[RELATO] A transição de Substantivo para VERBO

Por Montini, Fórum do Búfalo

Nas próximas linhas que vocês lerem será retratado ás diversas fases que passei no campo emocional e com certeza alguns de vocês irão se identificar com algumas senão com todas.

Como a grande maioria, não só daqui mas também enorme parcela da sociedade fui criado sob a ideologia da honra a mulher; a conceber os seus desejos, ser fiel, ser romântico e dar-lhe o coração e as chaves do mesmo. Fui criado sob o teto da Igreja, mas meus pais sempre deram o livre-arbítrio nas minhas escolhas, porém, desde que não afetasse os princípios básicos da vida humana. Tenho dois irmãos, um sempre foi manginão e hoje está com filho e o pior, atolado na matrix. O outro só pensa em comprar a sua moto, desesperadamente, e não quer saber de estudar, apenas viver nos subempregos da vida. Já eu, sempre fui centrado até as primeiras bucetas aparecerem e demonstrarem que o que eu tinha construído de visão até então não era sólido o suficiente.

2010 – UMA PEQUENA VACILADA

Desde que me entendo por ser racionalmente ativo dentro das minhas ideias, sempre me dediquei aos estudos, um autêntico NERD e CDF nas salas de aulas da vida. Isso até completar 16 anos de idade. Nessa época eu havia passado em uma peneirada de um clube formador de jogadores, fiquei lá por 3 meses quando apareceu a primeira buceta da vida que chamarei de Mariana.

Eu era BV e não sabia nada sobre beijos, sexo e afins. Lembro que a conheci na época dos fakes do orkut. Marcamos de nos encontrar em um shopping e a mesma fez eu caminhar por 45 minutos na volta do shopping até a escadaria do prédio de uma amiga dela e ainda fez um cú doce do caralho. Eu, obviamente, paguei de fodão dizendo pra ela que um beijo era normal (ela também era BV, e eu dizia a ela que eu era o fodão, mesmo sendo BV também) e ainda rolou mais uns 15 minutos de convencimento até o ato.

Cheguei em casa e ainda tomei uma bronca dos meus pais, por não ter avisado que demoraria a chegar em casa. Passados apenas um mês, eu ia todos os dias na casa de Mariana inflar o ego dela, ficava o dia todo ligando para ela através de um orelhão e combinávamos o horário para que ela ligasse para mim e eu fosse correndo atender, nem que estivesse chovendo.

Eu auferi, obviamente uma dispensa do clube em que eu jogava, pois, meu rendimento despencou. E pra finalizar, Mariana me deu um bola fora, no entanto não fiquei tão cabisbaixo. Isto ocorreu quando eu estava no 2º ano do Ensino Médio.

2011 – O TROUXA MANGINÃO E A VADIA ESPERTA

Último ano do Ensino Médio. Já havia ficado com algumas garotas pois, apesar de magro, eu não era feio e sempre andei com as melhores garotas do colégio. O problema é que eu era um modinha escroto. Neste ano arrumei um emprego de Empacotador em um Supermercado de grande porte na minha cidade. Sim, eu ficava buscando carrinhos de cliente no pátio (que merda) e havia até regras para o controle de sacolas, porém peguei muita menina nesse trabalho, pois depois de um tempo fui trabalhar no caixa e sempre rolava uma biscate. Comecei a trabalhar no mercado e como todos sabem existe um gerente lá, e esse gerente tinha e ainda tem uma filha. Preciso continuar? HEHEHEHE 

A vadia, que chamarei de Rebeca (guardem este nome) deu uma tamanha moral pra mim, porém eu não desconfiava que essa mesma moral ela dava pra todos os cafas. Ela era baixa, bundinha rebitada e filha do gerente. Escrevendo isso me vem um ditado “Onde se ganha o pão não se come a carne” – pois a mesma estava lá todos os dias, me abraçando no meio do mercado – Pois bem, pegava ela todos os dias, mas eu era um cuzão.

Isso tudo rolou em uns 2 meses e o pior é que quem me apresentou essa filha do gerente foi um colega meu na época que gostava dela e eu não respeitei e peguei ela mesmo assim (felizmente somos colegas ainda). A vadia dava um mole danado e eu era um otário, não tinha poder de levá-la em casa ou em algum outro lugar pois era um merda magricelo de 56 kg.

