[Os Doze Trabalhos] Compreendendo o Nono Trabalho

hipolitaNão deixe de ler o Nono Trabalho antes de prosseguir com a análise do mito, caso ainda não tenha lido.

por DiomedesRJ

O Nono Trabalho contém duas lições poderosas para qualquer Realista amadurecido.

A primeira diz respeito às mulheres que militam pela supremacia feminina.

Existem dentre elas, as que percebem o vazio e o mal do seu caminho, e que emergem de sua loucura reconhecendo a verdade: que o Homem sempre foi o Guia e o Protetor da Mulher. São estas as que buscam devolver a nós, o dever que elas usurparam apenas para espalhar seu veneno e conformar seus egos.

No entanto, a conciliação entre elas e o gênero masculino está obstruída pela própria idéia distorcida do exercício do feminino, incorporado por Hera. A posse do Cinturão nos é dada, mas não sem a eterna oposição delas, que não se importam mesmo de silenciar as que falem em contrário, se tiverem a oportunidade.

Este Trabalho como um todo, mostra ao Realista, que para que ele compreenda o verdadeiro significado e exercício do machismo, ele deve estar disposto a confrontar a loucura supremacista em seus maiores desmandos, e tomar para si a responsabilidade da proteção da mulher. Mesmo contra os inimigos que ela não pode ver. Mesmo quando ela não lhe reconhecer o Trabalho. E mesmo que isso pareça se opôr contra o que ela é (quando na verdade, é contra o mal que a assola).

Mas esse Trabalho ensina ao Realista uma lição ainda mais poderosa.

Por mais que ele tenha trabalhado seu ego, instintos, conceitos, e tenha confrontado com sucesso outros Esclarecidos que usam seu conhecimento do mundo para saciar seu próprio egoísmo… um dia, o Realista irá falhar, e sua ação causará prejuízos contra os que o cercam, e algumas vezes, até mesmo contra os que jurou proteger.

Nesse caso, se torna seu imediato dever remediar e compensar o mal causado.

O prejuízo deve ser pago; o dever obstruído, tomado para si; o ensinamento, voltado para que outros não errem como o Realista errou; a responsabilidade, assumida sem restrição, embora sem humilhação estéril.

Algumas vezes, o mal não poderá ser reparado diretamente aos seres prejudicados. Neste caso, as ações devem ser voltadas para causar o benefício mais compensatório possível, mesmo que para outras pessoas.

Mais do que ensinar sobre o signficado do machismo, esse Trabalho lembra o Realista sobre a responsabilidade que possui sobre seus atos, os bem e mal sucedidos, e do quanto no esforço por sua redenção, um Realista pode alcançar uma estatura maior ainda do que tinha antes de sua queda.

Basta enfrentar a adversidade sem destemor, e do fracasso, a vitória surgirá.

Força e Honra.

2 comentários

  1. Eu não tenho força pra me defender quando eu saio a noite, nem pra arrastar meus móveis, gosto que o meu namorado me proteja e acho mais que justo, em troca, cuidar dele no que diz a minha faminilidade, é mutuo. Não quero ficar por minha conta e não acho o fim do mundo ter que lavar uma louça e limpar a casa, o que já me dá muito prezer de qualquer forma.

    1. O salário de um segurança e de um carregador reunidos é maior que de uma empregada, sabe…

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