Resumidamente, esta série de posts que definirão de forma mais específica o feminismo (parte 2 em diante) será mais focado em pegar trechos do livro The Feminist Gospel. Eu pegarei resumos que compilei do livro de ideias básicas onde eu pude identificar facilmente coisas que acontecem na igreja moderna, junto a comentários meus sobre tais ideias. Meus comentários estarão em vermelho. O livro em si é muito mais detalhado tanto da vertente secular quanto religiosa do feminismo, e se você puder lê-lo, seria uma boa.
Definindo o mundo
Tendo descrito a afirmação no feminismo que cada mulher tem o direito de definir sua própria existência, isto irá descrever a próxima afirmação do feminismo. É a afirmação que a mulher tem o direito de definir seu mundo. A declaração de “direito” vem da proposição que “o homem assegurou o direito para si mesmos de tomar a autoridade de decretar as coisas.” (1) Para o feminismo secular, isto nos leva a completa reavaliação de diferentes disciplinas acadêmicas e experiências sob a luz da experiência feminina. (1) Isto nos leva a mudanças em diversas coisas como a linguagem, a literatura, psicologia, medicina, a prática da maternidade, sociologia, política e os relacionamentos sexuais. (2) A validade de qualquer uma dessas avaliações são baseadas apenas se a mulher fez e aprovou tal prática no passado. (2) Os resultados que estamos vendo estamos vendo desta reavaliação são bem conhecidos para aqueles que já a experimentaram. Linguagem neutra de gênero, a glorificação da feminilidade e a demonização da masculinidade, enxergar a maternidade como opressiva e o trabalho doméstico como um trabalho explorador, enxergar que a mulher são melhores líderes que crescem através da demonização do homem, e a normalização da homossexualidade (entre as mulheres) que nasce desta obsessão feminista de definir o mundo. (2)
O resultado deste processo é aparente para o observador cauteloso. O favoritismo que se tem na mulher sobre o homem no mercado de trabalho é um derivativo destes objetivos. Também, dar vantagem para as meninas sobre os meninos na educação pública também vem de tais objetivos. Como explanado acima, esta redefinição também iniciou os esforços da mulher na sociedade para remover a masculinidade, e marcou o início da defesa do casamento 2.0. Também vemos o princípio do movimento gay, já que as feministas acreditavam e premiavam a “mulher focada na mulher”, ou a lésbica acima de tudo no movimento feminista. O intento da luta feminista pelos direitos homossexuais podem ser vistos muito bem na ridicularização das coisas “centradas no homem macho” neste assunto e o louvor das uniões lésbicas na mídia secular.
Teologia centrada na mulher
Esta análise de mundo focada na mulher invadiu a prática da teologia entre as feministas religiosas. Letty Russel e Rosemary Radford Ruether sugeriram a completa interpretação das Escrituras usando apenas os padrões de experiências femininos, com o objetivo de promover a libertação da mulher. (3) Naturalmente, isto levou a um desvio pronunciado da tradicional interpretação da doutrina bíblica. (3) O pressuposto de Mary Daly da revelação dinâmica das Escrituras através das experiências pessoais foi adotada, tendo em mente que a Bíblia era uma ferramenta que ajudava as pessoas a entender como Deus trabalha pela história para libertar os oprimidos. (4) Isto significa que apenas textos Bíblicos que falam sobre a visão atual da libertação são válidos, e que tais textos poderiam ser desafiados, revisados ou mesmo descartados baseados apenas na experiência da teóloga. (4) Tais mulheres por fim atribuiam mais valor a sua interpretação pessoal de Deus do que a revelação divina contida nas Escrituras. (4) Elas não acreditavam que estavam se desviando da verdade Bíblica, mas sim expandindo ela através de suas experiências.
