Filmes para homens – Filmes de ficção e fantasia – Parte 1

Falta só mais umas 2 semanas para o fim de minhas férias, mas daqui alguns dias deixarei o local isolado que estou e poderei voltar com um ritmo de postagem um pouco menos esporádico do que estava neste mês. Assim que eu terminar minhas férias o Canal volta com o ritmo normal de publicação, e estou pretendendo fazer uma “edição especial” do Jornal da Real, com coisas que presenciei aqui nas minhas férias e acho eu merecem alguns comentários.

Prosseguindo com a série de artigos sobr filmes, agora com recomendações sobre filmes de ficção e fantasia. Boa leitura!

por Movies for MRA’s

A trilogia Senhor dos Anéis

A trilogia inclui os filmes A Sociedade do AnelAs Duas Torres e O Retorno do Rei. Muitos homens gostam destes filmes porque ele mostra um punhado de caras (incluindo hobbits, elfos e anões) trabalhando em conjunto. Mesmo quando eles tem que se separar por causa de algumas catástrofes, os personagens continuam cada um a seguir sua missão para atingir seus objetivos. Isto é verdadeiro especialmente em relação a alguns personagens menores:

O Rei Theoden (Bernard Hill) que domina suas próprias dúvidas e preocupações para liderar seu povo em sua defesa do Abismo de Helm, e depois no cerco as Minas Tirith faz um discurso muito empolgante. Enquanto isso, Faramir (David Wenham) supera seus conflitos internos em ter o poder do Anel e desiste de um poder maior para alcançar a verdade superior. Eu realmente gostei da cena no filme As Duas Torres onde, num momento crise, Faramir atira nas bestas aladas dos Nazguls e salva Frodo de si mesmo.  Isto é trabalho em equipe.

O diretor Peter Jackson escolheu uma abordagem interessante para filmar a trilogia, usando locações na Nova Zelândia para representar a Terra Média. Isto faz com que o filme pareça mais real. Há efeitos especiais aqui, é claro, mas somente quando necessário. Os atores reagem de forma realista quando a situação é bizarra demais até mesmo para eles. Quando Frodo, Sam e Gollum chegam ao Portão Negro de Mordor, você nota tanto o medo quanto o orgulho em seus rostos por conseguirem chegar onde nenhum hobbit jamais esteve.

A trilogia é longa, especialmente se você for ver a “versão do diretor” do filme. O que mais impressiona em Senhor dos Anéis é que ele não é apenas um bom filme, mas sim que conseguiu ser feito!

Excalibur (1981)

Este filme é a visão de John Boorman sobre a lenda arturiana. É uma mistura estranha entre armaduras medievais mais modernas com personagens do ínicio do período das trevas, mas a razão pela qual eu recomendo este filme é pela sub trama envolvendo Sir Perceval na segunda metade do filme. Ela mostra a lenda de Parsifal  e vai até as raízes dela, que datam mais de 1000 anos.

Para poder encontrar o Santo Graal, Perceval deve ir em uma jornada em que seu objetivo, que ele consegue realizar no fim, não é um objeto físico. Ele encontra a feiticeira Morgana La Fey e resiste as suas bajulações e acaba assim sendo enforcado numa árvore onde, na beira da morte, ele vislumbra o segredo do Graal. Mais para a frente, depois de uma purificação simbólica, ele chega a conclusão que o verdadeiro Graal é a iluminação interior e e assim ele pode finalmente repassar a verdade para o Rei Arthur sobre a unicidade do Rei e da Terra. Isto vai ter sentido para todos aqueles que já conduziram uma jornada guerreira, ou pensa em conduzir uma.

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O 13º guerreiro

O filme é uma adaptação do livro de Michael Crichton “Eaters of the Dead”, que reconta a lenda de Beowulf. Antonio Banderas interpreta um sarraceno que se une a alguns vikings para combater o Mal Supremo. E quem está por trás deste grande mal é uma matriarcal deusa terra! É meio piegas, mas afiem suas espadas e preparem sua pipoca!