Finalizando essa primeira parte com Rebeca, o pai dela, o gerente, por questões profissionais há de se mudar para uma outra cidade, mas eu e Rebeca decidimos continuar o “namoro” a distância.

Uma semana depois com as passagens de ida e volta compradinhas para ir visitá-la, para demonstrar todo o amor que sinto por ela. Quando chego lá, uma chuva daquelas. Frio. Eu havia chegado 11:00 e meu ônibus partiria ás 15:00. Sim, gastei dinheiro apenas para vê-la por algumas horas e no máximo ganhar um abraço mais apertado. Vou finalizar essa parte com um substantivo: TRISTEZA.

Essa garota acabou comigo. Quando eu voltei pra minha cidade, ela me desprezava, eu cheguei a mandar buquê de flores pra ela, falava eu te amo até que ela me ligou dizendo que havia ficado com outro menino. Isso me foi a gota d’agua. Terminamos.

2012-2013 – A HISTÓRIA DA BRUXA MADRINHA

Aqui começa o maior inferno da minha vida vivido até hoje. Tenho vergonha de relatar isso, meus pensamentos começam a lembrar do quão OTÁRIO eu fui e que vocês poderão comprovar nas linhas abaixo.

Terminado o Ensino Médio e ainda trabalhando no mercado, decidi mudar os rumos da minha vida. Mandei um gerente qualquer lá tomar no cú no meio do mercado e o mesmo me deu ás contas (NÃO foi por justa causa) pois ele me chamou de bêbado 

 Então, resumindo:

 HAVIA ENTRADO NA FACULDADE
 ESTAVA COM GRANA NO BOLSO DO ACERTO
• TIRANDO A CARTEIRA DE HABILITAÇÃO
• 18 ANOS COMPLETO
• ESTAVA RECEBENDO O SEGURO-DESEMPREGO

Nesse tempo recebendo o seguro-desemprego, comecei a trabalhar em um mercado, porém não era registrado, então estava apenas complementando uma renda. Ajuntei uns 6 mil reais, e estava planejando dar entrada num carro no fim daquele ano. PORÉM, a linda, que chamarei de Caroline, me apareceu, num compromisso marcado em frente a casa de sua avó. Eu fiquei apaixonado por aquela garota de 15 anos, sim, 15 anos.

Ela fumava, falava palavrões, e isso me cativou, mesmo indo defronte aos meus princípios. Isso aconteceu em Dezembro, no dia 12. E começamos a conversar todos os dias. E mesmo ela tendo aquelas atitudes de fumar e falar palavrões, ela era recíproca aos meus sentimentos.

No dia 31 de Dezembro de 2012, exatamente ás 23:30 oficializei o pedido de namoro. Alegria total, festas, comprei presentes para todos, sogra, pai e o caralho á quatro. Tudo estava perfeito, muitos beijos, eu frequentando a casa dela sempre, dormindo lá e tudo. Ela era virgem e eu também.A mãe dela era servidora pública e tinha um puta apartamento dos bons e quase não ficava em casa. Era ali a oportunidade, e não deu outra. Transávamos constantemente, de Janeiro a Abril foi só alegria. O problema aconteceu quando ela entrou em uma escola particular, onde existiam milhares, centenas de cafas e manginas de poder aquisitivo (lê-se o PAI deles) exorbitante. Começaram as brigas, discussões.

O QUE EU DESCOBRI NESSE TEMPO:

• Ela já tinha experimentado atos lésbicos
• Ainda curtia ser lésbica
• Se cortava. Havia cortes em suas pernas, pulsos…
• Imaginava demônios
• Fumava

Mas eu, eu, EU, “amava” Caroline. E em todas as nossas discussões ela colocava a culpa em mim. Eu precisava sair daquilo mas não queria sair. Um detalhe aqui é importante frisar: Meus amigos, meu pai, minha mãe e irmãos diziam similarmente: LARGA ESSA MENINA, ELA BRINCA COM VOCÊ!

