela disse pra mim, e planos que ela fazia comigo, ela disse que faria com a tal ex, pois a ex era quem ela amava. Isso me despedaçou, me quebrou, você fazer tudo pela pessoa e receber essas palavras de volta. Um dia a pessoa diz te amar, no outro ela ama outra, foi cortante, machucou demais.
      Alguém que já viveu algo parecido, acha que apesar disso tudo, ela me procurará?
      Ainda está muito recente o que eu vivi com ela, me sinto fraca, pois ainda gosto dela. Tenho medo de que se isso vier acontecer, de que eu fraqueje por ainda gostar dela, principalmente por eu ser codependente. Mas eu quero está preparada para dizer não e não deixar ela me engabelar, caso isso aconteça. Já quero ter esquecido.

    • Sérgio Luís em 09/02/2015 às 16:25
    • Responder

    Sei que irá soar como mais do mesmo, mas é impressionante como a grande maioria dos homens insistem em manter um relacionamento tão doentio quanto este?!
    A pessoa te agride, demonstra não ter estabilidade emocional alguma, rivaliza até com uma criança, por exemplo eu tenho uma filha e chegava ouvir coisas absurdas e de maneira ofensiva do tipo: sua filha é mal educada, a pensão que ela recebe poderia estar melhor vestida, melhor educada. Eu sou assim mas se prepare que sua filha tem todas as ferramentas para ser pior do que eu. Hoje creio que o todo poderoso lá de cima sabe realmente o que faz, porque essa mulher a qual convivi apesar da pouca idade poderia ter engravidado aí lascaria tudo. Li em outro artigo que o componente genético também é preponderante, a família da mesma é bem desorganizada, mas uma das coisas que me chamou a atenção foi para o histórico do pai dela, que foi assassinado quando a mãe estava no 7º mês gestacional. Pelos relatos dos familiares ou o cara era um psicopata ou muito provavelmente fazia parte dos outros 25% da estatística que abrange os borderlines.
    Creio que a intensidade do relacionamento, de modo especial na horizontal, faz com que o homem insista em manter essa doideira. É sabido que se por pena ou por dependência o homem reate é questão de algum espaço de tempo para novas situações desagradáveis se instalarem. Uma verdadeira loucura, parece pior que dependência? O álcool e tabaco todos sabemos que são danosos a nossa saúde, mas muitos insistem em beber e fumar.
    O relacionamento com uma mulher com TPB é doentio e sabemos que nós adoecemos mais e mais. Já li aqui em relatos anteriores que num relacionamento normal, que diga-se de passagem, já traz “n” desafios, é esperado que a paz prevaleça, faça-nos bem e assim mutuamente as pessoas se respeitem.
    Com a borderline você passa de anjo a demônio rapidamente, e ouso dizer que ninguém aguenta uma pessoa assim. Essa coisa de 75% predominantemente serem mulheres e de que psiquiatras e psicólogos estudiosos do assunto afirmam que apenas a partir dos 35 anos a sintomatologia vai se abrandando. Pense nisso: a criatura até atingir esta idade, já entrou e saiu de vários cursos de graduação, de estética, de tudo. Se alguém teve a infelicidade de ter um filho com ela, muito provavelmente será um mero pagador de pensão e ainda terá que minimamente manter um contato com a criatura ou com a família em decorrência do laço com o filho ou com a filha. E o que é pior voltando a questão estatística, essa criança ainda tem forte probabilidade de herdar o TPB da mãe. Eu sou pai separado e sofri muito a questão de cinco anos atrás, quando imerso numa solidão daquelas eu ficava pensando como estaria a minha filha, se ela estaria com saudades do pai, no meu caso sempre fui presente.
    Imaginem eu na mesma solidão e sabendo que a mãe da criança é borderline? Só de pensar me aterroriza. Enfim eu confesso a todos e todas que postaram nesse canal que infelizmente pequei inúmeras vezes e ao longo de quase dois anos de convívio vivi situações inusitadas e se eu fosse cardíaco já teria partido deste mundo. Podemos até ficar penalizados, mas é complicado a convivência diária e cotidiana, como o Danilo postou aqui: quando passamos a correlacionar o que vivemos com o histórico do TPB as peças do quebra-cabeça se encaixam e é muito triste e ruim ao montarmos o quebra-cabeça nos depararmos com um retrato de uma pessoa que não AMA ninguém de verdade e sim como se fosse um objeto para usar e jogar fora, que vampirizam as pessoas e nos sufocam por saber que somos provedores e a nossa energia que poderia ser canalizada para coisas boas é erroneamente usada com uma pessoa que sofre com o TPB é triste. Confesso também que talvez tenha sido a mulher que mais amei, mesmo depois de tanta insensatez. Mas realmente fica o aprendizado. E se nos cercam ou em média de acordo com os relatos deste canal e de colegas que postaram aqui é necessário algo em torno de dois anos para desintoxicarem da gente, com certeza elas não se ligam a pessoas que só as querem por uma noite e nada mais. Elas apenas vinculam a quem fornece essa energia positiva e supre as suas necessidades e as acariciam nas noites que a angústia, a dor de cabeça, o vazio existencial, a depressão ou a ansiedade comumente lhes batem a porta. Daí está a explicação da infantilidade de quererem massagens na cabeça e nos pés, cafunés e etc. Não que essas coisas sejam anormais no âmbito de um casal “normal”. Mas com os borders com certeza são mais. Pura carência e desta vez vou tentar me policiar e se por ventura rolar qualquer tipo de contato vou tentar manter a distância segura. Porque elas sabem que não somos homens de uma noite de sexo e tchau, e se mergulharmos numa recaída dessas mesmo que por uma única noite, isso corroborará para que não deixem em paz e faz muito tempo que não sei o significado dessa palavra PAZ. Só por hoje vou manter a minha sanidade mental. Forte abraço a todos e todas.

    1. Sergio, sei muito bem como se sente , alem de comum termos amado uma border tem o grau da diferença de idade que para o homem serve de massagem do ego e o sexo conta para suportar os maus tratos . talvez alguem da mesma idade dela ela não abuse tanto mas relação sadia não acredito que consiga com ninguém. E essa sua esperança de que com a chegada dos 35 anos começa a melhorar os sintomas isso não é regra , a minha por exemplo esta com 36 anos e continua cada vez mais doida , não bebia , não fumava era boa mãe e agora é outra pessoa acompanhado o novo cuidador de 30 anos que arranjou e fácil de manipular , racionalmente não a queremos mais vicio é mente e coração desejos proibidos o lado demô que todos tem e que é preciso controlar quem nuca experimentou uma droga não precisa se desintoxicar, e elas são bonitas pelo menos a minha ex é linda , vivi 9 anos e tenho um filho que crio ,de sete anos , mas ela mora em S. Paulo e eu na Bahia mas mesmo assim ela consegue as vezes tirar a minha paz . fiz terapia tenho este site que me serve de conforto pois ninguém de fora tem idéia do que é borderlene na real . mas as vezes me pego pensando na vampira com ciume amor tezão é foda!!! mas quem tem me confortado mesmo é o bom Deus tenho conversado muito me aproximei dele e também o meu filho ,não posso fraquejar. mas sergio não te conheço bem mas alguma coisa sei pelo que posta mas não me queira mal e vc me ajudou um tanto com seus depoimentos ou me respondendo. mas só sairemos disso quando encontrarmos alguem que realmente nos interece ser correspondido e principalmente nos de teZZão, ai mandaremos essas borderloucas para a p….. que .. pario e talvez nem abrir mais esse site . mas um dia volte e conte a vitoria para os que ficaram e as novas vitimas das vampiras border. um grande abraço

        • Sérgio Luís em 09/04/2015 às 13:45
        • Responder

        Caro Nicolai, muito obrigado pelo feedback, e realmente vc tem razão o desligamento é gradual. E eu no seu lugar já teria infartado, mas graças a Deus que o moleque ficou contigo. Eu tenho uma pequena de 9 anos de um relacionamento anterior e brigo a quase 5 anos po ruma guarda-compartilhada e lutar tanto por isso para depois expor a minha filha a uma relação doentia é pedir para a mãe da minha filha usar isto como motivo para ela sequer passar algum fim de semana com o pai!
        É um tesão louco, mas como tenho falado neste fórum a questão custoXbenefício é muito discrepante. E como o Danilo, Fernanda, Nicolai (vc) e outros mais postaram aqui também…essas pessoas não amam ninguém. A minha nos momentos de arrependimento dos surtos dizia que jurava pela irmã dela de onze anos que iria mudar, ela tem uma ligação muito forte com esta irmã que é filha da mãe dela com outra pessoa, porque o pai da border foi assassinado quando ela ainda estava na barriga dela e pelo que tive de informação a questão genética deve ter prevalecido e o pai dela se não fosse border era um psicopata de mão cheia.
        E hoje analisando friamente, quando a gente está fora do jogo, seja xadrez ou dama ou qualquer outro é mais fácil enxergar e dar pitacos…creio que na verdade essa idolatria dela para com essa irmãzinha é justamente pelo temor de que as coisas que ela sofreu na infância não ocorram com esta irmã. A menina só tem 11 anos mas é totalmente o oposto, religiosa, boa aluna, uma graça! E a border já confidenciou que na mesma idade ela já era bem perturbada.
        Por mais compaixão que tenhamos, por mais amor da nossa parte que investimos, a pessoa sempre estará “pisando em ovos” e abaixo da camada de ovos terão minas de explosivos e em alguns dias ou meses a explosão se instala e nada está bom, nada agrada.
        Enfim eu e acredito que você também já tenha recebido mensagens subliminares e algumas acredito que até seja uma orientação divina, como aconteceu comigo em dois episódios distintos que já relatei aqui, numa oportunidade que ela foi parar numa UTI e em outra que ela me passou a senha de e-mail para imprimir algo, nestas duas oportunidades por si só já era para eu esquecer da existência dela. Mas não perdoei e me dei mal, é uma dependência não química, por isso o autor do texto que disparou este fórum a manter essa interlocução estava coberto de razão, temos que nos tratar e descobrir oque nos levou a mantermos essa ligação paranóica e doentia? Você citou que poderia ser a “massagem do nosso ego” é válido e até compreensivo, mas eita massagenzinha cara!!! Obrigado mais uma vez, fique bem! Voltei a assinar Sérgio Luís porque tem um outro Sérgio postando aqui também.

  3. Danilo

    Ao ler seu depoimento tive que concordar, é mesmo muito difícil terminar um relacionamento com um Border, mas as pessoas cobram isso da gente, minha família já me aconselhou.
    Sou casada com um faz 15 anos, ele sofreu um acidente ainda bebê, tem epilepsia, e várias caracteristicas de um Border, sofre constantes alterações de humor, trata a mãe dele igual a um lixo.
    Super agressivo comigo e com os três filhos, a polícia já veio aqui em casa, por causa dos barracos, já me bateu e vive me cravando as unhas,aliás parece ser uma característica das mulheres e também dos homens.
    Não consegui ainda me livrar desse relacionamento, já mandei ele embora várias vezes, mas ele acaba chorando e diz que não tem para onde ir, nem a mãe dele aguenta ele, aí fico com pena e dou mais uma chance, só que não estou aguentando mais.
    Outro dia ele deu barraco sozinho com o gato, cheguei em casa, tinha quebrado minha janela de vidro, gritou tanto com o bichinho que toda a vizinha ficou assustada.
    Nenhum vizinho gosta dele, um quase já pegou ele no soco, foi segurado pelos demais.
    Trata as pessoas como objeto, quando ia com ele fazer compras os caixas dos supermercados me perguntavam se ele é sempre assim, pois sempre gritava com os mesmos, falando que eles não sabem arrumar as sacolas, sempre passava vergonha, agora prefiro ir sozinha,
    Não pode ser contrariado com nada, tem que ser sempre do jeito dele, não empresta nenhum objeto para ninguém e em cima da mesa que ele fala que é dele ninguém pode colocar nada e nem usar.
    A convivência é muito ruim, acabo achando que devo merecer isso mesmo, por não conseguir me livrar disso tudo a unica pessoa ruim mesmo deve ser eu.
    Minha auto estima está péssima.
    Mas tenho esperança, obrigada!

    1. Boa tarde Valéria, entendo perfeitamente sua situação, é como dizem aqui no Fórum: “parece sempre que estamos falando da mesma pessoa”…

      A meu sentir, creio que a parte mais difícil da relação com um(a) border é você chegar ao diagnóstico, pois até então você convive com uma pessoa desequilibrada sem saber o porquê de tal desequilíbrio, e às vezes pensamos que o problema é conosco (e o border através da tática de projeção fomenta isso em nós).

      Todavia, quando temos a “sorte” de chegar no diagnóstico (sorte porque tem muita gente ai fora que nunca terá a graça de chegar nesse fórum), tudo se encaixa feito um quebra-cabeças montado (pelo menos comigo foi assim). Daí em diante temos sempre duas alternativas:

      a1) continuar nesse relacionamento tóxico que eu intitulo de “circo dos horrores” e, via de consequência, ver a nossa sanidade mental ser degradada;

      a2) Nos darmos “o respeito” e, via de consequência, ter coragem de sair desse dito “circo de horrores” e passar a dar valor a nós mesmo (pois lembre-se, só pisamos nesse chão uma única vez, a vida é curta demais para estar “a aturar” piti de um adulto que não cresceu mentalmente.)

      Você pode até “amar” essa pessoa, mas pode crê, ela não tem ama… infelizmente, você é apenas um “objeto” dela…

      Hoje faz quase um ano que tomei essa segunda atitude, no início foi MUITO difícil, tive que fazer acompanhamento psicológico (para reconstruir minha autoestima, que foi dizimada), no entanto eu ME DEI O RESPEITO e hoje me considero um HOMEM e ando na rua DE CABEÇA ERGUIDA… (E isso é muito bom! sensação do C……)

      Mas, não vou dizer a você qual o melhor caminho a seguir, pois, cada um sabe o que é melhor pra si… no entanto vale apena ser frio e calculista em horas de decisão.. NUNCA tome atitudes com base em EMOÇÃO… você terá os PIORES resultados…

      Tome decisões com base na RAZÃO e na LÓGICA…. (Ex. 2+2 = 4, não é igual a 5; O fogo queima, se eu colocar a mão no fogo irei me queimar; Borderline é um transtorno que nem os psiquiatras e psicólogos tratam, será eu quem vou conseguir essa proeza?)

      Outra ,que, usando da razão e da lógica, em termos de relacionamento, acredito que se a relação está sendo mais triste do que alegre… chegou ao prazo de validade dela… (no caso do relacionamento com o border você já comprou o produto vencido… )

      Também que hoje sei muito bem o que significa aquele ditado que os mais velhos dizem: “melhor só, do que mal acompanhado”. Pode parecer piegas, mas dele se extrai uma verdade quase universal.

      Bom, foram com base nesse parâmetros que eu creio ter tomando a atitude mais difícil e ao mesmo tempo mais sensata da minha vida… e agora estou colhendo os bons frutos (uma paz mental que não tem preço!)

      (Ps. Só para comprovar que estamos sempre “falando da mesma pessoa”, quando eu ia ao supermercado com minha ex-esposa borderline, caso o caixa do supermercado, no ato de passar as compras, conversasse alguma coisa com a pessoa que embala as compras, ela já fechava a cara (pois o caixa é um objeto a serviço exclusivo dela)… Engraçado que, em algumas vezes ocorreu de alguma caixa “debochada” percebeu que ela era meio “doida” e ficou tirando sarro da cara dela… )

        • Sérgio Luís em 08/31/2015 às 15:54
        • Responder

        Danilo parabéns para a vossa elucidação, é bem por aí mesmo! Essa gangorra emocional dos que insistem nesse tipo de relacionamento só atrai, persevera, prejudica e no meu caso em particular que já postei aqui texto imensos, ainda a manutenção do citado relacionamento acaba por respingar em pessoas inocentes que na grande maioria das vezes nos alertam e como aconteceu comigo até a minha filha de nove anos estava sendo prejudicada com tal insistência e se eu comprasse essa briga eu arrasaria não apenas a minha saúde mental mas a de outras pessoas também. Mais uma vez parabéns pelo desabafo em forma de post aqui neste canal, gostei muito de verdade.

  4. Primeiramente agradeço a todos pelas valiosas colaborações. Minha pergunta: A fila de um bordeline anda em círculos? Percebi que minha ex mantém contato com diversos outros ex, fazendo a mesma coisa que faz comigo, ou seja, vive em uma intensa procura por todos os potenciais cuidadores. O que li sobre bordeliners fala sobre promiscuidade. O que eu entendi é que o portador deste transtorno, sendo um manipulador, sabe como jogar o anzol e portanto, necessita de ter a atenção e se sentir desejado(a). Minha ex não me pareceu ser uma pessoa fiel. Logo entendo que as brigas com seus respectivos términos se tratavam, inclusive, de uma pausa técnica para ir procurar por outros ex afim de manter todos aos seus pés. Estaria eu certo ao pensar que essa busca não vai acabar nunca?

    1. Eduardo, isso acontece sim, de fato, as borderlines sempre procuram manter satélites, isso se dá pela falta de identidade e intensa sensação de vazio. As emoções vivenciadas junto com alguém vem e vão, pelo que pude observar as memórias do borderline são circulares, ou seja, de uma hora para outra ela esquece, mas nos momentos de carência essas memórias retornam e são vivenciadas como algo real.
      Há um certo desespero em sentir a sensação de vazio, creio eu que seja como aquela sensação da criança que se perde da mãe no supermercado, daí a necessidade de aderir a alguém ou a algo. Sim, muitas vezes as borderlines, por medo das reações humanas, aderem até a algum objeto podendo ser um carro, uma casa, etc… desde que haja identificação com algo, ou alguém. Elas são capazes de utilizar a pessoa como meio apenas em busca do seu fim, mesmo que isso implique em atropelar conceitos morais, já que eles tem isso muito pouco, por exemplo, se vc tem uma moto que ela se identifica, ela até transará com vc só para ter acesso àquele objeto pela qual ela se identifica.
      Não é difícil de que esses borderlines saiam do status de realidade, aliás, muitas delas vivenciam uma verdadeira realidade paralela ” no mundo de alice”, principalmente se há comorbidade como a mitomania, elas moldam sua própria realidade, pois não conseguem aceitar os fatos como são, é o ideário do mundo perfeito da criança, em que td é herói, tudo é fantástico e td é perfeito, então, inventam caminhos mais agradáveis para se auto enganar, para dar um conforto em suas mentes doentes, pois a realidade em si, para elas é muito dolorosa.
      E porque disse isso? Simples, porque nesses momentos de idealização, vez por outra, os cuidadores foram vistos como seres perfeitos aos olhos deles, lembre-se que na mente de um border ocorre a cisão na qual vez por outra, vc era o homem perfeito, em outro momento tb era o demônio, cruel, impiedoso sujeito as mais sórdidas vinganças por parte delas. Logo, nesse surto de vai e vem de suas memórias, no momento de carência, ela se lembrará da parte do homem perfeito e tb das técnicas que ela usou para manipular. Nesses momentos, elas procuram criar estratégias para aproximação, elas variam seus arsenais para tentar um eventual contato e aproximação. Na verdade, elas elegem verdadeiros e potenciais cuidadores num verdadeiro jogo de ciranda. O que elas mais temem é morrer sozinhas e, para isso, sempre terão que ter pessoas por perto, ou seja, ao término de um relacionamento ela se aderirá a outra, principalmente, se o tempo de vivência, cuidados e dedicação foram suficientes para ela entender que vc teria o potencial de suprir a falta de identidade e o medo de abandono.
      Elas são verdadeiros parasitas humanos, mas o que tb pude perceber é a de que a ausência total de contato faz com que elas percam o ímpeto de buscar a mesma pessoa, isso demora mais ou menos 2 anos, por isso que o primordial é tentar evitar o contato. E lembre-se borders não aprendem com os próprios erros e por isso são insistentes e erram novamente a mesma coisa, a vida delas é como um disco riscado, há uma repetição dos atos, das emoções, dos traumas, das frustrações, e assim vai, jamais desmonte suas armas, ou seu estado de defesa perante elas, ou senão td irá se repetir.

      1. Samurai,

        Obrigado pelas considerações e explicações sobre os satélites. É absolutamente verdadeiro essa afirmação. Isto elucida o porquê da promiscuidade borderline. Parece haver uma tamanha insegurança de ficar sozinha, que pessoas borderline’s necessitam ter o balaio cheio de outras opções. Isto porque elas sabem o quanto são crueis com suas vítimas e que podem a qualquer momentos serem abandonadas exatamente por essas maldades. Sendo assim carecem de ter uma pseudo tranquilidade de massacrar um, sem piedade, e caso ele a abandone, sempre haverá um substituto à altura para se servir de muletas.

        Posso considerar também, através de sua explicação, que esta onda cíclica de revisitar sempre o passado, procurando os ex, é uma busca para reencontrar aqueles momentos de felicidade que foram descartados no passado. Outra analogia essencial é quanto ao lapso temporal. Parece que na cabeça de uma pessoa border, do mesmo jeito que se sente um amor ou um ódio no passado, ainda que seja há muitos anos, este sentimento é revivido com a mesma intensidade como foi um dia. Quero dizer, de uma hora para outra, a borderline lembra de um amor antigo, e sente tão vívido, tão presente, tão real, como se fosse recente. Mesmo que se passe anos. Mas, também sente as mesmas iras e fúrias. Portanto, tudo isso só me faz pensar que uma pessoa borderline é extremamente infeliz e incoerente com a realidade. Vive num mundo assíncrono. Onde os sentimentos, que não remontam a realidade, voltam à cabeça como um terrível pesadelo.

        Não tenho dúvidas que pessoas borderlines elegem seus potenciais cuidadores. É muito claro, quanto sentem o cheiro de potencial por perto, investem, num jogo sórdido de sedução, falso e calculado, observando as necessidades de sua presa, oferecendo um mundo jamais conhecido pelo coitado cuidador. Daí um passo, abocanhado pelas garras impiedosas do border, a vítima está vivendo um relacionamento bastante intenso. Iludido. Caímos nessa, porque uma mente tida como normal não é capaz de compreender a lógica de uma borderline. Não é possível cartesianamente compreender o por quê de tantas atitudes insanas. Aí está o ponto.

  5. Será que é só comigo que a borderlouca não persegue, não liga, não manda mensagem , aliás ela faz tudo ao contrario disso, me evita inclusive no ambiente profissional, me bloqueou em todas formas de contato mesmo eu nem tentado ir atras…..porém ela tenta a todo momento minar minha auto estima.

    A borderlouca tornou-se uma pessoa que ninguém conhece, aparenta estar com a auto estima la em cima, tudo é engraçado, está sempre sorrindo, da moral pra qualquer um que pode na minha frente, quer virar a melhora amiga dos meus amigos e ai vai, na verdade ela passa o dia tentando cutucar.

    Ela está agindo de forma que ainda me mantem preso em suas teias e talvez ainda não percebeu que vejo ela como uma encrenca ?

    Será que quando ela perceber que to cagando pras ridiculosidades infantis dela vou ser perseguido como alguns relatores do fórum estão sendo ?

    Se alguém já passou por esta fase com o border, por favor relate, preciso me precaver para o futuro, já que, eu e ela compartilhamos do mesmo ambiente profissional.

  6. Nicolai,

    Volto aqui por gratidão, de querer ajudar outras pessoas que estão passando pelo inferno que já vivi. Sei o quanto é complicado e difícil de superar, então quero ajudar mais pessoas a superar isso.

    Me livrei dela sim, inclusive em pensamento. Não quero mal dela, apesar das celeumas foi através dela que conheci a Real, ou seja, há males que vem para o bem.

    Uma dica que serviu como um.mantra para mim foi:
    As vezes a melhor maneira de convencer alguém que está errado é deixá-lo seguir seu caminho.

    1. Gostei “Uma dica que serviu como um.mantra para mim foi:
      As vezes a melhor maneira de convencer alguém que está errado é deixá-lo seguir seu caminho.” mas será que as border se convencem que estão errada???

      1. Valeu Verdadeiro,PLANTOU PERSEVERANÇA, MOTIVAÇÃO E AMOR E NÃO FLORESCEU, NÃO SE SINTA CULPADO, É PORQUE A TERRA NÃO ERA FÉRTIL. NÃO DESISTA E NEM DESPERDICE MAIS SEMENTES, PLANTE NOVAMENTE, MAS EM NOVOS CAMPOS. ” …

        1. Parem de pensar o Border como apenas uma pessoa problemática e difícil… Borderlines são doentes psiquiátricos, são doentes mentais incapazes de um raciocínio lógico racional. Nunca vão se perceber como um problema, o mecanismo de projeção em suas mentes não permite isso neles.

  7. Galera, mas eu quero saber: alguém aqui já conseguiu se livrar 100% de um borderline?
    Do tipo: terminou o relacionamento e a pessoa depois de um tempo sumiu pra sempre?
    Ou volta e meia eles aparecem, tentam contato de qualquer jeito e a gente vai ter que se resignar aguentar esse peso morto pro resto da vida?

    1. Olá Bruna,
      Após dois anos do término com minha ex namorada, a qual tinha quase todos os sintomas descritos de um borderline, posso crer que ela não me procura mais.
      Até um ano e meio após o término, eu cheguei a vê-la algumas vezes dando volta por perto de minha casa ou “cuidando” meu carro quando estava estacionado na rua, mas ela nunca dirigiu a palavra a mim, nem mandou mensagens ou recados por terceiros.
      Tínhamos alguns amigos em comum (os que nos apresentaram), e ela tentou descobrir como eu estava e por onde andava tentando tirar informações com eles, mas eu simplesmente sai do alcance do radar, me afastei dela e, desses amigos sumi dos olhos dos mesmos por seis meses.

      No início alguns amigos me ligavam, mandavam email e tentavam descobrir oque tinha acontecido no término do relacionamento, mas eu sempre desconversava e trocava de assunto. Também recebebi algumas ligações com número bloqueado, que eu desconfiava que era dela.
      Se procurar nos meus primeiros relatos eu cito um site com um manual de como se livrar de um borderline, eu segui tais conselhos e consegui.

      O melhor a se fazer é manter distância, sumir mesmo, troque sua rotina ou se caso não consiga fazer isso, aperte a tecla “foda-se” e trate ela como um poste, não se importe nem com a presença dela em locais, trate-a como uma pessoa estranha.
      A indiferença é o pior castigo para uma borderline.

      Não tenho raiva dela, apesar de ter me magoado muita a época do namoro, foi através de tudo que ela me causou que eu descobri este artigo e Filosofia da Real.

      “Com limões eu fiz a limonada”.

      1. Verdadeiro se foce verdade, que vc se livrou dela verdadeiramente não teria visto o apelo de Bruna. você se livrou da presença física mas seu pensamento ainda tem seqüelas , mais já esta bem na frente . o mais difícil é o perdão da magoa mas sô assim é que nos livramos definitivamente do trauma que passamos.

