18 rodas, um milhão de cavaleiros brancos

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Aprendi muito sobre o comportamento e as motivações de homens e mulheres trabalhando como conselheiro. Mas eu acabei aprendendo ainda mais nos poucos anos que passei trabalhando duro como caminhoneiro.

É um trabalho difícil. E sendo o cara cabeça dura que adora desafios que sou, eu me candidatei logo na especialização de transporte de cargas pesadas, arrastando aparelhos necessários para escavar poços de petróleo de Houston até as montanhas do Colorado e do Wyoming. Há algo que acontece quando você carrega cargas que medem mais de 30 metros de comprimeto e que pesam mais de 45 toneladas entre montanhas e pistas perigosas que fazem com que você entre em contato com sua masculinidade interior, quer você queira ou não.

Ouvi dizer que por volta de 15% dos caminhoneiros nos EUA são mulheres. Eu chuto que entre aqueles que transportam grandes cargas, menos de 1% são mulheres. Pessoalmente eu nunca vi nenhuma. E não que eu esteja reclamando disto.

Outra coisa sobre transportar cargas muito pesadas e outras atividades estradeiras, é que quando você não tem um serviço a fazer você passa muito tempo esperando para arrumar um. Pode ser horas ou mesmo dias até você encontrar algo para transportar. A maioria desse tempo você passa em paradas de caminhoneiros.

E se há um lugar neste planeta onde os fundamentos do homem e da mulher se apresentam de maneira clara, longe da fachada imposta pelo mundo corporativo, é numa parada de caminhoreiros americana.

Tais paradas são grandes concetrações de homens (e mulheres) isolados, que primariamente apenas se conversam via rádio. Escute um deles a qualquer hora do dia e o que você ouvirá é uma cacofonia de diferentes conversas, todas rolando ao mesmo tempo. Para a maioria das pessoas leva tempo até acostumar a audição e entender o que realmente está acontecendo. Para os não iniciados parece tudo um amontoado de vozes desconexas.

Agora, para ajudá-lo a entender a dinâmica dentro desta sub cultura particular, isto requer que eu faça algumas observações sobre as mulheres deste meio. Eu não queria ser cruel fazendo isto, mas é para ajudá-lo a ter uma idéia bem clara das coisas.

Com muito poucas excessões, as caminhoneiras não se diferem tanto dos caminhoneiros. Bem, talvez as barbas delas não sejam tão grossas.

Me desculpe, mas estou aqui tentando me lembrar de alguma característica física que diferenciam as caminhoneiras dos caminhoneiros. A única coisa que me vem em mente é que algumas delas tem os seios um pouco mais proeminentes que o estômago. E isso uma ou outra. Mas é claro, alguns caminhoneiros também bem tem essas características, então voltemos ao princípio.

De qualquer forma, o que quero dizer é que a caminhoneira típica irá se parecer com aquilo que você está pensando, especialmente se você pensou numa Andrea Dworkin com uma camisa gordurosa e moletom.

Mas se for depender do comportamento dos caminhoneiros, você jamais imaginaria isto.

Por exemplo. Caminhoneiros experientes conhecem as rodovias do país como a palma de suas mãos, mas assim que entram nas cidades para chegar ao seu destino as coisas ficam mais difíceis. Geralmente você ouvirá caminhoneiros perguntando via rádio qual o caminho certo a seguir. As vezes alguém responde, as vezes não. As vezes um caminhoneiro passa um tempão perguntando até que ele se cansa de ser ignorado e desiste.

Mas deixe que uma mulher venha e pergunte no rádio pelo caminho para ver se todos os que estão na escuta não viram um mapa vivo, e as vezes é até difícil entendê-los claramente porque todos ficam falando ao mesmo tempo com ela.

Assim que ela consegue o que quer, você certamente escutará no rádio a obrigatória tentativa de xavecar a caminhoneira que vem em seguida. Algum cara falará todo feliz em seu microfone, “como você tem uma voz linda!”

