Andando em círculos – Parte 1

Neste artigo, Angry Harry explica porque não se deve usar a “igualdade” para lutar pelo direito dos homens, além de dar outros conselhos valiosos. Como o artigo é meio grande, dividimos ele em 3, e publicaremos as outras partes durante a semana. Boa leitura!

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por Angry Harry

Vez ou outra, grupos masculinistas podem ser vistos em batalhas por aí debatendo se o movimento é de certo modo “covarde” e politicamente correto para poder conseguir promover alguma mudança, ou ao contrário, se são muito hostis e que só defendem o seu lado.

Este é um assunto muito importante e que eu venho discutindo há vários anos. E digo o que conclui sobre isso tudo, e é uma resposta bem simples.

Sem a beligerância, sem a vontade de defender implacavelmente o seu lado e a hostilidade, os direitos dos homens ficarão cada dia piores.

E não há nenhuma evidência plausível por aí que possa provar o contrário, até onde eu sei.

Se você estudar a nossa História, nossa Psicologia e nossa Biologia, irá descobrir rapidamente que apenas os grupos mais agressivos é que conseguem conquistar o que querem. Isto não é novidade.

(E se por acaso existir evidências que provem o contrário, elas serão totalmente encobertas pela montanha de provas que dão crédito a minha conclusão.)

Eu já discuti este tópico em outros artigos que podem ser lidos em inglês na página Ativismo Efetivo, e neste artigo eu gostaria de focar – mais uma vez! – na minha crença que concentrar o debate sobre questões de gênero apelando para a “igualdade entre sexos” é de pouco valor para o movimento masculinista.

Ao contrário, eu sugiro que todos os que militam pelo masculinismo a acreditarem que a melhor rota para alcançar uma sociedade melhor é alcançada mais efetivamente se for deixado claro que forçar a “igualdade” será prejudicial para toda a sociedade, principálmente para os homens.

1 – A primeira coisa a entender é que, na prática, a busca pela “igualdade” não é apenas inútil, mas para procurá-la acabamos por causar inconveniências monumentais à sociedade, além de dar aos governos a capacidade de acumular cada vez mais poderes (veja os artigos em inglês Igualdade entre homens e mulheres não pode ser alcançada e Por que o governo ama o feminismo.

Muitos masculinistas americanos aparentemente compreendem isto.

Mas no entanto, as vezes eles escondem que o objetivo é a “igualdade” e usa alguns meios indiretos de se referirem a ela.

Por exemplo, ao invés de dizer que eles estão na luta pela “igualdade”, eles poderão dizer que lutam por uma sociedade onde as pessoas podem ter “oportunidades iguais”, ou onde ninguém terá “privilégios especiais” – ou algo do gênero.

Mas estas belas aspirações são tão inalcançáveis e seus conceitos tão indefinidos que nem no caso da luta pela “igualdade”.

Assim, por exemplo, se você não acha que homens ou mulheres devam ter privilégios especiais sobre o outro, então você está buscando a “igualdade” de tratamento, a qual, como já explicado, não pode nunca ser encontrada. (veja mais no artigo em inglês Uma guerra permanente entre os Gêneros?)

2- E como medir essa “igualdade”, quando você achar que realmente a encontrou? Afinal, as coisas parecem “iguais” só por que um dos grupos receberam privilégios especiais para SEREM iguais?

Neste caso, isto é realmente igualdade? Não é.

E como se pode medir a igualdade, então?

Pelos ganhos? Como as feministas vivem fazendo? Sim? Não?

Homens em média vivem 5 anos menos que as mulheres. O GANHO não é “igual”.

E os masculinistas vivem reclamando sobre seus parcos “ganhos” o tempo todo. Enquanto ao mesmo tempo eles criticam feministas que medem a igualdade através dos “ganhos”! Meu deus!

Então, isto tudo não se parece com um jogo?

Sim, se parece. Fico preocupado com isso. Mas isto é habilmente ocultado pelas feministas e pelos governos., que escondem que de fato tudo isto é só o desejo deles de conquistar dinheiro e poder para si próprios, escondendo essas inteções com um monte de táticas diversionistas, como o contínuo uso da luta fútil e inatingível pela “igualdade”.

É como se eles dissesem: “Nos dê cada vez mais dinheiro e poder que nós iremos, algum dia, descobrir o reino encantado para vocês!”

É claro, não há reinos encantados; mas eles vão ganhando mais e mais por ter a pretensão de procurar este reino encantado e ainda por parecerem verdadeiramente dispostos a encontrá-lo.

3- Então, enquanto muitos ativistas masculinistas afirmam que estão procurando algo como a “igualdade” e/ou o fim de privilégios especiais, a realidade é que eles admitem que eles estão caçando algo que nunca encontrarão.

Na verdade, se você não tem um jeito de medir a igualdade, então você não tem como dizer com certeza se um lado recebe ou não privilégios especiais – com questionamentos que vão se estendendo e piorando indefinidamente, principalmente se um dos lados está em “desvantagem”.

E se eles já não são iguais, de começo, então como é que você não vai torná-los “iguais” sem a concessão de privilégios especiais?!

E se você está dando privilégios especiais para “igualar” os dois lados, então você não está tratando os dois lados igualmente.

Você está ajudando um lado mais que o outro!

