O Homem Invisível

Traduzido pelo Miguel, do fórum Homens Honrados.

Marginalizado, ignorado e esquecido (até se tornar “necessário”)

por Ken Knight

Em 1997, o escritor de horror Bentley Little publicou seu apropriadamente intitulado romance “THE IGNORED”. É sobre um homem que é tão mediano e se encaixa tão bem na sociedade que desaparece de vista, entra num estado onde seus colegas de trabalho não conseguem mais vê-lo, seus amigos não o reconhecem, seus pais morrem e ele nem mesmo é convidado para o funeral. Ele se junta a outros como ele, um pequeno grupo de homens em seu próprio espaço de realidade que se apóiam uns aos outros por serem ignorados por aqueles à sua volta e buscam “vingança” pela maneira como são tratados.

Apesar de não ser controverso como outros clássicos do isolamento masculino como “The Satanic Bible” e “American Psycho”, “THE IGNORED” é um mergulho na realidade de personagens fictícios que, secretamente, se revoltam contra a sociedade ao seu redor porque, apesar de seu alto nível educacional, bons empregos e qualidades como provedores de famílias, se encontram esquecidos pela própria ordem social a que vêm servindo. A arte imita a vida… Ou é o que dizem!

Muito foi dito aqui em The Spearhead sobre a dinâmica de machos “Alfa”, “Beta” e “Ômega” na pirâmide social humana, mas eu deixarei essas três definições a seu critério.

O que não pode deixar de ser ressaltado é a contínua “marginalização” do homem americano como um todo, desde o lar até o local de trabalho e nas cortes judiciais. Na mídia e demais veículos de entretenimento, o homem e seus direitos não são geralmente entendidos como fontes de preocupação, mas essa mesma mídia atualmente trabalha para denegrir a imagem do homem num ritmo e alcance tão abrangentes que fariam o propagandista nazista Joseph Goebbels corar de inveja!

Quando falo do “homem invisível”, me refiro a um fenômeno bastante novo que tem surgido através do igualitarismo radical e se tornado um “resultado” que poucos homens que apoiaram o movimento feminista décadas atrás poderiam prever. É o sutil, mas real, desaparecimento de homens dos campi de faculdades, dos locais de trabalho (especialmente em profissões tradicionalmente masculinas) e dos lares, com mais e mais lares de mães solteiras, de onde o pai foi dispensado para se tornar somente um cheque todo mês, se formando a cada ano nos EUA.

Doutrinadas pelo feminismo, as gerações passadas de mulheres foram inundadas pelas platitudes de que “homens são opressores sexistas” e que “homens são descartáveis”, que correm soltas a partir da doutrinação feminista que se estende do Congresso até salas de audiências, passando pelos escritórios de barões da mídia e produtoras de filmes e, é claro, é pregada em nossas escolas e universidades com uma confiança casual. Será que alguém não deve se impressionar quando Susie, Franny e Lilly agirem de acordo com essa doutrina e passaram a desprezar, marginalizar e trabalhar contra os homens em suas vidas, aparentemente sem pensar duas vezes? O que costumava ser considerado como um desvio de personalidade décadas atrás agora domina mulheres de diretorias até ginásios e mesmo bares, fazendo com que numerosos homens sejam de fato vistos (e subseqüentemente tratados) como cidadãos de segunda classe em seu próprio país, algo que deveria fazer advogados defensores de direitos civis gritarem em protesto… mas não faz!

Homens são porcos, “moleques” crescidos ou demônios sorrateiros rondando os escritórios, olhando para a bunda de Lilly na minissaia apertada que ela está vestindo…

Se ele não fizer o “tipo” dela e ela perceber que ele está olhando, ela fará uma reclamação formal contra o “tarado” por “encaradas sem noção”.

Homens são assediadores e perseguidores em potencial que ameaçam a segurança das mulheres…

Muitos convites para um encontro formalizados por um pretendente masculino (não atraente) levam Franny à delegacia de polícia para perguntar a respeito de uma “ordem protetiva”.

