Filmes para homens – Filmes históricos (final)

Bem senhores, tive alguns problemas meio obscuros com o host que hospeda tanto o Canal quanto o Fórum do Búfalo (acho que algum estagiário deve ter suspendido minha conta sem querer) e pra piorar como estava num canto remoto do nosso Brasil lidando com bois ariscos, tentando engravidar cablocas e deixar por lá meus genes da cidade grande e principalmente com um acesso pífio a internet, só descobri que os sites estavam fora do ar ontem de tarde. Mais que depressa peguei um facão e encarei uns 40km de mata fechada e repleta de onças e cascavéis para chegar na cidade mais próxima e com acesso à internet para poder entrar em contato com os responsáveis do Host e ver que diabos acontecia. Graças ao bom deus era um problema bobo e em menos de uma hora todo o sistema já estava no ar novamente! Então feminazis, balzacas depressiva, vadias e outros haters: não foi dessa vez. Espalhem a notícia que o Canal voltou aí nos seus ninhos de ódio porque eu estou precisando de acesso pra recuperar os dias parados!

Então vou continuar com a série de artigos, aproveitando que agora estou com um acesso bom com a internet.

Este é o última parte de uma série de três artigos. Caso não leu o primeiro artigo, clique aqui. Se não leu o artigo anterior, clique aqui.

Boa leitura!

por Movies for MRA’s

Além da Linha Vermelha (1998)

Se você deixar a câmera rodar o suficiente, eventualmente você acaba gravando algo interessante. Parece clichê, mas é o que este filme, adaptado de um livro de ficção clássico sobre a Segunda Guerra, fez. Supostamente, o filme original tinha umas 6 horas de duração, mas foi editado para ter uns 170 minutos para ser lançado nos cinemas. E, admito, tal filme é meio difícil de assistir. (Houve uma tentativa anterior de fazer uma adaptação em 1964 que realizou uma aproximação mais literal ao livro, mas dado o seu tamanho, qualquer aproximação convencional é limitada.)

Numa primeira vista, Além da Linha Vermelha nos parece ser um filme de guerra meio confuso. Uma companhia de infataria do exército americano desembarca em Guadalcanal, ataca uma colina, a domina, o filme começa a mostrar os personagens a fazer observações sobre a guerra e aí temos o final onde durante uma patrulha um dos personagens principais é morto. Então temos um primeiro ato bem comprido, um meio de filme curto e um final de certa forma abrupto.

Mas depois de ver este filme algumas vezes, a estrutura do filme fica mais fácil de se entender. O filme na verdade não se foca no conflito acontecido no Pacífico Sul. Ao contrário, ele é um comentário sobre a vida, da natureza e do lugar que o homem ocupa no universo. Quem assiste deve se libertar da visão convencional que filme passa (infelizmente, Além da Linha Vermelha estreu praticamente na mesma época que o Resgate do Soldado Ryan, um filme muito mais convencional, mas brutalmente real. E assim Além da Linha Vermelha acabou sofrendo comparações com o filme de Spielberg).

Algumas das mensagens de Além da Linha Vermelha são óbviaas. Começa com o soldado Witt (Jim Caviezel) vivendo em paraíso numa ilha do Pacífico Sul, em 1942. O Exército Americano se une a ele na forma do sargento Welsh (Sean Penn) que o arrasta de volta para a guerra. A Queda do Homem e toda aquela coisa. (A propósito, o filme se mantém mais ou menos fiel ao livro dando aos soldados nomes com uma sílaba, na maioria das vezes, como se fossem codinomes militares). O ataque a colina é mostrado em detalhes sombrios. Mesmo com tudo isto, momentos de humanismo emergem.

Penn interpreta Welsh de forma adequada (bem diferente do sargento maluco do livro) – como um jovem que envelheceu prematuramente pelo peso da realidade. Na verdade, os soldados parecem todos retirados do famoso quadro de Tom Lea, “O Olhar de duas mil jardas” . E ao mesmo tempo, todos eles mantém a sua forma de dignidade. Muito de suas pequenas reações falam mais do que palavras poderiam descrever. Nós vemos Welsh tirando um soldado assutado para longe do front em parte por simpatia a ele, e em parte para não atrapalhar o avanço das tropas. Tudo isso faz parte do conflito que rola nas entrelinhas do filme. Quando Witt pergunta daonde o “mal” vem, ele  vai além da batalha em que ele está afundado ou mesmo das mesquinharias da vida, ao contrário examinando o conceito da natureza da guerra como si mesma, os lados positivos e negativos disso tudo.

Boa parte do filme se foca na narração dos personagens sobre determinadas situações. Geralmente tal coisa não funciona bem em filmes, mas aqui nós temos homens refletindo sobre a vida. Coronel Tall (Nick Nolte) tem que encarar suas próprias falhas como oficial. Ele tenta sobrepujá-las mandando a Companhia Charlie fazer um ataque suicida contra a colina. Mas o comandante da companhia, capitão Staros (Elias Koteas) se recusa a mandar seus soldados para a morte certa. Tall entra em cena e retira  Staros, mas em seguida, mostra uma liderança real ao explicar aos homens o que está em jogo e adotando um plano de batalha novo.

