Desde pequenos, os garotos são ensinados a persistir e a vencer. São contados para eles histórias onde a mensagem que fica é que se você tem que lutar contra todas as adversidades para quem sabe ganhar a glória que você tanto deseja. Estórias de cavaleiros fantásticos (geralmente usados também para empurrar goela abaixo as noções de cavalheirismo) que matam dragões ficam na mente dos meninos. Gladiadores e conquistadores que reinam supremo enquanto lutam por tudo que é certo no mundo e que defendem as pessoas de seu vilarejo. Rockeiros famosos e atletas campeões prendem a atenção do mundo enquanto milhões gritam seus nomes em excitação. São estes os exemplos a seguir.
Nenhuma criança não tem seu glorioso herói a se espelhar, e praticamente toda criança sona em ser a pessoa que irá lutar por tais coisas não importando o quanto isto irá custar.
Quando um jovem está quase em colapso, é dito a ele para se aguentar, aturar a dor e seguir em frente. As animadoras de torcida continuarão gritando por seu nome, não importa a lesão sofrida. A princesa está aguardando atrás dos monstros, enquanto você luta por liberdade e justiça para salvar o mundo ao seu redor. Isto é o que a vitória te dá! Fama! Glória! Poder! O amor do povo! Você é um herói aos olhos deles e será considerao como um deus entre os homens.
É claro que por trás do cavaleiro com sua armadura brilhante, do astro de futebol e do soldado valoroso nós também temos uma história triste. O milésimo cavaleiro a enfrentar o dragão, a última esperança do time de futebol e o grande soldade que salva o dia tem algo em comum. Eles foram os últimos a aceitarem o desafio. Eles afinal não são tão especiais quanto o próximo que aceitará lutar contra o imposível. Caso eles falhem alguém virá e tomará o lugar deles. Seja ele o bobalhão pomposo que lutará contra a besta, o atancate revelação da próxima temporada ou o recruta recém saído do treinamento – eles não são realmente a última esperança.
Não, na verdade eles não passam de ferramentas. Ferramentas da sociedade. E isto não é diferente dos heróis da vida real que colocam suas vidas em risco, perdem tudo e são destruídos no processo. E se você foi destruído, você é apenas mais uma estatística. E se você falhar, então mais glória será oferecida para se fazer a tarefa. A glória do herói é baseada em quantas pessoas falharam antes dele, quanto mais pessoas falharem, mais amor eles receberão.
Algo demais para uma glória.
E como a sociedade continua a fazer com que as pessoas continuem atrás da glória? A glória é então associada ao amor. Depois de crescer ouvindo inúmeros contos de bravura e do amor que é recebido junto à glória, você descobre não o amor incondicional, mas sim o amor com requerimentos. Se você não quer se sacrificar, como pode ser amado? De acordo com os nossos belos mundos da imaginação, se não há sacrifício, não há chances para o amor.
Os homens simplesmente não podem ter o amor, eles tem que conquistá-los. Sendo forçado a ganhar o amor, as massas usam este amor como uma isca para a servidão masculina. O amor irá atrair os tolos de encontro à glória, levando muitos para uma morte prematura e desnecessária.
O amor é a glória, e a glória é o amor os unindo, os homens tem que aprender a se sacrificar.
Não há santuários, paradas, cerimônias para aqueles que foram bem sucedidos sem terem que se arriscar sua própria destruição. Esta é a verdade nua e crua. O herói fez o que nenhum pode fazer, mas se ele não conseguisse outro iria conseguir, sendo atraído pela promessa de receber amor. Esta é a verdade sombria atrás da glória.
fonte: http://riseofthezetamale.blogspot.com/2011/07/delusion-of-glory.html
1 comentário
Isso foi fodástico!!