Agora, não faz diferença se ela tinha uma voz minimamente feminina ou parecia o Jabba The Hut falando, o velho xaveco da linda voz será sempre a norma durante essas conversações. E, não bastando este paquerador, outro Don Juan dos rádios tem que se juntar a festa.

“Verdade, você tem uma voz linda. Eu amo mulheres com lindas vozes!”

Isto é algo impressionante. Enquanto algumas caminhoneiras tem até uma “voz bonita”, onde você até consegue discernir que é uma mulher falando, frequentemente suas vozes não são muito diferentes das suas contrapartes masculinas.

Estes “abutres rondando a carniça” são o padrão do tratamento para com as mulheres na indústria dos transportes pesados.

Outro exemplo. Os caminhoneiros, especialmente os novatos, tem vidas bastante duras. Muitos deles trabalham para companhias imensas que pagam quase nada e os fazem trabalhar feito cavalos. Geralmente estão quebrados, ou quase isso, tendo dinheiro apenas para se manterem alimentados e para manterem pequenas luxúrias, como cigarros.

Para a maioria deles, há horas que o dinheiro acaba, junto com sua comida e todo o resto. E eles não vêem nenhum centavo até conseguir arrumar outra carga para transportar.  Muitas vezes você os escuta no rádio, tentando vender suas coisas; televisão, mini geladeiras, seus rádios, coleção de dvds; qualquer coisa que possa render alguma grana a eles. As vezes eles conseguem um bom negócio. Outras vezes são ridicularizados. E geralmente eles tem que encarar o mesmo silêncio que enfrentam ao pedir por informações.

Eu nunca ouvi uma caminhoneira tentando vender suas coisas. Eu não digo que nunca aconteceu, mas eu pelo menos nunca vi.

O que eu ouvi em diversas ocasiões são mulheres que vão ao rádio e ficam falando como querem parar no próximo posto para comer alguma coisa. E sempre tem um cara, isso quando não um monte deles disputando a tapas, se oferecendo para pagar um hamburguer com fritas para ela.

Assim acabou se criando um monte de caminhoneiros que viam isto e resolviam tirar vantagens. Eles usavam de tecnologia para poderem obter alguma vantagem, usando aparelhos que mudassem seu tom de voz no rádio para que eles se passassem por mulheres.

É isso mesmo, você precisa achar o caminho para aquele armazém para fazer uma entrega? Apenas mude o seu sexo para o sexo oprimido, se faça de mulher e outros caminhoneiros praticamente sairão na porrada para ser o primeiro a te ajudar.

Quer saber aonde tem polícia na estrada? Na maioria das vezes, mesmo sendo um homem, alguém acaba respondendo. Mas se você tiver voz de mulher, seu tempo para obter uma resposta cai para milésimos de segundo.

Sem contar que você ainda recebe elogios por sua linda voz.

Mas isto não é barato. Você pode ter um aparelho mais simples acoplado ao seu rádio que possa fazer a alteração de voz, mas eles não são muito bons. Alguns caras, desejando não ter problemas, gastam mais de 300 dólares só para ter um aparelho mais especializado para poder fazer o serviço direito.

Agora imagine que tudo o que você tem que fazer para ter a informação e assistência que precisa na estrada é fazer de conta que você tem uma vagina.

E tudo o que você tem que fazer para provar da mais abjeta indiferença do mundo é parecer que você não tem uma.

Ah, mas como pode isso? Como diria um amigo meu, é porque todos nós vivemos sob o patriarcado.

fonte: http://www.avoiceformen.com/misandry/chivalry/18-wheels-a-million-white-knights/

Comentário do Barão: mudando a profissão e algumas situações, o texto se encaixa em praticamente qualquer situação onde homens e mulheres tem que fazer algo juntos.

