O Texto a seguir foi traduzido do site “SOCIAL MATTER”
Traduzido por GRANT TAYLOR, no link: https://www.legiaoidentitaria.com/single-post/2018/11/13/M%C3%A4nnerbund-101
A fonte da civilização não é a família, o mercado, o processo eleitoral ou um comitê científico de “especialistas”. A fonte da civilização é o Männerbund. Este termo é a fonte dos direitos à propriedade e da moralidade sexual, bem como veículo através do qual uma ação efetiva de um grupo é realizada. Para o nosso estudo, definamos Männerbund como um grupo de homens organizados em uma hierarquia orgânica que surge do instinto competitivo masculino. Ele é formado de forma rápida e natural entre qualquer grupo de homens porque está intrinsecamente ligado à competição instintiva do macho.
Homens, longe de serem ambíguos sexualmente ou indivíduos atomizados com gostos e preferências estritamente racionais, têm um instinto aguçado e notável em matéria de competição e — mais importante — pertencem a uma estrutura hierárquica definida pela rivalidade.
Em outras palavras, o estado natural e padrão entre homens é a hierarquia, que é o resultado e subproduto da competitividade; tendo a concorrência como essência masculina, uma vez que os diferentes elementos competem instintivamente entre si e essa inclinação natural permeia sua relação. Dois homens sempre irão tentar subjugar um ao outro de toda forma até que um deles submeta-se à autoridade daquele que é percebido como superior. Exemplos caricatos são dispensáveis, uma vez que a competição pode ser sutil e intelectual, bem como ruidosa e violenta. Se a submissão se dá de forma cordial e pacífica ou se é resolvida na pancadaria, é apenas uma questão de estilo. Carneiros lutam por poder, gorilas também. Engenheiros de software fazem do escritório um campo de batalha. Os esportes e a guerra são apenas versões em escala maior do mesmo comportamento estimulado pelos mesmos instintos humanos.
Este impulso competitivo é saudável e necessário à ordem. Um grupo de homens competirá implicitamente e explicitamente até que se forme, imperceptivelmente, uma organização hierárquica baseada em autoridade percebida. Especular sobre a origem disso não requer o cérebro de Charles Darwin — competição é a lei básica da natureza, e quem faz parte de grupos coesos supera e esmaga aqueles que preferem trabalhar sozinhos. A programação biológica da hierarquia é tão natural quanto o gatilho neuronal da fome. É importante notar que fêmeas não compartilham desta natureza do mesmo modo, por razões históricas e evolucionárias que podem ser imaginadas com pouco esforço — com qual frequência as mulheres foram conquistadoras ao invés de servirem como prêmio daqueles que conquistavam? Há uma tendência entre pessoas pós-modernas de ignorar a realidade e evitar pensar a respeito de si próprias como realmente são: um amontoado de carne ocupando fisicamente territórios. Preferem crer cegamente que somos uma entidade desmembrada que existe primariamente no mundo das ideias e nos espaços das redes sociais. Quanto mais jovem, mais propenso está o humano contemporâneo a convencer-se de que, ao editar o campo “Posicionamento Político” no Facebook, estará exprimindo suas crenças profundamente. Facebook é a realidade, e a vida só tem sentido se os momentos são registrados numa fotografia e publicados eletronicamente em alguma plataforma.
Apesar dessa confusão mental da juventude, os humanos habitam e ocupam um espaço real, não um imaginário ou virtual. E, como todos os seres que respiram, estão irreversivelmente adaptados a ocupar e sobreviver nesses espaços físicos — e quando os recursos permitem, expandem-no. A própria natureza do universo nos leva a acumular extensões territoriais e bens, não curtidas no Facebook.
Mantendo em mente a inescapável dimensão territorial da existência humana, fica claro que as competições territoriais do passado foram ganhas pelo prevalecimento da união de membros em grupos harmoniosos, não de disputas individuais e isoladas. As raízes do Männerbund estão sem sombra de dúvidas enraizadas no modus operandi de bandos e times de homens de ação cujo objetivo é defender e expandir o perímetro de sua tribo, e as facetas existenciais da masculinidade civilizada derivam dos comportamentos necessários para tal expansão — coragem, honra, disciplina, força, entre outros. Quando pensamos em Männerbunde (pl.) contemporâneos, o “território” é mais metafórico que físico, mas os princípios e mecanismos de cooperação permanecem intactos.
