Entrevista com Nessahan Alita

Um pessoal do Facebook conseguiu pegar algumas respostas de quem tudo indica é mesmo Nessahan, bem interessante o conteúdo, recomendo!

Por Oitavo Anjo, Profano, Merovíngio, Sheik Ghalib, Heimdall, mais 3 membros que não tem peseudonimo algum.

(As perguntas foram poucas e má elaboradas pq estávamos com receio que ele não iria responder. Pois ele não quer mais saber sobre esses assunto. E a rotina do dia dia também nos atrapalhou. Foram levadas pessoalmente por Oitavo Anjo até o Nessahan Alita.)

Em nome do grupo “Alcatéia”

Alcatéia: Prezado Nessahan Alita, desculpe o incômodo e tomar seu tempo, mas pedimos encarecidamente que responda as perguntas que ajudaram em nossas reflexões e no nosso crescimento e desenvolvimento como homem e pessoa, além da lida com as mulheres. Agradecemos desde já sua atenção e ajuda.

Nessahan Alita: Agradeço o interesse sincero pelo entendimento dessas questões. Aqui vão as respostas que me solicitaram.

1- Sabemos que a paixão é efêmera. Portanto, é possível a paixão sentimental da mulher se transformar em amor verdadeiro? Ou isso acontece somente com algumas mulheres? Como proceder durante o período da paixão pra ocorrer essa mudança na mulher?

NA: Sim, é possível, mas isso não depende do homem e sim dela própria. Isso acontece com poucas mulheres e poucos homens: somente com aquelas que trabalham sobre seu próprio psiquismo. Não há como nós procedermos de modo a provocar isso nelas e nem como elas procederem de modo a provocarem isso em nós por ser algo totalmente dependente do livre arbítrio de cada pessoa.

Podemos, no entanto, aprender a lidar melhor com a paixão efêmera do parceiro(a) refletindo nas ilusões do samsara. Nada neste mundo dura para sempre e tudo o que possui um começo possuirá um fim. O problema, portanto, não está no caráter temporário ou efêmero da paixão da mulher ou do homem, mas nas expectativas absurdas e totalmente fora da realidade que criamos devido a uma educação falsa que recebemos de toda a sociedade. Sofremos porque não compreendemos a transitoriedade. Temos que migrar do engano para a realidade.

2 – Como perceber e saber filtrar mulheres que podem haver investimentos amorosos a longo prazo, quais mulheres são pra curto e médio prazo e quais devemos evitar de qualquer jeito?

NA: Somente por meio da observação e do convívio mais próximos podemos descobrir se um parceiro(a) em potencial se adequará realmente às nossas necessidades e metas. No caso de não adequar-se, é insensato tentar forçar.

3 – Sua intenção também era lançar as sementes de um movimento masculino no Brasil ? Mesmo que não tenha sido sua vontade isso aconteceu em partes. O movimento realista surgiu e usou os seus livros como base. Você está acompanhando o movimento realista atualmente? Se você estiver o que pensa sobre eles atualmente, quais os pontos bons e os ruins? Que foco esses grupos deveriam dar? Buscar igualdade de direitos, leis igualitárias, autodesenvolvimento, gestão emocional, auto-cura, etc?

NA: Não acompanho nenhum movimento de gênero na atualidade. Me ocupo com outras coisas.

4 – Você disse no livro “textos complementares I” que concorda com a Dra. Donatella Marazziti, que a paixão seria um tipo de transtorno obsessivo compulsivo. Você também descreveu sobre os “sinais de apaixonamento” que seriam : “Pensar constantemente na amada, sonhar com ela, confundi-la frequentemente com outras mulheres semelhantes quando estão de costas, segui-las para olhar em seu rosto com o intuito de se obter uma confirmação de identidade, uma vontade imensa de encontrá-la, um impulso violento de abraçá-la e, por fim, uma certa dor emocional específica, sentida como tristeza no coração. Se você apresenta esses sintomas, é bem provável que tenha comido a maçã envenenada da paixão.” Você também descreve, em seus livros, várias outras formas de se desapaixonar. Porém, percebi que existem homens que leram os seus ensinamentos e ainda apresentam essas características de apaixonamento, mesmo depois de muitos meses ainda. Existe alguma conexão entre paixão, transtorno obsessivo compulsivo, trauma e lado sombra descrita por Carl Jung? Pode-se correr, assim auto-sabotagens mesmo não querendo mais se apaixonar? A paixão é empre negativa ou podemos sentir um pouco mantendo-a sobre auto-controle emocional? O homem pode conseguir aceitar sua própria sombra e da mulher como parte da vida e e tentar usar isso como algo positivo e de auto-aprendizagem? É possível tolerar certo nível mínimo de sofrimento e manter certo nível de felicidade, equilíbrio e sanidade mental?