É claro, para poder sair desta arapuca, os masculinistas podem decidir que os homens e mulheres são “iguais” no ínicio (que é o que as feministas fizeram quando lhes convinham) e, em seguida, atribuir as diferenças de “ganhos” sobre alguma discriminação.

Só que há dois problemas com esta aproximação.

A) Se os ativistas masculinistas deccidirem que não há diferenças entre homens e mulheres, é como se eles afirmassem que a Terra é plana. E assim eles serão considerados como idiotas – como as feministas já são.

Um exemplo simples, homens são mais altos que mulheres. Uma diferença óbvia. E na verdade está é uma diferença que pode ter inúmeras conseguências sobre infinitas circunstâncias da vida que são pertinentes na diferenciação entre ambos os sexos.

(E, estranhamente, há um estudo afirmando que mulheres mais altas ganham mais dinheiro que mulheres mais baixas.)

Para os masculinistas, alegar que não houve diferenças entre homens e mulheres no início seria algo ridículo – e este é um dos motivos porque nenhum deles fazem tal afirmação.

Mas logo que você admite que qualquer diferença significativa inerente entre homens e mulheres, você mata qualquer tentativa de determinar a “igualdade” de qualquer forma válida.

Resumindo, se você afirma que homens e mulheres não são iguais desde o início, então você precisa ignorar estas “diferenças” vez ou outra para poder conquistar a tal igauldade que você está procurando

E isto não pode ser chamado de “igualdade”.

Por outro lado, se você continua afirmando categoricamente que homens e mulheres são iguais desde o início então você precisa fazer uma avaliação mental, pois esta igualdade jamais existiu.

Em algum ponto você poderá ouvir por aí que na verdade esta “igualdade” simplesmente é igualdade de “valor”. Homens e mulheres “valem” o mesmo.

“Eles podem ser diferentes”, falarão. “Mas eles ‘valem’ a mesma coisa”.

E se tiver algum público assistindo a isso, com certeza logo depois virá aquelas chuva de aplausos que estas afirmações costumam receber.

Porém, esta realidade não vai muito além da vaga noção de “igualdade”. É um passo dado na direção correta – pois ele ajuda a reduzir alguns desequilíbrios entre os gêneros – mas quando se trata das questões abordadas pela causa masculinista, este conceito de “valor” torna-se um tanto intangível, imensurável e, por sua vez, inútil.

Na verdade, é só ver os malefícios infligidos pelo feminismo – e eles realmente são muitos (veja o artigo em inglês Os benefícios do feminismo) – para poder constatar que todo esse papo sobre “igualdade” e “valor” (e todos os bilhões e bilhões de dólares gastos com isso) não fizeram bem algum para os homens.

Os masculinstas querem realmente mais do mesmo? Eles querem realmente ouvir mais e mais sobre “igualdade” e “valor”?

Termos que na prática não significam nada? E que geralmente resultam em mais e mais desvantagens para os homens?

Então, o que fazer?

Bem, já falei sobre isto algumas vezes, então eu não vou colocar aqui tudo de novo – mas posso dizer isto:

Se o movimento masculinista quer ver as coisas mudar, então eles tem que “gerar calor”.

Por quê?

Bem, não tenho muita certeza se isto realmente importa – dentro dos limites – porque eu desconfio o que a maioria das fontes de calor fazem…

B) Se partirmos do pressuposto de que homens e mulheres eram iguais no início, então quaisquer diferenças nos “resultados” provavelmente serão usados como o principal método para medir a quantidade de “desigualdade ” no sistema.

O problema é que se qualquer diferença que leve a resultados diferentes entre aqueles que começaram em termos “iguais”, então isto significa que em algum momento depois deste início eles não eram realmente “iguais”. Assim, teríamos que inevitavelmente ficar caçando aonde foi o momento em que se pode determinar que as diferenças começaram a influenciar o sistema.

E não é isso que vemos acontecer, se repetindo indefinidamente?

“Homens cometem violência doméstica por que a recente história do domínio patriarcal os ensinou que eles devem ser os chefes de família.”

“Homens se dão melhor nas ciências exatas por causa que eles brincam com brinquedos diferentes das mulheres na infância.”

“Homens são mais promíscuos que mulheres porque seu DNA os programa a “deixar suas sementes” sempre que possível.”

Com certeza são informações interessantes. E não estou sugerindo que estudar sobre isto é perda de tempo.

Mas aonde isto irá nos levar quando assunto é as questões sobre os gêneros que temos no mundo atual?

Na verdade, o fato de que as diferenças de resultados podem ser rastreadas até onde até onde outras diferenças começaram a influir nestes resultados simplesmente agrava o que já é uma experiência bastante horrível – o feminismo e suas diversas consequências.

E quanto mais estes pequenos detalhes que provocam as diferenças forem estudados, debatidos e politizados, cada vez mais recursos serão gastos para coagir pessoas para se conformarem com leis esdrúxulas que são designidas a combater essas diferenças.

E, sem dúvida, tudo isso criará mais e mais hostilidade entre os grupos que estão sendo estudados, com boa parte da hostilidade sendo cinicamente criada apenas para que mais recursos sejam captados.

fonte: http://www.angryharry.com/esGoingRoundInCircles.htm?EA

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