Uma estória de ficção científica onde um estado totalitário força as mulheres a ter um sexo sem romance com homens e os proíbem de ter propriedades ou emprego, está surgindo como um livro que está mudando a vida de inúmeras mulheres.
por John Elliott
O livro “The Handmaid’s Tale”, uma sátira escrita em 1986 pela autora canadense Margareth Atwood, está no top 10 dos livros que mudaram a vida das mulheres, de acordo com uma pesquisa feita entre o público da Radio 4 britânica.
Numa lista composta por 14000 ouvintes – em que 93% delas são mulheres – demonstra que a guerra entre os sexos continua bem forte.
Entre os outros livros escolhidos, temos “The Women’s Room”, um romance de 1977 escrito por Marilyn French, uma feminista americana radical. Neste livro tem a famosa frase: “todos os homens são estupradores… eles nos estupram com seus olhos, suas leis, seus códigos”.
Com algumas raras excessões, nos livros escolhidos os homens não passam de um bando de canalhas. Alguns livros da lista pintam os homens como estupradores e outros demonstram os homens como seres rasos e pomposos que tentam destruir os espíritos de mulheres fortes, mas oprimidas.
Outro livro da lista é “The Color Purple”, por Alice Walker, onde é narrada a história de uma negra que era tratada de forma desumana pelo seu marido. De acordo com a profª Lisa Jardine, a crítica literária que ajudou na pesquisa: “‘The Color Purple’ é um livro mais assustador que ‘The Women’s Room’, por causa que ele realmente diz que todos os homens são uns merdas.”
Mas não é tudo tão cheio de ódio. A pesquisa de livros de ficção para mulheres pediu para elas escolherem um livro que mudou suas vidas, que as “influenciou elas num nível pessoal – que podem ter mudado o jeito de como elas se enxergam ou simplesmente as fizeram feliz por serem mulheres.”
Apenas um dos 10 livros foi escrito por um homem – “Tess of the d’Urbervilles”, o trágico conto escrito por Thomas Hardy sobre Tess, filha de um mascate, que deu à luz a um filho chamado Sorrow, que morreu pouco depois.
É um dos clássicos do século XIX na lista, junto com o livro de Jane Austen “Orgulho e Preconceito”,”Middlemarch” de George Eliot, Jane Eyre por Charlotte Brontë e “Little Women” pela autora americana Louisa May Alcott.
Completando a lista temos Rebecca, um conto escrito por Daphne Du Maurier em 1938, sobre uma jovem que é perseguida pela empregada, a maligna sra. Danvers.
Jardine acredita que os tipos de livros escolhidos dão um interessante panorama do que se passa na mente das mulheres de hoje. “É preocupante ver que um grande número de mulheres ainda acreditam que a luta entre a vida doméstica e a realização pessoal ainda é um problema,” ela afirma.
“Tais livros são aqueles nos quais a maioria das mulheres se identificam.”
Ela pega Jane Eyre, sobre como uma garota simples que escolhe seu marido e que ficou como o 2º lugar na lista. “As mulheres dizem que é um alívio ter uma heroína simples,” ela adiciona.
Ela acredita que os homens poderiam aprender muito com estes livros. “Eles mostram que as mulheres pensam muito e de forma estratégica quando vão formar um relacionamento, enquanto os homens não pensam muito nisso,” ela diz. (NT: Ouvi alguém falar aí de UTILITARISMO?)
A história de “The Handmaid’s Tale” passa na fictícia República de Gilead e conta a história de Offred, uma “serva” que é escolhida para gerar os filhos de um casal da elite. O Comandante faz sexo silenciosamente com Offred, enquanto sua sinistra esposa Serena, que se senta atrás de Offred, segura suas mãos.
“The Women’s Room” descreve o casamento cruel e a vida sexual podre de uma mulher de classe média que acabou se casando com um um médico convencido e intimidador. A narradora diz que para poder destruir uma mulher “você não precisa estuprar ou matar ela; você não precisa nem mesmo de agredi-la. Você simplesmente se casa com ela.”
Sarah Johnson, a produtora da “Hora das Mulheres”, diz: “as pessoas conhecem a velha frase “todos os homens são estupradores” e tudo envolvido ao estupro, mas isto não quer dizer que isto seja algo tão “anti homem” assim. Esta frase demonstra mais a triste realidade do relacionamento entre homens e mulheres antes da década de 1970.” (NT: Ahãn… digamos que alguém diga “todas as mulheres são assassinas de crianças”. Será que isto não é “anti mulher” o suficiente?!)
Entretanto, num site que debate sobre o livro, um homem chamado John Phillipas escreveu: “este livro não passa de uma história que promove o ódio contra os homens e que foi feita por uma feminista fanática. Todos os males do mundo são debitados aos homens neste livro, ao invés de deixar claro que o personagem principal é socialmente inépto… você não precisa odiar os homens para defender os direitos das mulheres.”