      2. Vou ler o artigo, Verdadeiro.
        Acho que o único medo é que os contatos insistentes via telefone/mensagens comecem a se tornar perseguição ao vivo, como você relatou ter feito sua ex (andando perto da sua casa, ficar estacionado na frente esperando você sair, essas coisas), ou mesmo comecem a representar uma ameaça (afinal, se a tentativa de contato à distância restar infrutífera, nada impede que eles comecem a fazer pessoalmente, né?).
        Uma pena. A gente tem que mudar totalmente a rotina por causa do comportamento alheio, não?

        1. Bruna,

          Mude por um tempo caso não queira mudar definitivamente. Sair da zona de conforto pode incomodar, mas é extremamente benéfico, tente e verá que tenho razão.

          Procure ocupar sua mente com coisas produtivas, vá empreender, comece num segundo emprego, faça um serviço voluntário, comece a se exercitar, entre para uma academia, ande de bicicleta, procure algo que te faça melhorar física e intelectualmente.
          Se você ficar em casa, escutando música depressiva e navegando na internet sobre casos de borderlines, , sua mente vai ficar atrelada ao mal que lhe acometeu.
          Leia sobre o distúrbio, informe-se. Mas tenha em mente que isso tem que ter um fim, não vais ficar o resto da vida se martirizando por conduta alheia, não é?

          Você não tem o poder de mudar uma pessoa, mas tem o poder de mudar a si mesmo. Lembre-se disso.

          Turn the page!

            • Bruna em 08/19/2015 às 13:51

            Verdadeiro,

            É uma coisa muito recente. Vim parar aqui apenas para buscar informações desse transtorno de personalidade e me precaver.
            Não me martirizo, muito menos me responsabilizo. Fui apenas atrás de relatos de pessoas que passaram pelo mesmo, ou de profissionais com dicas de como lidar com esse transtorno.
            Afinal, o comportamento é do outro, não meu, certo?
            Apenas fiquei preocupada de como a situação evoluiria pós rompimento (o que não tem diferido muito dos relatos que leio – contatos insistentes por telefone, tentativa de encontrar etc.).
            O receio, por eu ser mulher, era isso se transformar em algo físico ou violento (se ao ignorar, a pessoa iria tentar contato físico/ao vivo).
            Mas acho que não é o caso. A maioria deles continua querendo manipular, passando a impressão de que são boas pessoas e bem resolvidas.
            Mas esse papo furado não cola mais.
            Só enche o saco. Tipo aquele chiclete que você deu azar de pisar e não desgruda nunca mais do pé rsrs

            Abraço

        2. Bruna, será que a perseguição não foi você quem provocou ? Sei não, esse seu relato esta eivado de narcisismo. Acho que a border é você!

      3. Verdadeiro, é isso aí. Mudar, mesmo que por um tempo, caminhos para não esbarrar com a figura é necessário. Todos que conviveram com figuras assim acabam ficando na expectativa desses contatos. A gente fica meio doente também.Estou há 5 meses afastado e não respondi a nenhuma mensagem. Para não receber , é só bloquear. Já tinha tentado sair fora algumas vezes mas sempre respondia aos contatos. Agora é diferente. Assim nem expectativa tenho mais. Hoje sei que minha ex já se envolveu com alguém e vai sugar a energia dele não mais a minha. Ainda assim , me passou duas mensagens no mês passado pra ver se eu responderia.A última de um tel diferente e dizendo que pensava em mim todos os dias e que aquilo era irracional porém verdadeiro e que sabia que eu compartilhava do mesmo sentimento. São terríveis!!! É o que querem. Se responder amigavelmente, é exatamente morder o anzol que lançaram pra vc. O fato de ter se envolvido com alguém, já alivia a pressão pra cima de mim. O melhor é torcer que encontre um outro cuidador logo e não responder nada. E se afastar por um tempo de amigos comuns também é bem importante. Demorei pra sacar isso.Sair disso é foda mas tem jeito sim…Minha ex não é uma criança , é uma mulher de 41 anos e acho que entendeu bem que não quero mais aquela piração de relacionamento. Tive que ser bem duro , foi foda e ainda não estou 100% mas chegando lá. No ano passado quando me afastei , ela chegou a me ligar para dizer que me admirava mais por ter me afastado daquela loucura. E eu cai feito um pato pois na verdade, estão ” andando” pra vc. Aquilo foi mais um anzol.Sempre dão um jeito de fazer com que nos sintamos únicos e amados. Mas é um falso afeto. Deve ser mais uma impulso que dá na hora…
        Como já li aqui, nesse fórum, essas figuras são vampiras de energia mesmo. A diferença que sinto hoje por ter colocado na minha cabeça que não me relaciono mais com aquela figura , é como se tivesse uma bateria novinha em folha. É impressionante. O humor muda, o sorriso volta, a relação com os filhos melhora, acaba a tensão e passamos a ter tempo pra pensar em nós mesmos. Que coisa doida é viver uma relação com figuras com esse transtorno. Me trato com psicanalista pra acelerar o processo e minha limonada está quase pronta , falta pouco..
        Me envolvi demais nessa loucura e li uma mensagem muito boa aqui da Fernanda Gurgel( vale procurar) que quando entramos numa de ajudar essas figuras, acabamos entrando no universo psicológico deles e ainda assim não ficamos atentos em nos cuidar. Vc tenta cuidar da figura e esquece de vc. é um perigo.. Aí é que ficamos doentes.
        Já li vários depoimentos aqui e em algumas situações , parece que estava lendo um relato do que se passou comigo. Chega a ser engraçado pois é repetitivo em alguns casos e todos bem distantes uns dos outros.
        Não vejo a hora de chegar na limonada. Falta pouco…
        Foi mal pois alonguei o assunto mas esse fórum ajuda a desabafar…
        Um abraço

  8. E sergio sorte sua que não tem filho com ela , mas no meu caso a convivência é para sempre pois tenho um filho, no momento graças a Deus, ela esta em S. Paulo com outro, mas diz que vem no aniversario do filho de 7 anos ,que ela abandonou e me culpa por isso, que eu e que provoquei .Mas falando da intoxicação ate hoje ainda penso na esgoto humano que também me dava o maior tezão , muito bonita, mas como vc falou não vale mesmo apena . era só sofrimento maus trato e barraco na frente do filho, que já estava apresentando problema de comportamento . Hoje ele é outro menino bem mais calmo. Mais eu oro para Deus que ela fique La no seu inferno pessoal e que o cara que esta com ela que a suporte. Mas também já li que tem border que gosta de apanhar. um abraço sera que o Samurai sabe alguma coisa sobre isso?

    1. Caro amigo Nicolai se gostam de apanhar? No meu caso era enrustida, porque em todas ás vezes que eu ia perdendo a cabeça e dava um rodo nela, segurando os braços da mesma para amortecer a queda no chão, era para imobilizá-la e sempre ouvia que ela me denunciaria para me ferrar no processo de guarda-compartilhada da minha filha. Perdi as contas das vezes que isso aconteceu. Te escrevo olhando para os meus ante-braços com cicatrizes de unhas cravadas pela figura. E também ela dizia que bastava eu dar um abraço ou elogiá-la nesses momentos de crise e blá…blá. Minha filha parecia uma rival para ela. Entendo que ao arrumarmos uma namorada temos que ter um tempo para o relacionamento. Mas seria muita incoerência da minha parte, nos momentos em que posso estar com a minha filha eu abrir mão para ficar numa gangorra com a maluca, sempre esperando pelo pior. Me elogiava, elogiava partes do meu corpo, pra minutos depois explodir. Como relatado no artigo do psicólogo norte-americano, quem insiste em manter uma coisa dessa tem que procurar tratamento para ver o que nos mantém próximo a essa loucura! Apanhar…apanhar…nada de excepcional nas horas íntimas, mas nada além disso. Pelo menos no meu caso. Vou falar novamente da minha, muito jovem, faz e continuará fazendo qualquer homem se sentir único, mas ao ingressarem na intimidade que não a sexual, a cotidiana mesmo, daí meu irmão ninguém suporta. Pelo que sei no momento a minha ex está em pé de guerra com alguns familiares que abriram mão dela. São realmente vampiros, procuram por cuidadores. A mãe da minha nas crises me orientava a saltar fora e me dizia que até admitia que a filha se enquadrasse como sendo border, mas na opinião dela tinha muita ruindade e maldade junto ao pacote. Abraços e a prece pelo êxito na sua vida. Fique bem com teu moleque e bola pra frente. Grato por ter respondido.

    2. Nicolai, realmente parece que sempre falamos da mesma pessoa, como disseram no post anterior, a minha também, provocava, provocava, quando eu explodia ela também vinha pra cima de mim para me “acalmar”, no entanto, dava unhadas, tapas, e eu é quem tinha que me “autocontrolar” para não meter o sarrafo nela, e, durante as brigas, ela dizia que ia chamar a polícia para me ferrar, certa vez chegou a pegar o celular e discar o número da PM, eu percebi, peguei o cel da mão dela e quebrei no chão… Amigos, essas borderlines são loucas! viver assim é um inferno! acho que todos nós estamos passando por um “carma”, como dizem os espíritas, creio que em outra vida nós fizemos muito mal a essas pessoas, e elas agora, nesta reencarnação, estão aqui para “acerta as contas”… não tem outra explicação…

      E parabenizo o Samurai no último post, ele foi muito preciso em sua definição quanto aos borderlines quando disse que são pessoas que pararam seu desenvolvimento na infância, por algum trauma sofrido, e hoje “buscam” terceiros para “descontar” o que lhes foi infligido nessa época de suas vidas… é bem isso mesmo, no caso da minha, creio que tenha sido a mãe dela, que sempre tratou a outra filha (irmã da border) melhor do que ela, sempre a rejeitando… e sempre omissa em casa (a mãe sempre estava no meio do mundo trabalhando)… e isso pode ter contribuído para construir a “monstra” que ela virou…

      um grande abraço e boa semana para todos!

      1. Caro Danilo eu também tive esta mesma impressão ,de que falávamos da mesma pessoa , e penso do carma ,sou espirita e ja li que em outras encarnações podemos ter feito o mesmo ou pior a essas pessoas e passamos por essas situação para evoluirmos é uma provação. também penso que isso que nos acontece um dia passa. Eu me apeguei mais a Deus . Ha, esse episodio de ligar para a policia comigo também aconteceu quase que exatamente igual, e na frente de nosso filho. Um abraço e que Deus nos auxilie a superar esse sentimento que nos maltrata.

    3. Anônimo disse…
      Tenho borderline e sei o qt eh difícil querer ser ajustar e não consegue. Quando tenho meus ataque de raiva após td passar morro de vergonha de todos e dos vizinhos. Sou casada. Sem filhos. Tenho trinta anos. Eu sou inconstante, não me adapto a nada. Tudo é t triste e difícil. Não termino nada do q faço. Larguei três faculdades. Enjôo fácil das pessoas. Agrido quem convive comigo. Qd tenho crises brigo com meu marido e o motivo é sempre que ele me abandona. . Não conversa cmg me ignora. Eu brigo e ele me humilha dizendo q nunca serei nada na vida, não terei filhos e nem trabalhar pq não sou capaz. Isso me dói muito. Eu bato nele qd me ofende e então ele me espanca. Já tive vários machucados fortes por conta disso. Ele grita muito alto e me espanca. Noutro dia fica com dó. Odeio isso. Disse que me bate pq eu n paro quieta. Esse é o tto adequado para uma border? Eu devo merecer. .. enfim
      já tentei diversas vezes suicídio mas sempre volto. Eh horrivel esse looping na vida.
      Adoro teu blog.

      Kate.
      24 de julho de 2014 09:12

        • sergiopsicuniad@bol.com.br em 08/13/2015 às 18:56
        • Responder

        Landraci

        Não qual a sua região, se vc estiver em SP procure o Amborder da UNIFESP ou o IPq da FMUSP (H.C). Se for de outro estado uma faculdade de medicina que tenha atendimento voluntário. Tratamento especializado é mosca azul de asas cor de rosa com bolinhas verdes. Corra atrás e se ele realmente ainda te ama? Convide-o para grupo de familiares, adoecemos com a doença do outro. Sou psicólogo e mesmo assim sofro com a minha impotência perante ao transtorno de uma pessoa amada. Mas percebi que o afastamento e a ajuda à distância seria a melhor saída. Espancamento só provoca mais feridas na psiquê de qualquer pessoa, border ou não border.

  9. Situação real pela qual passei:

    Antes: Amor, vamos esse fds fazer uma viagem de moto?
    Resposta da borderline: – Não, e nem você vai, e mais, vai ficar aqui alisando minhas costas enquanto eu assisto a novela da tarde.

    Hoje: Eu simplesmente viajo de moto.

    Alguém aqui já vivenciou isso?

    1. As border são mesmo viciantes ……… Cuidado com seus sentimentos ………… tenho cuidado dos meus mais ainda não estou curado

      1. Com certeza Nicolai são viciantes e nós DEPENDENTES NÃO QUÍMICOS, apesar que até recair no tabagismo eu recai. Se elas são para nós uma espécie de substância psicoativa que nos acarreta transtornos mentais. Para elas o que nos liga a elas é sermos CUIDADORES.
        Pode ter certeza ela termina com você hoje e como diz a minha: “Se eu quisesse não ficaria um dia sem ninguém”. E não ficaria mesmo, ela está corretíssima.
        O problema é que elas vampirizam a gente que CUIDA, a minha nos surtos eu desacreditava dela e da família se em algum dia na vida dela algum cara não tinha acertado o pé da orelha da mesma, elas se sentirem que o cara vai bater ou mandar ela se fuder, elas ficam apenas uma noite de sexo e correm atrás de outro. Elas escolhem as vítimas. Eu fui escolhido a dedo.
        Relutei muito em sair mesmo que fosse uma única noite, porque era muito linda e com uma carinha de menina safada daquelas que gostamos, tipo carente. Mas a partir do momento que mergulhamos um pouco mais na intimidade da pessoa, fudeu!!!!
        Você fala meu Deus não pode ser. Estou escrevendo isso e me lembro da primeira vez que estacionei o carro na porta da casa dela, saiu uma tia dela no portão e ela disse: “Tia esse é o fulano de tal (EU) fica aí fazendo uma sala pra ele, enquanto eu venho”. A tia dela nunca tinha me visto mais preto ou menos branco, era a primeira vez que me via e saiu com essa: “Boa tarde, muito prazer, escuta…muitos caras bacanas subiram estas escadas, mas ninguém suportou o baque”. Isso porque a fulana vinha de um relacionamento duradouro de quase 8 anos. Esse cara deve ter aguentado muita coisa em nome do “amor”, amor dele né? Porque border não ama ninguém, ama até onde lhe é conveniente, nunca tá bom. Eu fiquei 1 ano e 7 meses e confesso que parece que foram 17 anos de intensos conflitos, nunca na minha vida eu tive que me esquivar de unhas, chutes, celulares arremessados, palavrões daqueles bem pesados. E olha que a mãe da minha filha e eu brigávamos pra caramba, cheguei até a pensar em sentar a mão nela, ela me tirava do sério, mas nunca rolou o que rolou com esta border. Depois do aviso da tia, teve uma noite num motel que eu perguntei se ela queria comer algo, ela respondeu que estava sem fome e eu pedisse o que eu queria. Insisti umas 3 vezes e a resposta foi a mesma. Pedi um prato, pensei…bom eu como pouco se ela resolver comer vem comida pra caramba ela divide comigo de boa. Meu quando o prato chegou!!! Foi uma das primeiras reações desproporcionais dela que presenciei, a maluca surtou dizendo que eu era mão de vaca, canguinha, onde já se viu eu pedir um único prato, etc, etc.
        Perdi até a vontade de comer, o prato e a border. Uma coisa maluca, tínhamos muito pouco tempo de relacionamento e eu já estava submerso num mar de coisas ruins.
        Minha mãe sempre sabe das coisas que eu venho passando e fala que a mãe da border deveria ouvir poucas e boas, porque onde já se viu essa menina tem que ser alertada pela mãe. E na real a pobre da minha ex-sogra sempre me alertou tal como fez a tia, me falava: “Fulano sai fora você tem uma filha vai cuidar dela, você não precisa e não merece isso, eu tenho que suportar porque sou mãe, mas você não precisa disso”.
        Enfim a gente se vicia, mas Deus é mais em breve a gente se desintoxica, se Deus quiser.
        Muito cuidado independentemente da idade da gente, muito cuidado, 2% da população sofre desse transtorno, 75% mulheres. A busca por tratamento (que não há cura) é baixa. As que procuram via de regra só estabilizam os sintomas a partir dos 35 anos. Imagina você se aproximar de uma border de 23 anos e saber que ainda terão 12 anos pela frente para ela começar a apresentar algo de melhora. Você já enlouqueceu, morreu, teve um IAM ou um AVC e a sua borderzinha querida, não estudou e não se firmou em emprego algum. Porque elas querem fazer tudo e não fazem nada por conta do tal vazio existencial, são narcisistas, se preocupam com o visual, mas não cuidam da mente e ainda fodem com a mente de quem estiver por perto. Na boa amigos a relação custo X benefício é descomunalmente desproporcional. Falo isso ainda pensando no tesão que essa mulher me causava e que ao se aproximar de outras a cabeça ainda estava na border. Mas não vale a pena. Como disse anteriormente todo cuidado é pouco não sou muito religioso mas está em Eclesiastes capítulo 7 versículo 26 a 28: “E eu achei uma cousa mais amarga do que a morte, a mulher cujo coração são redes e laços, e cujas mãos são ataduras: quem for bom diante de Deus escapará dela, mas o pecador virá a ser preso por ela”. “Causa que a minha alma ainda busca, mas não a achei; um homem entre mil achei eu, mas uma mulher entre todas estas não achei.”

        1. Não me contive, mas tive que rir um pouco com isso pelo fato de parecer que sempre estamos falando da mesma pessoa.
          Quando vc disse a respeito da comida no motel, simplesmente lembrei-me de um episódio que ocorreu comigo e com minha ex durante a virada cultural de sp em 2014.
          Estava muito frio e estávamos em dois casais assistindo a alguns shows. Depois do show, como estava muito frio, disse umas 4 ou 5x para procurarmos um hotel para passar a noite em vez de ficar no frio, ela não quis e em todas as vezes que insisti ela recusou dizendo que queria fazer companhia ao outro casal.
          Depois, do nada, ela simplesmente me falou: foi um erro ficarmos juntos, isso nunca deveria ter acontecido, pq vc me deixou largada no frio, não quis saber de mim, deixou-me passando frio na rua. Ou seja, é um aspecto bem peculiar para se identificar um border, qual seja: elas jogam a culpa da frustração nos outros, culpa de coisas que elas mesmas fizeram.

          Qdo li seu relato, lembrei-me perfeitamente da minha ex, uma mulher linda, rosto perfeito, alta, vaidosa, estilosa, mas com um jeito angelical, só que o custo disso de conviver assim com uma pessoa desse tipo é demasiadamente alto.

          O problema é que as borders não tem uma personalidade formada, elas são crianças, emocionalmente elas têm a capacidade de uma criança de 2 a 5 anos de idade, ou seja, são impacientes, imediatistas, sem foco, objetivos e gostos totalmente mutáveis. Planos futuros são momentâneos e totalmente voláteis.

          Só que há um agravante, como muitas se paralisaram na infância devido à separação dos pais, violência sexual, mães muito dominantes, pais ausentes ou violentos. Há uma tentativa de busca psicológica pelo passado, ou seja, as relações que ela vive são de constante busca pelo processo de formação da personalidade, isso acontece não só com borders, boa parte dos transtornos mentais remetem na busca pelo passado. O exemplo disso são os casos dos seriais killers ou estupradores, eles agem da mesma forma violenta porque passaram em suas infâncias, isso é uma tentativa frustrada de retomar o caminho do passado e tentar compreender o processo de distorção da personalidade, é quase como um disco riscado. Daí que elas têm a necessidade de frustrar as pessoas, manipular, torturar psicologicamente, sendo sádicas e masoquistas, porque é o processo de tortura sentimental a que elas mesmas sentiram e passaram e elas tendem a projetar e usar isso no outro. Na verdade, um namorado não é um namorado é apenas alguém que está no lugar do pai ausente ou violento, por isso que elas têm esse lado de amor e ódio, porque se o pai representa o carinho a atenção e amor que a criança teve ou gostaria de ter, também representa o ódio, o abandono, e a violência. Racionalmente ela sabe que vc é um terceiro, mas sentimentalmente isso não ocorre, então, toda aquele ódio, agonia, raiva que nutria pela violência ou ausência do pai será descontada em vc, aliás, esses sentimentos negativos são a única e genuína emoção border pq emocionalmente foi esse o único sentimento que ela conseguiu aprender na infância, o resto são apenas sensações voláteis e intensas, mas que evaporam e não são internalizados. Vc pode perceber que a felicidade dos borders é fugaz, uma vitória ou uma conquista simplesmente não significam mais nada em pouco tempo, pq esses sentimentos não permanecem, não são gravados na memória. Daí a constante busca por satisfação para preencher esse vazio deixado pela volatilidade das emoções positivas e felizes.

          Por isso que elas sentem prazer em torturar emocionalmente seus parceiros, pq simbolicamente é uma forma de se vingar daquele que causou tanto sofrimento na infância, é como se tardiamente tivessem conseguido dar o troco. Mas como esse troco e essa satisfação é temporária e fugaz, elas tornam a repetir esses mesmos atos com a mesma ou outra pessoa e por aí vai. Assim como o serial killer que sempre terá o impulso de matar novamente, pois aquele sentimento de sofrimento e injustiça gradualmente começa a retornar até que tome conta novamente de suas atitudes, pois a satisfação conseguida não é internalizada e nem gravada, vai embora rapidamente. Daí a necessidade de reproduzir os atos e se vingar para obter satisfação.

          Desculpe se ofendi alguém na comparação de borders com serial killer, mas é que a lógica da explicação é a mesma.

    2. Danilo a minha no início veio com uma conversinha que todos nós homens “adoramos” ouvir: “namorei um cara que ficava 2 horas fazendo massagem no meu pé” Argh pra que ouvir isto.
      Depois eu virei o massagista perfeito dela e passei a ouvir: “isto é melhor que sexo”, em outras eu ouvia: “tem coisa melhor que transar?”. Depois: “você não é mais o mesmo não tá fazendo a massagem direito, sem vontade, eu quando te chupo, faço sem vontade?”.
      Outro dia: “Essa massagem de hoje foi épica”. Enfim é pisar em ovos sempre. E abaixo dos ovos tem milhares de minas prontas pra explodir. Quando vinha pra cima de mim depois de me deixar marcas de unhas cravadas nos braços que eu tinha que trabalhar de manga longa por uma semana, vinha com uma conversinha mole de pé de ouvido: “quando eu estiver assim é só me abraçar que eu me acalmo”. Cara como a gente pode ser tão submisso e trouxa?
      Mulher por si só já é um bicho problemático, menstruam, tem suas crises, por favor perdoe-me as mulheres normais e as feministas, mas é assim mesmo! Sem preconceitos ou estigmas, e as borders então? A minha cara tinha a metade da minha idade, eu deveria me tocar, como ouvi muitos relatos aqui neste canal, se for para sexo? Ok é sexo! Mas para se relacionar ninguém aguenta. Outra coisa que ouvi por aqui que borders são vampiros sentimentais, ou mais recentemente são “esgotos humanos”, esse último termo achei pesado, mas compreendo o cara que escreveu. Te sugam querem total atenção, eu por exemplo quando tenho que ficar com minha filha só ouvia que eu não sabia dividir as coisas, no final de semana e na semana que não estava com minha filha eu já me preparava que fatalmente ela explodiria com outra reclamação, quando não explodia, aí era reclamando que eu não tinha dinheiro e com minha filha que a mamãezinha recebia uma gorda pensãozinha para sustentar o macho dela e minha filha ser descuidada, etc, etc (fala da border). Aí respirava fundo, usava ouvidos descartáveis e íamos por exemplo num restaurante: “onde você quer ir? No de comida mineira que você gosta?”. “Ah não não quero vamos na churrascaria”. Chegava na churrascaria gastava R$ 200,00 e ainda era obrigado a ouvir que ela não gostou do jantar!” É mole?

  10. Estar com um borderline é muito pior do que “andar pisando em ovos”, é, em verdade, “andar num campo minado”, onde você nunca sabe se o próximo passo irá ou não estraçalhar sua perna…

    O que acho mais louco, e cruel, em tudo isso é o fato de uma pessoa normal (que nunca nem sonhou existir esse tipo de loucura mental) passar a se relacionar com alguém que tem essa distúrbio (e as vezes nem o próprio borderlouco sabe que é borderlouco), e só após anos de uma terrível convivência, questionamentos interiores e pesquisas na net, é que entra num site desses aqui e descobre tudo sobre esse distúrbio maldito…. (o cara simplesmente passa, no mínimo, de 3 a 5 anos até descobrir)… é como se você passasse de 3 a 5 anos vivendo numa “matrix”, num grande teatro, ou mais apropriadamente num “circo dos horrores”…

    e, para ajudar as pessoas que aqui se encontram nessa grande corrente, deixo minha visão do que encontrei após sair desse “circo de horrores”: hoje eu completo 9 meses sem minha ex-esposa borderline, e digo que minha vida só melhora a cada dia! em todos os sentidos! retomei o contato com meus amigos e familiares, fiz novos e hilários amigos, novas paqueras (tinha esquecido o quanto é bom estar com uma mulher normal!!!!), voltei ao prazer de estudar para concursos… a minha vida profissional melhorou muito também, novas viagens (sem uma pessoa com o “bode-amarrado” de mau-humor para estragar)… enfim, hoje comprovo que existe vida sem a companhia desses “esgotos humanos”.

    boa noite a todos, e sugiro que peguem os seus borderlines e mandem de presente para esses autores que escrevem esses livros de “como conviver com um border”, garanto que vão passar a escrever: “com um border não se convive”

    boa noite!

    1. Danilo , eu estou a 8 meses longe de minha ex- espousa border e estou me sentindo que nem vc as mesmas coisas que não fazia os amigos e as paqueras com mulheres normais , mas tenho um filho que esta comigo de sete anos e a ameassa de ela voltar para a Bahia me apavora ela quase não telefona e quando liga de la de S. Paulo concegue me tirar a paz com ameassas por emeio que quer levar o menino mas isso eu não vou deixar acontecer ela me xinga dis que quer que eu morra em algus momentos e no outro pergunta sobre o menino como se nada tivesse feito eu não respondo mais nada e pesso a Deus para que ela não volte,
      valeu Danilo um abraço. Ha . sua ex ja esta com outro cuidador , a minha ja aranjou outro

      1. Estou casada a 25 anos com um border, ele está a um ano em tratamento, eu ainda não vi melhoras significativas, boicota o tratamento e voltamos para o fundo do poço outra vez, o problema disso tudo é que nós cuidadores adoecemos. Estava com outra mulher a 3 anos,mas não foi embora, pensei que ele já tivesse com outra cuidadora, terminou com ela,mas está em depressão por causa da perda do objeto amado. É muita loucura!

