por Whiskey’s Place
Comentaristas esquerdistas estão felizes que o terrorista norueguês Anders Breivik – que afirma que agiu sozinho e que planejou tudo por 9 anos – é um “conservador”, já que ele cita escritos de blogueiros anti-jihadistas proeminentes, como o Fjordman, Larry Auster, Gates of Vienna, Atlas Shrugged, Pamela Gellar, Bat Y’eor e muitos outros. E os comentaristas de direita não conseguem entendê-lo também, como um post do blog Gates of Vienna atesta:
Este ataque sadista e bárbaro deve ser um dos ataques terroristas mais estranhos de todos. Alguém nunca iria pensar, se for se basear nos comentários que ele fez online, que ele era um assasino em massa em gestação.
Sim, o assasino era de direita e anti-jihad, mas não era um neo nazista (ele era pró Israel) ou um supremacista branco (ele era opositor do BNP por considerarem eles racistas). Ele era cristão, mas não fanático (ele era pró gay).
Na verdade, ele não era muito diferente de mim – um liberal de direita. Ele era anti racista, pró gay e pró Israel. Então como diabos alguém pode ser um terrorista contra os valores ocidentais?
A resposta não tem nada a ver com política (seja ela de direita, esquerda, nacionalista, multiculturalista, anti jihad, pró jihad). A resposta é outra… é A REVOLTA DOS MACHOS BETA.
Nós já vimos isto antes. Breivik planejou torrar uma grana boa numa prostituta antes de cometer os assasinatos. Sim, estranhamente parecido com os jihadistas, particularmente os que atacaram no 11 de setembro, mas uma grande pista para a real motivação. O LA Times nos informa que Breivik copiou e colou… o manifesto Unabomber como se fosse dele próprio.
Homens matam por ideologia? Sim, alguns matam. Mas a maioria dos assassinos, e particularmente a maioria dos assassinos em massa – que merecem alguma punição bem severa não importa como – geralmente tem motivos em comum. Ódio, vingança, frustração sexual, doenças mentais (o “Filho de Sam” alegava que seguia as ordens que o cachorro de seu vizinho dava para matar), ciúmes, raiva, e outros sentimentos negativos. O lado monstruoso da natureza humana tem mais a ver com instintos primitivos, não com filosofias políticas. Que filosofia tinha os assassinos de Columbine? Que filosofia seguia o lunático Gerald Lee Loughner, judeu e filho de uma proeminente família ligada ao Partido Democrata? Que filosofia política um Cho Seoung Hui ou George Sodini militavam? Nada salva da revolta dos machos beta.
Já vimos isto antes, na China, como informado aqui e aqui. Os chineses, desligados de qualquer ideologia política, saíram a matar crianças de jardim de infância por aí (filhos de outros homens). Estes homens geralmente são solitários, sem nenhuma mulher em suas vidas, e provavelmente não tinham chances de encontrar uma no inferno sexual que é a China (abortos seletivos por sexo significam que em certos lugares do país podem haver 4 homens para cada mulher entre a população mais jovem). Então, estes machos beta podem planejar sua “vingança” cuidadosamente, e matar os vencedores desta loteria reprodutiva. Agora não é difícil entender porque disto, não? Horrível demais, verdade, mas é isto.
De um jeito similar, os comuns atentados feito em ônibus chineses feitos por separatistas Uighr são realizados por homens solitários. Mais machos betas revoltosos aqui.
A China ocasionalmente tem problemas com atentados à onibus realizado por fazendeiros descontentes e por desempregados que desejam expressar sua indignação com a pobreza e a corrupção do governo.
Sim, a sociedade moderna ocidental produz poucos vencedores. Machos Alfa (aqueles que podem exercer sua dominância numa boa e tem sexo à vontade) tem à disposição as mulheres mais atraentes, deixando os betas se ferrarem na deles. Alguns acabam ficando loucos, e infelizmente por causa do sistema de transferência de riquezas das sociedades baseadas nos valores ocidentais atuais (isto vale para a China) e com o nacionalismo e outros laços dissolvidos, os alvos destes homens loucos, machos betas revoltosos, não são mais os líderes, reis, generais e pessoas do gênero.