Enfim eu sai do mercado (onde não era registrado) pois meu seguro-desemprego havia acabado e o dinheiro que ainda restava na minha conta estava acabando. Todo o dia 12 completávamos um “mesversário” como ela dizia e todo o dia 12 era de lei EU comprar um presente. Além dos presentes, todo o fim de semana eram regados á pizzas, lanches, shoppings (lê-se compras). Ela começou a engordar, era sedentária e apesar de estudar em um colégio particular não era inteligente, apenas esperta.

Em Setembro daquele ano ela me disse que queria experimentar cocaína (na verdade ela já havia cheirado isso) alegando que se eu comprasse pra ela, a mesma me daria seu ânus. Eu fui atrás, me virei e com uma nota de uma onça encontrei o pó pra vagabunda. Lembro que estávamos em casa, ela fez a fileirinha e cheirou como um lobo quando está com fome, em menos de 1 minuto já havia detonado. Eu fui no banheiro e quando voltei a mesma estava desmaida. Pensei: “Que merda!” E passou na minha mente: montini, você tem 18 anos, essa menina tem 15 ainda, vai da merda!.

Peguei um balde com água gelada e joguei nela, ela acordou, deixei ela nua e mandei água de mangueira até ela ficar totalmente sã. Depois ela melhorou. Foi um dos maiores sustos que passei nesse namoro.

Chegamos em Outubro:

• NÃO TRANSÁVAMOS
• CIÚMES ERA DEMAIS
• HAVIA MUITA DESCONFIANÇA POR MINHA PARTE
• EU A PROCURAVA, SOMENTE.
• JÁ NÃO ERA MAIS RECÍPROCO.

Foi nesse mês que algumas de suas ex-amigas (haviam brigado com ela no colégio) começaram a me mandar mensagens dizendo que a Caroline estava me traindo. Eu fui questionar Caroline e ela disse pra mim não acreditar e todo aquele blá, blá, blá…NÃO ACREDITEI. E o pior de tudo foi que comecei a andar com ela nos shoppings atrás de uma aliança de noivado!

N-O-I-V-A-D-O. Que grande otário eu! Noivar com uma puta. Felizmente isso não aconteceu. Só pra constar, nessa época eu estava trabalhando em Universidade e estava ganhando relativamente bem pra alguém que não sabia fazer nada. (Tinha apenas uma merda de curso de Auxiliar Administrativo).

Chegamos em Novembro: (eu a traí neste mês por via das dúvidas)

Um dia no trabalho, entro no Facebook, mando uma mensagem para Caroline:

EU: Acabou, vamos terminar essa porra! (PORRA, o desrespeito era constante nesse relacionamento)
ELA: Nossa, que nada a ver. Por quê? Desconfiança sua?
EU: Eu não vou carregar uma culpa na minha mente que não me pertence.
ELA: Ok, faça o que você quiser.

Passado dois dias a mesma me retorna dizendo querer voltar e EU estava sentindo falta dela também, VOLTAMOS. Isso foi mais uma das maiores burradas que eu fiz.

De volta no relacionamento, ela começou a pisar em mim, me destruir. Vocês conhecem aquele livro/filme “A prova de fogo” no qual um rapaz com a ajuda de seu pai segue um livro com 40 “leis/dias” que devem ser aplicadas diariamente em um relacionamento? Pois é, eu comprei e comecei a segui-lo, sendo humilhado por ela em todas essas “leis”. Parei na décima terceira pois não aguentava mais. E foi aí que ela anunciou um novo namoro com um idiota feio pra caralho.

Eu estava destruído, perdi 5 kg. Fui para 52 kg na época, com 1m 77cm.

Finalizando, em Dezembro a avó dela morreu, fiquei muito triste pois foi a única que realmente me dizia a verdade sobre a Caroline, e eu não a escutava. Pensei em ir até o enterro, mas isso acarretaria outras situações desconfortantes com outréns.

Caroline me procurou em Março do ano seguinte, 2014.