    2. Caro Danilo, que bom que esse período “gestacional” de 9 meses trouxe coisas boas para a sua vida, realmente cara é difícil de encontrar explicação de como nos prendermos a este tipo de pessoa. Neste final de semana irei pegar a minha filhota de 9 anos e vamos eu, ela e Deus para a praia. Esgoto humano foi uma boa definição, no meu caso a border era linda, uma gordinha muito linda e eu um velho com o dobro da idade da mesma. Mas algumas borders tem um dom para fazer os homens se sentirem únicos (na horizontal se vc. me entende). Mas o custo X benefício é muito desproporcional. A maluca nos surtos não se importa se tem criança próxima, se está num flat ou numa favela. Realmente é muita piração. Só por hoje vou ficar olhando os meus braços com marcas de unhas cravadas e me lembrar da cara da FDP me dizendo que nesses momentos bastava eu a confortar com um abraço.
      Espero como você conquistar uma vida melhor, porque sinto-me adoecido, até estou apresentando uma amigdalite de repetição, creio que por ter recaído no tabagismo devido a tanta ansiedade. Fique bem e boa sorte!

    • Fernanda Rangel em 08/02/2015 às 17:05
    • Responder

    Existe um livro que o pessoal vive comentando por aqui chamado “Pare de pisar em ovos” que realmente é maravilhoso para entender melhor a situação de se conviver com um borderline. Para quem se descobre nessa situação e não sabe muito bem para onde correr, com certeza é um ótimo começo, que te proporciona descobrir várias verdades. O ponto negativo do livro é que às vezes é fantasioso ao tentar nos ensinar a lidar melhor com um border. Têm capítulos do livro que mais parecem um adestramento para vc poder aguentar o tranco dessa convivência infernal. O que sempre digo é: existe uma enorme lacuna entre teorias e realidades. Vc lê o livro, sente uma grande ilusão de que pode conseguir lidar de maneira saudável com o borderline, até a vida te dar um belo tabefe na cara de volta por sua santa ingenuidade. As coisas na prática nunca são tão simples como ensinam manuais. Na prática não temos o mínimo controle sobre situações as quais dependem de duas pessoas para se concretizarem. Para uma convivência equilibrada o borderline teria que se esforçar ao máximo também, estando ciente de seus problemas comportamentais. Agora eu estou para conhecer um borderline sem tratamento que não se vitimiza, que assume sua parcela de culpa. Então, é lógico que a chance de seguir o roteiro que o livro prega e ter fracasso é de 100%. Mas há algo que tenho que admitir: o título é perfeito. Lidar cotidianamente com um boderline é estar todo o tempo pisando em ovos. Vc está sempre com medo, ansioso, receoso de fazer algum comentário bobo que pode virar uma tempestade. Porque os borders não fazem tempestade num copo d’água, eles fazem uma tempestade numa gotícula de água. Parece que filtram tudo o que falamos para o lado mais negro e obscuro das palavras. O que era um domingo lindo, calmo, de céu azul, pode virar em questão de segundos o pior dos domingos. Isso aconteceu várias vezes comigo. Saía de casa tranquila, leve, feliz, encontrava com a border e voltava completamente exausta. Chegava em casa não queria nem cruzar com as pessoas da família, pois eles percebiam, perguntavam, e eu sempre respondia mal, contaminada pela presença negativa que a minha ex causava. Ou então me sentia constrangida em dizer mais uma vez que havia brigado. Ás vezes nós duas estávamos tendo uma conversa normal, e de repente, sem mais nem menos, ela fechava a cara. Ficava com uma cara tão feia, tão carrancuda, que eu ficava com medo daquilo. Algumas vezes alegava ser algo que não controlava, apenas se sentia depressiva, mal-humorada, sem nenhuma razão específica. Outras vezes eu voltava para casa sem saber do real motivo da cara fechada, porque para mim tinha sido tudo normal, e era surpreendida com sms raivosos. Certa vez ela brigou comigo porque achou que eu não estava prestando atenção suficiente nela, que estava entediada com o que ela contava, pois os dedos das minhas mãos estavam muito irriquietos. Por isso quando estava com ela nunca conseguia relaxar completamente, como quando estou com minha família ou com amigos. Eu me sentia outra pessoa. Porque sabia que tinha alguém do lado que reparava em cada reação minha, em cada gesto, em cada palavra, em cada sorriso errado e que estava pronta para me repreender, para me cobrar ser diferente do que sou, para me moldar unicamente para atendê-la. Era como se eu não tivesse direito algum de ser uma pessoa diferente do que ela desejava. Eu era reduzida a um “serviço” de namoro que ela havia contratado. Nesse serviço eu tinha que atender 24h o que o patrão pedia e queria. Uma vez ela inventou uma maneira bem esperta para tentar me manipular, me afastar dos outros. Ela criou uma escala de prioridades na vida dela, na qual em primeiro lugar viriam a família mais próxima como pais e irmãos. Em segundo viria a namorada. Em terceiro os amigos. Assim ela começou a alegar que queria namorar com alguém que usasse essa mesma escala. Então quando ela não gostasse de algum amigo meu, era meu dever cortar a relação com ele, já que na escala a minha namorada deveria vir antes. Se eu não fizesse assim, não serviria para ficar com ela. Foi assim que tivemos uma das piores brigas que já tive com alguém, com direito a gritaria no telefone de casa. Ela veio exigir que eu cumprisse essa escala e eu me recusei, disse que não via dessa maneira, por isso não cortaria relações com quem ela exigia. Tomei um pé na bunda, fiquei péssima, sofri, porém fui eu mesma. Nessa época meu sentimento já estava em declínio, por isso conseguia enxergar certas condutas dela. Bom, não posso chamar isso de amor, me recuso. Tanto do lado dela em achar que era meu dever servi-la, como o do meu, em aceitar esse domínio, não havia atitude de amor. O amor dela era só por ela mesma, enquanto o meu amor-próprio não existia. O problema é que muitas vezes não percebemos o que está acontecendo. Não notamos que tem alguém que está nos moldando aos poucos. E isso é perigoso. Imagina uma pessoa minando dia a dia a sua personalidade e seus outros relacionamentos (saudáveis). Se vc deixar, o que vai sobrar de vc? É por isso que devemos nos amar primeiro, para depois amar os outros. Se vc não se ama, permite que uma cadeia de relacionamentos doentios se desenvolvam na sua vida. Vc perde a sua essência, aquilo que te define se apaga, perde a luz própria, é como um saco vazio sem nenhum conteúdo, só sobra a carcaça. Existe tanta coisa legal para se descobrir nessa vida, lugares, pessoas, conversas, e etc. Tanta coisa para a gente se enriquecer. E vc vai se limitar dessa grandiosidade toda que foi lhe dada de presente para ficar fornecendo falsa estabilidade para um ser completamente egoísta? Olha ao que nos reduzimos! Um ser humano nunca deveria fazer isso com o outro. Querer aprisionar o outro emocionalmente para suprir suas próprias lacunas interiores. Reduzir o outro a um mero escravo emocional. Se faz por querer ou não, não vem ao caso, o fato é o resultado. Culpa por deixar uma relação abusiva? Pode até aparecer, mas se começarmos a pensar em tudo de bom que podemos fazer por aí quando estamos livre das amarras emocionais que uma relação doentia dessa nos trás, a culpa vai embora. Vc melhora com a família, com os amigos, com os colegas no trabalho, se abre a novas experiências, tem mais força para enfrentar novos desafios, consegue se doar mais às outras pessoas como um todo. Isso não pode ser ruim! Ao invés de se escravizar para um dono só, vc consegue contribuir muito mais com o resto e com vc mesmo. Assumo minha parcela de culpa por permitir que ela fizesse isso comigo. Eu também estava doente sem perceber. E é aí que muitas vezes precisamos também de terapia para nos reconstruir. Hoje, quando vou me dirigir a alguém, fico tensa, penso automaticamente mil vezes antes de falar, tenho medo de falar algo errado, algo que pode ser considerado ofensivo, me sinto ainda pisando em ovos. Como alguém bem disse aqui no fórum, depois que vc lida com um border, sua vida está marcada para sempre. Agora, para aqueles que ainda possuem dúvidas sobre se devem ou não permanecer nessa relação abusiva, tenho como o maior conselho para pararem e pensarem em si mesmos. Pensem em vcs, na sua felicidade, na sua vida, porque com certeza essa pessoa que está te maltratando emocionalmente não pensa em vc. Essa pessoa só está te sugando, senão vc não estaria nesse fórum buscando ajuda de estranhos. A decisão é sua, a vida é sua, a felicidade é sua, o livre-arbítrio é seu, e vc sacrificar tudo isso para ficar com alguém que só pensa em si mesmo, que te aprisiona emocionalmente, talvez possa te custar caro no futuro. Independente se sua namorada (o) é border ou não, o fato dela (o) te desrespeitar já é um motivo suficiente para vc ir embora e cuidar melhor de si, sem olhar para trás, pois essa pessoa não te merece. Mas quando estamos cegos pela paixão, muitas vezes temos a ilusão de que vale a pena tanto sacrifício da sua própria vida. Hoje eu sei que não vale, cada um tem a sua cruz para carregar, vc não nasceu para carregar a cruz de ninguém, senão a sua cai. Devemos ajudar o próximo sim, mas sempre dentro dos nossos limites. Ajudo minha ex, mas em prece, de longe.

    1. Acho Fernanda pelo seus depoimento que ainda sofre muito com a separação de sua border , como um viciado sempre esta sujeito a uma recaida por que a semente esta la. por mais que sabê que a droga não presta mais que um dia deu prazer.

    2. Perfeito seu comentário Fernanda. Já li vários de seus textos aqui e gostaria de sugerir que pense em escrever um livro direcionado para as pessoas que sofreram com relacionamentos com borderlines. Você tem talento com as palavras, clareza, objetividade, sentiu na pele o sofrimento e transmite muita força. Tem todas as características de uma excelente terapeuta e faria um bem para a humanidade. Vai vender muito e beneficiará muita gente, pode ter certeza. Em português não tem nenhum livro voltado para as verdadeiras vítimas, eu já pesquisei muito e só tem esse que você mencionou “Pare de pisar em ovos” que é muito bom realmente mas não ajuda a libertar ninguém, apenas ensina técnicas de adestramento para continuar o convívio destrutivo com o/a border. Sou filha de mãe borderline, cansei de procurar literatura em português (só encontrei em inglês) mas só achei manuais de auto ajuda do tipo “aprenda a amar e lidar com seu border querido”. Não me ajudou em nada, pois eu não queria “lidar” e nem a border (minha mãe, no caso) era uma pessoa querida, lamento dizer, mas essa é a verdade. O que eu queria era me libertar e aprender a amar a mim mesma, não a border. Enfim, quero comprar o primeiro exemplar do seu livro. Deixo aqui meu e-mail, caso queira entrar em contato será um prazer conhecê-la. gigisp.45@hotmail.com
      Um grande abraço!

    3. Fernanda, matou a pau. É isso aí. O livro é apenas um começo que ajuda a parar de pensar que vc é o problema pois eles conseguem passar todas as bolas pra gente. É a tal da projeção. Não admitem nenhum erro pois são incapazes de enxergar. Mas pra mim, a leitura desse livro e do Corações Descontrolados foi bem marcante pois abriu meus olhos no sentido de que entendi ,claramente, que eu não tinha nenhum problema e que na verdade estava dentro de um……O livro te indica um caminho para que se adapte ao universo caótico e psicológico do borderline sem, ao menos, se preocupar com o cuidador.
      Minha experiência foi bem chata mas em todas as vezes eu saia fora mas acabava sendo pescado novamente.Teve uma vez que eu pesquei de volta quando dos primeiros 6 meses de namoro. Eu terminava mas acabava voltando. Escutava um monte de histórias que iria ser diferente e ” bum” , em no máximo duas semanas , retornava o mesmo caos.Até no psicanalista dela fui. Eu com medo de falar alguma coisa que causasse uma explosão nela e convivendo cada vez menos com meus amigos para ficar com ela. Uma baita ansiedade e diminuindo minha energia pois agora vejo como era sugado mesmo. Teve uma vez que ela me disse que se eu fosse embora da casa dela, ela arranharia o braço. Foi brabo mas bati a porta e me fui. Ela não fez nada. Ficou apenas na ameaça.
      Eu tive essa ilusão que mencionou em seu comentário de que poderia salvá-la. Baita ilusão. Não dá mesmo.
      Fiquei 5 meses afastado no ano passado, voltei mais dois meses, sumi de novo e nesse carnaval fui pescado de volta. Duas semanas foram mais que suficientes pra ter a certeza de que não dá. E ainda estava viajando com ela. Que M.. Estou há quase 5 meses sem essa mulher e não foi fácil mas resisti há algumas investidas dela e estou firme. Bloqueei meu telefone e tudo mais.
      É muito ruim olhar para trás e ver o que aconteceu. Muito difícil entender como me submeti a essa piração. Li aqui que uma relação dessa é como um droga que não é fácil largar. É isso mesmo.
      Retomei minha vida sem esse peso e tudo está caminhando melhor. Felizmente.
      Vc tem razão quando diz para que todos, nessa situação, devem retomar suas vidas sem essa parceria infernal e caótica que é se relacionar com gente com essa patologia que não se trata.
      Um abraço pra vc.

    • Fernanda Rangel em 08/02/2015 às 16:30
    • Responder

    Oi pessoal, gostaria de indicar um vídeo que trata do assunto “borderline e bipolaridade”. No começo o médico fala bastante sobre o borderline, depois passa para o tema da bipolaridade, tratamentos, e no fim fala um pouco sobre religião e espiritualidade. É interessante para quem se interessa pelo assunto.

    https://vimeo.com/76609692

    1. Fernanda pelo jeito vc vai bem no seu tratamento de “desintoxicação”, é verdade a gente às vezes vacila feio…e como diz o ditado: “Não tem sentimento mais triste do que ver a pessoa te provando que ela é tudo que os outros sempre te alertaram, enquanto você a defenida”.

    2. Eu vi essa entrevista, ele parece ser um ótimo Profissional, até mostrei para o meu marido.
      A abordagem espiritual é bem e explicada e nos mostra um caminho complementar ao tratamento convencional, e que realmente faz a diferença no dia dia do borderline,quando o meu marido estava fazendo tratamento espiritual ele estava muito mais calmo e receptivo.

  11. Danilo, boas observações. Acrescentaria que isso de dizer coisas bonitas é quando eles tem a necessidade de demonstrar algo que realmente não existe dentro deles. Se existe, falam e no dia seguinte esquecem pois como vc observou , agem completamente contrário ao que falam. De todas as vezes que terminava e depois voltava, escutava coisas bonitas . Essa atitude , pra mim, é a das mais perversas , pois entendo que o falso afeto. E com o tempo, aprendi que afetividade não era o forte da minha ex.. Por isso , concluo que aquilo era falso mesmo.. Um abraço

  12. MM, parece que estou vendo o filme da minha vida se repetindo com vc, é o mesmo “modus operandi”, consoante você pode perceber no meu posto abaixo (Danilo)….

    A principal característica do borderline é que seu comportamento destoa do que ele fala, ou seja, ele fala coisas bonitas para você (para te manipular), mas, na prática, tem comportamentos ruins…

    diferentemente, uma pessoa que não sofre dessa síndrome (pessoas normais), via de regra, guarda coerência no comportamento em relação ao que diz, ou seja, ex. Se você diz coisas bonitas para sua namorada, na prática vc irá ter atitudes boas para com ela (ser carinhoso, compreensivo, tentar ajudá-la.. etc.)

    daí que surge o grande problema do relacionamento com um border, tanto você quanto ele “dizem” coisas bonitas um para o outro, no entanto o comportamento por trás é discrepante (ela age de forma ruim, e vc de forma boa), daí surge a “perplexidade”, porque quem é “normal”, ao dizer coisas bonitas e se comportar de forma boa, espera o mesmo de quem se relaciona… todavia o comportamento “esperado” do(a) border é diferente… e daí ficamos confusos… e isso, na minha opinião, gera um círculo vicioso, ou seja, quanto mais confuso, mais você quer entender a confusão, e mais preso fica na “relação”… No entanto não há “resposta racional” para essa confusão…. mas pq isso? simples… pq enquanto as pessoas “normais” pensam de “forma racional” (falar coisas bonitas corresponderá a ter comportamento bom), o borderline funciona de “forma irracional” (fala coisas bonitas – máscara -, no entanto tem comportamento divergente da fala)….

    A gente pensa que “louco” é aquele cara que anda maltrapilho, roupas rasgadas, cabelos desgrenhados, que não fala coisa com coisa… mero engano! há loucos que “aparentemente” são saudáveis, falam bem, são bonitos, mas, no entanto, tem a mente desequilibrada… e, na minha opinião, o borderline é um… é como dizem, é um sepulcro caiado, bonito por fora, pôdre por dentro…

    Nesse sentido, meu amigo, diante de centenas de depoimentos relatados aqui, por homens, mulheres, pais, mães, filhos e filhas, que conviveram com pessoas assim, e tiveram suas vidas destroçadas, é fácil chegar à conclusão de que: viver com um borderline é a pior das escolhas, pois você não vive uma vida real, e sim um grande teatro! uma farsa!

    Ai você diz, mas eu “amo” ela, etc… Afinal, você pode estar confundindo amor com paixão… paixão é uma obsessão por uma pessoa ou um objeto (aquela mulher bonita tem que ser minha, aquele carro luxuoso tem que ser meu)…. amor é diferente, você quer o bem da pessoa, sem “querer” ele(a) para você (amor de irmão, amor de mãe, amor de filho)…

    Acho que a primeira coisa para se desprender de um border é “se desapaixonar”, visto que, claramente essa vontade louca de querer ficar com um border não é amor, e sim “paixão”.

    Mas como fazer para se desapaixonar? Quando estamos apaixonados damos mais atenção a um único aspecto da vida (uma mulher bonita, um carro luxuoso) do que as outras várias coisas da vida… (trabalho, amigos, família, lazer, viagem, curso de inglês, festa), que tal regular melhor esse foco de atenção?

    E, para isso, o primeiro passo é olharmos para nós mesmo… Uma coisa que me ajudou bastante nessa minha superação, foi justamente ler os ensinamentos dos grandes filósofos da antiguidade: Sócrates, Aristóteles e Platão… os mesmo dizem, em suma, que não precisamos de ninguém, nem de nenhum objeto para sermos felizes, pois a felicidade tem que partir de nós mesmos.. pois, nascemos sós, morremos sós.

    Ou seja, o grande truque para se livrar de um borderline, em verdade, é você se ver como um “ser autônomo” e “independente”, que não depende de ninguém (mulher bonita), nem de nenhum objeto (um carro luxuoso) para ser feliz… busque a sí mesmo, aprenda a conviver só… lembre-se, solitude é diferente de solidão.. busque a solitude!

    E outra, não existe “metade da laranja”, quem é “metade” não é um ser completo, para que exista um relacionamento saudável é necessários duas pessoas “inteiras”, “autônomas” e “indepentes”! Já experimentou ser um cara autônomo (equilibrado) e, sem pressa, conhecer futuramente uma mulher igualmente autônoma (equilibrada)? E aqui deixo a pergunta final, qual é a melhor relação: Um cara pela “metade” com uma mulher pela “metade e desequilibrada” (borderline); ou uma relação com um cara “completo” com uma mulher “completa”?

    abraço, boa sorte, e procure ser um cara “independente” e “completo”, você irá perceber que não precisa de ninguém e nem de nenhum objeto para ser feliz, MUITO MENOS de uma pessoa desequilibrada (borderline)!

    Afinal, como diriam os italianos: “La vita è troppo breve per sprecarla a realizzare i sogni degli altri.” (A vida é muito curta para desperdiçá-la a realizar os sonhos dos outros)

  13. Olá! A maioria dos comentarios aqui postados dizem respeito à borders femininos, porem gostaria de deixar o meu testemunho de convivência com um border masculino e posso dizer que nao é nem mais nem menos melhor ou pior, mas sim, igualmente devastador! Ainda nao consegui me desvencilhar, continuo sob o mesmo teto que ele..nao entendo a dificuldade e o sentimento que me paralisa ao pensar em sair de casa… Estou sofrendo muito…um misto de medo, inseguranca, vergonha, impotencia…

      • Sergio Luís em 07/24/2015 às 14:46
      • Responder

      “O segredo de sair de vez de uma relação tóxica com um border é conseguir perceber que enquanto vc estiver com essa pessoa estará morrendo aos poucos, tendo a sua vida e tempo consumidos por alguém que possui um vazio existencial tão tão tão grande que precisa dessa sua energia. Energia essa que vc poderia usar construindo coisas boas, cuidando de si e daqueles que merecem. Já repararam quanto tempo perdemos em brigas e discussões sem finalidade com os borderlines? Tempo demais! Espero conseguir me prender a isso e ficar bem longe da minha ex borderline dessa vez. Espero ter força.” Autora: F.R. que sempre está postando nesse blog, agora a minha opinião: chuta que é macumba, sai fora, esqueça!!!

      1. Sergio . tudo bem qual foi a derradeira vez que se envolveu com a border e porque todos nos não conseguimos ainda se livrar completamente da border eu digo não da parte física da pessoa mas do envolvimento psicológico do contagio emocional .creio que não é sô para ajudar outras pessoas que passam pela mesma situação algus não andam mais aqui.

        1. Caro Nicolai tal como falei a pouco com o Danilo, que bom que esse período de afastamento trouxe coisas boas para a sua vida, realmente cara é difícil de encontrar explicação de como nos prendermos a este tipo de pessoa. Neste final de semana irei pegar a minha filhota de 9 anos e vamos eu, ela e Deus para a praia. Esgoto humano foi uma boa definição do Danilo, no meu caso a border era linda, uma gordinha muito linda e eu um velho com o dobro da idade da mesma. Mas algumas borders tem um dom para fazer os homens se sentirem únicos (na horizontal se vc. me entende). Mas o custo X benefício é muito desproporcional. A maluca nos surtos não se importa se tem criança próxima, se está num flat ou numa favela. Realmente é muita piração. Só por hoje vou ficar olhando os meus braços com marcas de unhas cravadas e me lembrar da cara da FDP me dizendo que nesses momentos bastava eu a confortar com um abraço.
          Espero como você conquistar uma vida melhor, porque sinto-me adoecido, até estou apresentando uma amigdalite de repetição, creio que por ter recaído no tabagismo devido a tanta ansiedade. Fique bem e boa sorte!

      • Fernanda Rangel em 07/24/2015 às 20:39
      • Responder

      Aisek, agora que vc sabe o que está acontecendo, que o seu namorado é borderline, tente ler os depoimentos do fórum, que tem muitas experiências ricas e importantes para que assim vc possa decidir com mais firmeza o que vai fazer. Não se iluda, essa decisão é sua, vc não é obrigado a nada. Não é obrigado a ficar casado com alguém, não é obrigado a viver em constante inferno e principalmente não é o responsável pela vida do seu companheiro. Cuide da sua felicidade acima de tudo, que o resto acaba entrando no seu devido lugar.

    1. Oi Aisek, estou na mesma situação que vc , é um sentimento muito ruim mesmo, estou me separando assim que ele voltar de viagem ele vai morar sozinho e vamos dar entrada na separação. Mas vivemos com medo e não sabemos do que, porque achamos que essas criaturas são melhores que a gente? que são mais fortes , porque damos tanto poder para essas pessoas? estou trabalhando a minha auto estima para ficar bem, para poder tocar a minha vida sem cair outra vez no fundo do poço por uma pessoa que não vale a pena. Tenha coragem, Fé e determinação nós vamos conseguir.