A colina é capturada, prisioneiros são feitos (de forma meio absurda, um soldado japonês está sentado num tapete, rezando enquanto sua posição é tomada, mas eu acho que dá para entender). Uma cena que me impressionou é uma em que um soldado usa um alicate para roubar os dentes de ouro dos mortos. Bárbaro, é claro. Depois, durante uma tempestade ele se arrepende do que fez, com a chuva simbolizando as lágrimas e lavando seus pecados. Verdadeiramente há redenção neste universo, mesmo que para isso se precise descer ao abismo.

Outra cena comovente é uma com o soldado Bell. Ele era um oficial que pediu baixa para poder passar mais tempo com sua esposa… somente para logo em seguida ser recrutado novamente para lutar na infantaria.  Temos cenas que parecem sem sentido, com ele relembrando os momentos doces que passava junto a sua esposa. Mas tudo isso é só a preparação para mostrar a traição dela. Ela manda até uma carta lhe contando sobre a traição, e sua reação é realmente trágica. Neste mundo não se deve confiar em mulheres, apenas em seus camaradas.

Enquanto isso, Witt retorna a uma vila nativa só para descobrir que suas ilusões foram destruídas, que os nobres selvagens também manifestam os mesmos conflitos em sentido amplo pela guerra. O Eden caiu, isso se realmente existiu. Ele entende que a resposta não é escapar da realidade que é criada, mas sim enfrentá-la.

No fim do filme, um dos personagens lidera uma patrulha dentro das linhas inimigas. Ele acaba se sacrificando para assegurar a sobrevivência do resto de sua companhia… ou não? Depois de vê-la várias vezes, esta cena não é – eu repito, NÃO É – aquela imbecilidade usual que homens são coisas descartáveis que infestam tantos filmes de guerra. Ao contrário, ela nos diz que todos temos que encarar a morte uma hora, e que devemos encará-la de forma calma e sob os nossos próprios termos. E examinando melhor, percebemos que o personagem escolhe o momento de sua própria morte quando lhe é apresentada a oportunidade da rendição. Ele viveu sua vida de forma plena. Você pode interpretar isto como a iluminação. Ou simplesmente optar por escolher a morte ao invés da perda da liberdade. De qualquer forma isto é uma verdadeira rejeição a idéia que o homem deve ser a bucha de canhão da sociedade.

Witt nos diz no começo do filme que um homem cria seu próprio mundo em seus próprios termos. Welsh, o cínico, depois entende tal ponto de vista, como a sociedade quer que você acredite que isto é mentira, ou morra. Mas entendendo a mentira, você pode atingir a liberdade… algo que os homens deveriam pensar.

Clique aqui para ver o trailer.

Fugindo do Inferno (The Great Escape)

Este filme, como dizem, foi baseado numa história real: a fuga de prisioneiros de guerra Aliados de um campo de prisioneiros nazista em 1944. O filme juntou alguns dos maiores atores da época – Richard Attenborough, Steve McQueen, James Garner, Charles Bronson, James Coburn (obviamente com um sotaque australiano!), Donald Pleasance e muitos outros – os colocam numa situação impossível e os botaram para trabalhar. Eles se organizam, se especializam e fazem o serviço. O resultado: liberdade.

O filme romanceou os personagens, mas a história central é real. É uma visão fascinante de como os homens fazem as coisas acontecerem. Não há espaços para vitimismos aqui. Eles estão ocupados demais realizando coisas impressionantes. O processo de fuga é instigante: não se trata apenas de cavar túneis, mas também tem todo um trabalho de inteligência e logística envolvidos.

Temos também algumas manobras de gato e rato quando os personagens tentam despistar os alemães, mas é muito mais uma batalha intelectual do que um simples tiroteio. Boa parte do filme é focado nos personagens tentando enganar de forma mais inteligente o inimigo. Isto mostra que não importa o quão desesperadora é uma situação, se as pessoas puderem usar sua inteligência elas conseguem triunfar. Ah e claro, Steve McQueen faz sua famosa cena da motocicleta, numa das cenas mais famosas de todos os tempos. E mesmo que o personagem de McQueen termina na “geladeira”, ele é um homem livre.

Um detalhe interessante: George Harsh, um americano que participou da verdadeira Grande Fuga, disse numa entrevista: “isto… prova que eu sempre acreditei e agora tenho certeza – não há nada que possa impedir um grupo de homens, não importa seu credo, raça, cor ou nacionalidade, de atingir um objetivo que eles se unem para completar. O resultado pode ser meio trágico – que se encontra com os deuses – mas o ponto principal é, homens trabalhando em um objetivo comum podem realizar qualquer coisa…”

Clique aqui para ver o trailer.

fonte: http://home.earthlink.net/~jamiranda/mramovies/id5.html

10 comentários

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  1. Muita boa a listagem. Mas gostaria de indicar um filme com muitas lições realistas que não poderia deixar passar em branco. Se chama “O Egípcio”. Link: http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Eg%C3%ADpcio_(filme) .