Aqui relato algo que não aprovo que o façam. Eu fiz e me arrependo. Caroline quis voltar, eu disse que sentia falta também (mentira). Nessa época foi a minha fase mangina. Fingi que voltamos e estraçalhei aquele rabo gostoso algumas vezes e depois começou a minha vingança. Marcava com ela nos lugares e não comparecia. Fazia a mesma se arrumar e dava o bolo nela. Fiz isso diversas vezes até que um dia fui a casa dela, chegando na portaria do prédio aperto o número do seu apartamento no interfone:

ELA: Quem é?
EU: montini, desce.
ELA: Você não vai subir?
EU: DESCE CARALHO!

ELA desce…

ELA:
 O que foi?
EU: Chega mais perto…
ELA: Fala logo
EU: Eu vim aqui pra dizer o quão bom foi comer você sua biscate do caralho, você é uma puta! Eu estou solteiro e ser solteiro é a melhor coisa do mundo. Espero que quando eu sair daqui você comece a se cortar! Vai tomar no seu cú! Vai se fuder!

Peguei e sai andando com receio dela me dar uma voadora pelas costas. Pelo que sei, já que as amigas dela vieram me contar naquela mesma noite via whatsapp, a mesma se encontrava em depressão, que jamais achou que eu fosse assim. (Ela realmente queria voltar).

Encerra-se aqui o ciclo de Caroline. Há um tempo atrás a mesma veio puxar assunto com um papo de Igreja dizendo que eu precisaria voltar para a casa de Deus. Porém, quando visitei o Facebook da mesma pra vasculhar, somente havia fotos dela com bebidas e coisas do gênero. WHAT? Isso foi pré-texto, apenas. Pensei.

Não sei onde mora mais, não sei onde ela se encontra, não desejo o mal, só desejo que não tenha o desprazer de encontrar ela em algum lugar.

2014 – Uma estadia dentro de mim mesmo

Após o esse rolo com Caroline, dela me procurar novamente e eu ter me vingado, aconteceu em Abril de 2014. Onde estamos agora. Era chegado a época de uma Exposição Agropecuária de minha cidade, onde vários artistas da música sertaneja (a maioria) do país cantavam todos os dias num determinado local.

Nesse momento eu me tornei um mangina de carteirinha. Fui em todos os shows. Gastei adoidado. Comecei a me humilhar para as meninas por um mísero encostar de lábios. O tempo foi passando e meu dinheiro acabando e eu torrando tudo com mulheres, bares e bebidas.

Chegamos em Agosto de 2014:

• FUI DEMITIDO DO MEU EMPREGO POIS TRETEI COM UMA MULHER
• RECEBI UM BOM ACERTO
• HAVIA PERDIDO MINHA VAGA NA FACULDADE

Como eu citei acima o caso da faculdade, vou explicar:

Passei em uma federal no curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, mas por minha própria culpa, deixei mulheres adentrarem no meu pensamento dentro da sala de aula quando o que deveria estar na minha mente eram códigos e contas de matemática.

Reprovei e perdi a matrícula. Porém, quando sai do emprego e da faculdade, comecei a ficar com muito tempo livre e não estava me preocupando pois também estava recebendo o Seguro-Desemprego (novamente kkk).

Passava o dia todo na programação. Estudei linguagens JAVA, C, HTML, PHP e JavaScript. Resolvi focar na web. Comecei a criar sites de graça e pra mim mesmo, apenas para teste. Resolvi montar uma mini-empresa na web para tentar ganhar dinheiro e aí começa uma saga que foi resumir, mesmo tendo muita história pra contar.

Criei cartões de visita e distribui nas lojas, esperando algum cliente aparecer pois, para quem cria site, se no meio de 100 cartões aparecer um cliente, a grana do site vale a pena. Eu cobrava em torno de R$ 800,00 um site médio-básico. Esse conhecimento me ocupou demais, não entrava mais em Facebook, nem celular tinha mais. Tudo na minha vida ficou voltado para e-mails e sites, ou seja, não havia mais mulheres no meu pensamento.