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Mortos que matam (The Last Man on Earth)

Você é o único humano vivo num mundo que foi despopularizado por causa de uma epidemia bizarra. De noite, você tem que lutar contra hordas de zumbis que ficam tentando atacar sua casa, que mais parece uma fortaleza. Durante o dia, você luta para tentar manter sua vida suportável enquanto mata quantos inimigos que estão dando bobeira puder. Então você faz isto no dia seguinte, e no próximo, e no próximo…

Voce é o último homem da Terra.

Mortos que Matam estrela Vincent Price como o herói principal. É um papel interessante para ele. Ele o interpreta de forma direta, sem sua ironia usual. Ele faz seu personagem Robert Morgan trabalhar como um homem que usa o cérebro para tentar lidar com uma situação impossível, enquanto tenta manter a sanidade no processo. Este não é um filme de ação. Há mortes aqui, de forma desagradável e necessária, mas este não é o escopo do filme. Morgan não sente prazer algum em fazer isto, então aqui não é lugar para heroísmos. Price interpreta um verdadeiro “homem da mente” Randiano, literalmente tendo que enfrentar sozinho um mundo hostil. Não importando as circunstâncias externas, ele é fiel aos seus princípios, que é a tentativa de encontrar a cura para a epidemia.

Mortos que Matam pode ser visto como uma parábola sobre a alienação. Um homem lutando contra um mundo que perdeu sua humanidade. A cidade vazia, os antagonistas mortos-vivos, a busca por uma cura – preenchem os espaços das metáforas que você achar melhor. Significativamente, o personagem de Price perdeu sua esposa e filha durante a epidemia, assim como muitos homens perderam suas famílias para um sistema que está contra eles.

Boa parte do filme é composta por flashbacks. Temos a usual cena do Exército tentando combater a praga, mas o melhor que eles conseguem fazer é queimar os corpos em piras imensas. Este não é o filme de ficção padrão da década de 1950 onde o Pentágono salva o dia no último minuto. O fim do filme nos dá alguma esperança, mas não da forma de fazer as coisas se parecerem como eram antes da praga. Não há retorno para casa. Uma nova geração de humanos surge. A humanidade prossegue, de alguma forma. Apesar de sua intenção, Morgan se torna a lenda do mundo novo.

Mortos que Matam foi a primeira tentativa de adaptar para os cinemas o livro de Richard Matheson, “Eu sou a Lenda” (o nome original do personagem principal era Neville, que por alguma razão os realizadores do filme resolveram trocar). Anos depois ele foi regravado como “A Última Esperança da Terra” (com Charlton Heston) e mais recentemente como Eu Sou a Lenda (com Will Smith). Ambos os filmes parecem que não captaram o espírito do filme original, talvez porque se preocuparam mais com os efeitos especiais e as locações, assim transformando o filme numa fita tradicional de ação.

(Algo que vale comentar é que “A Última Esperança da Terra” é um filme bem datado, com seus hippies e personagens usando cabelo afro; mas por outro lado Charlton Heston tem uma atuação muito boa, e a sua cena onde ele grita “Não há telefones tocando!” é antológica.)

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Quatermass 2 – Usina de monstros

Dois homens de meia idade – um cientista e um burocrata da polícia – enfrentam uma invasão alienígena na Inglaterra, em um tempo imerso nas profundezas da Guerra Fria. “Quatermass 2 – Usina de monstros”, é o segundo filme da série da Hammer que foca na carreira do professor Alan Quatermass, interpretado aqui por Brian Donlevy; John Longden é o Inspetor Lomax. O filme mostra o valor do intelecto, da experiência e da determinação. E como dito, os dois heróis já são homens de meia idade, e não os bombadões tradicionais dos filmes de ação. Aqui surpreender o inimigo usando a inteligência é mais importante que usar a força bruta, mesmo que o filme tenha uma boa quantidade de tiroteios mais para o fim.

Quatermass 2 – Usina de monstros é cheio de cenas interessantes, como uma em que Quatermass, usando uma roupa de proteção contra agentes tóxicos, se infiltra numa base alienígena com seu imenso domo central e vislumbra o segredo interior que roubou os seres humanos de sua livre vontade. O homem precisa olhar no coração das trevas para poder ser liberado.