Para fins de esclarecimento, podemos citar Männerbunde que não são, primordialmente, uma força tarefa de defesa territorial, embora atualmente todas as formas de Männerbund de certo modo descendam de sua forma original. Além disso, o Männerbund não requer, necessariamente, que sua existência seja formal ou permanente. Eles tomam forma num curto período — semanalmente — pois funcionam como uma espécie de rede de relacionamentos masculinos que existe na interação entre dois ou mais. Cinco homens que se conhecem ao longo da semana em uma ilha deserta terão para aquele momento um Männerbund, mas é possível que, após serem resgatados, sua configuração seja alterada. O grupo ficará enfraquecido e mais teórico que prático, mas ainda existente. Ou ainda, cinco jovens adultos que tenham crescido juntos por vinte e cinco anos e permanecido unidos o bastante para ir ao casamento um do outro; terão um Männerbund forte.
Um bando que defenda um acampamento improvisado num cenário de vida ou morte é provavelmente um exemplo da forma mais poderosa do Männerbund e mais propensa a preservar suas raízes históricas. Pergunte a um veterano de guerra. Se aspiras ao florescimento duradouro da humanidade e da civilização, tu estarás mais interessado em formar sólidos e longevos Männerbunde.
O Männerbund também é a fonte da moralidade sexual, que é na verdade um subconjunto de direitos à propriedade, já que as mulheres são, naturalmente, propriedade dos homens — seja de seus pais ou esposos. Suponha que tu tenhas um bom amigo. Suponha também que este amigo tenha uma namorada. Tu beijarias a garota dele na frente dele? Não? Por que não? Mas ela não é um indivíduo livre gozando de todos os direitos concedidos a ela por uma sociedade investida dos valores de uma democracia liberal, incluindo o direito de aceitar ou recusar ofertas sexuais consentidas? Ela não é obrigada a aceitar seus flertes, mas se o fizesse, por que haveria de ser execrada? A razão por trás disto é que a namorada do seu amigo é a propriedade dele. E se os dois são amigos, ambos fazem parte do mesmo Männerbund com (pelo menos) dois homens. Ela é “dele”, não sua, e traí-lo com sua própria namorada equivaleria a roubar a carteira do amigo.
Este pequeno exemplo que ilustra o quanto as mulheres são naturalmente propriedade dos homens dispensa formalidades ou reconhecimento do Estado para atestar sua veracidade. De fato, esta situação pode ser analisada como uma espécie de modelo em miniatura, demonstrado numa minúscula escala de três pessoas, a fisiologia da civilização e da ordem. Com dois homens e uma mulher nesta equação em menor escala, o modo correto de resolver o problema da competição por potenciais parceiros é o Mannerbund e seu resultante respeito mútuo e instintivo pela propriedade alheia acompanhado da subcategoria específica de direitos de propriedade que regem os mesmos. A civilização deriva da ordem, e a ordem — contrária a proclamações piedosas de alguns — é comumente mais estável quando é regida de forma instintiva, automática e costumeira pelos indivíduos.
Se não fossem os privilégios econômicos e legais concedidos às mulheres sob os homens pelo Estado no Ocidente, este exemplo de ordem poderia facilmente aumentar de escala exponencialmente, de três pessoas para trezentas, três mil ou três bilhões. Durante a transição de dezenas para bilhões, esta ordem iria adquirir um verniz cultural e religioso, mas a organização biológica e sócio-política subjacente permaneceria a mesma. Sob a ótica liberal-progressista, a política é subproduto da cultura quando o termo se refere ao teatro de marionetes da democracia; porém, é ela a cultura que deriva da política, sendo na realidade a política o desígnio dos mesmos sistemas biológicos e sócio-políticos entre humanos, incorporada em sua forma mais básica pelo Mannerbund. A unidade ainda menor que o Mannerbund é o próprio homem — não o indivíduo, mas o homem.
Pode-se argumentar que a família — especialmente em seu modelo nuclear — é a unidade sócio-política mais primordial que o Männerbund, mas esta conclusão é incorreta. Parafraseando Mencius Moldbug, “hominídeos precisam de governo e política porque são sociais e violentos”.
