Textinho meu que escrevi por aí a tempos atrás. Estou colocando ele aqui também, para consulta dos demais leitores. Espero que gostem.
Um mal da nossa era é “achar que tá confortável”. Isso é muito comum com cara que se mata pra passar em concurso público bom e acha que depois que passa e é chamado é só esperar 35 anos pelas aposentadoria…
Meu deus, que patético isso!!!
Ao contrário dos liberais que são contra concursos por “sugar dinheiro” do contribuinte (o que não deixa de ser um dos problemas, neste caso), eu sou contra justamente pela estagnação. Por essa paradeira que dá na mente das pessoas. Mas isso já é outra história.
Quando leio o cara falando “já cheguei a um ponto bom” eu fico FURIOSO! Como bom? Como assim? Não tem mais nada na vida pra se fazer? Nada novo pra dominar? Novas metas, conhecimentos a se adquirir e serem botados em prática? Nada?
Uma coisa que gosto de ler nas biografias dos grandes líderes de nosso tempo é justamente que eles não sofrem desse mal: estão sempre atrás de mais. Sempre atrás de evoluir, de ser melhor do que eram ontem.
Pegamos o Silvio Santos, por exemplo. O cara tá “num ponto bom” x1000000 vezes superior a todo mundo que tá lendo isso aqui JUNTOS. E tá todo o dia lá nos estúdios do SBT ou envolvido nos negócios da emissora, seja gravando, seja administrando, seja correndo atrás pra melhorar a programação do SBT. Resumidamente: SEMPRE QUERENDO EVOLUIR.
Confesso que tempos atrás tive um estagnação parecida com essa. Acha que já tava “confortável” e que não precisava fazer mais nada na vida. Que tava tudo bom. E, por mais contraditório que isso possa parecer, tava num momento onde fiquei bem pra baixo. Bem mais quando eu tava numa pindaíba miserável e comendo o pão que o diabo amassou.
Tive um estalo quando li a biografia do Jece Valadão, onde ele falava justamente isso aqui:
“O cara tem que criar, do contrário não sobrevive. Isso vale para qualquer um. Quem não consegue criar, ser habilidoso, não sobrevive. É a própria vida quem ensina.”
Outro estalo eu tive quando vi a nova série Cosmos e comecei a ver a vida dos grandes gênios do passado. Faraday, Halley, Newton, entre outros. Ficou claro como a luz do dia. Se o cara não “cria”, ele não sobrevive. Se ele não tem essa alegria de viver e evoluir, a alma morre. E era justamente isso que tava me matando!
Peguem por exemplo a história de Michael Faraday. O cara nasceu ferrado, teve pouco acesso a educação formal e tinha que conciliar a vida científica com cuidar da família. E mesmo assim gravou seu nome na história. Até o fim da vida, ele contribuiu para o aumento do conhecimento humano. Tinha alegria naquilo que ele fazia, mesmo com tudo conspirando contra ele.
Nós não precisamos de uma “felicidade” ilusória, se tornar um mero macho alfa ou ficar com 40 de braço pra agradar essas promíscuas que tem por aí… Nós precisamos criar. Ser “eternos insatisfeitos” com a qualidade das coisas que fazemos. Sempre buscar evoluir! Alcançar essa alegria de viver e de criar.
Caso algum dia se sinta estagnado, recomendo pegar um bocado de argila e tentar fazer um vaso…
11 comentários
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Depois que eu li o texto, eu percebi, que os momentos que eu fico mais satisfeito são os que estou pensando em montar algum equipamento, ou uma montagem. Exemplo, projetando coisas pra construir, soldando peças montando móveis e até mesmo cozinhando. Agora quando fico estagnado aem nada pea fazer, vai batendo uma agonia e logo eu vusco alguma coisa pra fazer, organizar a casa é um exemplo.
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Pois é.
O trabalho é apenas um aspecto da vida, a criatividade pode ser exercitada em muitas outras áreas, melhor passar a vida num único emprego estável q ficar pulando de um trabalho a outro alternando com períodos de desemprego. Para uma pessoa normal a vida não se resume a apenas trabalhar e ganhar cada vez mais dinheiro. Acho que vc quis falar sobre ambição. ..
Autor
Não…
http://forum.bufalo.info/showthread.php?tid=9431
Sim, todo homem já nasceu com habilidades para criar algo de útil para a sociedade, habilidades essas dadas por Deus. O problema é que a maioria prefere correr atras de emprego, coisa que embota o raciocínio. Penso que a melhor coisa que pode acontecer a um homem é ficar desempregado, porque aí ele é obrigado a usar a mente para se sustentar, fazendo algo diferente do que vinha fazendo anteriormente.
Estou criando um jogo de alimentos, onde ensino as pessoas a selecionar os melhores alimentos para cada parte do dia com um book contendo as propriedades nutricionais de todos eles e os benefícios para a saúde. Espero que um dia o jogo vingue.
Ate entendo sua proposta, porem ser escravo dos impostos e do lucro é dose. Trabalho num banco privado, e sou sugado, alem disso tenho que viver com fantasma dos assaltos. Na iniciativa privada so vale a pena se tu tiver seu proprio negocio, pois vida de empregado é um desgaste. De uma olhada nesse artigo e reveja seus conceitos:
http://jcconcursos.uol.com.br/portal/noticia/concursos/vida-em-paragrafos-2015–62344.html
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Onde, em qualquer momento do texto, eu falei q tem q ser escravo dos impostos e do lucro?
Nao disse, mas quem quer ‘criar’ na iniciativa privada, vai acabar (na maioria das vezes) sendo escravo dos impostos e do lucro.
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E eu falei q tem q ser, necessariamente, na iniciativa privada?
Mostre onde falei isso.
Sinceramente esse foi um dos melhores textos que já li
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Obrigado, meu camarada.