Aqui nós temos o começo da completa redefinição da fé histórica cristã (certo e errado) segundo a ótica feminista. Se você alguma vez notou que certas partes das Escrituras são enfatizadas enquanto outras são ignoradas, você acabou de perceber isto em ação. Temos o objetivo final da liberação mundana que é expressa em todas os pilares doutrinais da maioria das igrejas modernas atualmente. Como as mensagens carnais e mundanas são mais desejáveis para a natureza humana, tivemos a fácil aceitação e até mesmo a promoção de tais coisas na maioria das igrejas modernas de hoje.
Letty Russell descreve Deus como o libertador supremo. (5) Ela acreditava que a Bíblia não representava um plano imutável de libertação, mas que as mensagens poderiam ser retiradas da Bíblia em reflexo da cultura. (5) Russel ainda descreve a visão da universalidade, a ideia que o plano divino para o mundo provia a promessa de uma utopia divina para todos. (5) Os cristão eram apenas um desses grupos envolvidos, nenhuma diferença era colocada entre cristãos e não-cristãos, nenhuma divisão entre pecadores e santos ou redimidos e condenados, e o compromisso divino era para com todos. (5) Os objetivos de cada fiel em particular era descrito como atingir uma nova humanidade ou tornar-se um ser humano inteiro, de conscientização e do desenvolvimento de uma “nova comunidade”. (6) Tais coisas foram substituindo as noções da salvação, da conversão, da encarnação e da comunhão que eram os objetivos bíblicos padrões do fiel. (7) Tais definições deveriam ser revistas para poder parar de “ficar preso ao passado” e se tornar “paradigmas de libertação que devem ser baseados no aqui e agora.” (8)
Aqui, temos a completa aniquilação de qualquer distinção de vontade diante de Deus. O chamado da total independência e rebelião contra Deus é dado. Sob a luz desta doutrina, foi fomentado a falta de respeito para com as Escrituras, a transformação do padre ou do pastor a um mero líder de auditório e não um representante de Deus afirmando sua vontade, e o fim de qualquer distinção de salvação. O objetivo final de vida se transforma numa ocupação mundana, onde as pessoas são encorajadas a perseguir as coisas do mundo e as indulgências da carne. Em tal doutrina, nós temos o desenvolvimento de metodologias que competem entre si e buscam novas sensações, que acabam criando um falso deus ao redor da ideia de uma comunidade secular mundana.
Ao redefinir a fé por refletir suas experiências como mulher, eles não deixaram nenhuma doutrina intacta. (8) O propósito divino foi redefinido para apoiar os humanos a promover a libertação. (8) Jesus foi redefinido como uma representação da “antecipação da liberdade” prometida para todos. (8) O pecado foi definido como a presença da opressão, já que a visão absoluta de certo e errado foi considerada inaceitável. (9) A salvação é definida como a liberdade da opressão e da libertação em comunidade com os outros. (9) A igreja é definida como o povo de Deus, aberta ao mundo, na qual sua existência é ser serva do processo de libertação e da derrubada da opressão na sociedade. (10) A visão do apocalipse mudou para a crença que a libertação permitiria o surgimento de uma nova humanidade e o nascimento de uma nova era de Deus. (10)
Acredito que este parágrafo fala por si só. E por isto que não temos nenhuma admoestação ou padrões a se seguir nas igrejas de hoje, exceto qualquer coisa que seja considerada “divisionista a comunidade” o que é mais propriamente definida como uma oposição a organização.
A história religiosa feminina
Assim sendo, as feministas reviraram a história para encontrar um “passado aceitável” para a mulher, o que providenciou um modelo de matriarcado. (11) As feministas religiosas também fizeram tal busca, caçando por “sementes de esperança que justificariam sua lealdade ao Cristianismo.” (11) “Phyllis Trible argumenta que a dimensão feminina da fé… foi perdida por séculos de interpretações Bíblicas masculinas.” (12) Na sua busca pela “história Bíblica e eclesiástica”, argumentou-se que poderia ser encontrado ” a evidência perdida da contribuição das “matriarcas” da igreja para a vida e a missão da igreja.” (12)
Começamos aqui com a suposição que foi o homem mundano, e não Deus, que definiram as Escrituras. A suposição que é feita é que as mulheres que contribuíram com as Escrituras foram tiradas de cena então elas precisariam ser acentuadas ou mesmo inventadas.