Foi um tempo dedicado exclusivamente para me desenvolver. Comecei a ter certificados de vários cursos, me qualifiquei bastante. (Nota do Barão: é a verdadeira “Caverna do Desenvolvimento Pessoal” que falamos em um podcast recente, confira)

Em Outubro desse ano conheci um cara que se dizia Corretor de Imóveis e que queria um site de Imobiliária, eu o fiz. Comecei então a desconfiar se ele realmente era tudo isso e fiz um backup dos e-mails dele e vi que ele não era nada disso. O site estava no ar e ele mentia para seus clientes quando dizia que entregaria as chaves dos imóveis apenas depois que eles pagassem 50% da reserva. Não estou brincando! Em duas semanas esse cara lucrou R$ 35.000,00, isso só nos e-mails que eu vi. Fiquei pensando, esse mundo está perdido! Depois desse fato, resolvi dar um tempo e estava saindo com uma moça que vou chamá-la de Samira.

Samira era alta, gostosa e muito gostosa. Aparentava ter seus 16 anos. Eu já estava com 20 e então menti minha idade pra ela dizendo que tinha 18 e iria fazer 19 no próximo mês de Janeiro. Começamos a ficar. Mas nessa época, eu jurei pra mim mesmo que não iria me apegar a sentimento nenhum e o fiz. E infelizmente Samira sofreu dessa minha atitude.

Eu utilizei muito Facebook nessa época e tinha muitas curtidas e comentários nas fotos – sempre viajei por conta própria com meu dinheiro. Fui pra Copa do Mundo, Rio de Janeiro, Balneário Camboriú… – e isso despertava os olhares das mais jovens biscates do Facebook.

Samira disse que me amava. Eu não acreditei quando ela disse aquilo. Foi a mesma coisa que dizer quero te namorar. Samira era virgem e disse que só perderia a virgindade no namoro. Eu estava transando mensalmente naquela época com outras gurias, mas sempre fui cuidadoso para que Samira não soubesse de nada. E aqui vocês irão rir pessoal!! 

Em Dezembro de 2014, no dia 31 ás 23:30 Samira está em frente a minha casa, quando faço o pedido de namoro. Uma puta melação que eu não via a hora de acabar e levá-la pra cama. Levei mas não comi, pois a mesma disse que estava com receio e blá, blá, blá… O tempo passou e as coisas foram ficando sedentárias nesse relacionamento. Cheguei nela e disse:

EU: Sou sexualmente ativo, eu fiz o que você queria, acho que na parte sexual está na hora de darmos um passo á mais, quer dizer, já passou da hora…
ELA: Espera mais um pouco..eu ainda não estou pronta.

Resumindo foi isso. Então eu disse pra terminarmos. Dois dias depois ela pediu pra voltar atendendo aos meus pedidos sexuais. Começou a temporada de sexo, que durou pouco.

Já estávamos em Março de 2015 e num dia desse mês, fui na Igreja com a minha mãe. Uma ressalva aqui: (Como disse no começo do texto, sempre fui criado sob o teto da Igreja. Eu já era batizado e sou evangélico) E naquele dia o Pastor começou a falar para analisarmos a nossa vida e ver o que tínhamos feito até hoje que pudéssemos nos vangloriar ou nos exaltar. Eu pensei sobre mim : NADA, montini! Você foi um bosta. O que você tem hoje? NADA, você é um merda. (Não, isso não era um demônio dentro de mim na Igreja. Era a REAL, de um simples e básico modo tentando tirar as vendas da minha cara. E eu só era um merda porque eu pensava que era). Saí dali convicto que havia de mudar a minha vida e dessa vez para MELHOR.

Começei a frequentar aquela Igreja pois estava desempregado e como muitos por aí só buscam a Deus quando estão perdidos, eu estava dentro das estatísticas. Quatro vezes por semana na Igreja. Cortei sexo com a Samira, sim eu fiz isso.

Chegava Abril, lembram daquela Exposição Agropecuária de shows sertanejos? Pois é, ela estava aí de volta. E Samira, como boa biscatinha estava acesa para ir comigo. Eu estava desempregado, desesperadamente atrás de um emprego e a mesma (com uma boa vida que o pai lhe dava) só pensava em curtir. Felizmente eu havia mudado meus pensamentos. Nós terminamos e o término foi mais ou menos assim:

ELA: Comprou seu ingresso para o show de Segunda-Feira (Jorge & Mateus)?
EU: Não.
ELA: Não vai comprar né? Eu sabia!! Que saco!
EU: Você sabe que eu não gosto dessa dupla e nem da maioria desse gênero.
ELA: Aham, mas ano passado foi em todos.
EU: Fui, e você sabe que não fui pelos shows.
ELA: Se você não for comigo nesse show, acabou tudo entre a gente.
EU: Ok, adeus.