  2. Barão estava preocupado! sinceramente pensei q o site tivesse ido embora! Acho que faltou um filme ai de modo a ser analisado criticamente! O Forrest Gump! Eu nunca tinha visto ele, e no inicio do mes vi! Muito interessante a historia dele com Jenny, ele é abobalhado e ela tem tendencia a ser feminista. Nao sou de contar o final do filme, mas como ele ja esta malhado de antigo, jenny conheceu o gump qndo moleques. Ficaram mais velhos, ele sempre qrendo pegar ela, ela nunca dava bola pra ele, ele sempre cuidava dela, e ela sempre atrapalhava a vida do cara. ate q depois de rodar na mao de cafagestes, apanhar dele, usar drogas e tentar suicidio ate, jenny volta a assombrar novamente a vida do gump! ela volta, ele pede pra ficar com ela, pra serem felizes (q similaridade hein!)… Ela, ja entrando na balzaquianice, da umazinha com ele na casa do gump… e de manha desaparece sem deixar pistas! Foge dele! Gump fica triste… anos mais tarde, ela manda uma carta pra ele e pede q ele venha ve-la, e ai ele ja la, descobre q aquela trepada deu num filho! Jenny confessa que esta morrendo! e agora ELA pede pra casar com ele… Gump aceita! ela morre tempo depois com menos de 40 anos e ele fica com o bacuri…bem, pelo menos ele é o pai ne rs.

    Mas adorei o filme! deve ser olhado de uma meneira critica pq ele tenta colocar na sua mente q vc deve ser benevolente com a mulher q voce ama nao importa qntas merdas ela faça com voce, nao importa se ela da pra canalhas, nao importa se ela usa drogas, nao importa se ela te xinga… vc tem q ser o legitimo principe no cavalo branco!

    Uma duvida, antes tinhamos debater na OLOM, hj onde esta esse debate? ele ainda existe? Nao encontro mais.

    1. Valeu pela dica!

      Hj temos 2 fóruns:

      http://forum.bufalo.info/

      http://mundorealista.com/forum

      Cadastre-se neles e participe!

  3. Mais uma para uma postagem aqui ou fazer parte do Jornal da Real:

    http://cgn.uol.com.br/noticia/38084/pai-recupera-recem-nascido-vendido-pela-mae-por-r-300

    O pai havia viajado a trabalho, voltou, não viu o filho, foi atrás e o recuperou. Um chute com bota de biqueira de aço na barriga daqueles que acham que homens são a priori malfeitores pelo simples fato de serem homens.

  4. Outra para uma postagem ou Jornal da Real: estudos não encontraram até agora sinais físicos da TPM. Segue matéria de página do UOL:

    http://todaela.uol.com.br/comportamento/pesquisadora-afirma-que-tpm-pode-ser-um-mito

    E o original em inglês a respeito:

    http://www.dailymail.co.uk/health/article-2222787/PMT-mind-says-woman-researcher.html

    Pode ser que todas aquelas reações de selvageria sejam algo mais de cunho psiquiátrico do que algo relacionado ao ciclo reprodutivo.

      • Don Corleone em 11/19/2012 às 15:45
      • Responder

      Eis um mito que até nós homens fomos levados de roldão a acreditar. Tais como o famoso “estado puerperal” que alivia a mãe que mata seu bebê de penas severas e que já está em nosso ordenamento jurídico. Não me admira que as feministas futuramente queiram incluir a TPM como uma atenuante casos elas batam ou matem seus companheiros. Engraçado que mulheres mais velhas nunca se queixaram da famosa TPM. Ora, oscilações hormonais todo mundo tem, inclusive o homem. Mas as mulheres como são astutas que nem a medusa, arrumaram a desculpa da TPM para infernizarem seus companheiros com tsunamis mentais, brigas, xingamentos e agressões físicas e saírem ilesas de quaisquer repreensões. Ohhh, como o patriarcado é opressor. Vão mentir pra outro.

    • andre-desbravador em 11/17/2012 às 21:50
    • Responder

    porra bixo eu pensnei que era s abotagem d e alguma puta modernete que ficou com medinho da real espalhar feito uma virose, e acordar essa manginada pra vida.
    vamo continua o bombardeio…

    • Don Corleone em 11/17/2012 às 19:37
    • Responder

    He he he as feministóides rancorosas azedas já estavam comemorando antes da hora, elas acham que nós somos um grupelho de meia dúzia de homens que não convence ninguém e que as coisas irão continuar o mar de rosas para que sigam sua missão misândrica mas estão enganadas, o pessoal está despertando e isso deixa elas em polvorosa. Continuemos, nossa missão é nobre e estamos do lado da verdade

  5. Já coloquei a lista desses filmes para alugar.
    E o Barão (o mau caráter kk) e o Canal do Búfalo está de volta, para a angústia de feminazis e srs. smiths.

  6. Velho chega deu um aperto no coração quando eu tentei entrar no canal por esses dias e dava conta suspensa… Bateu uma tristeza braba…
    Ufa ainda bem que não!!!

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