    2. Leia o livro:PARE DE PISAR EM OVOS de Paul T. Mason… Vale a pena e vai te ajudar.

  14. Bom dia a todos,
    Queria agradecer a paciência de todos de compartilharem seus relatos. Realmente ajuda bastante e queria partilhar de minha experiência e ver se podem me ajudar ou aclarar um pouco minhas idéias e me aliviar de tamanha dor que me acompanha há 2 anos e meio.
    Tive um relacionamento com uma “POSSÍVEL” border. Na verdade a minha terapeuta diz que acha que ela é e pelos relatos eu vejo uma grande possibilidade.
    Sempre fui uma pessoa conhecida por ser calmo, alto astral, muito bem quisto pelos amigos, sempre sendo marcado como a pessoa que leva uma alegria e bem estar ao ambiente que estou. Rodeados de amigos, sempre ouvi isso deles e da familia. Ao mesmo tempo, desde criança sou ansioso, porém de uma maneira que nunca atrapalhou em nada minha rotina ou obrigações.
    Passei muitos anos solteiros, feliz, vida de viagens com amigos, baladas etc. Cheguei aos 29 anos (hoje estou com 33) e comecei a naturalmente aquietar e querer encontrar uma namorada. Conheci essa pessoa em questão na véspera do carnaval de 2013 (faltando uma semana) e eu ja tinha uma viagem marcada para Salvador no carnaval (como todos os anos anteriores que eu fui) e ela uma cirurgia de prótese marcada para a mesma data. Como estávamos ficando há 1 semana, a viagem não impactou em nada.
    Ela viu depois, por fotos que uma amiga minha de longa data (que fazia academia com a gente) foi nessa viagem, porém não foi comigo, apenas a encontramos lá. Até então não havia nada contra essa pessoa.
    Falamos durante a viagem, eu sempre com saudades dela e já me sentindo apaixonado e pelo visto ela também. Na volta fui ve-la da cirurgia e para minha surpresa, começou o inferno. Isso era fevereiro e o inferno da cirurgia durou até junho, quando efetivamos oficialmente o começo do namoro.
    Nesse meio tempo, ela dizia que a cirurgia tinha saído errado, que teve rejeição, procurava mil e um médicos, vivia no google procurando sobre doenças, raramente queria me ver e quando marcava comigo desmarcava. Parou de trabalhar, me ligava para eu ve-la de sabado de manha por alguns minutos na casa dela ou da mae dela e se eu demorasse em chegar ou não pudesse no exato momento que ela me pedia, ela cancelava e falava que não poderia mais me ver, por conta das dores insuportáveis. Fez da vida de todos um inferno. Eu, por algum motivo, quis ficar ao lado dela, sempre que me pedia eu estava lá, levava ao hospital, levava presente, escrevia bilhetes carinhosos, me predispunha a estar sempre próximo, convivia e me tornei mega amigo do filho dela de 3 anos na época (eu adoro crianças). Durante esses meses já comecei a me sentir deprimido: queria a mulher a meu lado, fazia tudo por ela, ela dizia me amar constantemente, para espera-la que tudo logo estaria normal e ela viria para os meu braços e viveriamos uma vida de sonho e isso me prendia a ela, pois já estava completamente apaixonado por ela. Nesse meio tempo foi o aniversário dela, levei um bolo surpresa na casa da mãe, ela brigou comigo que ue estava muito pegajoso, depois mandava mensagem falando que me amava loucamente, que estava muito doente e por isso agia assim comigo etc etc. Conversei muito com a mãe nesses meses e com o irmão que se tornou muito meu amigo e o admiro muito, tanto profissionalmente como com a familia que construiu. Ele por algumas vezes me dizia que não se espantava com isso e que era normal dela e que logo ficaria boa, mas depois cairia de novo. Ou seja, deixou claro que ela vivia altos e baixos constantes na vida.
    Depois que isso passou (por volta de junho de 2013) começamos a namorar oficialmente e fo io dia mais feliz que eu poderia ter. Ela também super feliz mas para minha surpresa as coisas nunca foram tão maravilhosas. O amor que eu sentia por ela e sinto, ainda é muito intenso e já era na época e com certeza o dela também mas para mim foi tudo muito novo como ela lidava com esse amor. a minha família já me questionava porque eu “aguentei ” 6 meses de altos e baixos por uma simples cirurgia. O namoro começou e ela começou a desconfiar que eu estava no trabalho, me questionava porque estava on line no facebook, me ligou 3 vezes no fixo no meu escritorio para saber se eu estava lá (detalhe: nunca fui santo, mas como AMO essa mulher loucamente JAMAIS a trai). Saia do trabalho e ia para a academia com ela e depois para a casa dela direto. Moramos muito perto então praticamente passei a morar na casa dela. Nesse periodo, ela nao incentivava o pai a ficar com o filho nem nos finais de semana e durante 1 ano eu não soube o que era sequer um dia apenas com minha namorada, nem mesmo dormir sozinho com ela. Sempre com o filho nos finais de semana, sempre com ele no meio na cama e eu jamais questionando. Ao mesmo tempo ela me martelando que eu nao estava no trabalho, não estava na academia, não estava em reuniões etc. Fui entrando em colapso emocional, ficando com medo da minha sombra, medo de falar alguma coisa e ela estourar e não acreditar. Para mim é desesperador alguém duvidar de algo que não estou mentindo. Com isso, virei um viciado e um maníaco em me justificar a todo e qualquer passo que eu dava na minha vida e fui me tornando como ela, pois não sabia que tipo de vida era aquela, mas comecei a questionar se eu que estava errado. Certa vez liguei pra ela da minha casa voltando da academia e ela duvidou que eu estava em casa porque ouviu um cachorro latir e falou que nem eu nem os vizinhos tinhamos cachorro. Meu deus, meu vizinho tem sim, mas com 37 anos de idade, sendo mãe, divorciada, isso é um topico de conversa? não dá para conversar como foi nosso? comecei a questionar e falar que o pai teria que ter os finais de semana alternados com o filho, termos mais tempo eu e ela e ela, acima de tudo ocupar a cabeça com algo importante sem ser academia e facebook. Temos uma condição privilegiada de vida, portanto a parte financeira não era um ponto em questão dela não trabalhar.
    Incentivei a trabalhar pra ocupar a cabeça, ajudar uma ONG (eu faço trabalhos voluntários também), fazer um curso de algo que goste ou qualquer coisa do tipo, porque passar o dia me questionando se eu estava ou não no trabalho estava se tornando insuportável.
    Nesse meio tempo fiquei muito próximo da babá dela que está com ela há anos e aos poucos foi me contando que já houveram episódios muito complicados com relacionamentos passados. Que o ex marido foi embora porque depois de 5 anos não aguentou mais ela desconfiar de tudo, teve um noivo antes que fez tatuagem em nome do cara e não tinha tirado até então (ficou casada por 5 anos e nada), que já mandou o ex marido embora de casa jogando telefone na parede, questionava a rotina do ex etc…comecei a ver que o comportamento era muito diferente do que ue estava acostumado mas eu, completamente apaixonado por ela achava que iria melhorar, que comigo seria diferente, que era o começo que ela tinha ciumes e desconfiança etc. Nisso, o irmão com o tempo começou a falar que se fosse eu iria embora, pois aquilo não era vida, apesar de amar muito a irmã. A mãe, em diversas ocasiões e conversas comigo que eu a procurava para pedir opinião, sempre estava ao meu lado compartilhando da mesma opinião.
    Comecei a ver que ela tinha brigas constantes com a família, tinha poucas amigas e as que tinha já haviam passado por episódios de rompimentos, dificuldades de relacionamento. Para quem a conhece de primeira, ela é extremamente simpática, linda, extrovertida, todos a adoram, mas no dia a dia, realmente eu comecei a me tornar depressivo, com medo da minha sombra, minha família que sempre EXTREMAMENTE proximos e amigos, começou a me falar qeu nao mais me reconhecia, que andava irritado, nervoso, dando respostas agressivas, não mais sorria. Meus amigos não mais me chamavam para eventos.
    Certa vez, ela quis me agradar e chamou meus amigos para um jantar na casa dela. No meio do jantar, cismou que eu tinha ficado na sala da casa dela, enquanto ela ia ao banheiro com uma amiga minha de muitos anos e que ela já conhecia também. MEU DEUS DO CEU!! aquilo para mim foi uma coisa de louco. Eu ficava indignado, como ela poderia achar aquilo? como poderia um ser humano fazer aquilo? como ela poderia achar que aquilo era verdade? e eu estava realmente feliz que a pessoa que eu amo estava fazendo um evento para me deixar feliz e quando menos espero….ela faz isso! começaram as discussões porque eu, ansioso, não queria que ela achasse aquilo e fui mostrar que ela estava pensando de uma maneira insana e com isso as pessoas foram embora! que vergonha!
    O primeiro término foi depois de uma vez que não aguentei de mais uma cisma sem sentido algum. Terminamos e ficamos 3 meses sem nos ver, mesmo morando praticamente na mesma rua. Passados 3 meses voltamos e reatamos. Isso foi em julho. Em dezembro (obvio que foram meses de muitas discussões, desconfiança etc) ela descobriu que eu fiquei com uma menina que ela não gostava NAQUELES 3 MESES QUE FICAMOS SEPARADOS. Na verdade eu fiquei umas 4 vezes com ela, mas nos meses que nao estavamos juntos. Ela cismou que nao tinhamos terminado, que eu a trai, que jamais pedi para terminar mesmo ficando 3 meses sem nos ver, que ela estava arrumando tudo que ue pedi para ela arrumar nesse tempo (tirando a tatuagem do ex, pedindo pro pai ficar com o filho fds sim outro não, acostumar o filho a dormir no quarto dele para dormirmos juntos etc) e enquanto isso eu estava saindo com outra. Ai a coisa começou a ficar feia: começou ir atrás da outra (que pra minha surpresa era louca mas de outra maneira, dando bola e mandando foto minha com ela). Ambas passaram a se falar rotineiramente, ela pegou essas fotos e postou no mural do face dela dizendo que era corno, que eu era um fdp traidor, canalha etc. Colocou uma foto minha e da fulana que fiquei 4 vezes no whatsapp dela, ou seja, qualquer pessoa que falasse com ela me veria com uma fulana X.
    Quis que nos encontrassemos os 3, queria o endereço da outra a qualquer custo. Ela foi de férias para o exterior com a familia e na volta continuamos tentando, mesmo ela falando que jamais esqueceria minha “TRAIÇÃO”, fato que jamais considerei uma traição. Conversei com a mae dela, com o irmão, com a familia inteira, me desculpei mesmo não achando traição e todos concordaram comigo mas ela simplesmente nao deixava passar, mas também não queria terminar. Até que um dia, não aguentei. Falei que ou ela esquecia que essa fulana existia (eu quando voltei com minha ex JAMAIS falei com essa menina que fiquei 4 vezes) ou nosso relacionamento não andaria. Obviamente ela não esqueceu e eu terminei.
    Isso já estou falando agora de 2015, por volta de março. Ela me procura a cada 15 dias e eu sempre fico mal, ora cedo e vou ve-la, ora não cedo e ela estoura comigo.
    Ela sempre disse que eu convenço a familia dela a ser contra ela, a não apoiar as atitudes dela, que eu tenho poder de persuasão enorme e por isso ela briga com a familia tantas vezes, sendo sempre culpa MINHA. Ela realmente acha que ue sou capaz de convencer a mãe e o irmão de alguma coisa sobre a personalidade dela, sendo a mae uma mulher inteligente, culta de mais de 60 anos e o irmão também super culto e bem sucedido, pai de familia de mais de 40 anos. Como eu, com 33 anos, conhecendo eles há dois anos convencerei a familia a ser contra ela? porque eu faria isso?eu a AMO loucamente. Ela não consegue ver que todos somos contra ela ter parado de trabalhar, ela ser tão irritada, ela brigar com todos a sua volta a troco de nada. Qualquer cidadão “normal” é contra isso!!Mas ela acha que temos um complô contra ela.
    Claro que nesse meio tempo me tornei obsessivo como ela, falo coisas pesadas a ela também, já tive vontade de sumir, de xingar ela de tudo que é nome mas me controle. Já tive, infelizmente vontade de agredi-la em uma das CISMAS NEURÓTICAS dela, mas como sou muito da paz, jamais briguei com um homem, seria incapaz de fazer isso mas confesso que vontade não me faltou. Muito triste, muito triste.
    Amo essa mulher desesperadamente, ao menos acho que amo. Quando a vejo meu coração bate forte, minha mão sua…porém todas as vezes que ela pede pra voltar eu tenho o minimo de racionalidade e penso que tenho muito MEDO de voltar àquela vida. Vi que voltei a conviver com ela nas duas ultimas semanas e já me tornei ansioso de novo, com medo, cara fechada, agressivo nas palavras etc. Claro que em duas semanas, as brigas voltaram e já me separei de novo, mesmo sem ter voltado oficialmente. Ela me acusou de complô com a mãe e o irmão, que brigou com a familia novamente por minha culpa e que a vida vai me encarregar de pagar por isso pois sou doente, desequilibrado, infantil e quero o mal dela a todo custo.
    Me doi demais porque fiz e faço tudo por essa mulher, mesmo tendo erros e me tornado como ela: desconfiado, ciumento, bravo etc. Fiz tudo por ela, pelo filho, entendi o primeiro ano da suposta “doença” da cirurgia….isso é uma dor de fracasso muito grande!! queria muito uma vida com ela, mas minha vida realmente tem uma qualidade melhor quando estamos longe: volto a ver todos os amigos, sair juntos, dou mais risada, meu trabalho flui melhor, ,minha relação com minha familia é otima etc.Apesar da dor da saudades e falta dela (não sei exatamente de quais momentos porque os de briga superam os momentos de paz sem duvida) a paz interior que sinto é muito maior. Mas me sinto extremamente culpado em bloquear ela no face, whatsapp, no meu telefone (sendo que ela já fez isso comigo diversas vezes nos ataques de fúria). Eu não consigo ser forte se ela me procura, não consigo ceder, não consigo ficar longe mas não quero mais essa vida para mim! quero voltar a ser quem sempre fui, alegre, pra cima, rodeado de amigos e sorridente e infelizmente eu e ela juntos, não conseguimos isso.
    O grande medo que tenho é que nunca sei o que ela vai gostar e com isso vivo constantemente com medo. Um dia ela pode adorar eu encontrar meus amigos, no outro ela pode achar meus amigos uns fdp e não gostar nada que vou encontra-los, portanto nunca sei como me comportar, não sei quem encontrarei no próximo minuto a meu lado e isso é uma INSEGURANÇA muito grande!!! vivo no meu limite com isso, minha ansiedade via a mil. as vezes quero partilhar algo do trabalho, de amigos mas tenho medo que ela vá ficar irritada e prefiro ficar quieto, portanto não há companheirismo. Muitas vezes ela faz coisas que eu quero, que eu gosto para me agradar mas sinto que é muito obrigação e a paz dura poucos segundos, porque logo ela coloca em xeque quem me rodeia, os tipos de programas que eu gosto, que são infantis, ou babaca etc.
    Enfim, poderiam me ajudar? vcs se encontram ao ler meu depoimento? acham que é border? estou certo que não mais voltarei com ela, tenho que ser firme, mas meu coração ainda dói demais….

      • Sergio Luís em 07/24/2015 às 14:35
      • Responder

      “O segredo de sair de vez de uma relação tóxica com um border é conseguir perceber que enquanto vc estiver com essa pessoa estará morrendo aos poucos, tendo a sua vida e tempo consumidos por alguém que possui um vazio existencial tão tão tão grande que precisa dessa sua energia. Energia essa que vc poderia usar construindo coisas boas, cuidando de si e daqueles que merecem. Já repararam quanto tempo perdemos em brigas e discussões sem finalidade com os borderlines? Tempo demais! Espero conseguir me prender a isso e ficar bem longe da minha ex borderline dessa vez. Espero ter força.” F.R.

      Cara uso isso como mantra, pendure na sua porta, geladeira, leve na carteira, enfim leia e releia e que Deus te ajude. Chuta que é macumba!!!!

      • Fernanda Rangel em 07/24/2015 às 20:14
      • Responder

      MM, li todo o seu relato, e em vários momentos tive nítida impressão de já ter vivido as situações que vc descreve. Principalmente quando vc fala da sua mudança de comportamento ao se relacionar com ela. Essa talvez seja a sensação mais compartilhada pelos os que se envolvem emocionalmente com um borderline. Acredito que quando duas pessoas se juntam numa relação, há um compartilhamento emocional muito intenso, e assim é criada uma determinada sintonia, uma sintonia nova, que vc sozinho não possui. É como se fôssemos “contaminados” pela desordem psíquica dos borders. Muitas vezes tive a ilusão de que conseguiria controlar a situação, apaziguar com o meu jeito mais calmo, mas isso nunca aconteceu, eu sempre perdia o controle da situação, e quando via já estava envolvida em mais uma briga sem sentido. Essas brigas frequentes me esgotavam, essa é a palavra que melhor descreve a sensação: esgotamento. É como se tentássemos de toda forma mostrar para o borderline que ele enxerga de uma maneira distorcida, que a realidade é outra, que a atitude dele é desrespeitosa, só que de nada adianta, nos esquecemos que o mundo interior dos borders é outra, então é como se quiséssemos que um cego enxergasse. Realmente, mudamos quando estamos com o border. Já viu aqueles ratos de laboratório que tomam choque toda vez que tentam pegar a comida? É assim que os borders fazem com a gente: se os contrariamos, não fazemos como eles querem, lá vem briga, lá vem discussão, lá vem desgaste, lá vem a punição. Crianças mimadas fazem assim também. Então ficamos todo o tempo na paranóia de tentar não desagradar as exigências descabidas da outra pessoa. Todo o tempo o nosso sistema de alerta está ligado, tentando manter uma relação desequilibrada em equilíbrio.

      Não julgo seu sentimento, pois já me senti assim por diversas vezes. Frequento o Fórum desde o começo de 2013 e quando cheguei aqui estava passando pelo mesmo que vc: vai, volta, termina volta, termina, briga. Eu havia me prendido naquela relação de forma tão intensa que mesmo sabendo que iria novamente dar errado, iria novamente sofrer, iria novamente passar por todo aquele inferno, voltava. Ainda assim o meu lado mais ponderado queria sair daquilo, afinal eu não estava feliz ao lado daquela pessoa. Não queria aquilo para a minha vida, no fundo eu sabia. Eu não a procurava depois do término, só que quando ela voltava eu não sabia falar “não”. Chegou um dia em que o sentimento que me prendia foi diminuindo frente a tanto desgaste, e nesse momento não vacilei, fiz o que devia, bloqueei ela, exigi distância. Na época tive dúvidas se estava tomando a atitude correta, me senti culpada, mas sabia que o tempo me diria a verdade. Passaram-se meses, logo fará um ano, e hoje sinto que sou de novo quem era. Hoje sei que foi a decisão certa. Tudo na minha vida melhorou, nem sei te descrever como me fez bem ter me libertado dessa relação. É dificílimo no começo, depois quando vc vai notando as melhoras na sua vida, vai ficando mais fácil. Acho que não seria exagero comparar com o drama de uma pessoa que se liberta de uma droga. A paz mental não tem preço!

      Temos o livre-arbítrio para fazermos nossas decisões. Em tese, podemos fazer tudo, só temos que saber que existem consequências para todos os atos. Portanto quando tomei a decisão de bloquear minha ex e expulsá-la da minha vida, eu estava no meu direito, mesmo que ela tenha esperneado ao máximo, me ofendido, me fulminado com um monte de sms, aguentei firme e esperei as consequências, as quais foram as melhores. Na época me senti insegura, com medo, foi difícil essa decisão de virar as costas. Então, amigo MM, acima de tudo os rumos da sua vida encontram-se nas suas mãos. Se você decidir ficar com a sua namorada borderline, que vc ama, com certeza existirão momentos de felicidade, apesar de todo o sofrimento, não podemos negar que muitas vezes os borders sabem ser pessoas encantadoras. Vai ser essa montanha-russa emocional sempre. E sabendo disso, cabe a vc tentar indicar um tratamento para ela, ler livros, tentar ter o máximo de compreensão, ser paciente e por aí vai. Essa decisão é só sua. Grande parte da sua vida terá de se voltar para essa relação. O border é sempre o centro. Por outro lado, vc pode se convencer de que não quer viver desse jeito, que gostaria de encontrar uma relação mais saudável e assim dar tempo ao tempo. No meu caso, não era amor de verdade, acredito que tenha sido uma paixão fulminante, um pouco obsessiva, porque vendo casais que dão certo, notei que o verdadeiro amor é assentado acima de tudo numa grande amizade, cumplicidade, respeito, empatia, e principalmente, traz paz nas nossas vidas. Posso estar errada, mas na minha opinião, pessoas muito narcisistas como normalmente são os borders, não sabem amar de verdade, pois só estão preocupados em suprir uma lacuna emocional que falta dentro deles.

      ps: minha ex terminava tanto comigo que uma vez ela também se esqueceu de que havia terminado rsrsrs.

      1. Olá Fernanda não sou o destinatário da sua resposta, mas ouso me interferir. Primeiramente para parabenizar por mais uma ótima explanação no universo pessoas que cuidam ou cuidaram de um border.
        No meu caso eu que terminava quando exposto às situações das mais discrepantes possíveis, por exemplo uma discussão ou briga que surgiu do nada e de repente meus braços estavam “tatuados” pelas unhas da mesma. E ao segurá-la e levá-la até o chão e nunca jogá-la no chão, numa tentativa de acalmá-la e de não ser mais arranhado. Na última pensei se ela faz isso no meu rosto como eu iria chegar no trabalho? Mas confesso que terminei inúmeras vezes e a saudade batia. Creio que seja a mesma sensação em que você descreve como sendo paixão e não amor de verdade, porque se fosse amor de verdade existiria o respeito, a amizade e a paz de espírito da relação. Eles definitivamente não sabem amar e se sabem esse amor é semelhante ao craving (fissura) dos viciados, querem que segurem e façamos carinho na mão e nos cabelos, na hora que a dor de cabeça e o vazio existencial batem à sua porta, no sexo por exemplo ela podia até gozar, mas na maioria das vezes dizia que batia uma sensação ruim de culpa (infância mal resolvida?). E por mais que tentamos ajudar nunca vai estar bom, arrumei emprego mas o lugar era um inferno e ninguém gostava dela (s.i.c.), a minha família não gostava dela, como gostar se a minha filha já com 8 anos chegava na minha mãe e contava o escândalo que ela testemunhou na casa do pai?
        Enfim hoje me vejo adoecido e desgastado com tudo isso, espero buscar força e suportar essa transição. Essas pessoas requerem uma atenção especial, tal como você aconselhou o MM caso ele prefira manter a relação.

        Abs, fiquem bem!

    1. MM, uma sugestão . … Leia um livro chamado : “Pare de pisar em ovos.. não me recordo o nome do Autor. Sei que é um americano. No Google achas fácil. Acredito que vai ajudar bastante. Me ajudou e assim comecei a tomar consciência que aquela loucura não iria acabar nunca. Depois de ler dois livros so bre o assunto comecei a me levantar. Devagar mas comecei e assim vai melhorando sua auto-estima e vais parar de se achar louco e entender que a pessoa ao lado que é a louca. Abraços