Eu sempre fui superior neste relacionamento, diferente do primeiro o qual apanhei feito um cachorro de Caroline. Mas com Samira eu fui muito superior, primeiro que eu nem gostava dela e apenas queria sexo e depois que o consegui, abri minha mente. Ou seja, era hora de cair fora.

Essa conversa foi em uma Sexta-Feira. No Sábado e no Domingo, se juntar as mensagens que Samira me enviou, dá, sem medo de ser feliz, para publicar um livro de umas 300 páginas. Insistentemente querendo voltar e eu no começo respondia secamente: NÃO! Depois parei de respondê-la.

Na semana seguinte, felizmente arrumei um emprego que é o qual estou neste exato momento digitando essa deprimente história da minha vida. Infelizmente tive que passar por todos esses perrengues na vida para realmente aprender os valores éticos e morais que devo levar pra sempre comigo.

2015 – … VERBO

Como eu disse anteriormente, numa parte do texto, minha vida foi baseado em substantivos. Substantivos de estados e sentimentos.

Depois desse término comecei a pensar na minha vida e o que realmente me definiria seria um VERBO (ação, agir). Excluí redes sociais. Comecei a analisar cada coisa da minha vida. Fiz uma limpa no meu quarto, no meu celular e principalmente, na minha vida. Deixei apenas o que me seria útil e o que me serviria para me completar e agregar algo.

Entrei em uma academia (Hoje peso 72 kg bem definido, um corpo tranquilo). Comecei a ler muito, muito. Pesquisei sobre Vestibulares. Comecei a estudar tudo novamente, reatando o gosto do estudo e da leitura. Em seis meses elevei o nível de conhecimento que estava estacionado há dois anos. Hoje, estudo para o Vestibular na área de Computação, que realmente é a minha paixão. Foi o que eu aprendi a gostar e que não tenho dificuldades de aprender. Aí está uma dica: Faça, curse o que você gosta!

Devido ao tempo perdido (estou com 21 anos, era pra mim estar me formando esse ano) pretendo cursar duas faculdades no próximo ano. Uma a distância, paga. E outra, obviamente Estadual ou Federal.

Tenho total certeza que entrarei, pois nunca me foi problema assuntos do Ensino Médio, o problema eram assuntos dentro de mim e externos a mim. Se você está lendo esse relato e possui alguma similaridade, peço que pare agora e reavalie suas atitudes para não precisar passar pelo o que eu passei.

Eu gostaria de deixar um pequeno texto que eu escrevi e foi quando eu decidi mudar de vida.

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“Aprendi na vida que uma mudança, requer RENÚNCIA. Essa mudança vem até nós, primeiramente, em forma de teoria, pois paramos e analisando a situação a qual a nossa vida está se baseando conseguimos perceber que não está nos levando a horizonte nenhum, senão a círculos. Outra mudança que também vem até nós em forma de teoria, entretanto nessa, não paramos para pensar no meio do caminho, essa provém de quando já estamos no fundo do poço, sem saídas ou caminhos a se percorrerem, chegando a elaborar dentro de nós mesmos um pensamento hostil e inapropriado do nosso ser perante a sociedade.

Paralelamente, as duas teorias podem se transformar numa prática, seja você mudando o caminho no meio do percurso, ás vezes tendo que voltar e iniciar um novo trajeto, ou sugando-se até o fim de si próprio para perceber que aquele caminho não te levou a nada. Os dois são ricos de experiências. Mas nada, se comparado a experiência da renúncia. A renúncia de algo, seja ela emocional ou material, nos trará um retorno, e este retorno é a mudança.

Não basta apenas renunciar. É preciso primeiramente saber a qual mudança de vida você está disposto a fazer. Dessa forma, sabendo a que mudança você está almejando, saberá o que será preciso renunciar na sua vida. Se você está no meio do caminho, ainda há tempo de voltar ou mudá-lo, porém se está no fim, prestes a cair do precipício, também há tempo, pois o limite quem determina, é você. Eu denomino isso como “A arte de evoluir”.