Homens são descartáveis e podem ser facilmente substituídos na vida de uma mulher…

Se Susie se sentir “infeliz” em algum momento de desconforto num relacionamento ou casamento, ela simplesmente porá um fim nele e receberá proteção policial e de juízes de varas de família que geralmente decidirão em seu favor quando o assunto é divórcio.

Homens só servem para um único propósito: fazer uma mulher “feliz”… O senso moderno de se acharem merecedoras, tão presente em muitas das mulheres, é grande o suficiente para fazer engasgar um rinoceronte, e, apesar das exigências delas de casa, pensão, propriedade e 18 anos de escravidão econômica de homens estarem lentamente levando à ruína um país outrora grandioso como um todo, elas continuam a toda velocidade, sem preocupação com as conseqüências. Os homens tiveram tudo de bom por séculos e agora é a vez das mulheres “mandarem”… Esse senso insano de merecimento se origina nos mais escuros poços de insegurança pessoal e inveja que nem o pior dos tiranos levaria a sério.

É esse senso falso de merecimento que faz com que uma pessoa considere outra como “inferior” e permite que o outro seja minimizado à primeira vista. Pergunte aos sobreviventes da Alemanha nazista e da Rússia stalinista sobre como esse é apenas o começo de algo muito pior por vir.

A forma como um grupo de pessoas trata outro é corolário da forma como esse grupo é visto pelo primeiro. Isto é sociologia simples, parceiros. Agora, some a isso a máquina propagandista da mídia, intencionalmente tendenciosa a favor de um grupo de pessoas, e as distorções se tornam muito mais graves do que simples comédia e esquetes fictícias fazendo graça de homens, mulheres, minorias etc. O placar é bem simples…

Eu poderia escrever volumes de exemplos desse fenômeno, como outros já escreveram aqui, mas é suficiente dizer que o “homem invisível” já é um exemplo suficiente e, a não ser que você seja um daqueles raros caras no “topo” de uma bela e lucrativa carreira, o bônus adicional de uma aparência de Clark Gable e uma certa quantidade de fama, um carro legal (caro) e casa/propriedades para fazer com que virtualmente qualquer um sinta inveja de você, há chances de você já ter se sentido “invisível” em algum momento, em casa, no trabalho ou em público.

O costumeiramente ignorado “homem invisível” é o homem comum, o trabalhador braçal que faz o que tem que fazer para ser pago e segurar as pontas, que é visto por muitas das mulheres para as quais ele talvez sorria como inferior a elas, desde a secretária que detesta o jeito como o zelador olha para ela, mas fica feliz pelo “tarado” ter consertado o ar-condicionado para que ela não fique suando a blusa, até a modelo que range os dentes todas as vezes em que encontra um “homem comum” com o qual fala relutantemente, enquanto deseja o “alfa” que ela pensa merecer…

Pessoalmente, acho que é aqui que o termo pejorativo “tool” (N. do tradutor: ‘tool’ significa, em sentido literal, ferramenta, e no sentido pejorativo, bobo, tolo) mais se aplica, porque é assim que muitas mulheres vêem os homens à sua volta, como “ferramentas” que só são utilizadas quando necessário. Claro, graças ao modo como Susie foi ensinada a pensar, ela provavelmente dispensará você assim que o que ela precisava tiver sido feito (sem nem pensar em como o “trabalho de equipe” faz do mundo um lugar melhor).

O negócio, Susie, é que o cara comum que você não valoriza talvez um dia perceba a inutilidade de estar próximo de você quando a merda for jogada no ventilador.

fonte: http://www.the-spearhead.com/2011/06/06/the-invisible-man/

Obs: Os grifos são meus.

1 comentário

  1. O negócio, Susie, é que o cara comum que você não valoriza talvez um dia perceba a inutilidade de estar próximo de você quando a merda for jogada no ventilador. Merda bater no ventilador é um termo que os sobrevivencialistas usam e a melhor definição é a do Batata Sobrevivencialista:http://youtu.be/dCj_D81nDO0 em 16:30 pra frente.

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