Durante o projeto, celebridades foram inquiridas para saber sobre os livros que mudaram suas vidas. Susan Greenfield, diretora da Instituição Real e professora de farmacologia da Universidade de Oxfor, escolheu “The Leopard” escrito por Giuseppe Tomasi di Lampedusa , que conta a história da decadência de uma família aristocrática da Sicília do século XIX.
“Li este livro tantas vezes e cada vez que eu leio ele me dá sensações diferentes,” Greenfield diz. “Ele toca em diversos assuntos: sexo, morte, diferenças sociais, oportunidades, o que fazer na vida… tudo isto com pano de fundo a maravilhosa e viva Sicília do século XIX. Toda vez que falo sobre isto eu fico arrepiada.”
“Ele lida com assuntos que penso que tem mais ressonância para as mulheres do que para os homens – a idéia do amor não correspondido, mal-entendidos e uma tristeza sem fim sobre algo.”
Mariella Frostrup, jornalista, antiga juíza do prêmio Booker e apresentadora do programa “Open Book” da Radio 4, escolheu “Fugitive Pieces” por Anne Michaels, sobre um garoto que é resgatado da Polônia durante a Segunda Guerra por um intelectual grego.
“Ele me afetou profundamente” ela diz. Frostrup também comentou sobre o “The Handmaid’s Tale” e “O Diário de Bridget Jones” por Helen Fielding. “Eu sinto que as mulheres tem um relacionmento mais instintivo e orgânico com os livros,” ela afirma. “Geralmente a literatura feminina é tida como algo leve e que só tem a ver com romances.”
Cherie Blair escolheu “The Golden Notebook” escrito pela autora feminista Doris Lessing., que conta a história de uma mãe solteira que também é uma escritora com bloqueio criativo, passado durante a Guerra Fria. A ordem da lista dos 10 mais votados pelas ouvintes do “Hora das Mulheres” será revelado no próximo programa de rádio.
fonte: http://www.timesonline.co.uk/tol/news/uk/article399319.ece
Obs: Os grifos são meus.
Comentários por Barão: é engraçado notar que a literatura de ódio ao gênero é algo que só acontece da mulher para o homem. E o pior, geralmente estes livros alcançam SUCESSO, ao invés de serem repudiados por propagarem uma mensagem de ódio. Um homem que escreve uma obra totalmente calcada na misoginia, pregando a extinção das mulheres ou algo odioso do gênero, seria (felizmente) repudiado por propagar tal mensagem de ódio. Uma pena que a misandria é uma nódoa que acompanhará a humanidade até o fim dos tempos, provavelmente.
4 comentários
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A mulher tem profunda inveja do homem, do seu pioneirismo, sua inteligência, sua perspicácia, pró-atividade. Como exemplo, certa vez eu e minha família assistíamos a um filme onde o protagonista (homem, claro) ao longo da história mostrava sua pró-atividade e liderança, resolvia os problemas que lá apareciam, mantinha tudo, e de quebra faziam se sentirem seguros e confiantes na liderança dele as pessoas do seu derredor. Minha irmã simplesmente demostrou inveja dele e apelo para uma mulher presente no filme, bem apagada e em que nada se fazia notar, a não ser no fato de ter humilhado um ou dois homens chutando suas bolas.
As mulheres não tem capacidade de competir conosco por isso apelam para o vitimismo,querem tudo do governo,querem que tudo seja facilitado para elas,querem recursos e mais recursos.
Serão vitimas quando convêm e o Estado aprova isso,não quer se indispor com as “oprimidas”.
Usam de tudo para chegar aos seus objetivos,mentem nas estatísticas de abuso,de aborto,de agressão,pintam um cenário catastrófico em todo mundo,quando morre um homem ninguém liga,quando morre UMA MULHER é uma tragédia,algo precisa “ser feito”.
O feminismo luta para ser uma “casta especial”,algo sublime acima da lei e de todos,nos ridicularizam,só respeitam os cafajestes e homens com status e dinheiro,homens que elas não manipulam,morrem de amores por eles.
O resto de nós é pisado,achincalhado,tratado como uma caixa eletrônico ambulante,recebendo resto de carinho e sexo.
Amigos,NÃO SE CASEM,amor românticuzinho não existe,invista em você,fodam-se elas,querem casar contigo?FODA-SE
Marriage strike nelas!!
Freud explicou e ninguém quis dar ouvido. Elas odeiam tanto os homens porque tem Inveja do Pênis.
Seria até interessante se algum maluco escrevesse um livro com teor claramente misógino com o intuito de gerar revolta, que naturalmente surgiria, para depois expor obras misândricas e provocar o debate. Gostaria muito de ver a reação de quem se indigna com misoginia mas faz vistas grossas para a misandria.