Pegue algum jogo online. Não é raro ver alguém se passando de “gamer girl” para arrancar itens raros e créditos de algum mangina otário. Tem até alguns que ganham uma grana com isso, revendendo itens dos otários que acham que terão uma esperança de chegar perto “dela”…

Ou entrevistas de emprego, onde o “cu”rrículo da candidata acaba superando os dos demais, mesmo ela tendo um currículo (o normal) menos qualificado que o dos demais candidatos. Ou o tratamento diferenciado e bem mais leve que mulher tem em praticamente qualquer escritório. E por aí vai…

Por isso eu digo: depois que você descobre a real, você tem a OBRIGAÇÃO MORAL de não perpetuar tais comportamentos. As trate como você trataria um colega do sexo masculino. É o mínimo que você deve fazer.

15 comentários

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  1. Já liguei pra um call center usando um sintetizador de voz feminina, com um toque mais sensual. Os caras do call center pegam na hora. Sintetizadores assim tem aos montes eu gostava muito do IBM, agora estou usando o do Google.

  2. Mais um caso de homem que registrou uma menina que não era dele e agora sofre com a tal da paternidade socioafetiva. O juiz recusou o resultado do DNA e a ação agora pode ter recurso do TJ-RS. O detalhe é que o registro de paternidade pode ser anulado se houver erro ou falsidade de registro (artigos 1.601 e 1.064 do Código Civil, algo importante para que todos saibam), mas o juiz não aceitou isso.
    Fica a dúvida sobre se ele de fato sabia ou não que a menina tinha seu sangue quando a registrou. Diz ele que não, mas diz a defesa da menina que sim, mas aqui caímos em campo obscuro. É possível também que a menina fosse daquelas que até uma certa idade tinha semelhança com a família do referido pai, mas depois de um tempo sofreu alterações físicas mais extremas que a média de alguém quando cresce (algo que pode acontecer, vide aquelas pessoas que têm rosto bem redondo quando criança e, quando adultos, o mesmo passa a ter contornos mais retangulares e alongados, só para ficarmos em um exemplo simples). É razoável que tenha sido na época do crescimento que essas diferenças tenham se evidenciado mais e o homem tenha tido a dúvida.

    Ainda assim, há uma mãe que quis enganar um homem no passado e o resultado agora são duas pessoas feridas por uma mentira incubada por mais de uma década.

    1. Um absurdo esse caso. O cara deveria ser indenizado. Mas o interprete da lei e feitor da justiça ainda coloca todo ônus na vítima. O manginismo leva a isso. Agora me fala quem sofre a opressão?

  3. Nossa pior luta é mesmo contra os manginas. Por que isso é instinto. Enquanto homens insistirem em tratar uma vadia como se ela fosse uma semi deusa, ignorando totalmente seus irmãos homens… fica difícil.

    O tratamento para mulher é diferenciado em todos os lugares, os homens são mais pacíficos com mulheres do que com outros homens. Então o negócio é fazer morrer esse instinto que todos os Los machos tem de “destruir” a maior quantidade possível de machos para atrair a maior quantidade possível de fêmeas.

    Como começar ? Simples. Seja solidário com seus irmãos homens.

    • Don Corleone em 12/23/2012 às 20:20
    • Responder

    Então tá cambada de lambedores de salto kkkk, em 2013 temos que continuar a luta. Avante

    • andre-desbravador em 12/23/2012 às 10:45
    • Responder

    e tem mais não vai muito tempo e os melhores empregos serão delas, mangina vive para bancar mulé e ser capitão salva puta, conheço medico mangina que banca balzaca rodada, é meus caros manginisse tem em todas classes sociais.