  15. Bom dia a todos,
    Queria agradecer a paciência de todos de compartilharem seus relatos. Realmente ajuda bastante e queria partilhar de minha experiência e ver se podem me ajudar ou aclarar um pouco minhas idéias e me aliviar de tamanha dor que me acompanha há 2 anos e meio.
    Tive um relacionamento com uma “POSSÍVEL” border. Na verdade a minha terapeuta diz que acha que ela é e pelos relatos eu vejo uma grande possibilidade.
    Sempre fui uma pessoa conhecida por ser calmo, alto astral, muito bem quisto pelos amigos, sempre sendo marcado como a pessoa que leva uma alegria e bem estar ao ambiente que estou. Rodeados de amigos, sempre ouvi isso deles e da familia. Ao mesmo tempo, desde criança sou ansioso, porém de uma maneira que nunca atrapalhou em nada minha rotina ou obrigações.
    Passei muitos anos solteiros, feliz, vida de viagens com amigos, baladas etc. Cheguei aos 29 anos (hoje estou com 33) e comecei a naturalmente aquietar e querer encontrar uma namorada. Conheci essa pessoa em questão na véspera do carnaval de 2013 (faltando uma semana) e eu ja tinha uma viagem marcada para Salvador no carnaval (como todos os anos anteriores que eu fui) e ela uma cirurgia de prótese marcada para a mesma data. Como estávamos ficando há 1 semana, a viagem não impactou em nada.
    Ela viu depois, por fotos que uma amiga minha de longa data (que fazia academia com a gente) foi nessa viagem, porém não foi comigo, apenas a encontramos lá. Até então não havia nada contra essa pessoa.
    Falamos durante a viagem, eu sempre com saudades dela e já me sentindo apaixonado e pelo visto ela também. Na volta fui ve-la da cirurgia e para minha surpresa, começou o inferno. Isso era fevereiro e o inferno da cirurgia durou até junho, quando efetivamos oficialmente o começo do namoro.
    Nesse meio tempo, ela dizia que a cirurgia tinha saído errado, que teve rejeição, procurava mil e um médicos, vivia no google procurando sobre doenças, raramente queria me ver e quando marcava comigo desmarcava. Parou de trabalhar, me ligava para eu ve-la de sabado de manha por alguns minutos na casa dela ou da mae dela e se eu demorasse em chegar ou não pudesse no exato momento que ela me pedia, ela cancelava e falava que não poderia mais me ver, por conta das dores insuportáveis. Fez da vida de todos um inferno. Eu, por algum motivo, quis ficar ao lado dela, sempre que me pedia eu estava lá, levava ao hospital, levava presente, escrevia bilhetes carinhosos, me predispunha a estar sempre próximo, convivia e me tornei mega amigo do filho dela de 3 anos na época (eu adoro crianças). Durante esses meses já comecei a me sentir deprimido: queria a mulher a meu lado, fazia tudo por ela, ela dizia me amar constantemente, para espera-la que tudo logo estaria normal e ela viria para os meu braços e viveriamos uma vida de sonho e isso me prendia a ela, pois já estava completamente apaixonado por ela. Nesse meio tempo foi o aniversário dela, levei um bolo surpresa na casa da mãe, ela brigou comigo que ue estava muito pegajoso, depois mandava mensagem falando que me amava loucamente, que estava muito doente e por isso agia assim comigo etc etc. Conversei muito com a mãe nesses meses e com o irmão que se tornou muito meu amigo e o admiro muito, tanto profissionalmente como com a familia que construiu. Ele por algumas vezes me dizia que não se espantava com isso e que era normal dela e que logo ficaria boa, mas depois cairia de novo. Ou seja, deixou claro que ela vivia altos e baixos constantes na vida.
    Depois que isso passou (por volta de junho de 2013) começamos a namorar oficialmente e fo io dia mais feliz que eu poderia ter. Ela também super feliz mas para minha surpresa as coisas nunca foram tão maravilhosas. O amor que eu sentia por ela e sinto, ainda é muito intenso e já era na época e com certeza o dela também mas para mim foi tudo muito novo como ela lidava com esse amor. a minha família já me questionava porque eu “aguentei ” 6 meses de altos e baixos por uma simples cirurgia. O namoro começou e ela começou a desconfiar que eu estava no trabalho, me questionava porque estava on line no facebook, me ligou 3 vezes no fixo no meu escritorio para saber se eu estava lá (detalhe: nunca fui santo, mas como AMO essa mulher loucamente JAMAIS a trai). Saia do trabalho e ia para a academia com ela e depois para a casa dela direto. Moramos muito perto então praticamente passei a morar na casa dela. Nesse periodo, ela nao incentivava o pai a ficar com o filho nem nos finais de semana e durante 1 ano eu não soube o que era sequer um dia apenas com minha namorada, nem mesmo dormir sozinho com ela. Sempre com o filho nos finais de semana, sempre com ele no meio na cama e eu jamais questionando. Ao mesmo tempo ela me martelando que eu nao estava no trabalho, não estava na academia, não estava em reuniões etc. Fui entrando em colapso emocional, ficando com medo da minha sombra, medo de falar alguma coisa e ela estourar e não acreditar. Para mim é desesperador alguém duvidar de algo que não estou mentindo. Com isso, virei um viciado e um maníaco em me justificar a todo e qualquer passo que eu dava na minha vida e fui me tornando como ela, pois não sabia que tipo de vida era aquela, mas comecei a questionar se eu que estava errado. Certa vez liguei pra ela da minha casa voltando da academia e ela duvidou que eu estava em casa porque ouviu um cachorro latir e falou que nem eu nem os vizinhos tinhamos cachorro. Meu deus, meu vizinho tem sim, mas com 37 anos de idade, sendo mãe, divorciada, isso é um topico de conversa? não dá para conversar como foi nosso? comecei a questionar e falar que o pai teria que ter os finais de semana alternados com o filho, termos mais tempo eu e ela e ela, acima de tudo ocupar a cabeça com algo importante sem ser academia e facebook. Temos uma condição privilegiada de vida, portanto a parte financeira não era um ponto em questão dela não trabalhar.
    Incentivei a trabalhar pra ocupar a cabeça, ajudar uma ONG (eu faço trabalhos voluntários também), fazer um curso de algo que goste ou qualquer coisa do tipo, porque passar o dia me questionando se eu estava ou não no trabalho estava se tornando insuportável.
    Nesse meio tempo fiquei muito próximo da babá dela que está com ela há anos e aos poucos foi me contando que já houveram episódios muito complicados com relacionamentos passados. Que o ex marido foi embora porque depois de 5 anos não aguentou mais ela desconfiar de tudo, teve um noivo antes que fez tatuagem em nome do cara e não tinha tirado até então (ficou casada por 5 anos e nada), que já mandou o ex marido embora de casa jogando telefone na parede, questionava a rotina do ex etc…comecei a ver que o comportamento era muito diferente do que ue estava acostumado mas eu, completamente apaixonado por ela achava que iria melhorar, que comigo seria diferente, que era o começo que ela tinha ciumes e desconfiança etc. Nisso, o irmão com o tempo começou a falar que se fosse eu iria embora, pois aquilo não era vida, apesar de amar muito a irmã. A mãe, em diversas ocasiões e conversas comigo que eu a procurava para pedir opinião, sempre estava ao meu lado compartilhando da mesma opinião.
    Comecei a ver que ela tinha brigas constantes com a família, tinha poucas amigas e as que tinha já haviam passado por episódios de rompimentos, dificuldades de relacionamento. Para quem a conhece de primeira, ela é extremamente simpática, linda, extrovertida, todos a adoram, mas no dia a dia, realmente eu comecei a me tornar depressivo, com medo da minha sombra, minha família que sempre EXTREMAMENTE proximos e amigos, começou a me falar qeu nao mais me reconhecia, que andava irritado, nervoso, dando respostas agressivas, não mais sorria. Meus amigos não mais me chamavam para eventos.
    Certa vez, ela quis me agradar e chamou meus amigos para um jantar na casa dela. No meio do jantar, cismou que eu tinha ficado na sala da casa dela, enquanto ela ia ao banheiro com uma amiga minha de muitos anos e que ela já conhecia também. MEU DEUS DO CEU!! aquilo para mim foi uma coisa de louco. Eu ficava indignado, como ela poderia achar aquilo? como poderia um ser humano fazer aquilo? como ela poderia achar que aquilo era verdade? e eu estava realmente feliz que a pessoa que eu amo estava fazendo um evento para me deixar feliz e quando menos espero….ela faz isso! começaram as discussões porque eu, ansioso, não queria que ela achasse aquilo e fui mostrar que ela estava pensando de uma maneira insana e com isso as pessoas foram embora! que vergonha!
    O primeiro término foi depois de uma vez que não aguentei de mais uma cisma sem sentido algum. Terminamos e ficamos 3 meses sem nos ver, mesmo morando praticamente na mesma rua. Passados 3 meses voltamos e reatamos. Isso foi em julho. Em dezembro (obvio que foram meses de muitas discussões, desconfiança etc) ela descobriu que eu fiquei com uma menina que ela não gostava NAQUELES 3 MESES QUE FICAMOS SEPARADOS. Na verdade eu fiquei umas 4 vezes com ela, mas nos meses que nao estavamos juntos. Ela cismou que nao tinhamos terminado, que eu a trai, que jamais pedi para terminar mesmo ficando 3 meses sem nos ver, que ela estava arrumando tudo que ue pedi para ela arrumar nesse tempo (tirando a tatuagem do ex, pedindo pro pai ficar com o filho fds sim outro não, acostumar o filho a dormir no quarto dele para dormirmos juntos etc) e enquanto isso eu estava saindo com outra. Ai a coisa começou a ficar feia: começou ir atrás da outra (que pra minha surpresa era louca mas de outra maneira, dando bola e mandando foto minha com ela). Ambas passaram a se falar rotineiramente, ela pegou essas fotos e postou no mural do face dela dizendo que era corno, que eu era um fdp traidor, canalha etc. Colocou uma foto minha e da fulana que fiquei 4 vezes no whatsapp dela, ou seja, qualquer pessoa que falasse com ela me veria com uma fulana X.
    Quis que nos encontrassemos os 3, queria o endereço da outra a qualquer custo. Ela foi de férias para o exterior com a familia e na volta continuamos tentando, mesmo ela falando que jamais esqueceria minha “TRAIÇÃO”, fato que jamais considerei uma traição. Conversei com a mae dela, com o irmão, com a familia inteira, me desculpei mesmo não achando traição e todos concordaram comigo mas ela simplesmente nao deixava passar, mas também não queria terminar. Até que um dia, não aguentei. Falei que ou ela esquecia que essa fulana existia (eu quando voltei com minha ex JAMAIS falei com essa menina que fiquei 4 vezes) ou nosso relacionamento não andaria. Obviamente ela não esqueceu e eu terminei.
    Isso já estou falando agora de 2015, por volta de março. Ela me procura a cada 15 dias e eu sempre fico mal, ora cedo e vou ve-la, ora não cedo e ela estoura comigo.
    Ela sempre disse que eu convenço a familia dela a ser contra ela, a não apoiar as atitudes dela, que eu tenho poder de persuasão enorme e por isso ela briga com a familia tantas vezes, sendo sempre culpa MINHA. Ela realmente acha que ue sou capaz de convencer a mãe e o irmão de alguma coisa sobre a personalidade dela, sendo a mae uma mulher inteligente, culta de mais de 60 anos e o irmão também super culto e bem sucedido, pai de familia de mais de 40 anos. Como eu, com 33 anos, conhecendo eles há dois anos convencerei a familia a ser contra ela? porque eu faria isso?eu a AMO loucamente. Ela não consegue ver que todos somos contra ela ter parado de trabalhar, ela ser tão irritada, ela brigar com todos a sua volta a troco de nada. Qualquer cidadão “normal” é contra isso!!Mas ela acha que temos um complô contra ela.
    Claro que nesse meio tempo me tornei obsessivo como ela, falo coisas pesadas a ela também, já tive vontade de sumir, de xingar ela de tudo que é nome mas me controle. Já tive, infelizmente vontade de agredi-la em uma das CISMAS NEURÓTICAS dela, mas como sou muito da paz, jamais briguei com um homem, seria incapaz de fazer isso mas confesso que vontade não me faltou. Muito triste, muito triste.
    Amo essa mulher desesperadamente, ao menos acho que amo. Quando a vejo meu coração bate forte, minha mão sua…porém todas as vezes que ela pede pra voltar eu tenho o minimo de racionalidade e penso que tenho muito MEDO de voltar àquela vida. Vi que voltei a conviver com ela nas duas ultimas semanas e já me tornei ansioso de novo, com medo, cara fechada, agressivo nas palavras etc. Claro que em duas semanas, as brigas voltaram e já me separei de novo, mesmo sem ter voltado oficialmente. Ela me acusou de complô com a mãe e o irmão, que brigou com a familia novamente por minha culpa e que a vida vai me encarregar de pagar por isso pois sou doente, desequilibrado, infantil e quero o mal dela a todo custo.
    Me doi demais porque fiz e faço tudo por essa mulher, mesmo tendo erros e me tornado como ela: desconfiado, ciumento, bravo etc. Fiz tudo por ela, pelo filho, entendi o primeiro ano da suposta “doença” da cirurgia….isso é uma dor de fracasso muito grande!! queria muito uma vida com ela, mas minha vida realmente tem uma qualidade melhor quando estamos longe: volto a ver todos os amigos, sair juntos, dou mais risada, meu trabalho flui melhor, ,minha relação com minha familia é otima etc.Apesar da dor da saudades e falta dela (não sei exatamente de quais momentos porque os de briga superam os momentos de paz sem duvida) a paz interior que sinto é muito maior. Mas me sinto extremamente culpado em bloquear ela no face, whatsapp, no meu telefone (sendo que ela já fez isso comigo diversas vezes nos ataques de fúria). Eu não consigo ser forte se ela me procura, não consigo ceder, não consigo ficar longe mas não quero mais essa vida para mim! quero voltar a ser quem sempre fui, alegre, pra cima, rodeado de amigos e sorridente e infelizmente eu e ela juntos, não conseguimos isso.
    O grande medo que tenho é que nunca sei o que ela vai gostar e com isso vivo constantemente com medo. Um dia ela pode adorar eu encontrar meus amigos, no outro ela pode achar meus amigos uns fdp e não gostar nada que vou encontra-los, portanto nunca sei como me comportar, não sei quem encontrarei no próximo minuto a meu lado e isso é uma INSEGURANÇA muito grande!!! vivo no meu limite com isso, minha ansiedade via a mil. as vezes quero partilhar algo do trabalho, de amigos mas tenho medo que ela vá ficar irritada e prefiro ficar quieto, portanto não há companheirismo. Muitas vezes ela faz coisas que eu quero, que eu gosto para me agradar mas sinto que é muito obrigação e a paz dura poucos segundos, porque logo ela coloca em xeque quem me rodeia, os tipos de programas que eu gosto, que são infantis, ou babaca etc.
    Enfim, poderiam me ajudar? vcs se encontram ao ler meu depoimento? acham que é border? estou certo que não mais voltarei com ela, tenho que ser firme, mas meu coração ainda dói demais….
    Obrigado.

    1. Meu amigo, seu relato foi ótimo.

      Posso lhe dizer que eu e mais uma penca de gente deste site vivemos os mesmos momentos que voce, sim eu vivia me justificando também, vivia com medo de ela não acreditar e simplesmente me ‘castigar’ com isso como fez em vários momentos. Exatamente igual o que você viveu…

      É complicado meu amigo, pelo que vi no seu relato, parece que sua situação é recente pela sua baixa auto estima, sei exatamente o que está passando….

      Também perdi meus amigos, perdi minha identidade, eu não sabia mais quem eu era e o que eu fazia antes de entrar nessa paranoia.

      eu estou longe da encrenca a pouco mais de 3 meses e posso te dizer que voce tem duas opções….

      É Incrível como ficamos igual eles né ?

      Estou dando dicas que EU FIZ.

      1ª – Por mais que voce seja proximo da familia dela, se afaste de tudo e de todos que te lembrem ela, apague fotos e esquema esses momentos, vai doer ? VAI, voce se dedicou imensamente a essa pessoa e ela não vê um pingo de reconhecimento pra vc, desligue-se de tudo que lembre dela, faça um esporte, faça algo que goste, se aproxime dos amigos e familia (no começo voce pensa “queria estar com ela agora, ao invez de estar aqui sem fazer nada”) , coisas deste tipo vao circular na sua cabeça, mas mantenha-se forte, segure as recaidas, leia bastante, abra espaço pra pessoas novas….Basta voce perceber que ela é louca que sua paixão vai acabar da noite pro dia. Digo por mim. Voce se mantendo afastado pra valer, vai começar a desintoxicar dessa relação que te transformou num fantoche, e ai você vai voltar a tomar suas proprias decidoes. vai lembrar quem você era, e do que gostava, vai se reconstruir devagarinho…. isso tudo acontece e voce nem percebe, é bem pouco tempo…mas voce precisa ESQUECER que aquilo existe.
      Eu voltei jogar meu ‘videogame’ me envolvi com pessoas novas, voltei a me aproximar dos meus amigos e inclusive expliquei a situação na qual passei, eles entenderam e foram essenciais pra me desligar dessa vida….

      2ª – Voce ignora a primeira e vive essa vida onde vai ser sugado até o momento que não vai querer nem levantar da cama de medo que ela desconfie que voce vá trair ela, eu estava numa situação aonde procurava psiquiatras escondido da minha ex border porque eu nao sabia o que estava acontecendo cmg, rendimento no trabalho, expectativas, prioridades, tudo isso desapareceu, nada mais tinha sentido, eu nao tomava uma decisão sem pedir para ela, nao podia fazer academia, usar perfume, ela me fez tirar uma corrente de prata do pescoço e ai vai, porque eu não podia nada sem autorização e o mais incrivel que eu me sujeitava a isso.

      Você ainda está vivendo a faze aonde o border te SUGA, apenas está sugando, e se continuar se sujeitando a isso, você vai virar um objeto sem valor nenhum para ninguém e o border vai começar a pior faze, que é de te prejudicar…eu cheguei nesta fase.

      De um tempo para se recompor e resgatar seus valores meu amigo, em 1 mês BEM LONGE disso, Você vai perceber que não é tão difícil quanto parece, basta ser um pouco egoísta e SUMIR.
      Quando isso acontecer, você vai ver que pessoas normais vão se aproximar de você, e logo vai estar convicto de que isso é algo insano que viveu.

      Faça o que eu te disse e vai perceber que a vida ainda é bela.

    2. Caro MM:

      Um comentário feito por colega que sempre está ativa nesse canal a F.R.:

      “O segredo de sair de vez de uma relação tóxica com um border é conseguir perceber que enquanto estiver com essa pessoa estará morrendo aos poucos tendo sua vida e tempo consumidos por alguém que possui um vazio existencial tão grande que precisa dessa sua energia. Energia essa que você pode usar construindo coisas boas, cuidando de si e daqueles que merecem. Já repararam quanto tempo perdermos em brigas e discussões sem finalidade com os borderlines? Tempo demais! Espero conseguir me prender a isso e ficar bem longe da minha ex-borderline dessa vez. Espero ter força.”

      USE O DE CIMA COMO SE FOSSE UM VERDADEIRO MANTRA. O DE BAIXO CREIO QUE SEJA DA SABEDORIA POPULAR.

      “Não tem sentimento mais triste do que ver a pessoa te provando que ela é tudo que os outros sempre te alertaram, enquanto você a defendia.”

      E acredite MM eu sofri tanto quanto você, mas tenho tentado me desintoxicar.
      Imagine você tendo um filho com essa maluca, oque a minha sempre exigia, pois eu tenho uma filha de oito anos (a maluca rivaliza até com ela por ciúmes), depois me falava que sempre a tratou bem! Mas quando a pomba gira baixava, foda-se quem estiver por perto, pai, mãe, crianças a PQP ela surtava e depois vinha pedindo desculpas.
      Uma vez viajei em férias para o RJ ficamos num flat da hora em Copacabana e faltou eu sair de lá algemado.
      E outras inúmeras vezes, às vezes eu ficava questionando que não era possível ela não ter tomado uns tabefes na orelha de outros caras, ou ela tinha muita sorte.

  16. samurai ,sera que vc pode me explicar a reação de minha ex border que esta em São paulo vive me mandado whatapp para saber do filho mas não telefona e quando liga fala pouco com o filho e pede para falar comigo as vezes e cordial sempre falando que fui eu que quis se separar mas na verdade ela que foi embora . na segunda feira passada o meu tel com o zap quebrou , mandei um e-mail informando que ia ficar um tempo sem zap mas que o tel funciona ,ela entrou em disispero dizendo que eu estava impedindo de falar com o filho me xingou disse que ia me matar que ia me prejudicar de todo jeito isso por e-mail . ligou para meu ex sogro e disse que estava saindo para se matar porque tinha conversado comigo ,para exsogra a mesma coisa e ambos me ligaram e que ela tinha passado mal e estava sendo internada por minha culpa por ter conversado com ela o que não foi verdade eu so mandei o e-mail . A pergunta que te faço, ela ja esta morando com outro cuidador e porque ainda descarrega toda essa raiva em mim ela quando foi embora me esculhambou e disse que nuca me amou que não tinha química e o cassete mais uma pessoa normal no minimo eu ia ser indiferente para ela e ser agradecida por eu esta cuidando de nosso filho. Esse comportamento agrecivo por que é canalizado para mim.

    1. Nicolai, ao que me parece, pelos seus relatos, ela usa o filho como porta de comunicação com vc. Pelo menos, de todas borders que conheci sempre usam desse artifício, elas tentam de todo jeito abrir um canal de comunicação. Vai testando vários modos, como xingar, dizer palavras carinhosas, ou até mesmo arranjar brigas, para ver se a pessoa responde. Se responder, não importa o motivo, ela usará isso para se comunicar, é o meio que elas entendem como porta de entrada. Nesse caso, ela usa o filho como forma de puxar assunto com vc.
      Isso acontece porque borders morrem de medo de se sentirem sozinhas, elas preferem que haja alguém que as odeie a estarem totalmente sozinhas. Na cabeça dela, a porta de entrada para conversar com vc é o filho e ela usa isso como meio de obter a sua atenção. No fundo, as borders se relacionam com várias pessoas, faz uma eleição de cuidadores, os que não são manipuláveis, elas descartam. Como têm medo da solidão, elas sempre vão sair de uma relação para testar novas pessoas que entram como possíveis cuidadores. Mas os que são bons cuidadores e atenciosos, elas tendem a manter por perto como um plano B, ou seja, se não der certo a relação com A, tenho a chance de voltar com B, se não der certo com B, voltarei com C. Então, parece-me que ela vc como satélite. Se vc um dia disser para ela voltar e tentar de novo, é grande a chance dela retornar, pois no fundo, ela quer isso, apenas não diz pq senão não sairá por cima na relação, pq como borders não tem autoconfiança, elas têm necessidade de que a outra parte se humilhe para ao mesmo tempo elevar a confiança e a autoestima dela.
      Agora, qto esse negócio de jogar a culpa de coisas que ela mesma faz, isso é um mecanismo de projeção, o mecanismo de projeção funciona da seguinte forma: A pessoa pensa ou toma uma atitude que na sua concepção é repugnante, é inaceitável, mas como ela mesma pensou ou tomou essa atitude que causa nojo, então, ela tira essa responsabilidade dela e joga no outro, afinal de contas, é muito mais cômodo jogar a culpa das coisas nos outros, assim, ela tenta se autoenganar, para não sentir culpa dela mesma. É uma forma de negação dessas atitudes e erros que ela tomou, como isso a atormenta a todo momento, então, a todo momento ela tentará enganar seu inconsciente, negando a própria culpa.

      É a mesma coisa, por exemplo, como uma mulher se aproxima de um cara por causa do dinheiro, isso causa repulsa nela, e a primeira coisa que geralmente mulheres assim falam para as pessoas é: Olha, eu não estou com ele por causa de dinheiro. Isso é uma forma de tentar enganar o inconsciente, porque no fundo a pessoa sabe que aquela atitude que ela tomou é repugnante.

  17. Boa noite a todos

    Gostaria de enfatizar a importância desse fórum sobre bordelines, pois retrata fielmente o que, de fato, acorre na realidade de quem se relaciona com pessoas portadora desse terrível transtorno. (até então só tinha encontrado site falando sobre “conviver” com um borderline, e nunca de pessoas que foram, são ou serão suas vítimas)

    E para engrossar a fileira, gostaria de também colocar meu relato sobre o que é viver com uma pessoa assim, na esperança de ajudar outras pessoas que, assim como eu, sofreram até encontrar esse porto seguro, no meio de tanta desinformação à respeito do tema.

    Tive uma relação com uma garota por 4 anos, sendo um de namoro e 3 de casamento.

    Quando a conheci, de início verifiquei que a mesma tinha um temperamento agressivo, irritadiça, e oscilava bastante o humor, uma hora bem, outra hora mal-humorada.. ainda no namoro presenciei a mesma tratando a mãe de forma muito hostil, pois ao ser questionada sobre um assunto pela mãe, a mesma arremessou em cima de sua genitora uma bacia cheia de pães… fiquei horrorizado com tal cena, decidi terminar… ela, dizendo-se muito nervosa, tentou me demover da ideia, afirmando ser por conta da TPM, coisa e tal… engoli..

    Casamento marcado, nos seis meses anteriores ao matrimônio, ocorreram novas brigas, das quais cheguei a terminar o “noivado”, porém, devido aos apelos, terminei voltando..

    Casamento realizado, e os problemas só agravaram, a mulher vivia de mal-humor constante! Uma hora estava bem, brincando dentro de casa de “pega-pega” igual a criança… por qualquer besteira, ai a brincadeira era outra, era “o bixo pegava”…

    As variações de humor era tão constantes, que comecei a achar q não era só TPM, olhei a net, e cheguei a conclusão de que era “distimia” (problema de humor), ledo engano, mal sabia que era coisa mais grave…

    Certa vez, já não a agüentando mais, depois de constantes “barracos” no apartamento (borderlines são barraqueiros!), levei-a de volta para a casa dos pais, deixei-a lá, e mandei suas coisas em uma mudança, já que ela era de uma cidade diferente da minha… Após muito choramingo da parte dela, dizendo que ia mudar, que não vivia sem mim, resolvi voltar… pra meu azar…

    Após essa volta, minha família já estava pé-atrás comigo, muito amigos se afastaram… e após dois meses de “boa convivência”… eis que a “máscara” cai, e a dita cuja volta a ter as mesmas variações de humor por banalidades… Ex.: Estava atrasado para ir ao trabalho e tinha que deixá-la antes na faculdade, então eu dizia: Fulana, termine logo de pentear o cabelo, pois não posso me atrasar… pronto! Era o fim do mundo! Já vinha com gritos…

    Nisso que, um certo dia, eu já não estava mais aguentando tanta variação de humor (2 anos de casamento e um de namoro), em uma ida ao supermercado, ela do nada ficou emburrada… “do nada mesmo”, cheguei em casa e disse que não mais queria… essa mulher partiu para cima de mim, desesperada para que eu não a deixasse, querendo me dar beijos, todavia eu já convicto da minha decisão disse que não queria, ela trancou a porta do quarto (com nós dentro) e não me deixava sair, nessa altura já estava pedindo ajuda dos vizinhos (para não ter que cometer alguma violência – Lei Maria da Penha), após meia hora ela abriu a porta e eu sai, todo arranhando… quando estava abrindo a porta do apartamento, senti um forte pancada no meu olho que de tão intensa eu cai no chão… ela tinha dado um sôco no meu olho, de forma covarde, pelas costas…

    Resultado, os vizinhos vieram, me socorreram, pediram para ambos (eu e ela se acalmarem), fui fazer BO no outro dia, IML, resultado, quase eu perdia a visão do meu olho, tive q fazer cirurgia, pois o soco descolou o vítreo do olho, e quase rasgava minha retina…

    A mesma, nessa noite, pegou alguns objetos de valor do apartamento, dentre eles documento de carro, moto, apartamento, um dos meus cartões de crédito.. e foi embora para a casa dos pais..

    Dei entrada na ação de divórcio, a borderline ainda quis pensão na justiça para se “vingar” de mim.. e, pasmem, após um período, ela ligou para mim, “choramingando” e eu voltei….

    Neste ponto TODO mundo deu as costas para mim, família, amigos, irmão… coloquei a borderline em casa novamente, passei um ano sem falar com ninguém… (incrível o poder de manipulação que eles têm)..

    E o ciclo relatado acima se repetiu… no início, toda boazinha, coloca você no alto, depois, com a estabilização, voltava a se comportar da mesma forma, mal-humor, egoísmo, agressividade (importante frisar isso), pois, quando não são atendidos nos seus caprichos, dão socos, tapas..

    Enfim, nessa última volta, a mesma chegou a dar um sôco na minha barriga por eu estar vendo a TV e coincidentemente estar passando o pânico, com as “paniquetes”, ela ficou com ciúmes foi para o quarto emburrar, eu fui perguntar o porque… e levei um sôco na boca do estômago…

    Após dias brigado, voltei a falar com ela, a mesma ficou uma seda, no entanto as brigas eram constantes, sempre pelo mesmo motivo: mal-humor repentino, egoísmo, autoritarismo (importante mencionar que os borderlines sempre querem estar no controle! Eles mandam, você obedece!)

    Por fim, um dia porque cheguei em casa mais tarde, pois havia ido fazer uma caminhada com um colega de trabalho, fui recebido com xingamentos e, pra minha surpresa, ou não, ela me deu um tapa no braço que ficou a marca dos cinco dedos… perdi a cabeça, disse que dali em diante não a queria mais, enfim, pedi para ela sair de casa e voltar para a cãsa dos pais (em outra cidade)… sai de casa por dois dias, quando retornei, ela tinha levado TV, máquina de lavar e outros objetos…

    Seis meses após a separação, ela me procurar pelo whatss, enviando fotos de lingerie, e nisso, pasmem, a gente ainda sente amor por uma pessoas dessas, e ainda cai na besteira de sair com ela novamente, minha família quando soube ficou chocada, e pensando neles, resolvi não insistir… e quando disse q não mais queria, ela ficou furiosa! Dizendo que ia sair com o advogado dono do escritório no qual estava estagiando, e com outros homens “ricos”…

    Hoje consegui fazer um divórcio “consensual” com a mesma, depois de muita peleja e de ter que desembolsar uma certa grana…. (extorsão)

    Bom, desculpe-me esse grande relato, mas creio que muitos vão se identificar com isso que escrevi… inclusive, me sinto “mal” por ter “abandonado” ela… nesses meus 33 anos, nunca havia precisado de ir a psicólogo, e hoje me vejo nessa situação, conversei com psiquiatra também, e ambos (o psicólogo e o psiquiatra) e aconselharam o seguinte: “Meu amigo, se eu fosse você eu caía fora o quanto antes…”, bom pra quem é bom entendedor, meia-palavra basta…

    Nesse período percebi algumas curiosidades nessa minha ex-borderline:

    1o) O pai dela é muito agressivo e estourado, o irmão pequeno é irritadiço, a irmã mais velha mal-humorada e egocêntrica, tem uma tia (irmã do pai) que toma remédio controlado, tem uma prima e um primo (filhos do irmão gêmeo do pai) que tomam remédio controlado, sendo que a prima tem esse mesmo perfil borderline… (enfim, acho esse transtorno tem muito mais a ver com genética do que de criação)

    2º) Em certo momento te trata com um Deus vivo que desceu à terra, te trata bem demais, fala muito bem de você para as amigas, tipo “há meu marido é isso… meu marido faz aquilo…)… e quando ta de mal-humor ataca você em seus pontos fracos, principalmente no que diz respeito a sua masculinidade: Isso não é coisa de homem, “meu pai nunca faria isso”, o marido da minha amiga nunca faria isso que você faz..
    (nas crises tenta rebaixar sua auto-estima)

    3º) Ela me escolheu com cuidador, quando a conheci no barzinho, trocamos telefone, no entanto não liguei para ela, pois achei ela meio “esquisita”, mas, para minha surpresa, ela que tomou a iniciativa e ligou para mim, querendo sair… (eles quem escolhem a vítima)

    4º.) São egoístas ao extremo, só fazem o que eles gostam, na hora que querem, e quando querem… Se você tiver um hobby, gostar de fazer alguma coisa, que não for do gosto deles, pode ter certeza, nem eles vão com você e nem te deixaram ir só, irão colocar todos os empecilhos..

    5º) Pense bem antes de marcar uma viagem no final de semana, pois pode ser trágico, comigo já aconteceu de várias vezes logo ao sair de casa começar o mal-humor (do nada), e estragar a viagem de 2, 3… dias…

    6º) São extremamente carantes, querem você o tempo todo ao lado deles, seja “alisando suas costas” ou sendo obrigados a ficar com eles no banheiro enquanto tomam banho…

    7º) Nunca se arrependem do que fazer, levei o sôco no olho (descrito à cima) e nunca pediu desculpas, chegando ao ponto de manipular a realidade e dizer que não tinha dado soco nenhum, e você passa à acreditar q de fato ela não deu sôco (tática chamada de Gaslighting, procurem ler sobre isso).