Quatermass 2 se passa em algum lugar da Inglaterra da década de 1950, onde a sociedade parece normal mas sob sua superfície temos organismos alienígenas tomando o controle das mentes humanas. há aqui um aspecto orwelliano do processo de controle mental, com vários cartazes exigindo o silêncio, paramilitares usando máscaras de gás e pessoas entoando as palavras de ordem do partido – ou algo assim! E tudo fica mais real por causa das locações utilizadas no filme, com belas cenas rodadas em Londres e no interior da Inglaterra nos minguados tempos do Império. Muito do filme foi rodado num surreal complexo industrial de uma refinaria de óleo, sendo a base alienígena acima mencionada. Talvez isto seja uma metáfora de como as grandes coisas que os homens contruíram foram pervertidas contra eles por um sistema controlado por forças hostis.

Mas não tenha medo, no fim Quatermass continua em sua luta e acorda as pessoas certas. O final é uma batalha bizarra dos homens livres combatida em meio a gótica geometria industrial, e temos até uma bomba nuclear explodindo, afinal, estamos na década de 1950! Mas na verdade, o que Quatermass 2 quer passar é a descoberta da verdade e como esfregar isso na cara de uma sociedade alienada. E é esse tipo de coisa que precisamos ver mais nesses decadentes dias atuais.

Orwell provavelmente entenderia.

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Batman Eternamente

Este terceiro filme da série Batman é um pouco estranho, mas há coisas boas nele. Batman Eternamente nos mostra Batman (Val Kilmer) lutando contra a aliança composta por Duas Caras (Tommy Lee Jones) e Charada (Jim Carrey). Durante o filme, Batman se une a um novo ajudante, Robin (Chris O’Donnell). Há boas cenas de tutor e aluno entre o veterano Bruce Wayne (Batman) e o novato Dick Grayson (Robin), especialmente quando o veterano alerta ao super herói novato as consequências da violência. Wayne não fica dando sermões, simplesmente ele diz o que tem que dizer e deixa que Robin tome suas próprias decisões. Robin via embora mas depois retorna, dizendo que Wayne não é apenas seu amigo, mas um companheiro.

Nichole Kidman interpreta a psiquiatra da polícia, mas ela não é a fêmea fatal que temos nos outros filmes do Batman. Na maioria das vezes ela usa uma maquiagem branca e usa roupas negras que a fazem parecer uma fantasma. Ela é yin para o yang de Batman.

Uma boa cena é onde Bruce Wayne e Edward Nigma (Charada) estão numa festa que coloca o “d” na palavra decadência. Cada um está dançando com duas das mulheres mais bonitas de Hollywood (Drew Barrymore, Kidman), mas ambos ignoram as beldades em seus braços para entrarem numa guerra de vontades. Kilmer então se encontra numa máquina controladora de mentes que o leva a enfrentar seus medos interiores, algo que é usado contra ele mais para a frente. (Kilmer parece que interpreta esta cena da forma que ele gostaria de interpretar Jim Morrison no filme The Doors, de Oliver Stone.)

Há uma coisa interessante nas entrelinhas do filme, que mesmo meio escancarada ainda assim pode passar despercebida entre todas aquelas explosões. Os dois vilões do filme, Duas Caras e Charada, tem qualidades femininas que chegam até as raias do clichê. Isto é muito óbvio com Charada, com suas alterações de humor selvagens que o levam até a histeria. Mas mesmo Duas Caras, que nos quadrinhos é alguém mais calculista, acaba soltando seu lado feminino e caindo em prantos quando um de seus planos para atacar o Batman falha. A cereja do bolo é quando vemos os dois vilões se parabenizando e agindo como duas garotas fúteis fazendo compras em shopping.

Talvez isto seja culpa do estilo exagerado de Carrey para interpretar seus personagens que acabou contagiando Jones, que é mais sério, para ver quem tentava roubar mais as cenas. Um dos temas princiáis do filme é a luta contra o yin e o yang que cas apessoa tem, que pode ser tipificado como uma luta entre o lado feminino e masculino em uma pessoa. (O simbolismo é mostrado de forma blatante com o paraquedas do Duas Caras e depois com os sonhos bifurcados da Dra. Meridian.)