    • Don Corleone em 12/22/2012 às 21:58
    • Responder

    Querem ver como as mulheres atuais são tão oprimidas pelo patriarcado? vejam a propaganda da Beauty Color, ELA É PURO ÊXTASEEEE. Ahhh feminzazis e mulherada, vocês querem enganar quem? tá terminando os paspalhos minhas queridinhas oprimidas. Esse vitimismo não está colando mais

    1. Têm a propaganda da Colorama também. Acho que essa ainda mais ousada. Têm um trecho que diz ” Vontade de Casar” aí apareçe a mulher recebendo uma alinaça, e logo em seguida “vontade de sor matar a vontade” onde ela trava o elevador e sai pegando o cara. Fazendo realmente acreditar que ela pode oscilar entre a pegação e o relacionamento sério. E o pior é que ela pode, têm uns caras que defendem isso. Claro que todos que eu sei que defendem ou são alfas pegadores, que estão lucrando com isso ou caras que não pegam absolutmanete nada, ficam ali orbitando em torno de mulheres e o que eles vêem são elas pegando Alfa pegadores. Eu posso falar isso por experieñcia propria pois eu já fui um desses caras.

  4. Esta notícia é interessante: está proibido na União Europeia que seguradoras usem o sexo do dono do carro como fator de desconto na apólice, algo que pode ser visto também no comunicado oficial. O que isso significa? Que provavelmente o seguro vá aumentar para mulheres, mas também que agora a coisa fica direcionada a perfil individual de quem dirige. Logo, se a pessoa é prudente, não importando o sexo, isso indica que o seguro vai cair em relação a quem se envolve em muitos acidentes.

    1. Finalmente um pouco de racionalidade.

      1. Isso indiretamente também poderá beneficiar quem por lá tiver carros potentes ou esportivos (ainda que esportivos sejam bem mais comuns por lá do que por aqui) e sofrem taxação por simplesmente terem um carro que supostamente seria mais propenso a acidentes. Como é mais provável que passem a valorizar o perfil individual do segurado, é possível que passem a notar que quem tem uma Ferrari (ou um Golf GTI, só para pegarmos um esportivo europeu de maior difusão que deriva de um carro normal) pode gerar menos dor de cabeça que alguém guiando um Clio básico, por exemplo. Acabaria ficando mais mesmo concentrado em coisas das quais não se pode fugir, como preço de reparação em acidentes.

    2. O Feminismo Europeu é um pouco diferente do nosso aqui no Brasil, tá as ditas cujas tiveram o bônus, mas estão arcando com o ônus também. Mas lá é aquela história, a proporção de que 20% dos caras comem 80% das mulheres lá é bem pior. Lá eu diria que 5% dos caras comem 90% das mulheres. Algo tipo Japão.

  5. Pois é. Mas para as feministas nós vivemos sob a cultura do patriarcado. Por isso que é difícil competir com o vaginismo, pois elas, além de serem unidas, são escoltadas pelos manginas. Nós temos uma luta dupla. Contra mulheres e homens. Mas eu vejo uma mudança. As mulheres, seduzidas pelo status de semi-deusas que alcançaram, começaram a meter os pés pelas mãos. Elas estão deixando furos, humilhando homens, se achando demais, isso está fazendo que os homens estejam se alertando e percebendo que elas não são santas. Vejam um exemplo. Quase todos os caras que eu conheço que ainda não casaram já estão manjando a nova mulher que está aí. Estão espertos, adquirindo patrimônio antes de entrar numa relação e evitando filhos pra depois não ficar pagando pensão. Se nós homens ainda estamos longe de sermos tratados igualmente na sociedade, pelo menos na vida privada já estamos dando o troco

    1. É isso ai Don. Eu tenho 34 anos e só penso em casar daqui há uns 20. Não é só a estabilidade financeira que importa. A sociedade tem que mudar também..Ninguém está afim de bancar o super-herói e depois tomar no rabo. Eu pelo menos não estou. Saúde, felicidade e grana e depois o que não vai faltar é xana. Poético…

    2. Infelizmente no meu meio é exceção.A maioria já se casou senão é matrixiano é mangina.Só sei que sou grato a real por não ter ido pelo mesmo caminho da manada de ovelhas.

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