    8.) Extremamente manipuladores, faz você sentir remorso por algo que não fez, e sim, fazem uso da projeção, que consiste em atribuir más características que na verdade são deles, tipo: a borderline diz para o seu cuidador… você é egoísta, é agressivo… (quando na verdade ela quem é assim).

    9) São extremamente vaidosos e materialistas, não tem sentimento para com os outros, tratam as pessoas com objeto… minha ex- chegava numa loja e nem olhava para a cara do vendedor, simplesmente, em tom arrogante, dizia: Ei, quanto é aquilo ali… Ei, pegue aquilo ali..,… (Importante característica nessa minha borderline, ela só usava frases comigo e com outras pessoas no imperativo: Pegue isso, Leve aquilo, Faça isso.. em tom de ordenação…)

    10) Era muito fria, nunca fazia carinhos, apenas queria recebe-los… outra, ela nunca conseguiu ter orgasmo (coisa q minhas exs tinham), fiz de tudo, mas NUNCA… tinha extremo nojo de certas coisas no sexo (sexo oral nela só com a língua no clitóris, se tentasse colocar a língua dentro, não deixava)…

    11º) Altamente desconfiada, quando mudávamos de prédio (devido à vergonha pelos barracos nos anteriores), ela já começava a falar mal de todos os porteiros, para ela era 8 ou 80, ou ninguém prestava (a maioria das pessoas), ou eram as melhores pessoas do mundo (algumas amigas fúteis que ela tinha)

    Enfim, poderia enumerar mais coisas, porém, para esse scrap não ficar grande demais, e cansar a leitura de vocês, encerro por aqui…

    Todavia, digo que é muito difícil deixar um borderline, pois vc tem que abandoná-lo ainda amando-o, é como cortar a própria carne, você sofre (e as pessoas de fora não entendem, pois como você não consegue deixar alguém que te faz sofrer tanto?)… ainda hoje me pergunto sobre isso, mas confesso que não tenho respostas, e mais, as vezes sinto que nunca serei o cara feliz, simpático, gente boa que fui um dia, pois me tornei um cara medroso, apático, sem objetivos de vida, mal-humorado (acho q é contagioso), e sem nenhum pingo de auto-estima….

    O que ainda me fortalece é minha família que tenta me dar conselhos, mas parece que não surte muito efeito, e a atividade física (essa sim, logo após, me dá um ânimo), contudo o efeito é breve, pois tem dias que tenho umas recaídas… Porém, uma coisa que me fortaleceu muito foi esse fórum, ao ouvir pessoa que passam essa mesma situação que vivenciou, vejo que não estou sozinho, que o problema não é comigo, e sim com ela!!!

    Bom, caso eu lembre de mais alguma fato dessa minha experiência terrível, eu passo aqui para compartilhar…

    Ao fim, posso fazer uma afirmação para quem conviveu, convive ou pretende conviver com um borderline: É igual transar com um aidético sem camisinha, você pode ir, vai ter prazer, no entanto vai se contaminar (metalmente) por um “vírus” desconhecido e que deixará danos e traumas permanentes em você…. pode apostar, você não será o mesmo, e para a pior!!!!

    Previna-se! Não se relacione com um borderline!
    Eu quase perdi minha visão por um ato egocêntrico e agressivo de uma, até hoje não enxergo direito!

    crises de mal-humor

    1. Danilo, isso de vc ficar pra baixo vai passar e vc voltará a ser como antes de conhecê-la. Tem que dar tempo ao tempo. Passei por isso num namoro e terminei umas 4 vezes sendo umas duas de mais de 3 meses e sempre voltava.Prometem o mundo e em 2 semanas o caos retorna. Na minha penúltima separação já estava indo embora quando ela me pescou de novo. 3 meses longe e cai no conto do vigário novamente. Após uma viagem de 7 dias pelo aniversário dela, tive a certeza de que tinha que pular fora definitivamente. Cheguei a acalmá-la numa perda de controle num restaurante. Segurei a mão dela e pedi que se acalmasse pois eu não estava dizendo nada de ruim pra ela. Fui , como dizem aqui, o cuidador. Mas ali, saquei que aquela loucura não acabaria nunca. Não se jogue pra baixo . Dê um tempo que tudo volta ao normal. Acabei de ler uma que é muito boa e se encaixa aqui: “Os loucos ás vezes se curam, os imbecis nunca” Oscar Wilde. Não tenha remorso algum e lembre-se que essa figura é, infelizmente, uma imbecil maluca que fará de tudo para de jogar pra baixo. Melhoras ..

    2. Cara…creio que após ter encontrado esse canal, oque posso concluir é que por mais apaixonado que estejamos, a melhor alternativa é realmente desaparecer da vida dessas criaturas, pois elas sempre são e serão as eternas vítimas. A minha tinha total potencial para fazer um homem se sentir o cara! Mas duvido que qualquer ser humano em sã consciência consiga conviver com esse tipo de gente por muito tempo. E você Danilo, agradeça por não ter engravidado essa mulher. Eu sou pai separado, e uma coisa que me preocupava era justamente o convívio da minha filha com uma mulher dessas! Porque esse tipo de pessoa não pensa nem 0,0001 % em se preocupar para “baixar a pomba-gira”, daí ferrou…minha filha, outras crianças, vizinhos, parentes o papa já ouviu tudo quanto é insanidade por parte da mesma. Por ser pai separado e me “culpabilizar” pela falência do meu relacionamento com a mãe dela, no dito popular não ter ultrapassado uma fase ruim e não ter se separado, vi muitas vezes minha filha sofrer com a situação. Hoje ela com oito anos fala que eu não posso casar com ninguém, a mãe dela já está no 3º casamento (normal), mas eu não posso. Imagina o quanto minha filha sofreria com o mínimo de contato com uma border? E se eu tivesse um filho com a maluca? O pior que a gente se apaixona de uma forma que não vê ou não quer ver a merda que fazemos ao insistirmos em manter contato com uma border.
      Ela tem todas as prerrogativas que um homem normal adoraria encontrar, não vou aqui entrar em detalhes, mas a relação custoXbenefício é muito desproporcional, é tal como o exemplo que você citou de transar com um(a) parceira(o) HIV positivo sem preservativo.
      Talvez essa parte boa delas que fazem a gente ainda cair como um pato, mas eu cheguei num determinado ponto da minha vida que chego a preferir a solidão do que estar sujeito a esse tipo de relacionamento doentio.

    3. Olá Danilo a quantas andam a vossa recuperação, te incomodo escrevendo, pois estranho que já tem bastante tempo que ninguém se manifesta nesse canal? Será que está com problemas na página? Bom qq coisa manda um e-mail: sergiopsicuniad@bol.com.br. Tua história rica em detalhes mostra fielmente o universo border, e eu às vezes ficava buscando diagnóstico do diagnóstico, mas o certo é que na prática nem psiquiatra e tampouco psicólogo tem bala na agulha pra essas borders. Como vc me sinto um verdadeiro sequelado, que mesmo tendo se ferrado tanto, ainda sim sofre com o afastamento da maluca.

    • Daiana Fernandes em 07/18/2015 às 18:27
    • Responder

    Preciso de ajuda to vivendo um inferno com uma namorada que está me enlouquecendo se alguém tiver whatsap e puder pelo menos me ouvir (editado) Daiana Fernandes

    1. manda um e-mail neste aqui claudioandrade118@gmail.com

  18. Sera que tem alguem aqui que tenha uma ex mulher border com filho e esta separado a muito tempo. sera que com o tempo elas te esquecem e não mais te ve como inimigo e se foca em outro e te ve como poi de seu filho e respeita essa qualidade . Já que eu e que estou criando e ela não da nem um centavo para o filho.

    1. Nicolai, honestamente, o pai do meu filho é border, sempre foi tratado como bipolar, passou por depressivo, mas é border sim e dos mais maldosos. Eu simplesmente me afastei o que pude (já moravamos a 1.000 km de distancia), não tenho pena dele porque o cara não sente empatia e nem culpa (traço comum a todos os borders), mas procuro não afasta-lo do filho apesar de supervisionar as visitas já que nem a pensão alimenticia do menino (que é um doce) ele paga de boa vontade (uma mixaria que fiz mais por razão simbolica, já que ele detesta se sentir responsavel por qq coisa, MAS TEVE SIM QUE ENGOLIR ESSA RESPONSABILIDADE MESMO MÍNIMA) e se não faz de boa vontade ( e é claro, sabendo que o cara é loucao de camisa de força) prefiro não arriscar deixar a criança sozinha com ele (essa supervisão me custa caríssimo, pq uma vez por ano ele vem e fico prostrada feito um vaso)…mas é aí que quero chegar. Ela deveria pagar pensão para o filho de ambos , isso é uma obrigação do genitor ou genitora. Ocorre que no seu caso temos um impasse que confesso que vivi inicialmente (e se não fosse a distancia de 1.000 km eu não teria ido ao judiciário pleitear nada pra não arriscar ter um cara desses enchendo o meu saco e enlouquecendo o menino). O fato de pagar pensão gera um série de direitos e no caso da mãe o direito inclusive de reaver a guarda. Infelizmente a justiça por machismo absoluto faz vista grossa as pensões irrisórias que as crianças recebem e de igual forma faz vistas grossas a maternidades/paternidades toxicas também.
      Olha…li muito sobre o transtorno e posso te indicar um livro excelente chamado “Borderline uma outra normalidade” é de um professor da UFRJ(foi o ultimo que li sobre o assunto fechando um cliclo de 12 livros e trabalhos acadêmicos), lá tem um trecho que fala claramente sobre o borderline e a frustração. Eles cobiçam o objeto, se frustram, mas ao contrario das pessoas normais eles não desistem e uma hora quando estão sozinhos retornam a cobiçar, portanto não existe o ciclo desejo-frustração-desistencia e sim desejo-frustração-desejo. Eu não passo isso com o pai do meu filho pq não sou afeta a manipulações e cada vez que tinhamos uma conversa mais séria ele com raiva foi me eliminando e cortando a comunicação (eu mantive assim por sabedoria, “já que foi ele que quis”, na verdade achei ótimo), mas a ex mulher dele que vive na mesma cidade e tem um filho com ele também, sofre muito e vejo que inclusive se deixa arrastar pela loucura dele. Porque eles tem esse dom, como o transtorno remete a matriz mãe-infante, eles vivem como crianças da primeira infancia, manipulando. Aliás não sabem nem desconfiam oq ue é um relacionamento sem manipulação. O que pode ser toleravel na infancia é insuportavel num adulto.
      Fique sem zap um bom tempo, mude de e-mail…vá se distanciando e olha…entre na justiça pelas visitas e pensão…o mais provavel é que ela te odeie e se afaste (de vc e da criança) já que eles odeiam responsabilidades. É melhor vc fazer isso do que esperar que ela faça só pra te ver morrer de ulcera estomacal de medo dela pedir a guarda. Dê um foda-se a ela…mas de um jeito que pareça o contrario. E enfim seja vc e seu filho muito felizes porque existe sim felicidade para ambos.
      Tudo que escrevi parece facil, mas além de toda a literatura que li, faço terapia há 1 ano. Se não fosse isso estaria perdida.

  19. O texto é duro mas infelizmente é verdade. Posso estar sendo injusto mas com a que convivi é exatamente isso. Falta dizer que quando vc tenta sair da relação, ela para voltar aparece com a pior de todas que é o falso afeto, prometendo o mundo. Em um mês tudo volta ao caos anterior. Vivi por 4 anos entre idas e vindas e algumas vezes afastado por até 5 meses e sempre a mesma conversa quando da volta. Promete, diz que vai procurar um novo terapeuta, novos remédios e que a vida será diferente. Mentira e manipulação.
    Fazíamos viagens pra ver se ficava melhor e sempre dava um defeito no meio da viagem, seja por uma mensagem de uma amiga no facebook( ela invadia o meu facebook escondida), por um contato que queria ter com meus filhos, por uma ligação para o trabalho ou por algum programa que queria fazer diferente do planejado por ela.
    Ela tinha que ser o centro da atenção , narcisística e não me deixava dividir atenção nem com meus filhos.Extremamente ciumenta e acabou me afastando um pouco de minha filha. E o pior é que me submeti a isso. Mãe solteira ,a conheci quando sua filha tinha 9 meses. Aquilo me comoveu pois imaginei uma mulher independente e corajosa. Mal sabia eu o que me esperava. Me envolvi com a criança e me senti responsável por aquela loucura toda e sempre querendo preservar a criança das reações fortes da mãe. A criança foi fruto de um contrato feito com um americano que ela conheceu pela internet e após dois meses de um namorico, acabou ficando amiga e depois de 6 meses o convenceu a ter um filho com ela sem nenhuma obrigação de arcar com nada sob a alegação que já tinha 38 anos e o período fértil pra ter filhos estava próximo ao fim.Convenceu o cara e fez um contrato pois voltaria ao Brasil para ficar perto de seus pais.
    A conheci por uma namorada que era amiga dela.Nunca imaginei que estaria me envolvendo em algo tão maluco. Que caos. 4 anos entre idas e vindas. Descobri que ela tinha o TPB sozinho. Numa das separações, depois de uns 2,5 anos nessa confusão de vai e volta, anotei tudo que eu achava estranho e fui para o Google.Na primeira busca apareceu TPB. Fui a um terapeuta que me disse que poderia ser sim. Conversei com ela que me confirmou que era isso que tinha apesar de sempre alegar que era depressão e que aqueles remédios todos que tomava eram para esse fim. E eu acreditava até que ela admitiu ser portadora do TPB. Após isso, se arranhou e em uma das vezes que não quis dormir na casa dela, me ameaçou dizendo que se eu saísse ela arranharia o braço novamente. Mas eu fui embora e comecei a não mais ceder as chantagens emocionais apesar de já estar bem abalado.
    Toda vez que perguntava de outros namoros, ela desconversava até que essa minha ex-namorada que nos apresentou , me contou que todos os namoros acabaram de maneira caótica. Que tudo se repetia.Que ela era uma destruidora mesmo. Mal sabia eu , ou sabia e não acreditava que aquela pessoa fosse capaz de agir de maneira tão maléfica para com os demais e principalmente comigo que dizia amar loucamente. A verdade é que ela só é ruim com quem faz parte da vida íntima dela. Com os demais é uma simpatia, agradável e gentil Na intimidade é 20% ótima e 80% caótica.
    Esse texto acima é cruel mas ajuda pois quando pensei nessas coisas ruins, comecei a achar que eu que era ruim por pensar isso de alguém como sempre escutava dela. Mas o texto infelizmente é verdadeiro. A mãe dela chegou a me dizer por mais de uma vez que se eu achasse que ela não poderia ter uma relação , que ela compreenderia. Até a mãe me avisou!!!! E mais uma vez tentei sair fora. Após mais 4 meses separados, apareceu com um papo da nova terapeuta que eu exigi que procurasse.Disse que minha idéia foi muito boa e que eu tinha que ir até lá e que ajudaria muito pois ela me amava imensamente e não podia ficar sem mim. Lá fui eu de novo, caindo no mesmo conto pois gostava muito dela. Que m.. Mas por um lado bom, já estava mais firme de minhas convicções e cedendo bem menos as chantagens emocionais. Já estava começando a me recuperar pois não me importava tanto como antes em discordar apesar das reações que pudesse ter. Não dava tanta bola pra raiva dela, com as explosões e com os ataques de ciúmes. Na penúltima separação, a mãe dela chegou a me pedir para me afastar um pouco para que ela se recuperasse. Pirei achando que a mãe achava que eu que fazia mal pra filha dela mas não , a mãe sabia exatamente do que sua filha era capaz e hoje, vejo claramente, que ela sempre quis me avisar e me poupar por conhecer todo o histórico. Agora entendo a falta de paciência da mãe dela em alguns episódios que presenciei e não deixa de ser um conforto pra mim pois no fundo, a mãe dela estava me dizendo, – sai fora que isso é uma encrenca.Interpretei isso como o fato da mãe dela gostar de mim e querer me preservar dessa loucura toda.
    Outro ponto que foi bem determinante pra mim foi essa psicanalista, numa sessão que fui sozinho, me explicou detalhadamente sobre a patologia, sim é patológico, e quando perguntei se ela poderia ter uma relação normal a resposta dela foi sem firmeza nenhuma. Ali vi que o tratamento era pra livrar a Borderline de algo e que não estavam nem dando bola pra mim. O meu estado não importava em nada e ficou claro que o foco era ajustar a border sem saber como eu me sentia, se bem ou mal. Acabei desconfiando das intenções da profissional e procurei um terapeuta pra mim.
    Há dois dias , após 4 meses sem falar , já que a bloqueei do facebook, email, telefone e whatsapp , esbarrei com ela na rua e a escutei durante 10 minutos falando. E me disse que está namorando. Senti um baita alívio na hora e no dia seguinte bateu uma angústia horrorosa pois gosto dessa mulher. Passou mais um dia e felizmente, sinto um grande alívio pois agora ela tem um novo cuidador . Não me preocupo mais com as loucuras que pode fazer. Acho que finalmente vou conseguir apagar as péssimas memórias.
    Não dá pra salvar uma pessoa dessa se ela não procurar ajuda profissional. Tem que ter pelo menos duas sessões por semana com um terapeuta bom e que entenda do assunto pois certamente ela vai tentar manipular o terapeuta também.
    Me iludi completamente achando que poderia ” salvá-la” . Baita ilusão.
    Ainda estou meio abalado mas me recuperando muito bem e conclui que perdi 4 anos mas em compensação aprendi muita coisa que de alguma maneira vai me fazer bem.
    Ler os relatos que estão nessa página foi muito bom pois nem sabia que tinha tanta gente que viveu situações loucas como a que vivi. Muito legal

  20. Um outro aspecto que me lembrei é a de que, às vezes, o borderline vive episódios psicóticos com alternância entre o passado e o presente.

    Não sei se isso ocorre em todos borderlines, mas o fato é que minha ex vivia determinados surtos vivenciando episódios de terror, ou seja, com alguma frequência, de tempos em tempos, ela vivenciava traumas passados como se estivessem acontecendo neste exato momento.

    Por exemplo, ela ficava transtornada dizendo que os pais iriam se separar, que o pai havia trocado a mãe dela por outra mulher, chorava como se aquilo estivesse acontecendo agora, mas depois averiguando a vida dela, acabei descobrindo que o pai dela sequer morava com a mãe há muito tempo.

    Outras vezes, ela me ligava dizendo que o ex havia espancado, cortado os seu cabelos, que havia ameaçado de morte. Ligava literalmente em pânico, chorando, mas tenho sérias dúvidas de que esses episódios eram reais. Na minha opinião, não eram reais, ela se espancava, batia a cabeça, se cortava e dizia que era o ex, mas para mim, eram coisas que ela fazia nela mesma.

    Alguém mais passou por isso? Algum de vcs vivenciou a ex tendo essa atitudes? Vivenciando episódios que não aconteceram ou que aconteceram em um passado muito distante?

      • Fernanda Rangel em 07/17/2015 às 14:56
      • Responder

      É engraçado como a relação amorosa com a borderline tem um ciclo certo e previsível. Quem começa a se atentar percebe exatamente a duração de cada fase. Pelo o que vivi era mais ou menos assim:

      1ª) fase -> nessa fase quase nos esquecemos de que a border é uma verdadeira bomba-relógio prestes a explodir, pois na fase de paixão intensa está tudo ótimo. A paixão intensa pode ser fruto de um retorno da relação que estava rompida. O problema da border é querer que essa fase dure para sempre, assim se sentiria mais segura. Infelizmente ninguém consegue manter a fase de paixão intensa por muito tempo, isso é humanamente impossível. Nessa fase a border com sua visão infantilizada idealiza o parceiro, como se o outro fosse um príncipe encantado sem defeitos, que nasceu exatamente para fazer a linda princesa feliz para sempre;

      2ª) fase -> estabilização, nessa fase a relação tende a ficar mais serena, já que o coração explodiria se a paixão intensa continuasse, assim tudo deveria ficar mais calmo, sem extremos. Casais normais costumam ficar por bastante tempo nessa fase, em alguns momentos reacendem a paixão, depois voltam para cá. É aqui que há um estreitamento dos laços com amizade e cumplicidade cada vez maiores. Mas a border não aguenta a monotonia dessa fase. Precisam de estímulos a todo momento. Para elas é como se o parceiro não as amasse como antes. A insegurança da border começa a se mostrar mais intensa nessa fase. É o começo do inferno emocional.

      3ª) fase -> a insegurança da border cresce cada vez mais como uma bola de neve, já que a relação na visão dela está cada vez mais morna, sinal de que certamente o parceiro arrumou outra, a está traindo, ou no pior dos casos: não a ama mais como antes e vai abandoná-la. O príncipe virou um sapo dos mais feios. Agora começam os testes emocionais, as cobranças descabidas por provas de amor desrespeitosas, as manipulações e as intermináveis discussões por pequenas bobeiras. Uma dessas discussões toma proporções maiores do que deveria, porque o parceiro já está sem paciência, onde os dois se machucam, se acusam, e a border como sempre, se vitimiza. Como uma pobre vítima, a border surta, grita, xinga, acusa, humilha e claro…termina a relação sem nem um pingo de dó. O parceiro era um sem-vergonha que não valia nada. Ela espalha essa informação aos quatro cantos.

      4ª) fase -> depois de um tempo que varia de 2 semanas à alguns meses, quando o ex-parceiro estava começando a se reerguer, conseguindo sair do luto deixado pelo fim da relação, quem aparece? A ex-namorada borderline! Ela aparece radiante como se nada houvesse acontecido, como se não houvesse terminado abruptamente com o ex, como se não houvesse pintado a caveira dele a todos que conhecia. Na maior cara de pau diz que tem saudade, que ele é o amor da vida dela, que não vive sem, que está disposta a tentar de novo, que o quer de volta a qualquer custo. Se o cara for apaixonado, não vai pensar muito antes de voltar. Se for mais pé-no-chão vai colocar obstáculos, pois sabe que se voltar irá começar tudo de novo. Nessa fase a border se encontra sozinha, carente, está desesperada por atenção e vai fazer de tudo para reconquistar o ex-namorado. Afinal, para ela o importante é ter suas necessidades emocionais saciadas, custe o que custar. Aqui se precisar elas se humilham, fazem escândalos, vão na porta de sua casa, até conseguirem.

      5ª) fase -> A VOLTA – começa todo o ciclo novamente.

      No meu caso o ciclo durava um pouco mais de um mês. Eram umas duas semanas de separação, depois a volta. Quando as brigas eram mais graves e a border se sentia mais ofendida a separação durava um pouco mais, no máximo 2 meses, mas sempre voltava. E continua voltando. O melhor cuidador ganha um bilhete de loteria, e sempre que a border precisar de apoio vai procurá-lo.

      Para os borders que aparecem por aqui ás vezes para se defender, por favor se tratem. No mais, se lembrem que as histórias tem sempre dois lados. Esse é o lado de quem sofre se relacionando com um border, e temos direitos de dividir nossas histórias sem expor ninguém, e a nos apoiarmos.

      1. Com minha ex border ocorria todas as fases citadas a cima, porém com tempo maior, por exemplo o ciclo todo durava em torno de 3 meses. Realmente eu previa como as coisas iam acontecer.

        Outro aspecto que ocorria muito era quando havia algum acontecimento que a deixava muito feliz e empolgada, por exemplo uma vez estávamos viajando de férias em SC, na primeira noite no litoral, caminhando ela começou agir como uma criança, brincava e pulava, saia correndo de mim e queria que eu fosse brincar de pega pega com ela…. e mesmo eu entrando na brincadeira dela ou não, 10 minutos depois nós estávamos no maior quebra pau sem motivo algum.

        Também fazendo compras no mercado para a janta, ela estava me pedindo a um tempo para comprar uma garrafa de martíni, durante as compras , passamos pelas bebias e ela abraçou a garrafa de martíni, tratava como um filho, parecia uma criança, até o momento que falei que não ia levar o martíni. Brigamos uma semana por causa disso, ela queria inclusive terminar porque eu não era mais o mesmo….

        Hoje estou fazendo 3 meses afastado da encrenca, apesar de vê-la todo dia, sei que ela foi correndo pro ex namorado, acredito que só pra me ‘punir’ e me ver sofrer.

        Nunca vou entender como me sujeitei a tudo isso.

      2. Realmente a dura e crua conclusão que todos e todas chegaremos ao passarmos por tudo isso, tendo insistido em manter a mão na fogueira, é que infelizmente não dá para se conviver com uma border enquanto companheira/esposa/amante, não dá. As que insistem em nos atazanar é como a FR citou acima, nos sortearam porque em algum momento fomos sorteados como sendo bons cuidadores (apenas isto nada mais que isto).
        Eu já ouvi cada coisa, que ela suportava “n” coisas por mim, na semana que eu teria que passar o final de semana com minha filha era um inferno. Na semana seguinte sem filha por perto era igualmente um inferno, ou seja, queria exclusividade total e quando poderia usufruir disso optava por infernizar. Fora esse canal eu visitei: blog borderline girl onde a criadora do citado blog serviu de laboratório para série global e olha ela não defende nenhum border como coitadinho(a) não, dos que tive contato esse espaço aqui o blog dessa autora não alisa ninguém não. Também me inscrevi em comunidades do FALSIBOOK e oque pude observar e para mim oque foi a gota d´água e a verdadeira pá de cal foi justamente numa comunindade algumas borders que estavam em tratamento e tentando ajudar e incentivar as borders a buscarem tratamento ao mesmo tempo diziam que haviam passado por Amborder-UNIFESP e IPq da FMUSP mas mesmo assim estavam com sintomatologia indicativa de que minimamente a personalidade delas estava fragmentada. O máximo que pude observar é que a border que procura ajuda o avanço maior é quando elas resolvem se afastar da ideia de compromisso com alguém, ficam naquela fase de fossa. Daí vem a ideação suicida, algumas com a tal auto-mutilação, etc, etc.
        Conversei com uma colega psiquiatra que conhece a autora de livro sobre o tema (uma carioca), e oque pude compreender é que se a pessoa tem grana ela terá que fazer terapia 4 vezes por semana + consulta com psiquiatra a cada 15 ou mensal.
        Daí me faço a pergunta, e a minha border que não para em emprego, não estuda, e estatisticamente falando só irá amenizar um pouco a barra dela em algo em torno dos 35 anos?! Como vai ser?
        Eu imagino mais ou menos assim se a pessoa busca tratamento aos 20a, ainda tem 15 anos pela frente para a coisa começar a abrandar, mas até lá o estrago será horrível, para quem insistir em estar por perto. Imagina só uma mulher que termina o ensino médio, extremamente inteligente mesmo sendo uma imbecil como citado aqui no canal, daí não para em emprego, diz que quer fazer faculdade de Psicologia (será que para se tratar?), aí a pessoa vai ficar nessa gangorra emocional até os 35 anos!!!??? Ferrou tudo né? A vida passou nessa fase as pessoas já estão começando a cansarem de tanto trabalharem ou como eu sempre disse: correndo atrás do tempo e do dinheiro que investimos nos estudos ao passo que a nossa amada border estará paralisada na vida, nos culpando, culpando o mundo, a família, Deus, Jesus Cristo, a macumba que lhe fizeram, etc, etc. Adoecemos com essa pessoa, a mãe da minha tinha vários problemas familiares, mas sempre foi uma mulher guerreira e sempre me alertava que eu não tinha obrigação de aguentar e tampouco passar por isso, que eu tinha uma filha e ela como mãe sim teria obrigação mas eu não. Minha mãe achava que na verdade a mãe dela queria era empurrar o bacalhau para o meu lado, mas nunca fizeram isto comigo, pelo contrário a família dela sempre me achou o “idiota” (no bom sentido) e sempre indagavam como eu suportava? Que ninguém em sã consciência suportaria passar por esse tipo de situação. Enfim escrever de certa forma é fácil, mas na realidade e na horizontal, nõs homens pensamos com outra cabeça, acho que só poder ser isso. Abraços a todos(as) fiquem bem!