Clarificando seu pensamento, existe tal necessidade porque especificamente os machos são assim. A mulher e os filhos de um homem são extensões dele, e, portanto, dependentes de sua capacidade de praticar violência para benefício de sua própria família; protegê-los fisicamente de outros homens. Como os homens, eles são sociais, mas sua capacidade de violência — física, mas também psicológica — é insignificante comparada a dos homens, e por esta razão eles o são de facto propriedade, não agentes políticos em si. Portanto: o Mannerbund, não a família, é a unidade sócio-política básica; o alicerce.
Um sólido e confiável Männerbund é a necessidade de todo homem. Nenhum homem é uma ilha, dizem eles, e um homem sem seu Männerbund terá capacidades profundamente limitadas quando o assunto é proteger sua propriedade e legado. Proponentes individualistas da ‘neomasculinidade’ já estão errando em um ponto: nenhum homem é mais “alpha” que um Männerbund. Sem um, o homem não consegue controlar sua esposa, se vê incapaz de proteger a segurança de sua propriedade imóvel no caso da queda do Estado (deliberado ou não); e sem a garantia do bem-estar de sua mulher, ele não poderá assegurar o futuro de seus descendentes.
Tomemos como exemplo o caso Ryan DeLuca. Quando o famoso e esnobe macho alfa Dan Bilzerian roubou a namorada do CEO da Bodybuilding.com e o humilhou publicamente, a esfera masculina reclamou que o homem moderno não tem mais nenhuma segurança ou chance, já que até um milionário musculoso como DeLuca não conseguiu manter o interesse de sua mulher e impedi-la de traí-lo com outro homem ainda mais rico e forte. O problema que ninguém identificou é que DeLuca e Bilzerian são dois homens sem sólidos Mannerbunds (um que depende de curtidas em redes sociais para se sustentar, e o outro que acha que deu a si mesmo o título de herói). E por esta razão, não possuem segurança sexual, embora tenham dinheiro e fama. Para os homens, atração sexual e estabilidade fundamentalmente derivam do poder, mas nenhum homem é poderoso sem outros homens em um bando coeso — um Männerbund.
Suponha que seu nome seja Bob. Imagine que você tenha um superpoder que o torna capaz de se auto clonar, mas permanecer em total controle de você mesmo e dos seus clones ao mesmo tempo. Considere que possa produzir uma quantidade infinita e formar um exército de Bobs, que é comandada com perfeita clareza mental. Você e seus clones controlados telepaticamente teriam zero custos de coordenação, e seriam capazes de agir harmoniosamente como grupo e derrubar governos, dominar continentes e fundar um Reich do Bob que sobreviverá dez mil anos.
O Männerbund é a tentativa de imitar o superpoder do Bob a homens que não são seu clones-telepáticos — assegurando direitos à propriedade e moralidade sexual, você e seus amigos não-tão-Bob aproximam-se do superpoder dos clones infinitos, e agindo em uma estrita hierarquia orgânica, alcançam também o poder de controle mental que reduz os custos de comando.
Este exemplo infantil e fantasioso, sobretudo ilustrativo, demonstra que sólidos Mannerbunds seguem um simples princípio de formação: uma quantidade de homens com ancestralidades, atitudes e temperamentos similares, reúnem-se, testam-se e organizam-se em hierarquias informais, começando a assumir riscos como algo uno e inquebrantável. Entenda risco por qualquer coisa com um resultado incerto. Pequenos riscos como comprar cervejas no centro da cidade levam a riscos intermediários como jogar no mesmo time de futebol, levantar pesos, atirar ou treinar artes marciais juntos; e isso leva a riscos maiores como iniciar uma sociedade num negócio, ou num exemplo ainda mais histórico, formar um pequeno exército e invadir juntos terras bárbaras. Confiança é o fruto de resultados bem-sucedidos de riscos tomados. Confiança é ter fé em outro homem. Confiança requer um histórico de prósperas empreitadas advindas de consequências incertas. Risco é o substrato da amizade, da lealdade, da competição, da hierarquia e, por fim, do Männerbund.
Grandes riscos levam a grandes recompensas e riquezas, e essas coisas só podem ser efetivamente conquistadas por um grupo de homens unidos por um juramento, implícito ou explícito. Cooperação efetiva em larga escala e ação deve ser encarregada por Männerbund.
Grandes civilizações necessitam grandes Männerbund para fundá-las e liderá-las.