NA: Existe conexão entre paixão e transtornos, mas isso depende do grau em que ela obsessione. Em qualquer situação, a paixão nunca é um estado sóbrio e não corresponde a uma percepção objetiva da realidade ou do sexo oposto.

A cura vem com a reflexão e o tempo. A prevenção é mais fácil, mas requer igualmente compreensão de seu caráter ilusório e prejudicial. Conforme o grau de desenvolvimento interno da pessoa, ela terá que tolerar maior ou menor grau de sofrimento interno e de convivência com a paixão, enquanto se desenvolve e se liberta. Mesmo querendo evitar a paixão, pode-se incorrer em auto-sabotagens porque a paixão é muito enganadora, distrai e fascina.

O conceito junguiano de sombra não é o mesmo que paixão. A sombra corresponde a características consideradas negativas que vemos nos outros porque as carregamos dentro de nós mesmos.

5 – Como podemos combater a misoginia, o ódio e o radicalismo dentro dos movimentos masculinistas?

NA: Adotando uma neutralidade de gênero e nunca deixando de ressaltar que a meta é encontro amoroso em benefício tanto do parceiro como da parceira e não apenas de um deles em prejuízo do outro. Os discursos focalizados somente em um gênero podem ser usados pelo extremismo como escudo para se esconder por trás.

Ainda que se adote e estude estratégias para desarticular artimanhas e manipulações do parceiro(a), deve ficar claro que nada disso visa o seu domínio unilateral ou submissão, mas sim um ajuste da relação para um equilíbrio de forças em que um ame o outro na igual medida em que ama a si mesmo, nem mais e nem menos.

Quando o parceiro ama a parceira mais do que ama a si mesmo, se expõe a ser submisso e a sofrer
abusos; por outro lado, se a ama menos do que a si mesmo, tende a dominá-la e a cometer abusos emocionais. Quando se ama igual, as possibilidades de abusar e ser abusado emocionalmente não existem mais.

Este mandamento do Cristo serve para todos os tipos de relações humanas, não só as amorosas. Se os movimentos adotam esse equilíbrio como meta fundamental, o extremismo não encontra meios de usá-los como escudo.

6 – Como se comportar em redes sociais?

NA: Não tenho conhecimento suficiente sobre isso para fornecer no momento. Até iniciei um estudo a respeito, mas logo abandonei.

Embora sejam até úteis em certos casos, as redes sociais engolem nosso tempo, que já é escasso, e vampirizam a vida… Este é o meu ponto de vista atual.

7 – Eu já li um pouco de todas as religiões e correntes filosóficas, inclusive da gnose. Na época eu achei duas correntes religiosas/filosóficas muito boas, que eram a gnose e os Rosa cruzes, mas o Livro de Urântia me deu uma visão mais ampla que essas duas correntes. Uma pergunta pro Nessahan seria se ele conhece o Livro de Urântia. E se conhece o que acha sobre ele. O Livro tem documentos inteiros sobre casamento, família, religião,sociedade,etc.

NA: Não conheço o Livro de Urântia.

8 – Você leu a escola perenialista, principalmente Rene Guenon e Julius Evola? e se algum desses ou outro autor esotérico te influenciou ?

NA: Não conheço a citada Escola Perenialista.

9 – Como se comportar com as mulheres que você tenha interesses românticos em ambientes restritos, onde pode ter contato quase todo dia com elas, tipo trabalho, faculdade, etc?

NA: Da forma mais amadurecida e serena possível.

Isso depende do grau de desenvolvimento psicológico de cada um. Tentativas de impressioná-las, por exemplo, são vistas como indícios de infantilidade e não de maturidade. Isso vale para muitos comportamentos reativos automáticos, tais como olhar com um ar esfomeado enquanto a baba escorre pela boca aberta, fazer macaquices para ser notado (rir, falar alto, mover-se em demasia), fingir-se de bonzinho, de durão, de sério, de sombrio, de coitado, de bravo, de mudo, de arrogante, de humilde etc.

Todos esses comportamentos terminam soando ridículos.

Finalizo agradecendo às perguntas e ao interesse, mas informo que não estarei mais disponível
para respostas por várias razões, entre as quais a falta de tempo e também a ausência de um
computador, pois me desfiz dessas coisas e até dessas recordações. Adoto a vida mais simples,
minimalista e desprendida possível, mas ainda não atingi um grau de redução que me satisfaça.

Átila Nahassen

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Informações adicionais:

Os membros que fizeram essas perguntas são de um grupo de whattsap. Um grupo criado por Profano, membro do Fórum do Búfalo, e foi ajudado por Oitavo Anjo a se propagar. Merovíngio é dono de várias páginas no Facebook com conteúdo conservador.

Sheik Ghalib era amigo do Doutrinador e inclusive tem textos do blog do Doutrinador escritos por ele.

“Com o tempo aprenderás a confiar em teus instintos, então serás invencível!” (Obi-Wan kenobi)

QUE A REAL ESTEJA COM VOCES!!!

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