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Esse texto me define. Quando eu terminei meu primeiro namoro, eu estava no fundo do poço. E foi uma mudança compulsória. No segundo namoro, eu não precisei chegar até o fundo do poço para descobrir o que havia de errado. No meio do caminho eu pude desviar a rota e traçar um novo. Então, o que quero dizer é que muitas pessoas só mudam quando realmente já não há mais saída e então ela é obrigada a mudar de vida, querendo ou não. E pra mudar, precisa saber para qual mudança está querendo para depois saber o que renunciar na sua vida.

Lembram-se da Rebeca? (a filha do gerente) Pois então, ela mora no Rio de Janeiro. Neste ano ela veio pra cá visitar a família (o pai dela voltou para uma filial da minha cidade) e loucamente me mandando mensagens dizendo que queria me ver e sair comigo. Se fosse em outra época eu não pensaria duas vezes em ser um mangina e aceitar a todos os seus pedidos. Pois bem, me fingi de idiota e apenas conversei o básico, aceitando seus pedidos.

No dia combinado fui vê-la na casa dela. Cheguei lá, conversamos e tudo (a família dela estava lá, mesmo assim daria pra dar uns pegas daquele). Na hora que eu ia embora percebi que ela estava afim, então nem fiquei conversando muito e fui embora. Quando cheguei em casa a mesma me questionou porque eu não a beijei. Fui bem firme e disse que as coisas não funcionam assim, apenas isso e mudei de assunto.

Biscatinha de nascença ela complementou que queria ser minha namorada de aluguel nesse tempo que estaria aqui. Mesmo estando com uma vontade imensa de comê-la, sabem o que eu fiz? Bloqueei ela. Eu sabia que ela iria embora no dia 25, então nesse dia eu a desbloqueei e a mesma veio rapidamente me indagar os motivos. Eu disse que estava sem tempo estudando para umas coisas (Concurso, que infelizmente não passei por 5 questões). Ela disse pra mim passar na casa dela pois ela iria embora e queria me ver, eu disse que talvez passaria, mas nem fiz questão. Acho que isso foi o melhor que fiz.

Com relação a Samira, descobri que ela tem apenas 14 anos. Jamais eu pensaria nessa idade com um rabo daqueles A fonte é de um colega meu que namora a irmã dela e que frequentava a casa delas junto comigo e ainda disse que Samira está mais biscate do que era comigo e disse pra esse meu colega que ela sempre fala e pensa em mim.

FINALIZANDO O RELATO:

Eu poderia estar muito melhor hoje. Com meu carro, formado e metendo adoidado porém talvez não teria conhecido a Real e a pancada poderia ter sido maior. Mas, é melhor aprender com 21 anos do que nunca aprender.

No momento, estou ajuntando dinheiro. Não gasto com nada. Com relação a mulheres, nesse tempo estou marmitando e bomba. Estou focado nos estudos, pois prevejo que o próximo ano será bem pegado pra mim, porém acredito que será uma fase de grande desenvolvimento pessoal. Além disso tudo, estou iniciando o processo da minha cidadania italiana, que sairá provavelmente em 2020.

Gostaria de complementar aqui que devemos buscar uma religião para nos dar uma base sólida e muitas vezes nos serve como um alicerce, assim como a Real me serviu e servirá e complemente que não devemos desistir daquilo que sempre buscamos. 

Quando nossos sonhos morrem, nossa vida não faz mais sentido. Sempre devemos colocar metas e sonhos para nunca vivermos uma vida sedentária. É óbvio que haverá momentos de cansaço, mas jamais podemos desistir. Deus me livre se um dia eu não tivesse pisado naquela Igreja, talvez eu fosse aprender a REAL com 30 anos ou mais…felizmente foi antes. E mesmo que se fosse com 30 ainda haveria tempo, pois SOMENTE nós é que construímos nossa vida. E todos os erros da minha vida até hoje eu aprendi que o único culpado foi eu mesmo e dos próximos acertos da vida o culpado será também EU mesmo. Méritos e erros, a vida é assim, cada dia um aprendizado.

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