Mesmo com o filme sendo considerado entretenimento pop, eu ainda vejo o filme como uma luta entre os lados feminino e masculino em um homem. Os vilões falham em resolvê-lo, acabam cruzando a linha da identidade sexual, agem como mulheres caricaturais e acabam caindo no caos. Emoções, sentimentos e intuição os dominaram. Em um trecho do filme Duas Caras percebe no que ele se tornou e racionaliza “a emoção é sempre inimiga da verdadeira justiça.”  Mas isto é apenas um lampejo temporário, como Batman percebe e usa os próprios surtos de loucura de Duas Caras para levá-lo a sua ruína. E com Charada, ele termina numa cela de hospício, arrastado até este ponto devido a imensa inveja que tinha de Bruce Wayne.

Bruce Wayne também que travar uma luta da razão contra a emoção. Chase Meridian é o sustentáculo entre esses dois lados, sendo ela mesma uma observadora racional que consegue ver, talvez tarde demais, entre as duas identidades. A interjeição causada por Chase coloca Batman/Bruce Wayne com ciúmes de seus alter egos que se alternam. É este conflito interno que levou seus adversários à destruição. Mas ele não se deixa levar por vinganças emocionalistas, e derrota seus medos ao invés de ceder a eles. Quando a crise vem, Batman controla suas emoções e a razão triunfa.

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fonte: http://home.earthlink.net/~jamiranda/mramovies/id8.html

7 comentários

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  1. http://tiffanyslittlebox.blogspot.com.br/2012/02/friendzone.html

    Nunca vi um texto tão deplorável em minha vida, praticamente um manual de instruções de como humilhar homens.

    1. É uma vadiazinha,é por isso que temos que espalhar mais e mais as obras de Nessahan Alita,para que esses homens de hoje não caiam em suas armadilhas.

    2. Só consegui ler o texto hj. Digo que é uma das maiores reais sobre a friendzone que eu já bati o olho. Se o camarada ler isso aí e ainda se sujeita a ser miguxo, merece ser explorado mesmo.

      Enquanto a autora, desejo a ela o mesmo que o Leônidas do 300 deseja ao corcunda traidor: “Espero que tenha uma vida longa” (se é que não fui sutil demais rs)

      1. Barão, respondi a ela pela segunda e ultima vez. E tenho que concordar, é um texto deplorável, mas a pura realidade.

        Nicolas disse…

        Tem algumas incoerências em seus argumentos/definições taína:

        O seu conceito de respeito ao que parece se relaciona muito mais atração física/emocional que um homem lhe passa, do que propriamente aos valores deles.

        E qual a definição de valores? Vou ter que recorrer a moral nesse caso; são costumes que a sociedade preserva ao longo do tempo com a finalidade de impor limites ao individuo inserido em uma comunidade e norteá-lo quanto ao trato com os demais.

        Um amiguinho/perfeitinho não tem as caracteristicas de um homem que causa atração em você: alta auto-estima, grande senso de respeito por si prórprio, independência de mulheres controladoras/manipuladoras como você se descreve ao longo do texto etc.

        Mas ainda sim, eles geralmente tem muito mais valores do que a média das pessoas, pois são os que mais respeitam as regras morais, quer isso importe ou não para você e para a sociedade de modo geral.

        Não estou a defender esse modo de vida; um homem tem que ter muito respeito por si próprio, e ter senso de independência. Mas nem todas as pessoas nascem em ambientes favoráveis para o desenvolvimento de tais características, o que não as fazem desmerecedoras do respeito que os individuos/sociedade lhe devem.

        Seu argumento em poucas palavras é falho e incoerente.

        Sem mais.

        1. Não tente argumentar com mulher. Regra básica do Nessahan. Argumentar com mulher é o mesmo q tentar ensinar um cavalo a latir. Infrutífero e sem sentido.

            • Nicolas em 12/09/2012 às 3:05

            Pura verdade, destrui os argumentos dela, e ela parece dar voltas eternas sobre as mesmas questões. Pelo menos treinei meus argumentos, ela ao menos foi útil para isso, e para mostrar com seu aquele seu texto mal escrito esse lado perverso das mulheres.

  2. coloca ai lutador de rua, muito bom…

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