Os alvos são, uniformemente, crianças, jovens e mulheres. As mesmas pessoas que os homens comuns são “programados” para proteger mas que por causa da falta de sucesso/investimento no campo afetivo, e uma sociedade profundamente atomizada que age como um ácido dissolvendo os laços sociais entre as pessoas, os grupos que deveriam ser protegidos acabam virando alvos de uma violência e brutalidade inimagináveis no passado.
Nós vimos isto no caso Sodini. Vimos isto com Cho. Vimos isto nos assasinatos nos jardim de infância chineses e nos atentados contra os ônibus. Também vemos a mesma coisa com Breivik.
Os direitistas estão querendo entender porque Breivik fez o que fez. Um homem favorável ao direito dos gays, e se opunha ao fundamentalismo cristão por este motivo (assim como os assassinos de Columbine, que eram pró gays). Breivik condenava tanto o nazismo quanto o comunismo pela violência e pelo número de mortos que causou, assim como a Inquisição. Breivik era pró Israel, e saiu do Partido Nacionalista Britânico por achá-los racistas, considerava o EDL um bando de imbecis, e achava Vlaams Belang um “pró nazista”.
A página do Facebook de Breivik (o blog Atlas Shrugged observa que ela foi alterada DEPOIS do tiroteio) mostram que ele admirava Winston Churchill, Max Manus (um partisan norueguês) e Maquiavel. Isto não tem importância. Alguém que faz algo assim NUNCA seria por suas convicções políticas. [Nota: “Cristão” e “Conservador” foram adicionados ao perfil de Breivik no Facebook depois do tiroteio, em diversos posts ele se declara não como um cristão, mas como alguém que tem orgulho de suas raízes vikings]
O que revela o caráter de um homem é a diversão dele. Os livros favoritos dele eram “O Processo” de Kafka e “1984” de George Orwell. Duvido que ele tenha os lido. Se sim, ele deve ter se frustrado com o que ele considera um estado opressor, esmagando a individualidade dos cidadãos. Mas na verdade nunca encostaram um dedo nele, não da forma que acontece em países de 3º mundo. Nenhum de seus familiares foram assassinados por agentes do governo. A razão que estes livros foram colocados ali, e que muita gente provavelmente irá considerar sem importância, é porque Breivik se identificava com os personagens destas histórias.
Mas o que se destaca é seus seriados favoritos. Todos eles muito suspeitos. The Shield, True Blood, Dexter, Caprica e Stargate Universe. Só um homem muito perturbado para considerar estes seriados como favoritos, já que todos eles incutem a visão dos gays ou das mulheres do que é um macho alfa.
The Shield é protagonizado por um cara corrupto e amoral (Michael Chicklis) e é lider de uma unidade que combate o crime organizado. Ele chega a matar um policial honesto para esconder suas sujeiras, e joga a culpa disto num membro de gangue. Este é o herói. True Blood é um seriado que consegue unir vampiros e militância gay, onde um tal produto chamado “Tru Blood” permite que os vampiros sobrevivam tomando um sangue sintético ao invés de ter que atacar pessoas por aí. Todos os homens “comuns” são mostrados como meros idiotas sub humanos, e os vampiros são retratados como ultra sexys e é claro, ultra violentos. Numa cena temos o vampiro chefe (interpretado por Stephen Moyer) quebrando o pescoço de uma vampira durante uma transa violenta. Dexter, por sua vez, mostra um serial killer “bonzinho” que foi treinado para matar… outros serial killers. Das formas mais sadistas possíveis. Para disfarçar o personagem principal se faz de homem comum e enfadonho. Caprica é a continuação de Battlestar Galactica (a nova versão feito por Ron Moore, não a versão original feita por Glen A. Larson) que conta com cenas desagradáveis de sexo e robos assassinos, onde a corrupção impera e não temos personagens principais honestos. Stargate Universe é a continuação do filme Stargate, com os mesmos temas desagradáveis e depressivos, e sem personagens principais honestos.
O que temos aqui é um rapaz comum tentando desesperadamente entrar neste conceito podre de “Macho Alfa”, e falhando. Estes seriados são todos voltados ao público feminino, e a fantasia (homens violentos sendo domados pela beleza de mulheres como Anna Paquin de True Blood) é bem explícita (e perturbadora). A fantasia não é de um Cary Grant ou George Clooney (caras comuns que venceram na vida e agora são machos alfa). Não, é de violência cruel e de dominação, pura e simplesmente.