    1. Samurai, Vi que vc teve mais de uma experiência com pessoas com esse transtorno. Seus relatos foram de grande ajuda pra mim. Eu vivi muitas dessas coisas com uma apenas. Me envolvi demais nessa piração e achei que dava para salvá-la. Acho que não fui traído mas pelos relatos até desconfio. Mas a ingratidão,falta de empatia e sem remorso algum também são coisas que me marcaram.Além das projeções onde ela dizia coisas que eu via nela claramente. Muito doido. Vc não viu isso também?? Dessas 4 que vc conviveu alguma está em melhores condições de se relacionar ou por acaso tem uma relação estável??

      1. Cisar, sim, duas delas eram borders, mas faziam tratamento psiquiátrico desde o início da doença, não se notava tanta variação de humor, apenas aquela carência e sentimento intenso de vazio e medo de ficarem sozinhas, de detestarem se despedir, essas coisas de carência afetiva. No mais, dava para conviver sem grandes dores de cabeça. Mas em ambas, os surtos aconteciam de vez em quando, como fobias, traumas revividos, manipulação através de mal estar súbito, mas aquela coisa de vingança desmedida não aconteceram.
        Agora, a minha última ex realmente transformou minha vida em um verdadeiro inferno, uma frase que definia o que sentia era: Estar pisando em ovos. O problema é que não me dei conta de que ela era border, só depois de muito tempo é que percebi que o comportamento dela se assemelhava muito com a das borders anteriores. O que mais me possibilitou identificar a doença foi o aspecto infantil, sim, ela tinha comportamentos completamente infantis do tipo sair correndo do nada, brincar e falar como criança e a extrema oscilação repentina de humor.
        A projeção é algo muito comum não só em border, mas quem tem esse transtorno projeta de forma mais intensa, a minha ex dizia que eu tinha atitudes infantis e que eu não era confiável, mas na verdade eram aspectos da personalidade dela projetada em mim.
        Agora, essa última da qual saio de vez em qdo não sei se é border realmente, mas td indica que sim, pois ela passou por uma fase de automutiliação e reparei as cicatrizes em seus braços, mas aprendi a não me envolver, de não entregar sentimentos e não tratá-la como deusa como fiz com as outras e surpreendentemente ela me trata bem, disse que sou um desafio. Mas não tenho certeza de que se trata de uma border, pois ao contrário da maioria das pessoas que têm esse transtorno, ela têm relações duradouras de muitos anos com alguns amigos, o que não é comum em borders. Mas toda precaução é pouco, percebi que o fato de tratá-la com indiferença tem dado resultado, pois não me envolvo sentimentalmente com grande facilidade de sair da relação sem me machucar.
        O problema que percebi em quem se relaciona com border é justamente o fato de se entregar e se envolver, elas sabem disso, só não conhecem o limite e vão testando até as últimas consequências, agora, se o limite é raso e se a relação não é profunda, elas não testam por medo de perder a pessoa.

        1. Samurai, a minha ex tem amigos de longa data mas ficam distantes , encontram-se pouco ou de vez em quando. A que me apresentou para minha ex, amiga minha também, depois de algum tempo chegou a me alertar que ela era uma destruidora tanto da própria vida como das vidas dos mais íntimos. Essa que me alertou sobre os antigos namoros de minha ex que terminaram de maneira caótica. Eu não sabia pois quando perguntava ela desconversava. Outra coisa que os irrita muito é vc saber da intimidade deles. Confesso que , hoje, enxergo que deveria ter sido mais cruel como foram comigo. Sempre soube dos pontos fracos dessa moça mas ficava quieto mesmo quando dos ataques pra cima de mim. Posso dizer que vivi num inferno. Que caos. As tentativas de manipulação agora no final eram constantes e passei a não dar bola. Deixei de me importar. Isso os deixa mais malucos ainda. Porém até chegar nesse estágio , passei poucas e boas e não desejo pra ninguém. Cuidador jamais serei de novo. Na verdade o nome deveria ser saco de pancada e não cuidador… Eu ainda entrei numa que devido ao alto grau de inteligência dela , ela poderia se tratar e melhorar. Ajudei e obriguei-a em umas das separações a procurar um psicanalista que cuidasse de gente assim. Acabou caindo numa outra psicanalista que até um tempo atrás , além de todos os remédios, antipsicótico, moderador de humor e antidepressivo, inseriu nessa ” dieta” um medicamento chamado Concerta a base de Ritalina. Deu até dó de vê-la “ligada” mas ela gostou pois podia se concentrar mais nos trabalhos que pegava pra fazer já que tinha oito anos que não tinha um emprego fixo.. Li aqui as fases do retorno de uma relação com uma borderline e é muito igual o que vivi. Muito mesmo. É um comportamento que, hoje, tem bastante estudo e até o momento não sabem como proceder direito. A impressão que tenho é que a fase ainda é de experimento. Uma pena. Esse termo que vc usou ,” Pisando em ovos”, é título de um livro que se chama ” Pare de pisar em ovos” sobre o convívio com portadores desse transtorno. Vale a pena dar uma lida pois pelo que li vc tem um bom conhecimento sobre o assunto.. Li uma frase há 3 dias e já escrevi aqui mas repito pois a achei bem propícia : Os loucos ás vezes se curam, os imbecis nunca”- Oscar Wilde. Infelizmente são imbecis malucas mesmo. É foda mas o que passei não dá pra ter outra definição.. Saludos.

    • Fernanda Rangel em 07/12/2015 às 19:28
    • Responder

    Oi pessoal, volto mais uma vez para dar meu testemunho. Esse fórum é um grande auxílio aos que passam por problemas relacionados ao transtorno de personalidade borderline. Sempre apareço para ler ou comentar quando posso acrescentar algo. Hoje acredito que eu possa acrescentar e além dessa razão preciso desabafar no único local onde sei que irei encontrar compreensão. No consultório de psicologia encontraria também, mas nada como ter contato com o pessoal que passa pelo mesmo problema.

    Estava há 6 meses sem contato com minha ex borderline. Porém hoje ela me contatou. Infelizmente no meu e-mail ela ainda consegue me encontrar. Ela sabe que não quero nenhum tipo de contato, deixei claro a ela todas as vezes nas quais me procurou e hoje, mais um vez, reafirmei minha vontade de distância. Segundo ela seu avô materno está internado na UTI em estado grave e ela me procurou porque “essa dor de ver alguém tão querido de cama é insuportável”.

    Por mais que eu me solidarize pelo sofrimento dela em ver um ente querido de cama, por mais que eu me cobre bastante em termos espirituais, não ofereci nenhum tipo de ajuda além de poucas palavras de apoio frias e superficiais. Pode parecer escroto da minha parte, mas minha preocupação maior era de deixar bem claro que quero distância e que não tenho obrigação nenhuma para com ela. Talvez eu esteja sendo egoísta e mesquinha, não sei julgar, só sei que tenho pavor imenso dessa menina e muito medo da minha ajuda se transformar em uma porta de entrada para reaproximações. Só de ouvir o nome dela tenho vontade de sair correndo a pé e só parar na China!

    Fiz exatamente assim, não pretendo mudar de posição, mas me sinto um pouco culpada. Talvez eu seja alvo de uma manipulação, ou não. O que sei é que preciso pensar em mim, na minha sobrevivência emocional, na minha família, no meu emprego, na minha vida. Se eu cedo e ofereço ajuda de verdade como ofereceria para alguém que gosto, me ferro. Não gosto mais dela a ponto de sacrificar minha saúde mental, essa é a verdade. Se cedesse e ajudasse, fosse ao hospital prestar auxílio, encontrasse com a borderline, seria um caminho sem volta. Como vou ajudar alguém assim de maneira tão próxima por alguns dias e depois bloquear de novo? Só se houvesse nova briga, e é isso que não quero!

    Claro que ela não reagiu bem à minha resposta, já que esta não era a que ela gostaria de ouvir. Se fez de vítima se desculpando por ter me procurado, que foi a dor insuportável que a motivou, dizendo que caso algum dia eu precise dela não vai me tratar como eu a tratei, porque não nega ajuda a ninguém. Ela disse mais coisas “bonitas”, pois ficou com raiva, mas eu apaguei sem ler direito. É a mesma ladainha de antes, sempre me comparando com ela ou cobrando, como se fosse superior em termos morais.

    Mais um vez, só quem passa sabe como é difícil conseguir virar as costas pra valer para seguir a própria vida. De qualquer forma, a decisão é de cada um, assim como as consequências.

    1. Fernanda, não sou muito experiente com border, mas o que posso lhe falar é que não de bola para o ente querido, é a lei natural da vida e será uma dor que irá se curar com o tempo. Não abra essa porta para sua ex, não arrisque novamente sua saúde mental.

      Você sabe como borderlines trabalham, eles primeiramente te idealizam e colocam a cima de tudo e de todos no inicio da relação, após no minimo 6 meses começam as atrocidades e atitudes inconsequentes do borderline, entre idas e vindas o tempo do “bom” para o “mal” do borderline diminui.

      Ou seja, hoje pela sua ausência, ela está te idealizando, ela pode precisar de você e querer muito te ver porque estão afastados, porém basta só você aceitar e tentar apoia-la que pronto, vai começar a brincadeira novamente com seu psicológico.

      Se fosse seu ente querido, você sentiria apoio psicológico dela como está disposta a apóia-la ?

        • Fernanda Rangel em 07/17/2015 às 13:53
        • Responder

        Obrigada pela resposta HIRO, ás vezes dentro da situação ficamos um pouco perdidos e quem é de fora consegue visualizar com mais clareza. Essa sua última pergunta é fundamental, pensei bastante nela para me apoiar e não ceder à borderline. Me lembrei de uma vez há 2 anos, em que eu estava passando por um baita sufoco, vieram várias problemas juntos, entre eles a minha avó internada e um primo que morreu muito jovem num acidente de carro. Estava bem para baixo, cansada, chamei a border para passar a noite comigo, achando que iria ter apoio, que iria me fazer bem. Ficamos assistindo filmes, até que em um deles não aguentei e dormi. A border se enfureceu por eu ter dormido e “largado” ela sozinha vendo o filme. Fez um baita piti, queria ir embora de todo jeito, alegando que se soubesse que iria sair de casa para isso teria ficado com a mãe em casa, já que a mãe faria companhia de verdade. Parecia que eu tinha cometido um crime grave dormindo no meio do filme. Fiquei bastante chateada, achei mesquinha, egoísta a atitude dela, sabendo que eu estava passando por graves problemas, poderia ter sido mais tolerante. Mas não adianta, como sempre nos lembramos, os borders são assim: narcisistas ao extremo. Dificilmente enxergam o lado do outro, são cegos para as dores alheias. Acham que tudo deve girar em torno deles. É exatamente por isso que ela me procurou, por julgar que a dor dela seria tão importante a ponto de me fazer mudar de posição. Tenho certeza que uma pessoa normal não pensaria dessa forma.

        1. Fernanda Rangel, ela está tentando de manipular, conhece suas fraquezas, esse assunto do parente na UTI pode até ser que seja verdade, mas ela está caçando assunto para se reaproximar, usando o psicológico, atacando seu íntimo.
          Pode ter certeza de uma coisa, se vc precisasse do apoio dela, com certeza vc não teria, os borders só enxergam soluções para eles, nada mais que isso. Se vc estivesse passando por alguma doença ou problema, pode ter certeza que ela a largaria por enxergar que isso iria doer nela e, pensando só e tão somente nela, deixaria vc desamparada.
          Tenha em mente que o border pensa assim: Em primeiro lugar EU, em segundo lugar EU, em terceiro lugar EU e assim indefinidamente.
          Passei exatamente por isso, e conheço bem a história, certa vez fiquei doente de uma virose que tem os mesmos sintomas do linfoma, os médicos suspeitavam de que eu estava com câncer, na hora que contei isso para minha ex border, ela simplesmente disse: Preciso me afastar de vc, me desculpa, mas já tenho muitos problemas e vc é só mais um.
          E tenha uma coisa na sua cabeça, evite qualquer contato, por um bom tempo ela irá te procurar, uma das borders com que me envolvi chegou a me procurar depois de dois anos, eu já estava em outro relacionamento, e ela ligava para minha namorada dizendo que ela é quem era minha namorada e que era para a atual me largar pq eu era dela. Isso depois de dois anos sem a ver, eles têm esse surto de tempo, as vivências vai e vem, mesmo que tenha passado um bom tempo, elas lembram e revivem como presente e por isso acontece essa coisa de procurar.
          Mas não se deixe levar pela emoção, pois ela só quer a satisfação própria do tipo objetal, vc é um objeto dela, não é um ser vivo com sentimentos e necessidades próprias, só serve para satisfazer aquele momento.

            • Fernanda Rangel em 07/24/2015 às 20:28

            Oi pessoal, espero que todos estejam firmes e sem recaídas. Em primeiro lugar gostaria de agradecer ao dono do blog canal do búfalo por permitir que possamos discutir nossos problemas aqui, contando um pouco sobre o outro lado da história. Normalmente o foco é todo para o borderline coitadinho, porém esse espaço é um verdadeiro oásis para aqueles que convivem com um borderline ainda sem saber exatamente como a situação se desenvolve.

            Encontrei o blog tateando no escuro há mais de 2 anos e até hoje o mesmo me auxilia a ter os pés no chão.

            Pessoas como a Gisele, Nuno, Sapo, Samurai, HIRO, Sérgio e outros tem prestado grande auxílio. Que bom poder contar com a ajuda de vocês. Quando pensei que a borderline estava fora da minha vida me surpreendo com a volta dela. A impressão que tenho é a de que os borders não largam o osso tão fácil, afinal não é tão simples encontrar alguém que os ature por muito tempo.

            Frente a situação que enfrentei por esses dias encontrei auxílio com as experiências contatas, e uma em particular me foi de suma importância. Como minha ex apareceu com uma história de que o avô estava na UTI, fiquei um pouco comovida e apesar de ter sido fria com ela, deixando claro que quero distância, não nego que me senti um pouco culpada por ter negado ajuda. Mas quando entrei no blog, acabei lendo um comentário da Gisele, deixado no dia 22 de Março de 2013, falando entre outras coisas sobre como os borders usam o sentimento de culpa para tentar nos prender. E esse comentário específico me foi de grande auxílio para me sentir melhor na mesma hora.

            Borders tem o imenso poder de tornar nossa vida infernal. Se numa relação amorosa já é esse tremendo sufoco, imagine ser filho de uma mãe border, por isso tenho muito respeito pela Gisele, com certeza é uma mulher muito forte.

            Preciso agradecer também aos amigos HIRO e Samurai, obrigada pelas respostas, me ajudaram bastante a ter uma visão mais clara de tudo, e vcs estão certíssimos no que escreveram. Samurai, de fato os borders nos veem mesmo como objetos. Acham que contrataram um “serviço” de namoro por prazo indeterminado, pois é só terem um problema maior que querem ser atendidas na mesma hora, da forma como querem, como acham que merecem ser tratadas, como se fossem o centro do Universo e nosso único objetivo de vida seria o de servi-las. Aí nosso amor próprio tem de entrar em cena e dizer um NÃO bem grande.

        2. Oi Fernanda tudo bem? Espero que não entre com ação judicial por direitos autorais contra a minha pessoa, afinal utilizo incansavelmente um recorte da tua fala e insisto para os leitores usarem como um mantra.
          Brincadeira a parte, essa coisa da UTI me deu vontade de desabafar algo que ocorreu comigo, acho que até já postei por aqui.
          No borderline girl (blog) eu postei um texto imenso contando de A a Z e a administradora do blog uma borderline mas super gente boa e não alisa a cabecinha de ninguém foi extremamente coerente após ter lido o meu relato me responder que após tudo o que eu havia passado ninguém teria o direito de dizer que eu estava sendo cruel em “abandonar” a minha amada border. Enfim como você falou do caso do parente dela da UTI, lembrei que no feriado de maio/2015 havíamos combinado dela dormir em casa, pois no dia seguinte ela iria realizar uma tomografia com contraste num hospital na região da Vila Mariana.
          Pela manhã rolou um puta barraco e ela “desolada” foi sozinha para o tal exame, pois eu o “FDP” havia resolvido brigar com ela e jogar as coisas na cara dela.
          Fiquei mal tentei telefonar para ela, ela preferiu ligar para uma amiguinha de balada, amiguinha esta que ficava de rolê com ela e ambas perderam a chance de concluir um curso que a faculdade disponibilizava gratuitamente. Border não termina nada mesmo do que começa. Pensei que se ela tinha surtado e foi fazer o exame sozinha o que eu poderia fazer? Liguei para a minha filha pequena e pedi para a mãe dela liberar a mesma, pois aquele não seria o meu final de semana, mas se ela não se incomodasse eu poderia passar o dia com ela. Fui buscar a minha filha e ao voltar para a casa a mãe da border me liga em tom de desespero que a maluca tinha sido internada na UTI do hospital e estava entubada (s.i.c.).
          Acalmei a mesma, disse para ela não ficar na porta do hospital, já que os horários da UTI seriam diferenciados.
          Fui visitá-la todos os dias, exceto um que eu estava com minha filha e não queria levá-la para um hospital e minha mão não poderia ficar com ela para mim.
          Quase duas semanas de UTI devido à alergia ao contraste, ela ficou mal mesmo, os médicos disseram que era raro, coisa de 0,01% mas infelizmente a reação alérgica foi fulminante e ainda bem que ela estava num hospital.
          No penúltimo dia da internação ela já melhor sem estar entubada, indo no banheiro sozinha, etc, etc.
          Eu entro para visitá-la com uma prima dela adolescente de 15 anos, imaginem a cena, eu de um lado e a prima doutro.
          Já haviam rolado outros barracos em viagem que ela surtou, mas esse exemplo da UTI elucida muito o funcionamento da border.
          Voltando eu estava de um lado da cama e a prima do outro, a border já não mais precisava de escrever em folhas de papel o que queria, já estava falando! Daí um enfermeiro se aproxima e pergunta para ela se ela iria jogar fora todos os papéis, ela responde que não, que gostaria que a prima guardasse para ela de recordação, daí o enfermeiro explicou que não poderia deixar sair papéis com o logotipo do hospital e nomes de pacientes, mas as folhas em branco tudo bem ela poderia levar para casa.
          Daqui um pouco volta o enfermeiro e deposita no colo da border uma pilha de papéis e a folha que fica para cima com letras garrafais, não tinha como não ler, eu uso óculos mas leria a uns 10 metros de distância: “Fulano (B) eu te amo, ainda bem que te trouxeram, esse é o homem da minha vida, é com ele que quero ter filhos, etc, etc…”
          Declaração feita para o ex-namorado que a família levou para visitá-la é claro num dia que eu não fui.
          Ao sair da UTI ela ficou me cercando para que eu cuidasse dela, mandei ela procurar o pai dos futuros filhos dela.
          Disse que estava fragilizada, que não se expressou bem…etc…etc…

          Esse é um pequeno recorte de uma mente borderline.

          Esse coitado do ex dela, aguentou poucas e boas em nome do amor. Eu cheguei a pensar em procurá-lo para conversar com o mesmo.

          Mas como o mesmo postou no FALSIbook: “Obrigado Deus escolhas certas, tô aprendendo como ce faz”.

  21. Pra quem tem interesse este artigo é muito interessante e detalhado sobre borderline.

    https://psicologizar.wordpress.com/2009/10/10/transtorno-de-personalidade-limitrofe-borderline/

  22. Um outro aspecto que notei em border mulher é o fato de que a manifestação dos sintomas variam conforme o período menstrual.
    Por muito tempo, entendi que as crises de ciúmes, raiva, impaciência, ansiedade fossem por causa da TPM. Fui observando que, no início da menstruação, ela ficava calma, tranquila e até conseguia conversar no sentido de ser compreensiva e admitir alguns erros, embora a variação repentina de humor ainda persistisse e as atitudes infantis sempre estarem presentes, mas eram menos evidentes no período menstrual.
    Essa situação se perdurava até por volta do 17 dia do ciclo, quando então começava a raiva desenfreada, o sentimento de vingança, e a vontade de frustrar o outro, o auge se dava por volta do 23 dia até a descida da menstruação, quando então, começava a jogar a culpa em mim e parava de conversar, ficava totalmente estúpida ficando com um grau de raiva vertiginoso. Normalmente, as traições e as vinganças ocorriam nesse período de raiva extrema, simplesmente a raiva era tanta que ela nunca conseguia evitar atos de humilhação, simplesmente traía, humilhava para só depois se dar conta do que fazia, mas mesmo assim como sempre a culpa nunca era dela, mas o fato é que coincidentemente, percebi que as maiores atrocidades cometidas pela minha ex dava-se no período da TPM.
    As atitudes mais radicais e inconsequentes se deram quando ela estava prestes a menstruar. Então se atentem, não é pq em alguns dias o humor é flexível e há um período de apaziguamento que a pessoa deixa de ser border, um border não é inteiramente vingativo, raivoso, ou promíscuo o tempo todo, há um período em que isso é muito mais frequente e é nessa fase que vira um verdadeiro inferno. Então, quando forem analisar os requisitos para o diagnóstico lembrem-se que há fases e que ao longo de um período é que esses requisitos se manifestam para o diagnóstico.

    1. Samurai, você está descrevendo exatamente a minha ex borderlouca….

    2. Samurai , vejo que vc intende bastante das bordes ,pois fui casado com uma por 9 anos e tenho um filho de 7 anos que estou criando ,pois ela foi para S. paulo ,mas sempre me atezana de la querendo o filho .ela que foi nem telefona para o menino mas diz que quer o filho sofri o pão que o diabo amassou e mais um pouco. mas graças a Deus estou me curando dessa vampira. mas fico como vc fica estudando as bordes e tudo a respeito que encontro. vejo que sabe muito é verdade o que falou sobre o ciclo menstrual . No começo da minha relação achava que era uma TPM mais forte que em outras mulheres . que ela tinha que tomar hormônio etc. mas muito mais tarde é que descobri que não podia ser sô TPM que tinha algo mais e já me preparava para dias antes da menstruação . Notei também que a lua cheia influenciava seu estado emocional se coicidisse ave maria . agora te pergunto porque eu e vc ficamos assim pesquisadores de border . eu faço terapia mas a terapeuta não agüenta mais me responder sobre o trastorno borderline eu sou Biólogo mas estou ate pensando em fazer psicologia por que comecei a pesquisar para entender a maldade de sua mente e encontra respostas de como um ser Humano pode ser assim . sem remorso sem piedade não digo sem amor mas sem alguns sentimentos Humano. Samurai logo que chegou não senti firmeza no que escreveu mas agora começo a te entender somos neste aspecto parecidos .um abraço Nicolai Angel.

      1. Concordo totalmente contigo Nicolai, eu não sei o que me faz pesquisar diariamente sobre essa doença em vez de pular fora e esquecer tudo que passei… mesmo longe ficamos procurando respostas sobre isso e informações ao invés de vivermos nossa própria vida!

        Eu sinto como se no momento que eu me afasto dessa literatura para concluir que ela é doente e do dano que causa as pessoas, eu tenho recaidas e acabo me esquecendo de todo abuso, brigas, traições e outras coisas causadas por ela….é um inferno, uma lavagem cerebral…

        1. Caros, sei exatamente o que vocês passaram. Sou filha de mãe borderline. Eu, minha irmã e meu pai sofremos o diabo sem saber do que se tratava. Desde que descobri o nome dessa “doença”, há 3 anos atrás pela minha psicóloga, consumo toda literatura que encontro sobre o tema. Tem muita coisa em inglês, ainda não traduzido para o português infelizmente.
          Acho importante estudar primeiro para entendermos que não somos culpados e segundo para tentar, um dia quem sabe com muito esforço, perdoar esses seres infelizes. Eu ainda não consegui, ainda sofro as consequências psicológicas dos abusos emocionais. Afastei-me dela completamente e faço terapia há vários anos. Agora decidi fazer faculdade de psicologia. Certamente há influência dela nisso.

          Hiro, não sei se tem filhos, mas se tiver pense neles, afaste-se e afaste-os da mãe borderline. É o melhor para a saúde mental deles, acredite. Talvez ainda dê tempo de salvá-los…

            • HIRO em 07/08/2015 às 15:22

            Gi, eu relatei minha história em outro momento nos comentarios abaixo, tenho 24 anos e me envolvi com uma borderline da mesma idade, ela largou do namorado de forma repentina e se agarrou em mim, vivemos ótimos momentos nos 6 primeiros meses, ela literalmente era a ‘tampa da minha panela’, nunca havia sentido algo tão parecido. Ai de repente ela começou acordar com seus ataques de desconfiança, estava carente em um dia e um diabo no outro…se introduziu em um mundo de mentiras, manipulações das pessoas ao redor, traições brigas idiotas. Entre idas e vindas ela se arrependia e prometia mil coisas, eu acreditava e dias depois era a mesma coisa pelos mesmos motivos…

            Certo momento peguei mais uma atrocidade dela e mandei procurar ajuda porque eu tava caindo fora, ela foi pro psicologo começou terapia e tudo estava melhorando….ela estava empolgada e se mostrava culpada pelas torturas que havia feito cmg e por eu nao ter abandonado ela etc…

            Aproximadamente 3 meses de calmaria, e BUUUUM, ela acordou surtando e me acusando de te-la traido, voltou a disconfiança, neste periodo ela teve infecção urinaria…mesmo o médico mostrando que era uma infecção urinaria ela me acusava de ter passado DST….kkkkkkkkk

            Fui desanimando literalmente da história, eu estava tratando como um ser doente, ela percebia quando eu estava ausente do relacionamento e me prometia mundos e fundos e fingia estar preocupada com nossa relação…

            Nós dois trabalhamos juntos, um de frente para o outro (fica a dica, onde ganha o pao, não se come a carne!) e um certo dia ela levantou da mesa dela exaltada e nervosa me acusando de estar conversando com uma pessoa da empresa na qual ela tinha ciume, eu falei que havia conversado com ela a pouco tempo atras por motivos de trabalho (eu trabalho no suporte) e mostrei a conversa para a borderline, que conseguiu enxergar traições e chifres na conversa profissional diante dos seus olhos….