Ao fazer tal tarefa, as feministas já definiriam de princípio que não poderia ser aceito qualquer interpretação da Bíblia que não apoiasse a libertação da mulher. (13) Entretanto, não foi especificado para o que elas usariam a Bíblia. (13) Elisabeth Schussler Fiorenza propôs que as regras da suspeita, recordação, proclamação e realização criativa deveriam ser usadas para a reinterpretação feminista das Escrituras. (13)
A suspeita é pressuposta porque a Bíblia foi escrita por homens, ela não poderia ser confiável, e assim sendo o leitor poderia levantar questões sobre a validade da interpretação do autor sobre os eventos narrados. (13) Por exemplo, sob suspeita, a culpa de Jezebel e suas divindades femininas é reduzida por causa da percepção de ciúme misógino e medo colocado o escritor de 1 Reis pela feminista. (14)
A proclamação diz que todos estes versos que são proclamados a libertação da mulher devem ser ativamente divulgadas (14), enquanto textos identificados como patriarcais ou sexistas deveriam ser removidos dos lecionários e não divulgados. (15) Por exemplo João 8:36 deveria ser glorificado, enquanto Efésios 5:22 deveria ser ignorado (15):
Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. (João 8:36)
Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; (Efésios 5:22)
A recordação encoraja a mulher a encontrar o sofrimento da mulher na Bíblia e criar um significado feminista para aquilo, seja ele válido ou não no contexto das Escrituras. (15) Isto serve “para elevar a raiva, a amargura e a desilusão da mulher para com Deus e a Bíblia.” (16)
A realização criativa encoraja a mulher a “reinterpretar, embelezar, ou aumentar” os textos Bíblicos (16), com a visão de “reconquistar para as mulheres da igreja a mesma liberdade criativa, a criatividade popular e os poderes rituais que os profetas e apóstolos tinham.” (17) Isto encorajou a mulher a reescrever histórias Bíblicas sobre a mulher, reformular orações patriarcais e criar rituais feministas que celebrem os ancestrais femininos mencionados nas escrituras. (17) Por exemplo, a existência de “Lilith” no livro de Gênesis seria uma das primeiras realizações criativas criadas. (17)
Podemos ver prontamente o pressuposto que a intuição, a reflexão, experiências e percepções femininas são colocadas até mesmo acima de Deus. Também notamos que a intenção é que a mulher (e do homem também) quer extrair mensagens das Escrituras que lhes sejam mais convenientes. Em essência, eles desejam que as Escrituras se adaptem a eles, e não o contrário. O igrejismo feminista declarou de uma vez a total independência da autoridade de Deus.
(1) The Feminist Gospel por Mary Kassian p 71 (2) ibid pg 72, 74, 76, 78, 80, 83, 87.
(3) ibid pg 89. (4) ibid pg 90. (5) ibid pg 91. (6) ibid pg 92, 93, 94.
(7) ibid pg 94. (8) ibid pg 95. (9) ibid pg 96. (10) ibid pg 97. (11) ibid pg 109.
(12) ibid pg 110. (13) ibid pg 111. (14) ibid pg 112. (15) ibid pg 113.
(16) ibid pg 114. (17) ibid pg 115.
fonte: http://societyofphineas.wordpress.com/2012/07/02/defining-feminism-part-3-defining-her-world/
1 comentário
h ttp://judaismoemaconaria.blogspot.com.br/2014/03/plano-oculto-para-deserdar-os-homens.html
”Há mais de 160 anos, o filósofo maçônico Auguste Comte queriam uma sociedade perfeita removendo os homens da equação da procriação. Ao mesmo tempo, mulheres seriam elevadas à divindade. Essa visão oculta está sendo realizada.”