Breivik é um homem doente e perturbado. Mas sua motivação é primariamente sexual e primitiva, e não política. Muito ao contrário de, por exemplo, Volkert van der Graaf , o assassino de Pin Fortuyn , que van de Graaf matou por Fortuyn se opor a integração muçulmana e suas visões conservadoras [era de conhecimento geral que Fortuyn era gay assumido e conservador]. Não, Breivik é apenas mais um macho beta descontrolado.
Toda sociedade tem seus indivíduos doentes. Uma grande sociedade terá mais pessoas doentes. A questão é, como uma sociedade pode lidar com estas pessoas, e como poder diminuir os danos que uma pessoa dessa pode vir a causar?
A resposta para o Ocidente (e isto inclui a China costeira) é… não há como impedir que tais coisas ocorram. A maioria destes perdedores acabam canalizando suas frustrações em coisas como o World of Warcraft ou algo do gênero. Se divertindo até a morte, eles acabam fugindo de uma corrida que eles nunca poderão vencer. Uns poucos acabam se descontrolando e fazendo atos bizarros de violência. As vezes planejados com anos de antecedência, como no caso de Breivik. Por causa da doentia visão “perdedor/vencedor” da sociedade atual, doentes mentais como Breivik não sentem nada por mulheres e crianças. Eles são apenas “filhos dos outros” que eles podem matar, como os chineses que atacam jardins de infância.
A razão não é política. Só são os perdedores se “vingando” dos ganhadores. Breivik plantou uma bomba na sede do Partido Trabalhista e logo após foi atacar os filhos dos partidários trabalhistas no acampamento. Algumas questões importantes restam: como ele conseguiu fazer bombas de fertilizante que funcionavam, dado as dificuldades que outros terroristas tiveram em fazâ-las (como o ataque realizado por Faisal Shazad, por exemplo). Mcveigh praticou no deserto do Arizona para aperfeiçoar o sistema de detonação de sua bomba (e com isto fazendo com que ele não explodisse junto com ela, já que ele não queria morrer), bem longe de Oklahoma. E é claro que só depois que o FBI entrou no caso que se descobriu isto, mesmo com os vizinhos da área reclamando do barulho de explosões para a polícia. Mcveigh também teve a ajuda de Terry Nichols. Uma grande bomba de fertilizante precisa de alguém forte para ser feita, já que precisa ser misturado diesel ao fertilizante, grandes galões para serem guardados e grande força física para colocar estes galões numa van. Isto não parece ser algo que só um cara faria.
Também há de se descobrir como, depois que o veículo foi para os ares (parece que tinha mais de um veículo envolvido, pelos relatos) Breivik conseguiu chegar até a ilha, mais de 20 milhas de distância de Oslo. E com uma mala recheada de armas e munições, pesada, e com um uniforme de policial. Isto sugere pelo menos um outro carro escondido em algum lugar e possivelmente um motorista.
E também temos as restrições legais contra as armas na Noruega. “Pistolas automáticas” são consideradas armamento militar, e não estão disponíveis a civis. Os relatos afirmam que Breivik usou uma “pistola automática” no tiroteio. As licenças para armas são caras, tanto para adquirir e para manter, assim como as munições, que também são restritas.
E ainda não se sabe direito como Breivik chegou até a ilha. É provável que ele não foi nadando com esta imensa quantidade de armas que ele carregava. O que siginifica que ele arrumou um barco (a polícia verificou que não tinha barcos disponíveis, e verificou que os tiros foram efetuados a menos de 1 km de distância).
Acredito que alguém mais o ajudou. Provavelmente alguém de personalidade mais fraca dominado por Breivik, como no caso dos franco atiradores John Mohammed/Lee Boyd Malvo Beltway, ou em Columbine. (NT: Segundo notícias mais recentes, aparentemente ele teve ajuda sim)
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fonte: http://whiskeys-place.blogspot.com/2011/07/anders-breivik-beta-male-rampage.html
1 comentário
O Massacre de Realengo é uma prova cabal da REvolta dos Betas… Um carinha que sempre foi rejeitado pelas meninas mais bonitas, após muitos anos decide ir lá na escola onde sofreu esses “abusos” e matar justamente só as mais bonitas… Para vingar a sua frustração…