            Saiu chorando, mandou eu esquece-la e sumiu no meio do expediente. No começo achei engraçado, pensei que logo ia passar a raiva, mas ai ela mudou de numero, me bloqueou em todas formas de contato e não me deixou mais falar uma palavra.

            Depois disso ela teve episódios de raiva, euforia, me agredia verbalmente por mensagens sem motivo algum.

            Ai atualmente ela quer mostrar que está superbem, tenta me desmotivar a todo momento no trabalho, boicotou amigos e tenta me afastar e isolar de todos, como já disse…todo dia um arsenal novo, é muito notável a frustração dela quando vê que mesmo dando papo pro fornecedor ou pro colega eu não esboço reação alguma…

            A questão é que não tenho ninguém contra mim, e muito menos querendo meu mal, com exceção da pessoa que mais me dediquei na minha vida, isso é irônico.

            Passei por varias neste período com ela, ainda sinto minha identidade um pouco perdida pelo fato de ter vivido esse tempo em função da doente.

            E o que acho mais incrível e que também não consigo entender a cabeça de um borderlouco é que diante destes fatos e toda a humilhação que ela provoca diariamente, falando mal de mim,boicotando, evitando etc, ela acabou de incluir eu e minha família imediata em sua festa de formatura…

            Ou seja, vou exculaxar um pouco e quando eu quiser eu volto….

            Hj desintoxicado desta relação doentia, eu utilizo este forum pra não cair nessa teia de armação novamente, porque eu sei que amanha ou depois ela virá com tudo.

            Obs: a irmã dela é borderline também e muito pior….

            • Gi em 07/09/2015 às 0:24

            Hiro, que bom que você está se desintoxicando da border. Ainda bem que não tem filhos com ela, aí sim seu sofrimento seria multiplicado e ainda haveria uma criança exposta a essa mãe louca. Essas mulheres não deveriam ter filhos nunca, pois elas próprias são crianças sem nenhum controle emocional. Não importa a idade que tenham, não passam da idade mental de 5 anos. Minha mãe hoje tem 75 anos de idade cronológica e continua tendo 5…
            Muito cuidado com recaídas, numa dessa ela te dá o golpe da gravidez e aí, meu amigo, você vai ver o que é o inferno na terra. Esqueça essa pessoa, tem muita mulher bacana e linda no mundo, você não precisa se sujeitar a essa desajustada. Valorize-se!! Um grande abraço.

      2. Na verdade Nicolai, eu procurei saber bastante do assunto pq invariavelmente as borders se sentem atraídas por mim.
        Não foi uma vez, mas 4 borders que se aproximaram de mim e hj entendo que minha aparência também influencia na escolha das borders. Elas possuem um fundo narcisista, assim, muitas vezes encaram a pessoa alvo como um desafio, uma conquista para desfilar ao lado. Para dizer bem claro, elas almejam um troféu.
        Se a border perceber que vc é um homem que chama a atenção e que possui qualidades que evidenciam sua projeção na sociedade, elas encararão isso como um desafio e tentarão te conquistar. Se a border perceber que as mulheres olham para vc com desejo, ela irá querer vc, pq é um desafio, uma competição que ela irá ganhar.

        Elas têm o dom de enxergar as pessoas que têm personalidade própria, autoestima e convicções próprias. Então, como forma de mostrar aos outros, elas tentarão seduzir para afirmar que ganhou a competição com outras mulheres. Normalmente mulheres normais não tomam a iniciativa, as borders, no entanto, partem para cima e nisso ganham vantagens por saberem seduzir e serem convincentes exaltando as qualidades que existem em vc.

        Na verdade, a graça do border é o desafio, a literatura diz que eles logo deixam de se importar com as conquistas, enjoam, e não se sentem atraídas até encontrar outra motivação para conquistar outra pessoa.

        Veja como vc era aos olhos das pessoas antes de se relacionar com a border, tenho certeza que vc perceberá que era uma pessoa bem centrada, determinada, feliz e equilibrada, elas conseguem captar isso até por fotos, pela postura da foto. Pode ver que elas não escolhem pessoas depressivas, tristes, pois elas enxergam nisso um problema a mais, elas sempre irão querer se aproximar de pessoas que são convictas, alto astral e bem equilibradas pq são aspectos que elas não tem e precisam de um suporte para a personalidade dela.

        Mas uma coisa que a literatura não diz é que as borders também se relacionam com outras pessoas por simples raiva, vingança, normalmente, alguns relacionamentos borders iniciam-se simplesmente pela sede de vingança, ou seja, elas usam outras pessoas para causar humilhação, ciúmes e baixar a autoestima da relação base, e nisso é que entra a traição, só que quando se dão por si, elas já estão envolvidas com essa outra pessoa, principalmente se houver rejeição pela pessoa da qual elas tinham relacionamento inicial base. Nesse caso de traição e troca, pouco importa a virtude da outra pessoa, pode ser feia, pouco atrativa, mas ela irá fazer isso pq enxerga um potencial de humilhação, ou seja, não importa por quem ela trocou, desde que machuque na alma da pessoa da qual ela tinha uma relação afetiva base. A intenção será sempre jogar para baixo td de bom que existe em vc, ela entende que para sair da sua vida tem que devastar, não sobrar nada do que vc era, pois ela sabe que vc saindo da vida dela, ela tb se esvaziará e fará questão de que vc saia da mesma forma que ela ou talvez pior.

        E vc pode ter certeza que, ao trair, para te causar uma humilhação ainda maior, tentará elevar as qualidades da pessoa com quem ela traiu, fará questão de dizer aspectos até inexistentes, só para de deixar mal, se sentindo inferior, ainda que ela saiba que vc é uma pessoa qualitativamente melhor, ela fará questão de negar suas qualidades para exaltar as qualidades da pessoa com quem ela está traindo, é uma tentativa de te anular e esvaziar para minar a autoestima da mesma forma que a border tem uma autoestima muito baixa.

        E outra coisa é que quando ela trocar de relacionamento, procurará em outra pessoa td aquilo que ela criticava, por exemplo, minha ex me trocou por um homem casado e com filhos, no início do meu relacionamento com ela, td que ela não aceitava era a hipótese de eu ter filho com alguém, pois na época em que conheci a border, minha ex suspeitava que estava grávida de mim e a border disse claramente: Vc é só meu, se sua ex estiver grávida, não vou ficar com vc. Mas no fim do meu relacionamento com a border, ela justamente me trocou por um cara casado e com filho, é claro que não passa de uma vítima que irá se foder tb, se sentirá um trouxa que largou mulher e filho por uma louca. Mas veja que ela faz isso justamente como retaliação do tipo: Dou privilégio dele ter um filho e eu aceitar pq vc é menos que ele e se vc tivesse filho eu não aceitaria, é uma clara forma de humilhação, de jogar para
        baixo.

        Tenha certeza que quanto maior for suas virtudes, maior será o esforço da border em aniquilar sua autoestima e suas qualidades, pois vc deverá sair da relação totalmente vazio na personalidade.

        Um outro aspecto que, em geral, faz com que estudemos a fundo esse transtorno é o sentimento de frustração, é a famosa pergunta? Pq alguém a qual nos dedicamos tanto, nos doamos, fizemos de td nos sacaneou, nos apunhalou pelas costas sem qualquer grau de arrependimento ou remorso verdadeiro?

        Na verdade, a resposta a essa pergunta é que nos intriga e isso acontece porque somos capazes de nos projetar e principalmente a de se colocar no lugar do outro. Seria mais ou menos a seguinte questão: Se alguém fizesse por mim td que fiz por ela, amaria incondicionalmente até o fim da minha vida e justamente foi isso que não aconteceu. Então, fica na cabeça a nossa projeção na outra pessoa, nos intrigamos com o nosso próprio espelho que, aos nossos olhos, era algo quase perfeito, uma dedicação, uma doação, só que quando verificamos a nossa dedicação, no fundo, estamos projetando um amor que é nosso e não deles, e de uma certa forma é difícil aceitar que tanta dedicação tenha sido em vão.

        É como se projetássemos todo nosso tempo, carinho, afeto e amor num espelho e o espelho retornasse td que foi projetado, mas no caso dos borders, esse espelho é quebrado, é negro, não reflete sua imagem, sua dedicação, apenas suga. É isso que acontece, no fundo, queríamos que o espelho refletisse de volta toda nossa dedicação, é o que se espera de uma relação, mas vc observa e o reflexo nunca retorna e isso é que nos deixa perplexo.

        Normalmente esse amor, tempo, dedicação, numa relação sadia, ela retorna e como na nossa relação com a border não retornou, ficamos sempre pensando e esperando o reflexo que nunca irá voltar e isso nos deixa um vazio e para entender isso, a única forma é entender os motivos, por isso que estudamos a fundo. É também uma tentativa de compreender a pessoa border, de perdoar, de tentar se colocar no lugar dela como forma de não condená-la, pq pessoas normais têm compaixão e é muito difícil perdoar alguém que feriu um sentimento tão belo quanto o amor, é muito mais difícil do que perdoar um criminoso que tenha feito algo de ruim a vc, pois é algo que veio de alguém do seu convívio e que vc dedicou td o que tinha de mais belo em vc, por isso que é difícil e freneticamente temos que ver a resposta, pois querendo ou não, temos empatia por aquela pessoa e nos recusamos em aceitar que ela fez aquilo porque quis e por isso temos que aceitar a resposta de que ela é doente para não ter que jogar a culpa nela, mas sim na doença.

        1. pó Samurai valeu , vc me deu uma luz Deus que olhe por vc , estou me recuperando, mais tenho que tomar cuidado , por equanto ela está em S.Paulo morando com um grafiteiro ,ela diz que não volta mais para ca (Bahia) e quer levar nosso filho mais isso eu não vou deixar acontecer , mas tenho receio das reações triçoeras ,tenho lido a respeito de filhos criados por bordelines é devastador o que fazem ao carater dessas crianças que podem desenvolver o mesmo trastorno. Noto que minha ex sogra ja com 64 mas apresenta trços do trastorno. o irmão de minha ex suicidou. e por incrivel que paressa ele botava minha ex na linha mas ele sofria muito com a mãe. Apos a morte de p. foi que ela piorou fazendo coisas abisurdas ela de um certo modo aparentava um amor louco pelo filho que eu nuca imaginaria que ela o abandonace . quase nuca liga para o menino mas vive me mandando mensagem que não guenta viver sem ele e que vem buscalo. que se não deixar vai se matar eu tou guardando as mensagens para servir como prova na guarda de meu filho mas é doloroso ter que ter esse contato pelo zap . Minha ex é filha de um famoso artista que usou muita droga.

    3. Samurai e sobre ameaça de suicídio das bordes a minha ex esta me mandando zap com ameaça , mas não respondi nada , dai ela ligou e não atendi . o que tem a me falar sobre isso.

      Obs. Se quiser saber mais sobre a minha ex já publiquei algumas coisas

      1. Na verdade, ao meu ver, a regra geral é a de que as borders falam em suicídio para mais uma vez tentar jogar a culpa em vc, seria algo do tipo, olha, vc me deixou morrer, vc é responsável pela minha morte, vc é um assassino. É isso que ela quer que vc pense.

        Mas isso depende da fase em que ela está tentando fazer isso, se for na fase de raiva, pode ter certeza que ela está tentando encontrar uma forma de te manipular. Se for numa fase mais depressiva, diria que ela está tentando se autodestruir para jogar a culpa da morte em vc.

        Seja qual for o motivo, vc não tem nada a ver com isso, é claro que ignorar é a melhor atitude que vc pode ter, ela é a responsável pela vida dela, se ela entender isso como rejeição, paciência, não é mais problema seu, mas com certeza ela faz isso para ver qual a sua reação e a depender da situação, é capaz de que ela morra justamente para te deixar com a consciência pesada, mas isso é um jogo psicológico dela.
        Somos as nossas escolhas, se ela realmente se matar, foi uma escolha dela, não é sua culpa e pode ter certeza que ela faria isso de qualquer forma. Mas com certeza, seja qual a atitude, ela procura uma porta, uma fragilidade sua.

        1. Samurai (vc me deixou morrer, vc é responsável pela minha morte, vc é um assassino. ) ela ja me mandou mensagem exatamente assim. vc é psiquiatra , vidente . entende bem fundo de reações border.
          um grande abraço você tem me auxiliado muito
          sou muito grato.

        2. Ola Samurai, acabo de chegar aqui e namorei uma moça por 6 meses…
          Durante os 2 primeiros meses fomos unha e carne, chegava a desmarcar clientes para ficar mais tempo com ela. Ela me elogiava, dizia que eu era a melhor companhia que ela conheceu.
          Tinha passado por vários relacionamentos curtos e conflituosos.
          Após uma discussão onde soltei os cachorros sobre ela, o caldo entornou e ela passou a olhar meu celular durante a madrugada, se tornou extremamente carente e dizia que eu era um egoísta e que tinha que suprir essa carência. Certa vez me pediu para olhar um rapaz no celular para fazermos um menage e vi que ela estava combiando de sair com um outro cara e a questionei. Ela inverteu o papel e disse ter feito isso apenas para que ficasse com ciúmes e ainda me fez sentir remorço por não ter tido ciumes dela antes. Sempre uma eterna vítima.
          Os meses foram passando e ela me ligava da rua que estava aos prantos e não conseguia trabalhar pois eu não dava a atenção que ela precisava.
          Após uma mudança, do nada, no humor, em TPM, se fechou em casa e entrou em uma depressão violenta, nao atendendo telefonemas e nem respondendo mensagens. Eu nao entendia o que estava errado na relação ou fazendo de errado. Após eu ir vê-la e passar 5 horas com ela, a acalmando,em seu confinamento, chapada de rivotril, chorando e gritando que eu não a valorizava, ela se enforcou horas depois que fui embora. Mas nunca comentou nenhuma ideia suicida.
          Passado uma semana fui a seu psiquiatra que me disse que ela era uma bordeline.
          É normal a border fazer um jogo psicológico onde voce se sente o responsável pelas mazelas dela?
          Acha que é um quadro de border a descrição?
          Pergunto isso pois vi que todos na familia, que é adorável e super funcional, ficaram surpresos com o diagnóstico e ela nunca promeveu nenhum tipo de auto mutilacao ou tentativa anterior de suicidio.
          Obrigado pessoal.

            • Samurai em 07/18/2015 às 8:15

            Algumas borders realmente não se automutilam, e vc pode ter certeza de uma coisa, as borders, em regra, jogam a culpa toda no parceiro, é um mecanismo de projeção, ou seja, ela sempre irá acusar vc de coisas que ela mesma fez. Ela sabe que está errada, mas sempre inverterá a história dizendo que o culpado é vc.
            Procure verificar onde estão as suas fraquezas, os borders sempre fazem joguinhos para conhecer seus limites, suas fraquezas e falhas, pois isso servirá de munição para manipulações futuras. Muitas vezes essas manipulações envolvem mentiras, situações inexistentes, só para que vc se sinta culpado, fragilizado, para que ela obtenha vantagens pessoais emocionais e utilize dessas fraquezas no futuro para tentar se aproximar ou fazê-lo sofrer, sim, elas são extremamente sádicas, se sentem bem com o sofrimento alheio.
            A maioria das borders são assim pq cresceram em famílias disfuncionais, traumas infantis, ausência dos pais, mãe excessivamente controladora, mas tb existe uma predisposição genética, alguns casos envolvem situações nas quais não há famílias desfuncionais e nem causas genéticas, a bem da verdade é que não se sabe a causa exata desse transtorno. Há fortes suposições de que isso é causado na primeira infância no período da formação da identidade, algum trauma vivido, como ausência, violência sexual, entre outras causas. Mas há pessoas que simplesmente são borders sem causa aparente. De qualquer forma, nesse momento tenha amor próprio e se afaste, é a melhor coisa que vc pode fazer por vc.

    4. Samurai, a quanto tempo você se desligou da borderlouca ?

      Conforme você relatou sobre o perfil de personalidade atrair borderlines….

      Antes da minha terrível vivencia com a borderline, sim eu era um cara muito centrado, com enormes objetivos, gostos, preferencias e afins. Atualmente com termino da relação doentia e depois de todo este período tendo minha energia sugada, hoje sou completamente diferente do cara descrito a cima, to sem objetivo, sem expectativa, não estou rendendo no trabalho, empurrando a faculdade com a barriga, entre outros. Sei que isso é uma fase, porque tudo foi recente.

      A duvida, é possível voltar 100% da pessoa que eu era anteriormente antes de ter este trauma psicológico ?

      Qual foi teu tempo de cura desta relação ?

      1. Agora, faz uns 3 meses que terminei com ela, mas ela ainda tenta de todo jeito chamar minha atenção, mas realmente para mim, tornou-se indiferente, para dizer que não é indiferente, ultimamente só sinto duas coisas: Nojo e pena.
        Voltar a ser o que era jamais acontecerá, pois serviu como experiência, então, para ingressar em novos relacionamentos só tendo muita cautela. Mas entendo que atualmente estou muito mais forte, determinado, pois preciso correr atrás do tempo perdido. Os planos mudaram, meu foco mudou, agora minha vida não pertence mais a ela, somente a mim mesmo.
        O que me ajudou bastante foi o fato de ser esportista, faço fisiculturismo e natação há anos e isso facilitou bastante, pois tenho contato com pessoas bastante saudáveis e de bem com a vida. Excluí tudo que me fazia mal e isso surpreendentemente melhorou minha vida.
        Minha autoestima está recuperada pelo fato de simplesmente voltar a ter a noção de que nos locais em que saio, ou até mesmo nas redes sociais, há pessoas que sempre me admiram e eu me sinto mais forte e confiante. Foi bom sair um pouco, me divertir, inclusive conhecer pessoas novas, ter conhecido novas mulheres e agora, percebo que posso escolher com quem ficar, então, para mim, as coisas só melhoraram.Sinto que não estou pronto para me envolver afetivamente com ninguém, já que meu foco agora será o lado profissional, mas o bom disso é que há mulheres que topam relações casuais sem que haja compromisso, então, algumas necessidades são satisfeitas e assim, vou levando a vida da melhor forma possível. Agora, para sair desse estado e me ligar afetivamente, só se a pessoa valer muito, mas muito a pena, se não tiver o mesmo nível e a mesma alegria, pode ter certeza que não me envolvo mais.

  23. Complicado o pior é que essas pessoas sentem prazer nisso.

  24. Meu nome é Sônia, eu quero aproveitar esta oportunidade para agradecer ao meu grande médico que realmente fez minha vida um prazeroso um hoje. Este grande homem DR IREDIA trouxe meu marido de volta para mim, eu tinha três filhos adoráveis ​​para o meu marido. Cerca de quatro anos atrás, eu e meu marido foi em uma briga com outro até que ele finalmente me deixou por uma senhora. Senti minha vida tinha acabado e os meus filhos pensei que nunca iria ver seu pai novamente. Tentei ser forte apenas para as crianças, mas eu não conseguia controlar as dores que atormenta meu coração, meu coração estava cheio de dores e dores porque eu estava realmente no amor com o meu marido. Todo dia e noite eu penso nele e sempre gostaria que ele volte para mim, até que um dia eu encontrei um bom amigo meu que também estava em uma situação como eu, mas o problema dela era o seu ex-namorado que ela teve uma gravidez indesejada para e seu namorado recusou-se a assumir a responsabilidade e deu o fora nela. ela me disse que o meu era um caso pequeno e que eu não deveria se preocupar com ele em tudo, então eu perguntei a ela o que era a solução para os meus problemas e ela me deu este grande homem endereço de e-mail. eu estava duvidando se este homem era a solução, então eu contactado este grande homem e ele me disse o que fazer e eu escritura todos eles, ele me disse para esperar por apenas dois dias e que o meu marido vai vir rastejando em seus ajoelha para implorar o meu perdão, então eu fielmente o que este grande homem me pediu para fazer e com certeza depois de dois dias eu ouvi uma batida na porta, na minha grande surpresa eu vi ele em suas ajoelha-se e eu fiquei sem palavras, quando me viu, tudo ele fez foi chorar e me pedindo perdão, a partir daquele dia, todas as dores e tristezas em meu coração voou para longe, desde então, eu e meu marido e nossos filhos adoráveis ​​são felizes e vivemos como uma família. É por isso, eu quero dizer um grande obrigado a DR IREDIA por sua ajuda. Este grande homem me fez entender que não há nenhum problema na terra que não tem solução por isso, se você sabe que você tem esse mesmo problema ou qualquer problema que é semelhante, vou aconselhá-lo para vir direto para este grande homem. Contacte-lo com este e-mail (drirediaherbalhome@gmail.com), ele está lá para ajudá-lo.

    1. O que é isso agora . que isso tem haver com trastorno Borderline?????? virou site relacinamento tipo tras amor de volta e cura Border?????????

      1. kkkkkkk, louca né…

  25. O meu marido , não quer sair de casa depois que me traiu , já mandei embora várias vezes, mas como estamos endividados, diz que não tem como pagar um aluguel, como mandei ele embora depois de várias discussões a raiva dele por mim so aumentou e a vingança com certeza também irá aumentar.o que fazer? porque não foi viver com a outra e me deixou em paz?

    1. A casa é tua ou dele?

      Se for dele, vc é que tem que dar o fora…

      1. A casa é nossa.

        1. Nossa quanto? 50×50?

          1. Sim 50 x50 já colamos a venda, mas ele falou que o terapeuta dele disse que como a casa é grande ele pode ficar , já que so nos vemos a noite e dormimos em quartos separados. O terapeuta dele disse que os casais modernos vivem assim numa boa. So que eu me sinto a refém dessa situação, ontem ele falou pro meu filho que vai me dar a separação e que vai deixar os negócios para o meu filho e a minha filha, a outra metade é minha, so que ele deu um nó em todos os negócios e por isso diz que não pode sair da casa ainda, porque se sair não tem dinheiro para por no negócio. Parece que estou ficando louca porque so eu consigo enxergar como ele é uma pessoa ardilosa e para completar o contador da loja que tb tem uma pequena sociedade no negócio é o melhor amigo dele e acho que estão juntos em alguma armação para loja não da certo. Sera que isso tudo é imaginação minha?

          2. Diga a ele que o terapeuta dele que se exploda.

            A questão deve ser resolvida na justiça.

    2. A resposta é simples Juliana, ele não a deixou pq na verdade, eles têm medo de abandono, de não ter mais a pessoa ali para cuidar. Além disso, provavelmente vc é a relação base dele, no fundo ele está com a outra muito mais para fazer vc sofrer, para minar sua autoestima, para abatê-la psicologicamente.
      É uma relação doentia, é um ser doente, a melhor coisa a se fazer é eliminá-lo da sua vida e do seu convívio, pois quanto mais vc se demonstrar irritada, mais ele baterá na mesma tecla, cada vez mais irá procurar sua fragilidade e demonstrá-la.
      Na verdade, a outra serve para que vc se sinta mal, ele só irá definitivamente com ela quando perceber que não há chance alguma de conviver e se aproximar de vc. Mas é claro que ele fará isso por carência e por medo de ficar sozinho, na verdade, na cabeça deles, qualquer pessoa serve, mesmo que a outra não tenha qualidade alguma, isso será melhor do que correr o risco de ficar sozinho.
      Caia fora dessa relação, ele é doente, não tem cura, é um ser que provoca destruição por onde passa, nas relações íntimas é um verdadeiro caos e destrói td que está ao seu redor.

      1. Matou a pau Samurai…

        Border tem a capacidade de perceber aquilo que mexe com a outra pessoa, e quando eles percebem o que mexe, vão bater na mesma tecla várias e várias vezes até destruir sua auto estima. Não demonstre a ele que o que ele faz mexe com você…você estará tirando toda a força dele. Não deixe que ele percebe o que mexe com você.

        1. Realmente não existe cura? mesmo com remédios e terapia? os remédios não ajudam? e o tratamento não ajuda em nada? e se ele for para um outro relacionamento não terá chances de melhorar, talvez eu não tenha o que ele precise e outra pessoa sim.

            • Samurai em 07/03/2015 às 11:51

            Não tem cura, alguns psicólogos e psiquiatras não tratam pessoas com transtorno de personalidade borderline, são pacientes intratáveis. Dizem que esses sintomas reduzem por volta dos 40 anos, mas personalidade não muda, o que muda é a vivacidade própria da idade e por isso parece que os sintomas se tornam amenos.
            Remédios podem conter alguns impulsos, mas eles são relutantes a qualquer tratamento e mesmo que tomem remédios, haverá sempre efeitos colaterais e, por algumas vezes, chega a piorar o problema. A terapia cognitivo comportamental parece surtir algum efeito passageiro e momentâneo, mas não sei dizer se é definitivo, creio que não seja.
            Pode ter certeza de uma coisa, se ele nutriu algum sentimento de raiva e ódio por vc, esqueça, aquela pessoa amorosa, extremamente carinhosa e com olhos que derramavam amor, essa pessoa morreu há tempos, ela não existe mais para vc. O border até fingirá isso, mas no fundo o fará para manipular e novamente sua vida será transformada em um inferno; O verdadeiro resumo da vida de um border é que eles são Vampiros de Energia.
            Vão sugar toda sua autoestima, irá sempre te frustrar, sempre fará as coisas para te boicotar e quando verificar sua felicidade, eles farão questão de arranjar um jeito para deixá-la triste, mal, vazia, pois é isso que eles tem dentro deles e sempre irá projetar isso em vc.
            No fundo, vc sempre gastará o seu tempo para ele e ele nunca gastará um centésimo de segundo por vc, a única coisa que interessa a ele é o que vc pode fornecer, vc se doará, se matará, se anulará por essa pessoa, mas nunca espere um fio de cabelo que fará por vc.
            Eles são extremamente ingratos, vc pode fazer deus e o mundo e eles não ligarão, será como se vc tivesse gasto toda sua vida para ele e ele não entender e nem se importar.
            Qdo vc sair dessa relação, se sentirá plenamente feliz, verá como vc é importante para si, e olhará para trás como um passado repugnante com um ser nefasto e doente.

        2. Pessoal que coisa difícil, estou tendo uma recaída, to me sentindo muito mal.

      2. Obrigada pela ajuda de vcs também penso assim e se ele não sair eu saio. Vou procurar uma casa para mim esse final de semana.Realmente é inacreditável como eles percebem nossos pontos fracos e são certeiros e sem piedade nenhuma. So quero me livrar dessa coisa maligna.

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